sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

RELIGIÃO ATROFIA O CEREBRO


Religião atrofia o cérebro, revela estudo da Universidade Duke

Ressonância mostrou
 redução no hipocambo 
de religiosos
Paulopes
Ressonância mostrou
 redução no hipocambo 
de religiosos


Estudo do Centro de Saúde da Universidade Duke (EUA) concluiu que o hipocambo de pessoas religiosas diminui com o tempo, de forma similar com o que ocorre com o cérebro de portadores do Mal de Alzheimer.

A função do hipocampo, que fica nos lobos temporais, ainda não foi totalmente mapeada pela neurociência, mas já é certo que é fundamental para a retenção da memória e locomoção das pessoas no espaço. Pesquisas recentes comprovaram que parte dos esquizofrênicos apresenta anormalidade nessa região do cérebro.

Amy Owen, coordenadora do estudo, disse ter ficado surpresa com o resultado porque várias pesquisas apontam para os benefícios da religião, como o alívio da ansiedade e da depressão. O seu estudo é o primeiro no gênero.

Ela informou ter usado ressonância magnética para medir o hipocampo de 268 homens e mulheres de 58 anos a 84, entre os quais crentes e não religiosos. A faixa etária é alta porque o objetivo inicial do estudo era avaliar os efeitos da depressão no cérebro de idosos.

Amy reconheceu que a complexidade do cérebro e o pequeno número de pessoas examinadas podem comprometer o estudo, mas ainda assim ela acredita que as conclusões estejam na direção certa.

Uma das possíveis causas da atrofia do cérebro nesse caso, segundo ela, é o estresse dos crentes em consequência, entre outros fatores, do conflito de seu comportamento com o que prega a igreja e do temor de ser punido por Deus. “Transgressões religiosas podem originar angústia e desequilíbrio emocional.”

O estresse libera um hormônio que diminui o hipocampo. Em pessoas de minoria religiosa,  o estresse tende a ser maior.

A estudiosa informou que a diminuição do hipocampo se apresentou mais acentuada em determinados grupos de religiosos, destacando-se, pela ordem, protestantes e católicos.

O estudo foi publicado pela universidade em março e agora comentado pela revista Scientific American.

A Universidade Duke fica em Durham, no Estado da Carolina do Norte. Ela está entre as 10 melhores dos Estados Unidos.

Texto com informação da Scientific American.

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