Neturei Karta
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Neturei Karta (em hebraico נטורי קרתא do aramaico "guardiões da cidade") é um grupo de judeus ultra-ortodoxos, que rejeitam o sionismo [1] e se opõem ativamente à existência do Estado de Israel,[2] sendo por isso acusados, por outros grupos judaicos, de serem "pró-árabes". O grupo é constituído por cerca de 5.000 membros, concentrados principalmente em Jerusalém, mas há outros grupos menores, associados aos Neturei Karta em Israel, nos E.U.A. e na Inglaterra.
Ideologia[editar | editar código-fonte]
Os Neturei Karta crêem que a Diáspora judaica é resultado dos pecados do povo judeu, e que qualquer forma de tentar reconstruir um estado judaico é uma violação da vontade de Deus (Talmude Babilônico, tratado Kesubos 111a).[3]
Os líderes do movimento tornaram-se polêmicos ao participar, a convite do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, de um congresso que propunha repensar a existência do holocausto judaico durante o período do Segunda Guerra Mundial. Apesar de terem participado do referido congresso, os Neturei Karta não negam a existência e proporção do holocausto judaico. Eles alegaram que sua presença no evento se devia ao fato de criticarem o uso do holocausto judaico como justificativa para a existência do Estado de Israel.[4]
Os Neturei Karta defendem que os judeus devem permanecer no exílio até que este estado judaico lhes seja trazido não por homens, mas por Deus, quando ocorrer a vinda do Messias. Suas declarações de apoio aos palestinos e ao governo do Irã,[5] assim como sua crença de que o sionismo provocou o holocausto, valeram-lhes o desafeto e a oposição por parte de diversas comunidades judaicas.
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