SUMÁRIO Páginas Prefácio v-xi Sumário xiii-xxi Convenções e abreviaturas xxii-xxiii PRIMEIRA PARTE Parágrafos PRELIMINARES ORTOGRÁFICOS § 1-19 Cap. I — O Alfabeto § 1-7 Nome e época. Peculiaridades. As 22 letras. O seu som. Formas finais. Classificação. Numeração. Exercícios. Cap. II — As Vogais § 8-13 Consoantes vocálicas ou "Matres Lectionis". Sinais masso- réticos. Sua posição relativamente às consoantes. Vogais indistintas ou shevas. Deficiências dos sinais massoréticos. Exercícios. Cap. III — A Sílaba § 14-19 Constituição. Inicio. Fim. Classificação: aberta, fechada, neutra. Influência da sílaba sobre as vogais. Acento tónico. Outros acentos e sinais. Outras peculiaridades. Exercícios. SEGUNDA PARTE PRELIMINARES PRÁTICOS Cap. IV — O \'AV CoN7UNTivo Pontuação e Exercícios. Cap. V — O Artigo Etimologia. Forma. Pontuação. Expressão do indefinido Exercícios. Cap. VI — O Adjetivo Função: qualificativa; predicativa. Definição. Exercícios Cap. VII — Preposições Inseparáveis Origem. Pontuação. Prep. ]P. Pontuação. Exercícios. xiii § 20-110 § 20-22 § 23-26 § 27-31 § 32-36 xiv GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Cap. VIII — Pronomes Pessoais § 37-42 Formas nominativas e fragmentos significativos. Formas pausais. Sufixos pronominais. Expressão prática do nosso indicativo presente. Exercícios. Cap. IX — Pronomes Demonstrativos § 43-46 Formas. Funções. Formas raras. Exercícios. Cap. X — Pronomes: Interrogativos e o Relativo § 47-56 Pessoal — quem. Para cousa — que. Pontuação. Relativo. Função. O retrospectivo. Sintaxe da clausa adjetiva. Exer- cícios. Cap. XI — O Verbo § 57-63 Raiz. Desinências pessoais. Graus. Caraterísticos dos par- ticípios e infinitos: o absoluto e o construto. Exercícios. Cap. XII — Flexões da Palavra § 64-94 Género. Forma arcaica do feminino e sua importância atual. Número. Formação do plural, masculino e feminino. O dual. Vestígio do acusativo. Femininos anómalos. Meios de dis- tinguir o género dos seres vivos e dos inanimados. Formas poéticas e obsoletas. Exercícios. Cap. XIII — O Construto e o genitivo § 95-103 Essência da relação. Construto e absoluto. Caraterísticos do construto. Definição. Concordância do adjetivo. Modos de traduzir a relação. Exercícios. Cap. XIV — Comparativo E Superlativo § 104-110 Comparativo: superioridade, inferioridade e igualdade. Cor- relatos. Superlativo relativo e absoluto. Formas idiomáticas. Hebraísmo em português. Exercícios. TERCEIRA PARTE FONÉTICA § 111 Cap. XV — Princípios de vocalização: Classificação das Vogais. Sons Originais. Triângulo a. i. u. (das vogais) .. . § 111-122 Quantidade. Breves puras. Longas por natureza e por posição — Ditongos. Qualidade. — A. I. e U. Procedência dos sons secundários. Gradação. Estabilidade e mobilidade das vogais. Influência da sílaba e do acento tónico sobre as vogais. Regras da fonética das vogais. Vogal breve eufônica resultante da coincidência de dois "shevas" vocálicos em sucessão imediata. Aplicação particular dessas leis ou regras ao construto e ao verbo. Exercícios. SUMÁRIO XV Cap. XVI — Classificação dos Casos de Acento Tónico na Penúltima Sílaba § 123-125 A 2a. Declinação. Dual. O H paragógico e o 71 local ou de direção. Eufonia e Ritmo. O verbo no completo. Sufixos pronominais ao nome e ao verbo. Cadência ou Ritmo. Prin- cípio geral importante. Cap. XVII — Declinações. A Primeira § 126-130 Palavras declináveis e indeclináveis. Classificação das decli- náveis. Primeira Declinação: Caraterísticos. Regras de in- flexão. Paradigmas. Exercícios. Cap. XVIII — Segunda Declinação § 131-137 Caraterísticos. Classificação. Regras. Impropriedade do nome de "Segholadas". Distinção entre o dual e o plural no construto. Casos de difícil distinção. Paradigmas. Exer- cícios. Cap. XIX — Terceira Declinação § 138-140 Caraterísticos. Regras. "Sheva" sonoro liga o tema aos sufixos das 2as. pessoas. Resultante sílaba neutra. Exercícios. Cap. XX — Alterações Fonéticas Consonantais § 141-149 Permuta. Assimilação. Queda: aférese, síncope, apócope. Adição. Transposição. Geminação. Casos em que as duas letras tem que ser escritas separadamente. Cap. XXI — Peculiaridades das Guturais § 150-155 Não aceitam "dãghêsh". Preferência por vogais da classe "a". "Pathah" furtivo. Casos de "Seghôl" antes de gutu- rais. Exigem o "Sheva" vocálico composto e o preferem até em sílabas fechadas. O "Sheva" composto determina a na- tureza da vogal eufônica que o precede, ou esta determina a classe do "sheva" composto. Cap. XXII — Letras Fracas § 156-162 Classificação das consoantes quanto à sua resistência, quanto às funções morfológicas. Letras fracas. Consonantais e mu- das. Modos de reconhecer as mudas. Casos curiosos de letras fracas que se adoçam em vogais. Cap. XXIII — Suplementos de ortografia e fonética § 163-178 Sílaba fechada aguda. Sinal de voz passiva, o "u". Incom- patibilidade dos sons longos "i" e "ú" com a sílaba fechada, seguida de sufixo consonantal. Omissão do "Dãghêsh" forte. Inserção de "Dãghêsh" forte dirimente. "Dãghêsh" con- juntivo. Efeitos da pausa e o do "Maqqêph". Queda do xvi GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR "dâghêsh" Iene. Dissimilarização. "Qerí" e "Kethíb". Al- terações vocálicas devidas à mudança no acento tónico e na constituição da sílaba. Cap. XXIV — Acentuação Massorética na Prosa e na Poesia § 179-183 Classificação. Funções. Os três principais "Domini" e seus servos, ou seu regime. Posição. QUARTA PARTE MORFOLOGIA § 184-407 Cap. XXV — Generalidades § 184-190 Raízes pronominais e verbais. Triliterais. Nomes e verbos denominativos. Raízes biliterais, quadriliterais e quinque- literais. Casos. Formação do léxico. Palavras variáveis e invariáveis. Cap. XXVI — Sufixos Pronominais § 191-205 Vogais de ligação a e í do tema ao suíixo. Irregularidades. Construto plural arcaico. Classificação dos sufixos: consonan- tais e vocálicos; monossilábicos e dissilábicos; pesados e leves. Acento tónico. Regras de flexionamento. Paradigma. Sufixos a nomes femininos. Paradigma. Formas anómalas. Prepo- sições ^N, hv e 'nnS. Exercícios. Cap. XXVII — Verbos: Generalidades e o Com,pleto § 206-225 Classificação: Primitivos e denominativos. Ativos e esta- tivos. Regulares e fracos. Raiz. Radicais. Tempos: Com- pleto e Incompleto. Desinências pessoais. Grau. Voz. Flexões pessoais do Completo, e sua origem. Fonética das vogais. Nos estativos. Formas pausais. Sílaba tónica. Usos do completo. Usos menos comuns. Exercícios. Cap. XXVIII — O Incompleto de "Qal" § 226-238 Flexões pessoais. Raiz. Origem das flexões. Vogal original do preformativo do incompleto, ativo e estativo. "Dãghêsh" Iene na letra média. Vocalização e acento tónico. Formas pausais. Modos de traduzir. Uniformidade geral do emprego dos dois tempos. Exercícios. Cap. XXIX— Imperativo, Infinitos e Partícipos § 239-252 Imperativo, ativo e estativo. Formas negativas. Passivo. Cohortativo. Imperativo enfático. Inf. construto e absoluto. Particípio presente e passado. Imperativo e particípio pre- sente nos estativos. Exercícios. SUMÁRIO xvii Cap. XXX — O Vav Consecutivo § 253-259 Que é? Caraterísticos. Usos. Generalização do uso. Uso impessoal. Deslocamento da sílaba tónica. O vav simples em clausulas finais. Exercícios. Cap. XXXI — Graus do Verbo § 260-265 "Qal" ou simples, Intensivo e Causativo. Vozes: ativa, reflexa e passiva. Nomes desses graus, tirados da forma que o verbo "Pa'al" — — assumia; Graus ou Conjugações? Reuchlin. Exercícios. Cap. XXXII — O NiPHAL § 266-276 Caraterísticos. O "dãghêsh" na la. letra da raiz do Incom- pleto e formas cognatas. Duas formas do infinito absoluto. No verbo fraco. Forma pausai. Morfologia. O prefixo ]n tem força reflexiva. Desinências pessoais. Significado: \'oz reflexa; ação recíproca; gerundivo latino. Exercícios. Cap. XXXIII — O Intensivo § 277-292 Caraterísticos. "Dãghêsh" forte na letra média. O D nos particípios dêsse grau em diante. Pontuação. Forma origi- nal. Significado do "Piei". No verbo denominativo. Formas raras: "Poel, pilei, polel, palal, pilpel, polpal, pealal". Sentido frequentativo dessas formas. O Pual — a voz passiva do intensivo. Caraterístico da voz passiva — ou breve. Cap. XXXIV — HiTHPAEL — Intensivo Reflexo § 293-303 Caraterísticos: O prefixo DTl que tem força reflexiva e o "dãghêsh" forte na letra média da raiz. Origem das vogais. Alterações morfológicas do prefixo Jin. Significados: Formas raras. Exercícios. Cap. XXXV — O Causativo — "Hiphil ou Hophal" § 304-319 Caraterísticos no completo, no incompleto e no particípio. Jussivo distinto do incompleto. Incompleto com "vav" con- secutivo. Imperativo. Cohortativo. Inf. construto e abso- luto. Formas defectivas. "Hophal" — passiva do causativo. O "u" original. Incompleto e particípio presente. Significado do causativo. Exercícios. Cap. XXXVI — Sufixos Objetivos ao Verbo § 320-344 Preliminares. Sufixos nominativos. Voz reflexa. Formas dos sufixos. Observações. Formas raras. Distinção dos sufixos nominais. No particípio, idênticos. Princípios gerais de ligação. Reaparecimento de formas arcaicas no verbo: xviii GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Na 3a., na 2a. fem. sing. e na 2a. masc. plural. Acento tónico. Efeitos sobre as vogais mutáveis do verbo. Analogia das declinações. No infinito do verbo, que segue a 2a. declinação, há uma diferença no "sheva". Peculiaridades do verbo esta- tivo. O "nun" demonstrativo ou enérgico. Exercícios. Cap. XXXVII — Os Numerais § 345-361 Peculiaridades sintéticas de género e número, um, dois; e três a dez. Onze a dezenove. As dezenas, vinte, trinta etc. Compostos de dezenas e unidades. Peculiaridades de forma. Dual multiplicativo. Ordinais. Fracionários. Tabela dos cardinais. Exercícios. Cap. XXXVIII — Partículas § 362-381 Primitivas e derivadas. Composição. Interrogativa 7] e sua pontuação. Precativa enclítica com o imperativo. Preposi- ções. Compostas com outras ou com substantivos. Advér- bios: primitivos, derivados por fragmentação. Por con- tração de elementos diferentes. Outras categorias com função adverbial. Conjunções. Interjeições. Conjunções correlatas. Adversativas. Cap. XXXIX — Partículas COM Sufixos § 382-407 As inseparáveis. Formas poéticas. Di^ — com. como prep. com e como sinal de acusativo definido. — e "Ti?. Advérbios diversos. n'!l<, tf', Exercícios. QUINTA PARTE VERBOS FRACOS § 408-642 Cap. XL — Classificação § 408-416 Caraterísticos. Classes: Guturais. Contratos ou Assimi- lantes e Quiescentes. As letras da raiz denominadas pelas letras do verbo Verbos duplamente fracos. Defecti- vos. Exercícios. Cap. XLI — Verbo Pe Gutural § 417-429 Princípios que o afetam: Preferência por "shevas" com- postos; por vogais da classe "a"; incapacidade de geminação das guturais. Verbos estativos. Vogal eufônica e determi- nação de sua classe. Cap. XLII — Verbos Pe aleph § 430-441 Sub-classe do Pe gutural. Caraterístico no incompleto, de SUMÁRIO xix "QAL", às vezes no "niphal" e no "hiphíl". Enumeração dos cinco verbos e de alguns outros que ora seguem êsse paradigma ora o de Pe Gutural. Cap. XLIII — Verbo Avin Gutural § 442-457 Caraterístico. Sofrem a influência dos mesmos princípios que afetam os verbos Pe Gutural. Intensivos peculiares. Poel, Palel e Pealal. Incompletos em õ nos "ayin-resh". Sufixos objetivos. Peculiaridades de '^í^tí'. Exercícios. Cap. XLIV — Verbo Lãmedh Gutural § 458-464 Caraterístico. Sofre apenas a influência de um princípio — a preferência das guturais pelas vogais da classe "a". Inserção de "pathah" furtivo. Formas pausais. Regularidade dos "lãmedh-rêsh". Peculiaridade da 2a. pessoa do feminino, completo. Exercícios. Cap. XLV — \'erbo Pe Nun § 465-478 Caraterísticos. Casos de assimilação do Imperativo dos que fazem o incompleto em "a" e os em "õ". Modalidades regulares. Adução de sufixos. O verbo H]^'? e o jnj. Anoma- lia. Exercícios. Cap. XLVI — Verbo Duplo Ayin Caraterístico. Casos de forma contrata. Raiz triliteral ou biliteral? Afinidade com os verbos "ayin vav". Caraterísticos peculiares. Aparecimento da letra dupla. Abreviamento de 479-513 Inserção de vogal eufônica entre a raiz e o sufixo desinencial. Vogal tônica-longa nos preformativos. Niphal. Hiphil. Caraterísticos comuns aos verbos "ayin vav". Hophal. Intensivos: forma regular, "pilpêl e poel". Dupla forma e duplo sentido do mesmo grau. Exercícios. Cap. XLVII — Verbos Quiescentes. (Pe Yôdh, Pe Vav) § 514-537 Quiescentes. "Pe Yôdh, Pe Vav". Três categorias destes. Distinguir o "Pe Vav" do "Pe Yôdh". Caraterísticos do verbo "Pe Yôdh". Formas anómalas. Caraterísticos do "Pe Vav". Confusão com o verbo "Pe Nun". Formas várias de infinitos. Reaparecimento do "Vav" original. Niphal. Hithpael. Hihpil e Hophal. Verbos assimilantes, "Pe Yôdh, Pe Vav". Confusão perfeita com o "Pe Nun". Exercícios. Cap. XLVI II — Verbos Ayin Vav, Ayin Yôdh § 538-574 Caraterístico. Nomeia-se pelo infinito construto. Raízes triliterais ou biliterais? Verbos com "yôdh" e "vav" con- XX GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR sonantais não pertencem a essa categoria. Caraterísticos. Vogal eufônica. Intensivos distintivos: forma regular, rara; "pôlêl, pôlal, hithpôlêl, pilpel, polpal". Distinção dos "ayin yôdh". Outros caraterísticos. Formas aramaicas. Cap. XLIX — Verbo Lãmedh Aleph § 575-583 Traço distintivo — ser o t< mudo no fim da palavra. Cara- terísticos decorrentes. Casos em que o não silencia. Casos especiais: omissão do K mudo; tendência destes verbos de permutarem formas com o "lãmedh he"; 3a. do fem. sing. do completo, rara; infinito construto contrato; o "vav" con- secutivo no completo não desloca a tónica. Exercícios. Cap. L — Verbo Lãmedh He § 584-629 Raiz primitiva e sua forma atual com "mater lectionis" apenas. Do contrário seria "lamedh gutural". Vogais finais que o n pode representar. Ausência de imperativo no "pual" e no "hophal". Vogais finais nos infinitos absolutos dos diversos gráus. "Yôdh" primitivo no fim, só no particípio passado de "Qal". Terminação caraterística do infinito cons- truto em todos os graus. Poucos vestígios há dos "lãmedh vav". Alterações distintivas destes verbos. Devidas a três tendências do "yôdh". Aplicação dêsses três princípios à conjugação. Difícil explicação do som de "e" no incompleto. Infinitos absolutos, construtos terminados de modo excepcio- nal. Efeitos das desinências pessoais consonantais e vocálicas sôbre a raiz. 3a. pessoa fem. arcaica, sem e com sufixos obje- tivos. Dupla desinência da 3a. pes. fem. Queda do "yôdh" original antes de sufixos objetivos. Formas apocopadas. Peculiaridades dos verbos H^Il e H'!! nas apócopes, § 627 e 628, e noutras formas. Observações: 2 a 5. Permuta de formas com os "lãmedh aleph". Observações: 1. Exercícios. Cap. LI — Palavras Derivadas dos Verbos Fracos § 630-642 Monossílabos típicos de diferentes origens. Caraterísticos das palavras de diferentes declinações e derivadas dos verbos guturais e do duplo "ayin". Algumas duplicam a consoante final sem terem derivação dos Duplo "ayin". Derivações dos "Pe Nun" dos Ayin Vav". "Ayin Yôdh". Alguns plurais regulares. Distinção de monossílabos desta derivação dos derivados de "Duplo Ayin". Derivação dos "Lãmedh He". Formas e declinações bem peculiares de derivação dos "Lãmedh He". Prováveis derivações da forma primitiva dos "lãmedh he" de certas palavras irregulares. SUMÁRIO xxi Cap. LII — Lista Alfabética de Algumas Palavras Irre- gulares Pag. 244-246 APÊNDICES: Paradigmas dos Verbos Pag. 247-269 I— Verbo Regular Pag. 248-249 II — Verbo Regular com Sufixos Pag. 250-251 III — Verbos Fracos Pag. 252-269 / — Verbos guturais 1. Verbo Pe Gutural Pag. 252 2. Verbo Pe Aleph Pag. 252 3. Verbo Ayin Gutural Pag. 253 4. Verbo Lãmedh Gutural Pag. 254 // — Contratos ou Assimilantes Pag. 255-259 1. Pe Nun Pag. 256-257 2. Duplo Ayin Pag. 258-259 III — Quiescentes Pag. 261-269 1. Pe Yôdh, Pe Vav Pag. 262-263 2. Ayin Vav, Ayin Yôdh Pag. 264-265 3. Lãmedh Aleph Pag. 266 4. Lãmedh He Pag. 268-269 Vocabulário Hebráico-Português Pag. 271-289 CONVENÇÕES E ABREVIATURAS 1. Foi necessário adotar um modo de distinguir em português a rep- resentação latina de certas letras hebraicas de sorte que aparecem h para H e h para il ; t, para tO e t para D ; ainda th para n ; e s para iy e s para D. Sh = K). Deve soar como X em xadrês. 2. Cumpre distinguir o som da letra, de sua representação. Assim damos às palavras hebraicas a transliteração mais literal possível visando familiarizar o aluno com o nome exato das palavras hebraicas. A adoção de uma ortografia como a chamada simplificada nossa, desfiguraria completamente o étimo da palavra, o que não nos pareceu razoável num compêndio técnico sobre o assunto, como por exemplo transliterar b'''i7Sri por hifil e ainda menos por ifU. Rigorosamente se deveria transliterar por hiph'íl. Nem sempre fomos rigorosos em representar o y nessas palavras pela aspiração forte grega — 'e o K pela aspiração branda, de sorte que adotamos na maioria dos casos os nomes Niphal, Piei, Fual, Hiphil, Hophal, Hithpael, nas quais sem ser rigorosa a transliteração, não obstante, não deforma o étimo da palavra. Igualmente, os nomes dos acentos da cantilação não estão rigorosamente transliterados. 3. Noutros casos mantivemos uniformidade na transliteração de certas palavras que ocorrem a cada passo, atravez de todo o compêndio. Entre essas estão o Dãghêsh, — — que significa, perfurante, duro, agudo, provávelmente ; e que se deve ler sempre como daguêxe; e o Sheva, para simplificar a forma i^W, evitando-se o e suspenso de uma representação rigorosa e o sinal — ' do N final (Sh^va). Essa palavra se deve pronunciar sempre xevá; de significado e origem obscuros. Também se escreve K3íy. T t 4. O vav ou vau representamos uniformemente por v quando conso- nantal. Os compêndios alemães ou inglêses o representam geral- mente por w. 5. Adotámos a representação do 2í por ç, como Davidson e não por ts como fazem muitos compêndios. Nisso se visa evitar em nossos CONVENÇÕES E ABREVIATURAS xxiii meios latinos a confusão de pronúncia do som de 2í por fs, com o do n — th, que soava como o â grego ou o th inglês em thanks. Parece que o D é hoje pronunciado geralmente como /, mesmo na Palestina. 6. O n (h) deve soar como j espanhol, em hijo e o H como em inglês, house. 7. 3a. pes. m. sing. = 3a. pessoa masculino singular. 3a. pes. f. sing. = 3a. pessoa feminino singular. 3a. pes. m. pl. = 3a. pessoa masculino plural, compl. e incompl. = completo e incompleto. n.p. = nome próprio; m. = masculino; í.= feminino; c. = comum, de género, ou de espécie do substantivo, em oposição ao próprio. 8. Nos Exercícios: De português para hebraico. As palavras entre parêntesis não pre- cisam de ser traduzidas, estão subentendidas na construção sin- tática hebraica. Também figura entre parêntesis inúmeras vezes a análise da construção hebraica literal em português. Mesmo muitas sentenças estão já na ordem natural hebraica. Tudo isso visa facilitar o trabalho do principiante. PRIMEIRA PARTE PRELIMINARES ORTOGRÁFICOS Capítulo I O ALFABETO 1. Nome e época. O alfabeto hebraico em uso nos MSS. existentes e nas Bíblias impressas tem o nome de Ashurith (lê-se axurith), que significa Assírio, porque os judeus o empregaram depois do cativeiro babilónico, parecendo que o adotaram na ocasião do cativeiro, ou então pouco depois. É fóra de dúvida que quando se fez a versão grega LXX, já o hebraico era escrito nesses cara- cteres, pois há nessa versão erros oriundos da confusão de letras que são semelhantes somente nesses caracteres. Também se chamam caracteres quadrados, devido à configuração geral mais ou menos retangular, que têm essas letras. Anteriormente ao cativeiro babilónico, o hebraico se escrevia em caracteres antigos ou fenícios, de que ainda existem exemplares na pedra moabita, do século IX A.C., nos aquedutos de Jerusalém, provavelmente dos dias do rei Ezequias, em sinetes ou selos antigos e em moedas dos dias dos macabeus. O pentateuco samaritano está escrito em caracteres antigos tão semelhantes a esses que se pode dizer também escrito em caracteres fenícios. Pensava-se até bem pouco tempo que o alfabeto fenício fosse o mais antigo. Descobertas arqueológicas recentes de Petrie em Sarbut el- Khadem, 1905, dos professores Lake e Blake de Harvard em Serabit el-Khadem, 1927, excavações mais recentes em vários pontos da Palestina e repetidos estudos por diferentes eruditos, americanos, ingleses e alemães, revelam que o alfabeto teve origem na região do Sinai em 1800 A.C. daí passando para a Arábia do sul e para a Fenícia onde se tornara bem vulgarizado já em 1400 A.C. 1 2 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR A. H. Gardiner, notável egiptólogo foi quem primeiro mostrou que alguns caracteres das inscrições sináiticas representam uma transição entre certos hieróglifos egípcios e algumas letras do al- fabeto semita. Nas inscrições encontradas nas excavações referidas da Palestina há caracteres semelhantes aos de Sinai e algumas dessas inscrições datam de 1700-1500 A.C. . . Esse deve ser o mais antigo alfabeto até agora descoberto. Do Sinai e da Fenícia passou o alfabeto para os hebreus, para os gregos e para os latinos e por meio desses últi- mos para o mundo moderno. 2. Peculiaridades. O hebraico se escreve, como o árabe e algumas outras línguas semitas, da direita para a esquerda. O alfabeto consta apenas de consoantes em número de vinte e duas. A leitura dos sons vocálicos se transmitia oralmente, o que não constituia nenhum inconveniente enquanto o hebraico foi uma língua viva, principalmente quando se leva em conta a memória prodigiosa dos orientais ainda hoje e quando se sabe que os hebreus eram um povo de um só livro e que os radicais têm nessa língua geralmente só tres letras. Usavam-se, não obstante, tres consoantes para representar certos sons vocálicos longos como se verá no parágrafo de No. 8, as cha- madas letras vocálicas ou ainda matres lectionis. Quando o hebraico entrou em declínio como língua falada e os judeus perceberam o perigo de se perder a leitura exata dos sons vocálicos, inventaram-se os pequenos sinais extratextuais que aparecem hoje em cima e principalmente em baixo das consoantes, para representar as vogais, bem como a cantilação e a acentuação lógica e tónica. Esses sinais chamam-se sinais massoréticos, de massorah, que quer dizer tradição e os homens que os inventaram chamam-se massoretas. O texto hebraico que possuímos hoje é trabalho desses homens e chama-se texto massorético. Outras peculiaridades quanto à forma e pronúncia das letras, veremos nos parágrafos imediatos. 3. As 22 letras do alfabeto hebraico são: o ALFABETO 3 Forma Nome Transliteração ou representação Significação do nome Valor numérico Final N Aleph Boi 1 2 Beth Bh, B Casa 2 J Gimel Gh, G Camelo 3 T Dãleth Dh, D Porta 4 n Hê H Janela 5 Vãv V Gancho 6 T Zayin Z Podão 7 n Hêth H Cerca 8 Têth T Cobra (?) 9 > Yôdh Y Mão 10 1 3 Kaph Kh, K Palma (Mão curva) 20 L 7 Lãmedh L Aguilhão 30 □ 0 Mêm M Água 40 1 2 Nún N Peixe 50 D Sãmekh S Espeque, esteio 60 y Ayin Olho 70 Pê ou Phê Ph, P Boca 80 r 2^ Çãdhê Ç Anzol (?) 90 p Qôph Q Fundo de agulha 100 Rêsh R Cabeça 200 Sin, Shin S, Sh Dente 300 n Tãu ou Tãv Th, T Cruz 400 4. Som das letras. O ^^ não tem correspondente latina, representa-se por um sinal de aspiração branda do grego. Mas não deve o principiante con- fundir essa letra com o nosso A, pois é uma consoante. O y também não tem correspondente latina e se representa pelo sinal de aspiração forte do grego. 4 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR O som do N é uma aspiração quasi inaudivel, dos pulmões. Mesmo antes de uma vogal, o seu som quasi não se ouve, como o h em hour, inglês e honime, francês. No fim da palavra é mudo. Na realidade é sempre pràticamente mudo. O y tem um som gutural peculiarmente semítico. Embora seja uma aspiração como o í<, é muito mais forte. Êsse é o seu som mais comum. Tem às vezes um som mais duro semelhante a um G um tanto vibratório no fundo da gárganta; por isso a LXX transliterou rriDl? por Tójjioppa e njy por ráfa. Representa-lo-emos sempre por um sinal de aspiração forte do grego. As seis letras D S D 1 3 3 são naturalmente aspiradas, isto é soam de um modo adoçado e se representam, nesse caso, como seguidas de um h, assim: — Bh, Gh, Dh, Kh, Ph, Th. Esse grupo chama-se de grupo beghadhkephath ou nS3"I3rli como símbolo mnemónico. O som aspirado dessas letras é: — o 3 soa como V; essa pronúncia não é universal entre os judeus, mas todos os compêndios modernos a recomendam. O S soa como o ph ou ^ grego, isto é, como F. O n soa como o 6 grego, ou o th inglês em think, thirst, etc. O 3 soa como se fosse seguido de um h aspirado muito rápido e do mesmo modo o 3 e o "T. Essas mesmas letras, porém, quando recebem um ponto interior que se chama Dãghêsh Iene, perdem a sua aspiração natural. Nesse caso elas se representam pelas letras latinas que lhes correspondem e soam de maneira dura, assim: — D B 3 "1 3 3, B, G, D, K, P, T. O 3 sempre soa como o nosso G em ga, go, gu; nunca como o g em gi ou ge. Cada uma dessas letras, pois, tem um duplo som, — um aspirado, natural; e outro duro, com dãghêsh. Também há quem afirme que os judeus não conhecem mais a diferença de pronúncia entre 3 e 3 c entre T c 1. O n soa como o H levemente aspirado, pouco mais forte do que o no começo das palavras e no fim de sílabas não finais. No fim das palavras é mudo como o Aleph também é nessa posição. O 1, o ALFABETO 5 tal qual se representa. O T, como o nosso Z mesmo ou o T grego. O n (H) soa como o ch alemão em macht ou como o J espanhol em hijo, Tapajoz, etc. E a mais forte e áspera das guturais hebra- icas. O ch alemão como o pronunciam os suíços é que representa bem o seu som. O t3 (T) é mais forte do que o n (T). É um T enfático. Os he- breus não confundem os dois sons de £3 e D. Para nós é difícil enun- ciar a distinção. O ' consonantal tem o som do nosso Y ou i. O b, o 13, o 3 e o D. Soam como se representam. Apenas, note-se que o D e o 2 são enfáticos no fim das palavras. O D soa bem labial como o ni final inglês, am, him, etc. O } final não soa ã apenas, mas como si em nossa palavra ano, deixássemos de emitir a última vogal cw . . . ou como também no inglês Christian. Quanto ao D representa-se como S (com ponto em baixo) apenas para distinguí- lo do porque soava mais brandamente do que este último. Essa distinção de som perdeu-se com o tempo de sorte que as duas letras passaram a se permutar na última fase da língua, como se vê em Esdras 4:5 em que 1DD = "lJtí' — alugar. O 2S é uma sibilante de natureza mais enfática do que o D, na mesma proporção que o é mais forte do que o D. Representaremos o seu som por Ç para distinguir de outras sibilantes. O p é articulado muito mais fortemente do que o 3. Os hebreus pronunciam-no de modo bem distinto desta última. O 1 como R. O \V e o ^ representavam provavelmente um único som, o do nosso Ch, como ainda acontece no texto hebraico não pontuado. Como, porém, em muitas palavras soava brandamente, quasi como um D (S), os gramáticos passaram a distinguí-los por um ponto que se chama sinal diacrítico. De sorte que tP soa como CH ou X em xadrês, o som mais frequente, e ti* somo S. 5. Forma das letras. Cinco letras têm forma especial quando finais e são: B 2 D J 6 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR que se tornam "p' p| ] D Essas, todas menos o D, prolongam-se abaixo da linha. Das demais, só o p passa para baixo da linha e o b começa acima da linha. Além dessa particularidade cumpre notar bem as letras seme- lhantes com o fim de distinguí-las. São elas: — o 3 (bêth) e o D (kaph) ; o 1 (daleth) e o "1 (resh) ; o 3 (gimel) e o 2 (nun) ; o H (he) e o n (heth) ; com estas pôde confundir-se também o fl (tau) ; o 1 (vav) e o (yôdh); o 1 (vav), o ] (nun final) e o f (zayin); o D (mem) e o Í3 (teth) ; o □ (mem final) e o D (samekh) ; o y ('ayin) e o (çãdhê); o tf (sin) e o (shin). 6. Classificação. De acordo com o orgam que serve para a sua arti- culação, as letras hebraicas se classificam da seguinte maneira: — Guturais n n y N. 0 "1 participa ao Palatais p D 3 ' mesmo tempo da Linguais ni 2b natureza de uma Dentais ou Sibilantes :^ ti' D T gutural e de uma Labiais «13 0 1 lingual. 7. Numeração. No V. T. não se fazia uso das letras para representar números. Escreviam-se os números por extenso. Aparece pela primeira vez esse emprego de letras em moedas dos Macabeus. Hoje é utilizado para numerar os capítulos e versí- culos da Bíblia esse sistema numérico que é semelhante ao dos gregos. De sorte que de 1 a 9 se representam com letras de N a t3. As dezenas por ' a 2^, as centenas de 100 a 400, de p a n. De 500 a 900 pelas finais "| = 500, 0 = 600, etc, às vezes; e outras pelo D com- binado com outras centenas, assim : 500 = pH. Milhares designam-se pela unidade correspondente com dois pontos em cima, t< = 1000. Na combinação de números a letra de maior valor vem primeiro, isto é, à direita. O número 15 representa-se por 1t3 = 9 + 6; e não por n\ porque com essas iniciais começa o nome de Deus, mn'; 16 por igual motivo, por It3 = 9-f 7. o ALFABETO 7 Exercício 1 Transliteração para caracteres latinos: "132 ir i;"!"" D^Da ^3 n*' nm xia nni: nní< ^£Dp ip'^ 121 ■'l^ "1^^ IDO ar^r D^D IS 223 b^: bp ann ^in ^^n n^T u^^ nac; i?:::; ]n':':!7 mp pr2s k:^;^ nn r Exercício 2 Transliteração para o hebraico: B, BH, G, GH, D, DH, K, KH, P, PH, T, TH. 'th, 'm, 'kh, '1, Br, BI, Gn, Gbh, Gr, Gm, Dm, Dy, Hr, Hç, Zr, Zyv, Ykh, Lt, 't, 'dh, Nthn, Gnbh, Pr, Pn, Ç'n, Çdh, Çl, Mr, Ms, 'th, Qt, Qç, SHm, SHI, SHbh, Sbh, Sr, Srh, Çph, Sbh, Tm, Tmm, Tph, Tvrth, Kl, Klh, Kn, Vtkh, Hph, Hvs, Hbh, Hn, Kdh, Mn, Dy. Nota: Observe-se cuidadosamente o grupo Beghadhkephath : Bh, Gh, Ph, etc, representam-se por uma só das letras do grupo refe- rido, sem dãghêsh. O grupo Ih, porém, se representa por duas letras hebraicas porque o / não pertence ao grupo referido (No. 4). Capítulo II AS VOGAIS 8. Consoantes vocálicas. Como vimos no cap. I, não se representava em hebraico o som das vogais. A primeira tentativa feita nesse sentido foi o uso de três consoantes, H — 1 — para representarem sons longos: Essas três letras se chamam, porisso, letras vocálicas ou consoantes vocálicas, ou ainda matres lectionis. Nunca representam vogais breves. Só representam sons vocálicos no fim das sílabas. No começo das sílabas, continuam a ter o valor consonantal. Ex. : 'D — mí, O' — yam, nn — hêm, HD — mâ. Note-se, porém, que H só representa vogal no fim de uma sílaba que termine a palavra; no fim de qual- quer outra sílaba, não final, tem valor de consoante. Quanto a representarem som vocálico só no fim das sílabas, há uma exceção também: o vav (T) conjuntivo antes de labiais e de sheva sôa como ú, é vogal e constitua sílaba. 9. Sinais mas sor éticos. Chamam-se assim os pequenos sinais inven- tados pelos massoretas para representar os sons vocálicos, a pausa lógica e a cantilação, quando perceberam o perigo de se deturpar a transmissão do texto, porque o hebraico entrava em declínio como língua viva. Esses sinais não fazem parte do texto originál e se colocam em cima ou em baixo das consoantes, de sorte que se dizem extra-textuais. Neste capítulo só trataremos dos que representam os sons vo- cálicos. São eles: n = â, às vezes, ê e ô. ' = í e ê. 1 = ô e ú. Forma Nome Representação Pronúncia A E breve . longo T Pathah Qãmeç gãdhôl Seghôl a e â em em em pá. cal, (?). pé. ÇA. A ere ê em — ver ou ve. 8 AS VOGAIS 9 I breve [ longo í breve O [ longo LI \ f breve Forma Nome Representação — Pronúncia — Hireq qãtôn i em — fino, riu. ''— Hireq gãdhôl A 1 cm — vi, rio, tio. — Qãmeç qãtôn ou hatúph O cm — pó. _ i Hôlcm A O cm — cousa, pôs. — QibbÚç u cm — susto. 1 — Shúreq ú em — lua, tua. 10. [ longo As palavras gãdhôl, qãtôn c hatílph significam respectivamente grande (longo), pequeno (breve) c abreviado ou apressado. Os sinais dos sons longos, pois, são (— ) (— ) ('— ) (— ou i) c (1) â ê i ô ú. Chamam-se em hebraico: ynp^ — n.^ — hn^ pyu — □'^In e p-IIB). ' Os dos sons breves são (— ) (— ) (— ) (— ) e (— ) á é í ó ú. Chamam-se nJlS — "7130 — p-|;n — ]bp^ fOp e "f13p. Além de se classificarem cm breves puras e longas por natureza, as vogais também se classificam em longas por posição, como veremos adiante (No. 112-3) e 116-3) mas estas se representam pelos mesmos sinais de sons longos acima indicados. São apenas três : ã ê õ, — — - — Posição dos sinais. Todos os sinais das vogais se colocam debaixo da consoante excepto , 1 e 1. Os traços horizontais maiores na coluna sob o título "Forma", representam a consoante e servem para indicar a posição que o sinal vocálico ocupa relativamente à consoante. Daí se vê que o hôlem se representa por um ponto à esquerda e um pouco acima da consoante ou ainda por um vav com um ponto em cima. O hireq gãdhôl se representa por um (yôdh) à es- querda da consoante e um ponto sob a consoante que o precede. As vezes, defectivamente se representa apenas pelo ponto sob a consoante, conforme o hireq qãtôn. O 1 (shúreq) sc representa por um T (vav) com o ponto ao lado esquerdo, à metade da sua altura. Também em certos casos, que veremos adiante, se pode representar pelo sinal de u breve y (qibbôç). 10 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR A representação do hireq gãdhôl com ' e de holem e shúreq com vav se dá porque já se usavam, como vimos, (No. 8 neste capítulo) as letras referidas C" e 1) como sinais de vogais no texto. Quando os massoretas inventaram os sinais extra-textuais, não eliminaram as letras vocálicas, mas acrescentaram a essas os novos sinais, de sorte que há uma duplicação de sinais vocálicos nesses casos. 11. Vogais indistintas ou semi-vogais. Os massoretas inventaram tam- bém sinais para representar o som indistinto de vogais esvaídas do começo e do meio das palavras de acordo com os princípios que estudaremos adiante. Este sinal chama-se Sheva (lê-se xevá) e consiste em dois pontos em plano vertical (— ). Sheva simples. E o sinal referido (— ) que se coloca em baixo de uma consoante comum cuja vogal se esvaiu pela distância da sí- laba tónica. Substitue qualquer vogal mutável (Cap. XV-§ 116-3) e conserva um restinho de som vocálico, mas indistinto e que se representa na transliteração por um pequeno V acima da linha. Serve para unir uma consoante sem vogal a outra pertencente à mesma sílaba, ex. : "^ipS beqôl — — debhar. O "| final toma a vogal ou o — em seu seio, assim: — Mas nesse caso é secante (§12). Sheva composto. Quando esse som indistinto representado pelo sheva simples (:) ocorrer sob uma gutural, ele conserva um leve tom da vogal original, um som intermediário muito breve entre o sheva simples e a vogal original. Êsse som não chega a ser, porém, o de uma vogal plena. Nesses casos ele se representa por um sinal com- posto de um sheva simples e a vogal breve da classe a que pertence a vogal original. Êsses três sinais se chamam shevas compostos: de pathah (— ) ; de seghôl (— ) ; e de qãmeç hatúph (— ) ou então hãtêphs que quer dizer rápidas. Nesse caso se diz: hãtèph pathah, fiãtêph seghôl, hãtêph qãmeç. Todos êsses shevas são vocálicos, pois ainda conservam alguma cousa, embora indistinta, do som vocálico original. 12. Sheva secante. Toda consoante sonora e não final sem vogal deve trazer sob ela o sinal de ausência de vogal (— )• Esse, chama-se mudo ou secante. Serve para fechar a sílaba. Não se representa na transliteração, ex. : '["'D^Pi — talmidh — aluno (não tal^midh). AS VOGAIS 11 Resumindo, os shevas são: quanto à forma, simples (— ) ou compostos (— ) (— ) (— ). Quanto à função, podem ser: secantes ou mudos; e sonoros ou vocálicos. O secante indica ausência de vogal e serve para fechar a sílaba. O vocálico substitui uma vogal original esvaída e serve para ligar uma consoante sem vogal a outra, pertencente à mesma sílaba (ver § 14). 13. Deficiências. O sistema de sinais massoréticos tem, a despeito de sua incontestável excelência, algumas lacunas notáveis: 1° — Não distingue bem entre o i breve e o í longo. São às vezes representados pelo mesmo sinal (— ). 2° — Também representa pelo mesmo sinal (— ) dois sons de classes e de quantidades mui diversas, c e o. Provàvelmente a pronúncia do â era no tempo em que os mas- soretas inventaram os sinais vocálicos muito imprecisa e seme- lhante à áo 6. A distinção era mais de quantidade do que de som. De fato, os judeus modernos, especialmente os de origem polaca e alemã, não fazem distinção na pronúncia dessas duas vogais. Não obstante a confusão de sons, não se deve confundir a classifi- cação dessas vogais que são de natureza mui diversa. Em numerosas transliterações do hebraico para letras romanas, Jerônimo sempre representa o qãmeç gãdhôl por a, no IV século. O mesmo se pode dizer de Orígenes quando transcreve para o grego em sua Hexapla. Na Setuaginta, do 3° século A.C., se pode mostrar que os tra- dutores transliteraram por alpha (a) o qãmeç gãdhôl, ex.: □l'7tí^Ilí^ e 'A^eacraXcon (2 Sam. 15:1) Absalom. Em português inúmeras palavras conservam êsse som do qãmeç gãdhôl, ex. Israel, Alleluiah, etc. As inscrições de Tell el-Amarna, em assírio, que datam de épocas áureas da língua hebraica nos dariam novas confirmações, ex. : D^tyi")' e urumlim — som ainda conservado em português, — Jerusalém. Tudo que se acaba de dizer parece indicar que a confusão dos dois sons representa uma corrupção da boa pronúncia antiga. Seja, porém, como for, convém distinguí-los para o bom enten- dimento das alterações fonéticas da palavra, de sorte que sempre representaremos por ã o qãmeç gãdhôl e por o o qãmeç qãtôn. 3° — Outra lacuna lamentável é a de haver um só sinal (— ) para 12 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR representar ao mesmo tempo o som esvaído de uma vogal — o sheva vocálico; e a ausência de vogal sob a consoante sonora no meio da palavra — o sheva secante ou mudo. Êsses dois sinais exercem fun- ções tão diversas que é de se lamentar não haver como distinguí-los na escrita. Exercício 3 Translileração das seguintes palavras com vogais representadas por letras vocálicas: moio D^oio n^T i^::; mp mt:; "ní< í<^n xin b^i Xh ^^^^ '^'^ ^010 rrh> iD^^in n^p ^'^n n^n '?ip ^3 Nota: O ' podendo representar í ou á, o 1 o ou ií, qualquer dessas representações servirá neste exercício em que o principiante des- conhece as palavras. Exercício 4 Transliterar para caracteres hebraicos as seguintes palavras, só fazendo uso das letras vocálicas: Mê, Mi, Mâ, Li, LÔ, Li, Tôbh, Tôbhim, Tôbha, Tôbhôth, Sus, Súsim, Súsâ, SDsÔth, Meshíbh, Hôlikh, Niri, Súsi, Súsênú, Súsô- thênÚ, SHirâ, Sim, Súm, Qúm, Qôm, SHôri, Hi', Hu', Ki, Qôl, Ruç, SHÚbh, Môth, Múth. Exercício 5 Transliteração de palavras com sinais massoréticos: '1^5 b^p^ nçip D^ín nnin ^niís n^nia nico r ^b iD-^^^in -ibí< ni?2n "3^010 0^010 ^3 ^ip Dn'^ nrh vih n?3 ' - T •- ' V V V T T wrb^ n n^n '?i"ia •'^n noio noio v: T • T T • t: - T A SÍLABA 13 Exercício 6 Transliterar para o hebraico (com sinais massoréticos) as seguintes palavras: (Notar que ã e â = — ; õ = — ; ê = — ). Qãtal, Qãt^lâ, Qôtêl, Qat^lú, Kãthabh, Yiqtõl, Dãbhãr, D^bhãrim, Lô, Záyith, Gãdhôl, Bãrakh, Bãrúkh, Qôl, 'ayin, Yayin, Dãvidh, 'ãdhãm, 'Mhãmâ. Capítulo III A SÍLABA 14. Constituição. A sílaba pode constar de uma, duas ou três consoantes, mas de uma só vogal plena, ex.: 3 — '^bj^ — ]3. Não há sílaba sem vogal plena, de sorte que a palavra terá tantas sílabas quantas forem as suas vogais plenas, ex. : TpV^ tem duas sílabas. Início da sílaba. Toda sílaba deve começar por consoante. A única exceção é o 1 conjuntivo quando sôa como ú (§ 22-4°)- ). Uma sílaba pode começar por duas consoantes, mas nesse caso a pri- meira deve estar unida à segunda por um sinal (— ) que se chama sheva vocálico ou de ligação, ex. : V^D. Si a consoante inicial nesse caso for gutural o sheva será então composto, um dos hãtêphs. Mas nenhum desses shevas é suficiente para formar sílaba, ex.: DDN é um monossílabo. Fim da sílaba. Pode a sílaba terminar em consoante sonora; nesse caso essa consoante não sendo a última da palavra tomará um sinal igual (-— ) sob ela, porém de natureza mui diversa, o sheva se- cante, que é apenas um sinal de ausência de vogal, ex.: '^bpV Essas sílabas chamam-se fechadas (ver No. 15). Nas sílabas finais não se exige o sheva secante, ex. : b^p. Excetuam-se o final, o fl (com dãghêsh) e as palavras que terminam em duas consoantes sonoras sem vogal, exemplos: "^"13 — ri{< — "["13. Se a sílaba que termina uma palavra acabar com duas consoantes sem vogal, a primeira sonora e a outra muda, só a sonora leva o sheva secante, ex. : í<"!']. Mas se acontecer o contrário, a palavra terminar com duas conso- 14 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR antes sem vogal, a primeira muda e a segunda sonora, ambas ficarão sem sheva secante, ex. : nt^lp'?. As consoantes mudas no meio da palavra não levam sheva, ex.: n«-|p. Dois shevas simples sucessivos. Se no meio da palavra ocorrerem dois shevas simples em sucessão imediata o primeiro é secante e o segundo é vocálico, o que equivale dizer que o primeiro vem sob a letra que encerra uma sílaba e o segundo vem sob a letra que começa outra sílaba, ex. : l'7tpp\ Nenhuma consoante sonora no princípio ou no meio da palavra pode vir sem vogal, ou sem o sheva que indique, ou ausência de vogal, ou redução de um som vocálico que se esvaiu. Nenhuma consoante pode receber mais do que uma vogal ao mesmo tempo. Portanto, não há sílaba sem vogal nem sílaba com mais de uma vogal, como acima se diz. Certos casos de vogal furtiva que estu- daremos adiante (§ 18.-7. e 152-2°-b) não contradizem este prin- cípio como à primeira vista pode parecer. 15. Classificação das sílabas. As sílabas podem ser: 1. — fechadas, quando terminam em consoante, ex. : 2. — abertas, quando termi- nam em vogal, ex. : 13 ; 3. — há também uma sílaba intermediária ou neutra, denominada por alguns como semi-aberta, ou semi-fechada, porque a consoante que a devia fechar traz um sheva que precisa de ser classificado como vocálico, ex.: "'K3)(l). A razão de ser dessa classificação não pode ainda ser entendida pelo principiante e não há necessidade imediata de a reconhecermos aqui neste capítulo. Fixe bem por enquanto o principiante o que é sílaba aberta e fechada. Note-se mais que a sílaba final terminada em N ou em n, con- sidera-se aberta, pois essas letras são mudas no fim da palavra (cap. I, No. 4). Assim sendo, é o mesmo que terminar em vogal quando a última sílaba da palavra termina por uma dessas duas letras, ex. : iih — ^<D"^ — nWD — H]! — palavras em que todas as sílabas são abertas. 16. Influência da sílaba sobre as vogais. 1. — A sílaba aberta deve ter vogal longa. Para as átonas essa regra é invariável. Sendo tónica, pode ter vogal breve. 2. — A sílaba fechada deve ter vogal breve. A SÍLABA 15 Essa regra não varia nas átonas. Sendo tónica pode ter vogal longa, ex. : 131 • — dã-bhãr, CD — ma-yim, To'7n — tal-midh. O principiante encontrará sílabas átonas com vogal breve e que parecem ser abertas. Mas é apenas o caso da sílaba neutra ou semi- aberta de que tratámos há pouco (No. 15), ex. : lbr\ Mais adiante se verá a razão por que não podem ser consideradas nem como abertas nem como fechadas, (§ 117 e 119-4°). Como se vê, a influência da sílaba sobre a vogal depende de duas cousas: do acento tónico e de sua natureza, isto é,de ser ela aberta ou fechada. 17. Acento tónico. Regra: — A sílaba tónica é sempre a última. Há al- gumas exceções em que o acento tónico recai sobre a penúltima sílaba. São as impropriamente chamadas seglioladas, o dual, os casos de H paragógico e de H local ou de direção, certos nomes e verbos por efeito dos sufixos pronominais que recebem, e casos de eufonia ou de ritmo. Noutro capítulo se dará uma classificação desses casos (Cap. XVI, § 123, 5), que se estudarão no correr do compêndio. Nesta primeira parte as palavras que tiverem a tónica na penúltima sílaba recebem um sinal convencional nos vocabu- lários de cada lição, assim: "^JÍ — l'?''? — Nunca a tónica recai na ante-penúltima ou antes dessa. 18. Outros acentos e sinais. 1. — Dãghèsh forte. ] á. conhecemos o dãghêsh Iene (No. 4, cap. I). Um ponto semelhante dentro de qualquer letra indica a geminação da letra, ex. : '^LDp — qittel; 3113 — kut- tabh Chama-se dãghèsh forte. Como se vê, as letras normalmente aspiradas (grupo Beghadh- kephath) também recebem dãghèsh forte. Não há perigo de se con- fundir, entretanto, com o dãghèsh Iene, porque êste nunca vem pre- cedido de vogal ou de sheva vocálico. O mínimo som vocálico, mesmo esvaído num sheva, é suficiente para fazer cair, antes da letra dêsse grupo, o dãghèsh Iene, ex. : 303. Ao passo que o dãghèsh forte sempre é precedido de vogal, ex. : 'Jpy — "131. As guturais e o "1 não aceitam dãghèsh forte. Quanto à pronúncia, o efeito do dãghèsh forte sobre a letra aspi- rada é o mesmo do dãghèsh Iene, tira-lhe a aspiração natural. 2. — Mappiq. É um sinal semelhante ao dãghèsh, que só aparece agora no H final e serve para indicar que essa letra é consoante 16 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR sonora c não mero sinal vocálico. Distingue assim o sufixo pro- nominal da 3a. f. sing. da mera desinência do f. dos substantivos e adjetivos e ainda do H local, ex.: HZlV? — rainha; nzi'70 o rei dela; ri^"lA — para a terra. O mapptq se usava outrora também com o 1 e com o finais, com a mesma função. Vinha sob essas letras nesses casos. 3. — Maqqeph. É um traço de união ou hífen. Une duas, três e mais palavras, dá-lhes certa unidade, fazendo recair o acento principal sobre o último dos elementos ligados, ex. : l'7""lti^N''7Z)TIN. Significa ligador. 4. — Methegh. Freio ou amarra. E um risquinho perpendicular que aparece à esquerda da vogal na sílaba aberta à distância de dois espaços da tónica. Precede uma vogal e, muitas vezes, um sheva vocálico, simples ou composto. Se a vogal dessa sílaba for hôlem, êle vem debaixo da consoante. Suas funções: Serve para preservar a leitura nítida da vogal dessa sílaba, seja longa ou breve a vogal; marca um acento secundário da palavra, ajudando a manter o ritmo de leitura caraterístico do hebraico, de uma sílaba átona e outra acentuada, alternadamente; distingue a vogal breve da longa, em certos casos, com mudança de sentido da palavra, porque êle não aparece na sílaba fechada. Esta não precisa de methegh, pois a leitura de sua vogal está bem garantida pela natureza da sílaba. Quando aparece o methegh, o sheva que o segue é vocálico. Assim se distingue HO DP! — hokhmâ — sabedoria, de HODn — hãkh- mâ — ela é sábia; e yi-r'ô, — eles temerão, de IN")' yir-'ú, — eles verão. 5. — Silliíq. É um sinal igual ao methegh, mas não pode ser com êste confundido, pois só aparece na última palavra do verso e sempre sob a sílaba tónica, ao passo que o methegh vem sempre à distância de dois espaços da tónica, na ante-pretônica, indicando apenas o acento secundário, ex.: :y"isn .... (aí, é sillúq). 6. — Rãphe. Significa macio, brando. É um traço horizontal pequeno sobre a consoante. Tem função oposta à do dãghêsh e do mapptq, isto é indica a ausência desses sinais. Nos MSS. as letras aspiradas ou tinham dãghêsh ou rãphe. Nas Bíblias impressas o A SÍLABA 17 rãphe aparece quando a ausência de mappíq ou de dãghêsh merece particular atenção, ex.: iniÇ^^KIill — ausência de dãghêsh forte. 7. — Pathah furtivo. Quando uma palavra termina em gutural precedida de vogal longa que não seja (— ) qãmeç gãdhôl, insinua-se entre essa vogal longa e a gutural um som furtivo de a (— ) breve, ex. : ni — Noah, — Noé. Esse a deve soar antes da gutural embora venha escrito debaixo dela, ex.: nn — rúah, yotí; — shômêa', nÍ33 — gãbhôah. Não obstante essa vogal furtiva não forma sílaba nova. É uma exigência eufônica apenas e se deve à predileção das guturais pelas vogais da classe A. Tanto assim é que quando a palavra recebe um sufixo, a gutural deixa de ser final e a vogal furtiva desaparece, ex.: Til") — rúht, — meu espírito. O N final é sempre mudo e não exige, portanto, vogal furtiva, ex. : íí''^] — profeta. 19. Outras particularidades. O \D, precedido de uma consoante sem vogal ou sheva sob ela, considera-se precedido de hôlem, isto é, o seu ponto diacrítico e o hôlem se confundem, ex. : HE^D — Môshé, — Moisés. Si o ponto diacrítico estiver à esquerda e for seguido de hôlem, esses dois sinais se confundem também, ex.: ^IB' — sorêph, queimando. O tí^ com dois pontos, à direita e à esquerda, se vier no começo da palavra e sem vogal sob ele, deve Icr-se shô; o primeiro ponto serve ao sh e o segundo de hôlem, ex. : "IDt^ — shômêr, guarda; se vier no fim da sílaba, precedido por consoante sem vogal, o pri- meiro ponto representa holem e o segundo s, ex.: 'Wyi- — nãghôs, K^D"!' — yirmõs, nJti^Oiri — tirmõsnah. O i (vav com ponto em cima) é uma consoante, às vezes, e pode-se ler como vô ou como ôv, ex. : — 'avôn, — iniquidade; n1~l — rôvéh. É muito fácil distinguir êsses casos: Se o 1 for precedido de con- soante sem vogal ou sinal de ausência de vogal {sheva) e se êsse vav também não tiver vogal debaixo dele, só poderá ser êle um sinal vocálico, ex. : 3lD — tôbh, pois não há letra sem vogal ou in- dicação de ausência de vogal. 18 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Se O i precedido de consoante sem vogal ou sheva, tiver em baixo unia outra vogal, ele será consoante e soa depois de ô, ôv, sendo a hôlem, (o ô), a vogal da consoante anterior, ex. : ni"l — rôvéh. Se o 1 vier precedido de vogal ou sheva sob a consoante anterior ele será consoante e soará antes do hôlem, vo, ex. : nij!) — qãvôh nl2^P — miçvôth. Também o 1 (vav com ponto no meio e à esquerda) pode ser a vogal ti, longa, ou o vav geminado pelo dãghêsh forte. Distingue-se assim: Se vier precedido de vogal na consoante anterior, tem que ser vav consonantal geminado, ex. : "111? — 'ivvêr, cego, pois a con- soante já tem vogal e nenhuma letra pode ter mais de uma vogal. Se, porém, a letra anterior não tiver vogal, nem sheva, o 1 tem que ser a sua vogal porque não há sílaba sem vogal plena, ex. : 31t3 — túbh, bem; D1D — sús, cavalo. O t< no fim de sílaba, precedido de hôlem, toma o ponto no seu canto direito, ex. : — bô'; se o hôlem o segue, o ponto deve vir sobre o canto esquerdo, assim, i<, ex. : 3i< — 'ôbh. Mas se o N começar sílaba nova, o hôlem toma o lugar comum, ex. : DNí3 bô'ãm. As letras mudas são ' 1 H N. Elas são geralmente sonoras no começo da palavra ou da sílaba. As letras S H são geralmente mudas no fim da palavra ou da sílaba e sonoras no começo da palavra ou da sílaba, ex.: — 'ãbh, "in — har, sonoras e lô', HS^ — yãphâ, mudas. Óleo' podem ser consonantais, e portanto sonoros, também no fim da palavra ou da sílaba e não meros sinais de vogal ou letras vocálicas (§ 159.-III.-2)- ) em cujo caso são mudos. É fácil, porém, reconhecer êsses casos. Quando vierem acompanhados de vogais heterogéneas, são consonantais ou sonoros mesmo no fim da sílaba, ex. : 'In — hôy, 'n — hay, '^'^a — gãlúy, U — ziv, nb):J — 'avlâ. Quando vierem acompanhados de vogais homogéneas, são apenas letras vocálicas (§161.-3) e portanto mudas, ex. : — lí, i"?— lô. Há um só caso em que o vav (1) no começo da sílaba é vocálico e portanto mudo ou silencioso, a saber, a conjunção vav quando pontuada como ú, exemplo: ni^DZn (§ 22-4°). A SÍLABA 19 No começo da palavra ou da sílaba são consonantais e pois, so- noras, ex. : U\ — yãm, mar. Til — Dãvidh, '"INI — va'arí, "^bj:)^ yiqtõl. Exercício 7 Separar e classificar as sílabas das seguintes palavras: ■'111 - raia - nnin - i^b^ib - ijnsia - íín:^ - T T •• "T TT TT Transliterar os seguintes monossílabos: m - 3ia - T] -bv -b^- - nn - dn; - ]5 - - 2W -20-20- bbp -r:"?- oio - "'i - m - oa T - ' : ' T - T - Separar as sílabas das seguintes palavras: =n2^) - ("irii7="1!l.i?) - (I?£?"Í?'=I?£S^) - ('7£D-pi:5='rDÍP) nran - içon - nnr - Nin - i2'i - "içr - bB": - (r\2-^^ T - • - • T : - Separar e classificar as sílabas das seguintes palavras: 111; "n^ mi n::;?: ^i^v nvi m ii ■'n • T ' T V V •• T T T • T T T - ribn n^i^n mijn 2^2 tiírii^ i<b í^bi n^B2 ^;3i7 i2']rp2 i^çp: bbp: ^"i.í:; ni nn ri1n| n2bt2 n2br^ niip ip nr\i2^r2 p^i25 2^^ í:e3"T' b^2 m i72■^^5 bàD n^i2i ^ap^ mp^ mipb nico n^r22i mp 20 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Exercício 8 Translitcrar as seguintes palavras: Sus, Sú-sí, SHôr, Bên, 'ah, Bath, Q^rôbh, B-^lchoI, D-^bhar, Yish- mõr- Yish-m''ríi, Qã-tal, Qô-têl, Sã-râ, SHãin, Mã-lê', SHô-mêr, Tô-bhâ, D''bhash, Dib-bêr, Dã-bhar, Rã-'â, Rã- a, Z^khõr. Vapht, ÇMhã-qâ, Çé-dheq, Qã-rã', L-^bhabh, Y^qúm, High-díl, Lô, Lô', Nã-bhi', Yard, Nêrd, 'abh-d^^khem, Rô'sh, Dab-bêr, Yip-põl, Qui- tai, Hay-}'im, Hay-yâ, Çadh-diq, Madh-dúa', Qô-li, 'ar-ba', 'iv- vé-leth, Qav-vôth, Kas-p^khem, Miç-vâ, Miç-vôth, Y''qat-têl, 'ãvôn, Mã-shõsh, Mã-shõl, Mish-sh^bhfi-thãni. Nota: O sheva sonoro ou vocálico se representa nestes exercícios por um e acima da linha. O Sheva mudo ou secante não se repre- senta. As letras do grupo B G D K P T, sem dãghêsh, se representam acompanhadas de um h. O "Shin" se representa por Sh. Translitere-se para o hebraico â final por H— , ô por 1 c õ por .: — Excetue-se neste exercício Lô' e Rô 'sh, que devem ser apenas .: — Naturalmente ê por — e i por SEGUNDA PARTE — PRELIMINARES PRÁTICOS Capítulo IV (O 1 conjuntivo)— O VAV CONJUNTIV(0 20. A conjunção copulativa e se expressa por um vav (1) que se liga como uni prefixo inseparável à palavra que o segue. 21. A pontuação do T neste caso é geralmente um sheva —. Pensa-sc que a sua vogal original foi — (a) que se reduziu, devido à distância da tónica (No. 119-3"). 22. Devido a alterações determinadas pela fonética, pôde o ^ ser pon- tuado dos seguintes modos: 1°) — 1 — que é a pontuação comum, ex. DiDt^l e ceus. 2°) — \ — Antes de sílaba tónica, ex. ^D31 — e prata, o que parece confirmar que a vogal original foi a breve, alongado neste caso por se achar na pretónica aberta (No. 119-2"). Esta regra é tão forte que suplanta, às vezes, o 4°, a saber, mesmo antes de labiais (No. 22.-4°), o 1 leva — (ã), ex. — e rei, em certos casos de com- parações. Deus e rei, informe e vazia — lílill ^7\'T\. 3°) — \ (— ) (— ) — Antes de J^ãtêphs (^t?n) (shevás compostos), (em palavras que começam por guturais), o 1 toma a vogal breve cor- respondente ao hãtéph, a, e, e o, ex. 'JN] — e eu, — e verdade. Nota: Antes da palavra Deus — □'n^TNí, o X silencia (§ 159.-I- 3)-) e a vogal do 1, que seria — , se alonga para assim: □'H^NI — e Deus. 4°) — 1 — Antes das labiais, que são ^ ,D ,1 ,3 e antes de palavras começadas por consoante com sheva vocálico, torna-se 1, provavelmente por eufonia, ex. ]31 — e filho, □'"l^ll — e palavras. 5°) — 1 Se a palavra começar por ' com sheva vocálico, o ' silencia e o 1 toma ex. iTTirfl — e Judá. Êste caso representa uma excecão ao anterior. 21 22 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Nota : — Ha outras exceções de pontuação com — (c) , antes de gu- tural com sheva simples, ex. Job 4:2; com i antes de certas formas do verbo riTI, ex. Vm e com 1 — antes de consoantes comuns pontuadas com sheva composto, ex. 27in— e ouro, Gen. 2:12 (3nn). Vocabulário : T — pai. T T : - — Abraão. — - leão. — mãe. V V • V( — Eliézer. — urso. T — irmão. — José. T T — camelo. nin« T — irmã. min' T J — Judá. "liDn — burro, jumento. 1? — filho. — Jacó. 3'?! — cão. na — filha. - T : • — Israel. Dl D — cavalo. — homem. Dnrs T : — Fineas. — aluno. T • — mulher. — Salomão. V — professor. V.l — vinho. — pão. — Moisés. Exercício 9 T T : - V ' •• - T T T • : • •• T T -:- T • •• T : • V V • v:v Exercício 10 Professor e aluno. Aluno e professor. Homem e Mulher. Mulher e homem. Urso e leão. Leão e urso. Pai e filho. Filho e pai. Ca- valo e burro. Burro e cavalo. Filho e filha. Irmão e irmã. Judá e Jacó. Jacó e Judá. Cão e urso. Camelo e urso. Urso e camelo. o ARTIGO 23 Capítulo V O ARTIGO 23. O artigo na sua forma atual é H, pontuado com — e leva dãghêsh para a primeira letra da palavra se ela for uma consoante comum. 24. Etimologia. É obscura. A. B. Davidson entende que vem de por analogia com o árabe em que o / em alguns casos é assimilado também pela consoante imediata. Segue, provavelmente, Gesenius que diz ser e que soa em árabe hi^, pronunciado pelos beduínos modernos hal. Ewald dá a mesma origem ao artigo. McFad}'en diz que que é -n ou No primeiro caso o dãghêsh forte da letra imediata seria conjuntivo e no segundo indicaria a assimilação do ]. Green julga que o artigo provém do pronome demonstrativo da 3a. pes. m. singular Todas essas conjeturas visam explicar a presença do dãghêsh forte na letra que segue o artigo. 25. Forma. É invariável em género e número e aparece sempre ligado, como um prefixo, à palavra que êle determina. A sua pontuação tem um caso fundamental que é com «n, levando dãghêsh para a letra seguinte. Mas esse caso sofre modificações, se a letra seguinte for gutural porque as guturais não recebem dãghêsh. Devido às alter- ações de sua vogal para compensar a impossibilidade de geminação das guturais, o artigo toma tres formas de pontuação: 1°. «n a) — Antes de consoantes comuns, levando dãghêsh à letra seguinte, ex. □'QH. b) — antes de 11 e PI, em que a vogal do artigo não se alonga, como devera, (§ 151. l°b) e se considera porisso o dãghêsh implícito, ex. '7D''nn, Sinrf. 2°. n a) — Antes de N e "1, universalmente e de y, geralmente, ex. • T ' - I • T T ' • T b) - -intes de n e (com qãmeç e tónicos), ex. "IH^' ^V'?- 3°. Ha) — Antes de 11 e P (com qãmeç, porém, átonos), ex. D"'"!v'C' bDvn. T T r b) — Antes de n e n, ex. DDnn — 'Vnn. 24 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Nota: O 1 não é gutural, mas também não aceita dãghêsh (§ 151.1° a, c). Essas alterações não são arbitrárias, mas se baseiam na lei fonética das vogais, como havemos de ver (§ 151.1°c). A fonética das vogais só não explicaria a pontuação com seghôl, a do 3". modo de pontuar o artigo, que se prende também a razões etimológicas (§ 178.2). O artigo participa um tanto da natureza de um pronome demon- strativo e deixou mesmo vestígios desse uso cm certos casos, como □Vn — hoje, ( o dia), H^^^Vn (a noite) — esta noite. 26. O artigo indefinido não existe. A idéia indefinida se expressa pela omissão do artigo, ex. DV ou pelo numeral "TriN — um, ou ainda pelas palavras — homem, Híí^N — mulher, usadas antes do sub- stantivo, ex. «'DJ ty^hí — um profeta, riN!''3] Ht^X — uma profetisa. Vocabulário: Y~\^ — f. — terra. D^Dl^ — ceu (só no pl.). 3*1.n — f. — espada, yi^i^ — a terra. "IH — montanha. — cidade (f.). WÒ — agua (só se Cin — montanhas) UV — dia. usa no pl.). '/'n — doença. DDn — sábio, ypl — firmamento, "inn — a montanha. ht^U — mal, tristeza, sofrimento. Exercício 11 T T V : ■ t: V V V - : t t ~ ' v t t : • - t ~ ' : • - - -mm T2;n-c;^xm mnn-nim ní<^-□^<m nxn T T : • T • T : V V ~ ~ : • -: t •• t : t t TTv: "T • - T - : - ^ • T j • — : "tv Exercício 12 O pai e o filho. O irmão e a irmã. As montanhas e a cidade. O sábio e a doença. A espada e o dia. A montanha e o ceu. O leão e o burro. A agua e a terra. O firmamento. O cavalo e o camelo. o ADJETIVO 25 Capítulo VI O ADJETIVO 27. L'sos do adjetivo. Póde-se empregar o adjetivo como qualificativo, ou mero modificador do substantivo, ou como completivo, (predi- cativo). Concorda em género e número com o substantivo que modifica ou de que é completivo. 28. Como qualificativo, vem DEPOIS do substantivo. Se este estiver definido, o adjetivo leverá artigo, ex. h^ll U13 — um grande povo, '71121 D^n — o grande povo. 29. O substantivo pôde ser definido pelo artigo, pelo construto, ou por um sufixo pronominal (§ 100). 30. Se um substantivo definido tiver dois ou mais adjetivos que o modi- fiquem, todos estes levarão artigo, ex. 012^^11 0311 Dyn — o povo sábio e poderoso. 31. Como completivo (predicativo), NAO leva artigo. \'em geralmente ANTES, mas pôde vir DEPOIS do substantivo, ex. 0^1 '7112 — o povo é grande. Nesse caso se dispensam os verbos liames, è, está, são, etc. Mas às vezes se usa o pronome pessoal, no género e número apropriados, depois do completivo, cx. NU D"! ~ini7 — monte é alto, ou, entre o completivo e o sujeito, como uma espécie de liame, ex. □ ''n"'7Nn Nin nirr só Yahvéh é Deus, ou Yahvéh é o único, (ou, o verdadeiro) Deus. Esse uso é enfático. \'ocabulário: — povo. "7112 — grande. T T — 0 povo. T — forte, poderoso (em número). Q-l T — alto. □'n'7N — Deus, (plural de eminência). — bom. — Jeová (Javé, ou Yavé, ou Senhor) Exercício 13 TTT TTT TT "TT TT T -TTT VV- TT: T-TT 26 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR • : - T T T V V - v: T * Exercício 14 O povo é forte (numeroso). O professor é sábio. O bom cavalo. O cavalo é grande. O bom aluno. A montanha é alta. A grande montanha. O burro grande é bom. O bom cavalo é grande. O bom cão e o grande urso. Um povo alto (nobre) e numeroso (forte em número). O camelo é grande. Capítulo VII PREPOSIÇÕES INSEPARÁVEIS 32. As preposições e outras partículas foram originalmente substan- tivos que se desfiguraram com o uso, existindo agora em alguns casos apenas em forma fragmentada. Deste número são as pre- posições 2, D e b , que se prefixam à palavra com que teem relação inseperàvelmente, estando todas sujeitas às mesmas diferenças de pontuação. Significam 3 — em, come por; 3 — como; h — para, a, (local e de movimento, final, etc.) sinal de dativo e de infinitivo. 33. Pontuação. Há cinco maneiras de se pontuarem essas preposições. 1". 3 — que é o caso comum, ex. Di^^t^a — em paz. 2°. 3 — antes de consoante pontuada com sheva, ex. — no coração de ... , '?ti'pV — para governar. Se a consoante for esta letra silencia (não levando sheva), ex. nillT, nilirV — para Judá. 3°. 3 (a) (e) (o) — antes de guturais com ^Ãew composto, elas tomam a vogal do respectivo sheva composto (hãtêph), ex. — para lavrar. Antes de o N silencia, ex. '']li<3 — no senhor; antes de certas palavras muito frequentes como □'H^X, também o t< silencia e a vogal -TT se espande para — sob a preposição assim, — para Deus. O mesmo acontece com o infinito construto de dizer, ibK. PREPOSIÇÕES INSEPARÁVEIS 27 4°. 3 — Antes de sílaba tónica, ex. DD*? — para vós, □'d'? — para águas. 5°. -n+S — Antes do artigo, o H cai e cede a sua vogal à preposi- ção, ex. ■^'^p'? — para o rei; i^^p"!*^ — ao firmamento. 34. A palavra T\^7\\ tem as vogais de '^lií, de modo que recebendo pre- posição se pontua nin'3 — em Yahveh. 35. "]0 — de, indicando procedência, como from em inglês. Pode ter outros sentidos com força causal, instrumental e privativa como a sinta.xe mostrará. Foi também um substantivo que se desfigurou e se usa em geral como uma partícula inseparável. 36. Pontuação. 1) — -D — é o caso comum. O 2, letra fraca, é assimi- lado pela consoante seguinte, que toma dãghêsh (é geminada). Certas consoantes quando pontuadas com sheva, dispensam o dãghêsh forte. Exemplos do caso comum e dessa pequena exceção: D^OD, da água, H^pO — do fim de, ou ao fim de. Quando a con- soante com sheva é \ êste silencia, ex. niirTQ — de Judá. 2) O — Antes de guturais, ex. j^yj? — de uma árvore. Com algumas guturais às vezes permanece o — e se considera o dãghêsh implícito, ex. Y^^['0 — de fora. 3) yi^np ou y27ri']D — Antes de artigo, ou segue a regra 2) — , ou, as mais das vezes, liga-se a preposição integralmente com maqqêph à palavra seguinte. Vocabulário : 'P — quem? (interrogativo). 'P']? — De quem é filho? 'D/' — De quem? (para quem). ''h — Para mim, (eu tenho); ""V 1? — eu tenho um filho. DTDn '•p'? — De quem (é) o cavalo? DIDIl ''b — o cavalo é meu (para mim). ty' — há (advérbio). — Há para mim (Eu tenho) .... — Qijib ní< — A mãe tem um irmão (Há um irmão para a mãe). □'31 — Muitos. PI. de 3"! — muito, grande (adjetivo). 0''~[''p'7ri — alunos. nÍTp'7ri — alunas. — boi. 28 gramática hebraica elementar Exercício 15 xin-"iDir nç^^-^ç?!" r]f2h0-^t2v nnx-^^in T T ... - - •■ I -;- T T - .. I .. - • T : Exercício 16 José está sentado (sentando) na (sobre a) cadeira. Tu escreves (escrevendo) um livro. Salomão escreve (escrevendo) provérbios. O irmão está de pé (estando de pé) e a irmã está assentada (assen- tando). A filha anda (andando, f.). Nós estamos de pé. Eles es- crevem (escrevendo, m. pl.). Eu vou (ou ando) (andando). Moisés está de pé sobre a montanha. A mãe está sentada na cadeira (sobre a . . . ). O filho fica (ou está) de pé. Capítulo VIII PRONOMES PESSOAIS 37. Formas do nominativo: Pessoa Singular - — Partes signif- Plural Partes Signi- icativas ficativas. la. comum 'D:í< — Eu — Nós U 2a. masculino — Tu n T DFINI — Vós on 2a. feminino riNl — Tu n HDris ,]n!S! — \ os ]ri 3a. masculino NIH — Ele 1 in — Eles □ 3a. feminino X^H — Ela ' n T n3n ,in — Elas 1 38. A forma da 2a. pes. sing. procede da forma original masc. nriJN PRONOMES PESSOAIS 29 e a 2a. pes. fem. singular procede da forma original ''D^i^, que se contraiu primeiramente em 'flNí, em T)^ e finalmente em HM. A 2a. pes. do plural masc. foi originalmente DWX, que é no árabe antum e no aramaico ]inN — attun. A forma do feminino plural da 2a. pes. foi originalmente y\T\\^ — attun. Ainda há vestígios dessas formas arcaicas em certas formas de sufixos pronominais aos verbos (§ § 217, 228, 332). A 3a. m. pl. foi Din — originalmente. 39. No Pentateuco o feminino se expressa pela 3a. pes. m., exceto em onze vezes nas quais no entanto, os massoretas pontuaram o n com — assim, NIH, mas conservaram o 1 em lugar do 40. Naturalmente a pausa pode determinar a mudança da tónica e o alongamento da respectiva vogal na la. pes. singular, ''^N cm lugar de 'Hx e "'3Í^Í em vez de '3iN, e na 2a. sing., masc. ilJlA e f. — riX. 41. No caso obliquo, o pronome se liga ao verbo, ao substantivo e às preposições em forma fragmentada, derivada das formas acima indicadas. Êsses fragmentos dos pronomes consideram-se as partes significativas deles e se chamam também sufixos pronominais. São êles: Da la. pes. sing. — i, ni, ki; da 2a. m. — ta, f. — /; da 3a. m. V, ou hu, feminino, y on ha; da la. plural, — ««; da 2a. pl. m. tem, fem. — ten; da 3a. pl., m. w e f. n. Em alguns casos, a parte signi- ficativa provém da forma arcaica do pronome (§ 332). Também se usam como sufixos subjetivos (§ 217, 228). 42. Não há nb verbo um modo que corresponda exatamente ao nosso indicativo presente. Mas ajuntando-se um particípio presente ao pronome, concordando com este em género e número, expressa-se muito bem a idéia do presente do indicativo nosso, assim: eu an- dando, tu andando, tu (f.) andanda, nós andando s, etc, iQm-se eu ando, tu andas, ele anda, etc, ex. "^,7} 'JN — '^'?n ^^l^|í — ^l^|í nZ)'?!! — □"'ZjVí^ l^n3X — que significam: eu ando, tu (m.) andas, tu (f.) andas, nós andamos. Vocabulário : nlj"7in andando, indo. andando (m. pl.). " (f-sing.). " (f. pl.). 30 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR estando de pé. ' (m. pl.)- (f. sing.)- estando de pé (f. pl.)- assentando (ou assentado), morando. " (m. pl.). (f. sing.). Cadeira, trono. livro. 31113 — escrevendo, sobre D''3riÍ3 — " (m. pl.). provérbio. wbwD — ^ provérbios. Exercício 17 - ninxi nf2^^b - inyi nir^n ,oio rrí^i nni2i<b T : T : • •• T t: -: ' ' t t : - : ■• • T . T T : V : • • : - v - Exercício 18 Eu tenho ('V) pai. niãe, irmão, irmã, filho e filha. De quem é o livro. O livro é meu (para mim). O professor tem muitos alunos. (Há alunos muitos para o professor). O pai tem muitos cavalos (□"■pi D). Eu escrevo no livro. Vós escreveis (escrevendo, part. pres. m. pl.) em um livro. Êles (são) alunos de (para) um professor sábio. Qem (é) o professor? Um homem bom. De quem (é) o boi? O boi (é) do (para o) aluno. Tenho (Há para mim) um irmão e uma irmã. Há vinho na terra. Há um aluno grande e bom. Há agua na cidade. O camelo (é) grande. □noiy — (n-raly) n-raly — 3t^V — □^3:^1' — ND3 — -|£5D — T T PRONOMES DEMONSTRATIVOS 31 Capitulo IX PRONOMES DEMONSTRATIVOS 43. Demonstrativos. la. pessoa Singular Plural M. nr — este V F. nt<l' — esta C. n'?N — estes, estas. 3a. pessoa Singular Plural Nin — aquele, DH ou r\D7] — aqueles — aquela, ]ri ou njn — aquelas 44. Funções: Os demonstrativos podem ter função predicativa, ou de adjetivos determinativos, seguindo nesses casos quase a mesma regra do ad- jetivo (No. 27), a saber: 1) — Como predicativo, não recebem artigo e precedem o substantivo, ex. {^''Nn ilT — êste é o homem, Hti^Kn DNf — esta é a mulher. 2) — Como adjetivo determinativo vem DEPOIS do substantivo e tanto êste como o demonstrativo tem que levar artigo, ex. D^H njn — êste povo, riTH {í^^í^n ■ — êste homem; estas palavras — ■• T -TI- 3) — Quando o substantivo vier modificado por um adjetivo quali- ficativo e um demonstrativo, êste virá no fim, ex. nTH 2)127] 0I7n — ■ ' ' V - - T T êste bom povo; Nliin 3ÍI3ni Dli^yn Qyn — aquele povo poderoso e bom. 45. A forma do f. Diit substitui DN?, que vem de tíj mais a terminação n, do f. Essa forma t<T equivale a HL 46. Formas raras. Em lugar do f. sing. aparecem if e Hf; bi^, em lugar do pl. c. n^í^, no Pentateuco umas oito vezes; e M na poesia, mas geralmente com a função de pronome relativo. A forma Hf tam- bém aparece às vezes com função de pronome relativo, ex. Ps. 104:8 . . . "lugar que (HT) . . . fundaste." Há as formas TíÒT] m.,ir'?ri f. e f*?!! c, ainda mais raras, ver Gen. 24:65, Ezequiel, 36:35, etc. 32 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Vocabulário: T T — f m 1 — nnlíívrp i 1 1 • / UJCLÍCL V 1 £X • • T ^JCXICL V i Cl«3* — bo3.s. 1 1 ^ 1 w T "1Í33 — a menina. — filho de quem? (De quem é filho?) — De quem é filha esta menina? — De quem é este cão? — filho de José, ou o filho de José. — um filho de José. Exercício 19 T T - T T - V • V - - V - - • : - nnl^n nsn nxt - nsn nxt - njn oíDn 3í£d - njri 3iísn - n^pxn D^nicsn n^Din - nxtn nsn n^ia V •• T • - • T : - - T ■ T : - • - • T : - V ■• V •• T • T : - V •• T • • : — ■ : V •• T Exercício 20 Êste cão. Êste (é) o cão. Êste bom cão. Este cão (é) bom. Êste(é)o bom cão. Esta espada (é) boa. Esta boa espada. Esta (é) a boa espada. De quem (é) esta espada? De quem (é) esta boa espada? Esta boa espada (é) do (para o) herói. De quem (são) estes bons alunos? Êstes bons alunos (são) do sábio professor. De quem (é) filho êste bom menino (filho de quem (é) este honi menino)^ Este bom menino (é) filho de José. PRONOMES: INTERROGATIVOS E O RELATIVO 33 Capítulo X PRONOMES: INTERROGATIVOS E O RELATIVO 47. Interrogativos: 1) — 'D ^ — que?n (pessoal), invariável em género e número e de forma imutável. 2) — ilD — que (para cousas), in- variável em género e número, mas de vogal mutável, conforme a consoante da palavra que o segue: 1". 'HD — antes de consoantes comuns, ex. nrilD — que é êste? 2°. riD — antes das guturais n e PI, considerando-se o dãghêsh implícito, exemplo, N''n"no — que é isto? 3°. 7]D — antes de "I e às vezes de y, ex. HX") nriN HD — que vês tu? 4°. riD — antes de guturais com — , ex. r)''^V TID — que fizeste? Em certas circunstâncias, as formas HO, HD se encontram também antes de palavras que começam por consoantes comuns (não gu- turais), ver 1 Sam. 4:6 e 2 Reis, 1:7. Também nas formas nQ3 e nD3 — em que (maneira)? r[D'b}J — Sobre que? 48. riD também se pode considerar como uma conjunção exclamativa, ex. nin DVn QIDTID — guão bom é este dia, ou por um adverbio como, ex. Gen. 44:16 — como nos justificaremos? O dãghêsh usado no primeiro caso de pontuação é conjuntivo (§ 168). 49. O pronome pessoal 'Q admite sinal de acusativo, ex. 'ript^^ 'PTIN a quem oprimi? Mas HD — que nunca é precedido de DN. 50. Estes interrogativos também aparecem como um indefinido, tanto o pessoal como o para cousas, respectivamente como — quem quer que, ou — o que quer que. 51. O relativo — que é invariável em género e número e participa mais da natureza de uma conjunção do que da de um pronome propriamente dito. Não serve por isso de sujeito nem de objeto na cláusula em que aparece, devendo vir nessa cláusula um outro pronome que indique o sujeito ou o objeto, que se refira ao ante- cedente e que se chama retrospectivo, ex. Eu sou José, que ("Ití^N) vós me ('riN) vendestes para o Egito. No uso vulgar, porém, veio-se a dispensar éste pronome retrospectivo sempre que possível, razão 34 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR pela qual, talvez, "Ití^t^ veio a ser considerado como pronome relativo. 52. Não obstante, a sintaxe hebraica desse pronome na cláusula ad- jetiva é como português estropiado, como falam as crianças e as pessoas incultas, ex. — o homem que falei com você, em vez de, o homem de quem lhe falei; o lugar que ("IK^N) estás de pé aí (Dt^), isto é, o lugar em que estás de pé; o lugar de onde vens, se diz: o lugar que vens de onde (Dí^p). 53. O relativo aparece em formas inseparáveis e abreviadas -ty, -t^, levando dãghêsh para a letra seguinte, sendo provàvelmente expli- cadas essas formas pela queda do e pela assimilação do "1, ex. 'Vt^ — gue é meu. Antes de X aparece uma vez t^, Juizes, 6:17. Bem raramente antes de guturais. 54. Quando "It^N introduz uma cláusula, pôde significar — aquele que, aquilo que, tanto no nominativo, como no acusativo. Nesses casos pode vir precedido de preposições e de flK — sinal de acusativo. 55. O relativo é muitas vezes omitido quando não faz falta ao sentido. 56. Usa-se também como mera conjunção que. Vocabulário: ('^DiN) ou — comendo. — tu comes (tu comendo). - nKÍ"l — vendo. — vindo, f. nA3 ; parte, de Í<Í3 — vir. — árvore. -131 — falou. XlTp — lendo. Í3 — nele, ou, com êle. n3 — nela. INO — muito (advérbio). □t^ — ali, onde, lá. — de lá, dali, de onde. — para lá. □1pQ — lugar. Cl'?' — meninos. niÇ^iy — fazendo. HÍN — Para onde? o VERBO 35 Exercício 21 V V •• ■ -: ■• T - T - T T T T T T - T ' •• V T T - V ■ T : - V •• V - V V - - V - V - T T - "iKp b^ii: 13 Niip n^;ri "içon - n^?3 "ini nm ^n-nx-nfsc; "n^^in nní< "it:;^^ Diprsn nx?: nl£D T - • V T T ' •• T - V -: ' T - : Exercício 22 Quem (é) este menino? Quem (é) esta menina? Quem (é) aquele menino? Quem (são) aqueles meninos? Que fazes? Leio (eu lendo) no livro grande que (está) sobre a cadeira. Para onde vais? Vou para um lugar muito bom (bom muito). Tenho um livro muito bom. Quão (como) bom é este lugar. O lugar em que tú estás de pé (é) bom. A quem vês? Que vês? Vejo montanhas. Vejo a terra em que existe (há) água ( a terra que lá há água, ou ainda a terra que água nela). , Capítulo XI O VERBO 57. Raiz. Nomeia-se o verbo em hebraico pela 3a. pessoa do mascu- lino singular do completo, a que os gramáticos chamam de perfeito. Como em nossa lingua se nomeia o verbo pelo infinito, assim se traduz no vocabulário, — reinar, mas de fato, a tradução é reinou. 58. Desinências pessoais. Expressam-se as diferentes pessoas pelo a- créscimo das partes significativas do pronome pessoal àformasimples por que se nomeia o verbo (No. § 57), exceção feita da 3a. pessoa do feminino que se faz com o sufixo comum do f. dos substantivos 36 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR e adjetivos (§ 64). Assim temos: Pt~\è\V — tu guardaste (m.); ri~!Ót^ • — tu (f.) guardaste; 'rilóty — eu (c.) guardei; I^IDt^ — nós (c.) guar- damos; DfílDW — vós (m.) guardastes; ]ri~)OB' — vós (í.) guardastes; nOíy — êles (c.) guardaram; nnpt^ — ela guardou; ~\D^ — êle guar- dou (raiz, ou radical). Esta última forma é básica ou fundamental. Dela é que procedem por afixos as varias modalidades do verbo a ser conjugado. Vocabulário: — ouvir (ouviu). — prep., sinal de - T — dizer. objeto direto. np."? — tomar. — para vós. - T — vigiar. — rei. — lembrar. -Joel. — reinar. l^n — andar (andou), ir. T r — ser. — casa. — escrever. — a escola. ^« — a, para. — a palavra do Senhor. 713 — assim. ■ T : — o meu coração. □i'n — hoje. — a voz de Jeová (Senhor) I V — ontem. □IN T t — homem (Adão). 59. Graus. O verbo tem modalidades especiais peculiares que faltam às línguas ocidentais a que se dá o nome de graus (Cap. XXXI). A forma simples que estamos considerando chama-se gal, que quer dizer leve ou simples. 60. Particípios e infinitos. Na forma simples, a saber em qal, é fácil de se conhecerem os particípios e os infinitivos se notarmos os se- guintes caraterísticos: 61. Particípio presente. Êste se carateriza pelas seguintes vogais: — na primeira sílaba e — na segunda. 0 1 da primeira sílaba é sempre imutável (§ 138) embora se escreva as mais das vezes defec- tivamente — ; e o "TT (ê) é mutável, quando se lhe ajuntam sufixos vocálicos, as desinências do f. sing. e as do plural, m. c f. O par- ticípio será sempre no m. sing. "IQK' — vigiando, substantivado, vigia, sentinela; 3riÍ3 — escrevendo, etc. o VERBO 37 62. Participio passado. Tem os seguintes sinais: — (ã) mutável na pri- meira sílaba e 1 (ú) imutável, na segunda, assim: nOty — vigiado; 3inZl — escrito; i^lOty — ouvido, com — furtivo, porque termina em gutural precedida de vogal longa que não pertence à classe a (18.7 e 152.-2b). Êsse participio também recebe as desinências de género e número. 63. Infinitivos. Há duas formas de infinitos: o absoluto, que expressa a idéia da ação, nua, destituída de modificadores ou modalidades. Não recebe sufixos, nem prefixos (exceto a conjunção vav). Cara- teriza-se pela vogal ~ (ã) na primeira sílaba, e pela vogal i (ô) na segunda, ex. "IÍDt^ — vigiar, "ll3r — lembrar; rlDty — ouvir, com — , pathah furtivo (§ 18.-7). O hôlem da segunda sílaba é imutável também, mas aparece escrito defectivamente, — Tij. Outra forma de infinito é o construto, que tem sheva na primeira e .: — mutável na segunda, — "IDE^ — vigiar, "IDT — lembrar, etc. Êste pode rece- ber prefixos e sufixos, ex. IlDtí^V — para vigiá-lo, ou para ele vigiar. O sufixo pode ser subjetivo ou objetivo nêsse caso, dependendo do contexto. Vocabulário : — não há, não está, não existe. vt V — para comer. — tempo, ocasião. — aprendendo, (estudando). — à noite (n'7^'?+n+3). — não. — olhos. — os olhos, f. dual. ■• T — para os olhos. — muito, muita cousa. — ler, ou para ler, — NlpV- 3n« — amando, gostando. '3 — porque, quando, que. 38 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Exercício 23 T T T V - : T T ' V T T T T T ' " T ' V T T " • T : - • : - T ' V V - - T •• V T T V 'M^^ib nn?'? nr '''7 - b^^b Dr}b ^b - n^Ntn Exercício 24 Tendes vós (há para vós) pão para comer? Vamos (Nós indos) à escola para aprender. A palavra do Senhor (Jeová) (está) no meu coração. Gosto (amando) de aprender (para aprender) na escola e de ler (para ler) no livro. Tomou o homem pão para comer. O menino não tem (Não ha para o menino) tempo para escrever porque êle estuda (aprendendo) muito. E muito bom (Bom muito) guardar (para guardar) a palavra do Senhor no coração. Assim o homem ama (amando) (a) Deus. E bom (Bom) obedecer (ouvir) à voz do Senhor. FLEXÕES DA PALAVRA 39 Capítulo XII FLEXÕES DA PALAVRA 64. Género. O hebraico só tem dois géneros, como o português e como outras linguas semitas, masculino e feminino. Os sêres inanimados, ou neutros em outras linguas, aparecem como m. ou f., arbitrària- mente. O masculino não tem nenhum caraterístico. O f. geralmente se carateriza pela desinência H— ou D, precedido de — ou ou ainda de — ou de 1. As desinências do f. em D— e n— são átonas e as outras tónicas, ex. nri — r)"l.Díí> — ri"'tyNl — ri'?!!! Ha também algumas que terminam em H— tónico, rij^13. As terminações do f. em D— são geralmente precedidas por gutural, ex. DÍíf? — riTT. 65. A terminação original do f. foi D— e é importante notar, porque as atuais formas do f. em Ti—, reassumem ainda essa forma arcaica quando estão em construto com a palavra seguinte (§ 98.-2) ou quando recebem sufixo pronominal (§ 202.), ou em formas verbais do f. (No. 332). Pensa-se que esta forma arcaica n— de- generou em H— , porque a pronúncia do D foi sendo negligenciada até se tornar inaudível e o — então se alongou para—, representado primeiramente só por um H {mater lectionis), ao qual os massoretas acrescentaram o — que o precede (§ 8. e 10.). 66. Número. Ha tres números, singular, plural e dual, representados pelas seguintes desinências: PI. m. D'—, PI. f. ni— e Dual, m. ou f. . O tema singular do m. naturalmente é arbitrário não tendo nenhum traço distintivo. 67. Cumpre observar que o Dual é apenas um plural das cousas que aparecem aos pares em a natureza, não tem a significação de duas cousas, como no grego; e não se usa no verbo, nem no adjetivo, nem no pronome (No. § 73. e § 8L). 68. Resume-se o que se disse no seguinte quadro: Singular Plural Dual Masculino — 0?-=- Feminino — atual: H— ou D ; arcaico — (fl— ) Di— D?-=-- 40 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 69. A formação do m. pl., do dua! c do f. sing. sc faz pelo acréscimo dos sufixos respectivos ao radical masculino, ex. □''pID — cavalos, — narinas (dual),nD1D — egua (D1D — ca^■alo), D^V — moço; noVl? — moça. 70. O f. plural sc faz: pelo acréscimo do respectivo sufixo ao radical, quando êste c f. independentemente de qualquer terminação, ex. ni"l — vento, espirito, pl. — n1m~l — ventos; ou pela substituição do sufixo do f. singular pelo do f. pl., ex. HIlíD — mandamento; nl2f p — mandamentos. 71. O sufixo dual de uma palavra f. é simplesmente acrescentado ao tema se êste não tiver já a desinência do f . singular, ex. — mão, D^í^ — mãos. Mas se a palavra já tiver a desinência caraterística do f., ela deve receber o sufixo do dual depois de trocar a desinência atual do f. pela arcaica, ex. nsty — lábio, plural — □'ÔStí' — lábios (dual). 72. Há algumas palavras f. que fazem o pl. na forma m., ex. n^tP — ano, CJtí' — anos, e outras m. que fazem o. pl. na forma f., ex. — coração, ni33 <* — corações. 73. Como o dual não se usa nos adjetivos, pronomes e verbos, as pa- lavras dessas categorias vão para o plural quando concordam com o dual, ex. ni'7n3 D'"!' — mãos grandes (§ 81). 74. As alterações sofridas pelas vogais do tema em certos casos acima indicados obedecem a leis fonéticas rigorosas que estudaremos adiante (§ 116, 130, 133, 139). 75. A desinência D— do f. é mais frequente nos particípios e nos inifi- nitos construtos (§ 248, 468 e 527). 76. A forma D— (tónica) é mais comum na poesia, mas também ocorre na prosa, ex. ri"inD — no dia seguinte. 77. Quando o m. termina em vogal, o acréscimo de D indica o f., ex. '3«lo — m. e n'3Nla — f. — wocèíVa; nin; — >í/e2/, nnin; — judia; NDIl — pecador, nN£3n — pecaminosidade, (pecado). Estas formas em n devem ser todas vestígio da forma arcaica do f. 78. Os que terminam cm no m. fazem o f. em n ou em H— . Neste último caso, porém, geminam o no esforço de iniciar a última sílaba por consoante, visto que não se começa sílaba por vogal, FLEXÕES DA PALAVRA 41 (§14.-), ex. '-inv ~ hebreu; r\\12V — hebréia; n^i^l^V — hebréias; — frota, m. — navio, í. 79. A forma do pl. m. nesses casos de palavras terminadas com no singular, como Dn^V — hebreus, (de — hebreu) representa uma contração da forma que deveria assumir o pl. — D''n^V — hebreus (□"'nav). 80. D]Ò — água e □'Ot^ — céu são plurais que só se usam nesse número e não duais como poderiam parecer. A sílaba tónica, porém, é a penúltima, talvez por analogia com o dual que termina do mesmo modo. Os respectivos singulares são 'D e 'Dt^, que não se usam. 81. O dual em algumas poucas palavras significa dois, como em □'Di' — dois dias, □'rijtí? — dois anos. Com os numerais pode expressar idéia multiplicativa, mas esses casos pertencem já à sintaxe (§ 73.-). 82. Existe uma terminação H— , vestígio do acusativo hebraico, que se chama he local ou de direção e substitui a preposição de movimento para, ou expressa idéia local, ex. nç^niíp — para o Egito, ou n^"jA — em terra; HD^Òtí) — no ceu. Não se deve confundir com a desi- nência do f. que sempre leva o acento tónico, ao passo que no caso presente a tónica é na penúltima. Ha ainda a terminação H— para- gógica, que não altera o sentido da palavra e também se distingue do sufixo do f. por levar a tónica na penúltima, ex. h''^ e tÒ''^ — noite, ambas as formas, masculinas, e outras. Alguns gramáticos discutem êsse ponto do género dessas palavras, mas Gesenius e Green julgam improcedentes as razões alegadas. 83. As palavras terminadas em 11— perdem essa desinência ao rece- berem os sufixos do plural e do dual, ex. nity — campo, nllty — campos. 84. Desinências anómalas do feminino. Ha algumas terminações anó- malas do f. como a forma aramaica , ex. — sono, em que o N substitui o n. Salmo 127:2; e na poesia nri— , que deve ser um f. com n paragógico ou então uma dupla desinência do f., ex. iiri^lty^ — salvaçsiO, Sal. 3:3, Jon. 2:10, (H^lt:';); nn^TH =nNÍn — e^/c; e noutros casos ainda. 85. Distinção de género. As palavras do género masculino não teem nenhum traço distintivo, constituindo o m. a forma primária da palavra. 42 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 86. Distingue-se o género dos seres vivos: 1) — Por formas arbitrárias, que designam seres do sexo m. ou do f., ex. 3l< — pai; DNí — mãe; 13^ — servo; nDt< — serva, ama; — carneiro; "^n"! — ovelha; "IlDn • — jumento; ]ini< — jumenta. 2) — ■ Pela desinência de /., como já vimos, H— (tónica) ou n— , ex. ~IB — boi; HIB — vaca. 3) — Alguns são m. ou /., e não designam o sexo do indivíduo, mas apenas a espécie animal, como ^^3, m. — cão; m. — lobo; n^V, f . ■ — pomba. São os de género específico, como em português, jacaré, cobra, etc. 4) — Ha também os que são comuns de género e designam tanto os do sexo f. como os do sexo m., como cV?! — camelos, Gen. 32 :16, f. e 24:10, m. (ou talvez dos dois sexos). 87. Os inanimados, ou pertencem ao m. ou ao f., ou são epicenos, mas quase sempre mesmo nêsse caso, predomina no uso um desses gé- neros sobre o outro. Não ha, como nalgumas outras línguas, o género neutro. Green afirma que o único vestígio do género neutro é o do pronome interrogativo HO — Que, para cousas (No. § 47.-). De tudo quanto se disse se conclui que o meio mais seguro de se acertar na determinação do género de uma palavra hebraica é a consulta aos bons léxicons. 88. Pode-se acertar em geral por exclusão das do género f. uma vez que se observe o seguinte: 89. São femininas em geral as seguintes palavras: 1. As que designam seres do sexo f. como, ]irii< — jumenta; — rainha; Di* — mãe. 2. As que terminam em H— tónico; em D— (tónico ou átono); em D— átono; em D—, D'—, ou m— (éstes são sempre tónicos) ; ex. r\W — ano, Tl^^l — terra seca; nob»!? — moça; rip,!^ — esmeralda; ns~j^ — Sarepta; T\r\^ — uma; nráD — anel; firí — conhecimento, saber; rhf\p — pregador; ÍTl^X — manto, casaco; rinnç — o dia seguinte; n''tí)N~l — princípio; rTl.nN! — fim; flID^^O — reino; DIDn — refugio; m3n — caverna, cela, adega, cova. 3) — Os nomes próprios de cidades e países. Alguns désses são m. quando se referem ao habitante e f. quando se referem ao país, ex. — Moab. T FLEXÕES DA PALAVRA 43 4) — Os nomes comuns de lugares definidos, distritos e regiões, ex. — cidade, '^iNty — She'ol, ]ÍS^ — norte. Mas há exceções. 5) — Os nomes de instrumentos e utensílios usados pelo homem, e dos órgãos ou membros do corpo humano, (ou dos animais), espe- cialmente daqueles que aparecem aos pares em a natureza, ex. 3nn — espada, DÍ3 — copo, taça, bví — sapato; ]]V — olJw, h'!'! — pé; mas há exceções, ex. — narina, p|"l'y — pescoço, HS — boca, que são masculinos. 6) — Os nomes dos elementos, das forças naturais, invisíveis, ex. tí^X — fogo, nn — espirito ou vento, — alma, tí^DE^ — sol. Algumas, dessas, são comuns de género, mas prevalece o uso no f., como tyot^ e Pin. Além disso nessa classe há exceções, ex. PI"!.' — lua, m. 7) — Os nomes abstratos, como nON — verdade. A maior parte dêsses se faz com o sufixo comun do f., ex. n"1133 — força, Hj!)"!!^ — justiça, etc. Ficam incluídos na segunda regra (§ 89.-2). 8) — Os coletivos geralmente, muitos dos quais se formam do particípio na forma f., ex. n'7Í3 — cativeiro, T]2^'' — habitantes, nS^bí — inimigo. 90. Nesses casos o m. designa a unidade, o individuo, e o/, a coletividade; mas há exceções, como 'JK — m. — frota (coletivo) e — f. — navio. 91. Nota — -Os que aparecem aos pares fazem o plural na forma do dual, quando significam os membros do corpo, mas no plural f. mudam de sentido, ex. □'ry — olhos, DWV — nascentes, (olhos dagua), — pés, nlV]") — pés de mesa, e outros. 92. O plural masculino D'— aparece às vezes defectivo em D— e outras vezes em ]'— , ex. — reis, Prov. 31 :3, quase que só na poesia. Outras vezes, termina em , como em 'Ity — príncipes, '"rty — o TODO PODEROSO; neste caso o ' é da raiz, mas no primeiro pode ser o sufixo meu, com o pl., que perdeu a força de sufixo. O mesmo parece ter acontecido com a palavra 'JilX — Senhor, em que provavelmente o sufixo meu com o plural de eminência en- fraqueceu e a vogal — alongou-se para — perdendo o sentido de possessivo e passou a significar apenas o Senhor (§ 175.-). O caso é discutível, no entanto. 44 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 93. Ha também a forma obsoleta em D—, como e □''33, no mesmo V. 13 do cap. 8 de Êxodo (texto hebraico) ; e também d'?P — escada, Gen. 28:12, provavelmente, pl. degraus. A penúltima palavra na versão de Almeida se encontra em Ex. 8:17 e significa piolhos — □33. T ■ 94. Ha casos em que o □ final do pl. cai, ex. '30, Salmo 45:9. Já no Salmo 150:4, ocorre □''30 — instrumentos de corda, com o □ final. O dual também assim aparece, às vezes, """T^ em lugar de □'"!' — mãos. Vocabulário: nÇ3 — quantos? □:3ti; — dois (adjetivo, m., § 347). — três, (subst. m.) (Ver § 348). T\y — para ela. ph — ela tem. I*? t^;'. — (há para êle), êle tem. □3 — também. noVi? — donzela, moça. "IS — touro, boi. n"lS — vaca. T ' T T □''"IB — bois. ninS — vacas. • í T '7^K — perto de. "^tyo — governou. — todo, subst. abstraio, equivale a totalidade. n'?SriTI''3 — casa de oração. n'?£)rinTI''3 hvt, — àcasa de oração (com H— de direção — n'?£)ririTiri''3). ~l£)priTl''3 '7^< — à escola; ~IDpnTiri''3 — à escola (com H de di- reção). Exercício 25 ^\rò^^ wib^ w:^^ í^inn n^sn - ?^5inrí n^aa wib-^ nr^s T- -t: •-: - • - • "t: t- rr^an b22í<-n1"iDi ons ,Q^m d^oio m ^^-^b^ • V •• T . j r . . - •• T -b^2 bm '^m '^bi;i'r\ nj - mi - br}\ xv. "^^"^^ í<inri o CONSTRUTO E O GENITIVO 45 • T : - T v : - T •• : - : ■ v t ' : . -"inTní< mr^li:; naiGn nmn - n-rn idos n^nins '^m - : V T : T - T • T V - • : v -: nx-tn rir^hvn - n^psnn-n^s bi< "^bin nnnn - mn^ T : - T T • : - •• T T V ■ T Exercício 26 Gosto (eu amando) de (para) ler a palavra do Senhor. Vou à escola que (está ou fica) perto da casa de oração. Vou também à casa de oração. Guardamos todos (a totalidade de) estes manda- mentos (Dl^p, f.). Quantos alunos tendes (há para vós)? Tenho muitos alunos e também muitas alunas. Nós vamos ao Egito. To- das estas boas vacas (estão) perto da casa grande. Estas são as boas palavras que (estão) escritas naquele grande livro. Capítulo XIII O CONSTRUTO E O GENITIVO 95. Não há mais desinências que indiquem os casos, a não ser algum vestígio (§ 82). 96. Pode-se empregar um substantivo, porém, como modificador da idéia do outro, como em português, — chave de ouro e no genitivo grego e latino, dando lugar a uma relação, em que o primeiro de- pende do segundo. Neste caso o primeiro, que depende do segundo fica em construto, ou no status constructus e o segundo que não de- pende do primeiro, antes o limita, se diz estar no estado absoluto. 97. A essência dessa relação consiste, como nos substantivos compostos em nossa língua, na unidade da expressão, resultando disso que a segunda palavra é que recebe o acento principal e a primeira recebe um acento secundário apenas, devendo ser abreviada o mais possível na pronúncia e na escrita; e a segunda, que está no absoluto ou no ge- nitivo, nenhuma alteração sofre. O abreviamento da palavra que fica 46 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMEl^TAR no construto afeta as suas consoantes ou as suas vogais (quando estas são mutáveis, (§ 116.-3) e cm certos casos umas e outras. Assim sendo, o nomen regens, isto é, o que precede um outro no genitivo é que sofre alterações, ao contrário do latim e do grego, em que o genitivo é que modifica a sua desinência. Pelas alterações referidas da primeira palavra é que se conhece geralmente que ela está em construto. , 98. Póde-se geralmente conhecer o construto pelas seguintes alterações de sua desinência: 1) — O plural masculino e o dual perdem o D e as respectivas vogais se tornam, ex. ■^'^On ''pID — Os cavalos do rei; '^"^On T^? — 05 olhos (dual) do rei. 2) — A atual terminação do feminino H— volta à forma arcaica D—, ex. D^n n?T — os peixes do mar, mn' Dlin — a lei de Jeová (Yavé). 3) — Alguns terminam em H— , por se derivarem de verbos lãmedh he, e mudam essa terminação em H— , ex. Disn nipD — o ajunta- mento das aguas (§ 639). A desinência do f. plural não sofre altera- ção, ni— , ex. ■^'^On nlDID — as éguas do rei. NOTAS: 1 — O caso 3, acima indicado, de mudar para H— os que terminam em H— , pode parecer contrariar o princípio acima referido de abreviamento da palavra, mas presidiu a isso sem dú- vida a lei de menor esforço de sorte que a maior facilidade de pro- núncia suplantou o alongamento aparente da escrita. É mais fácil dizer-se nS71 do que H^h. 2 — No masc. singular o construto não afeta a desinência da palavra, de sorte que se as suas vogais forem imutáveis (§ 116.- 1, 2) ou se a palavra já tiver forma breve, como acontece com a maioria das segholadas (No. 133, Regra 1.), o seu construto e o seu absoluto são iguais, só se distinguindo pelo sentido ou pelo con- texto, ex. "^'pQn D1D — o cavalo do rei; l^líjsn "^'70 — o rei da terra. 3 — O construto m. pl. arcaico assumia a desinência , em vez da atual — '— . 99. Definição do construto. O construto nunca leva artigo. O artigo no absoluto define a expressão toda, ex. "^"^on 'DID — Os cavalos o CONSTRUTO E O GENITIVO 47 do rei. O nome próprio já se considera definido e por isso não leva artigo. Se o absoluto for nome próprio, a expressão toda está de- finida, ex. "liOfP — O salmo de David. Nestes casos para tornar indefinida a idéia é preciso circunscrever com ^ o genitivo, assim: T1"tV "IÍOJP — um salmo de David (um salmo para David, b , dativo). Pode o construto ser indefinido se o absoluto o for tam- bém, assim: nOFlVp í^^^N — um guerreiro {um homem de guerra). 100. O absoluto será definido: se tiver artigo, se for nome próprio, se for pronome ou se tiver sufixo pronominal ou se estiver em constr. com outro construto definido e em todos êsses casos o construto também é definido, ex. 'D ~\W — o boi de quem? 'niSí — a mão de meu irmão. 101. O construto deve ser imediatamente seguido pelo nome no absoluto com que se relaciona: Daí decorre: 1) — que o adjetivo que modi- fique o construto tem que vir depois do absoluto, ex. '=]'^Sn 'Dl D □'alDn — Os bons cavalos do rei. Se o construto e o absoluto esti- verem no mesmo género e número, haverá ambiguidade, ex. Dl D 3l£3n '^'^Dn — o bom cavalo do rei; ou, o cavalo do bom rei, o que se evita pelo circunlóquio: "={'^^'7 "^^^ 3Í£3n DIDIl — o bom cavalo que para o rei; 2) — Se o construto for definido, o adjetivo também será (§ 28), ex. riDiLDn '^'^on DDID — a boa égua do rei. Vê-se que o adjetivo concorda em género e número com o construto, mas não em estado. Se concordasse em estado, poucas vezes se daria a ambiguidade atraz referida. 3) — Nada se deve colocar entre o construto e o absoluto senão o artigo no absoluto e o H de direção no construto, ex. '^'^n 'Jt^ 3p^! nri'? — Vou à casa de Jacó. 4) — Não se devem colocar em construto dois nomes com um mesmo absoluto, de sorte que para se dizer os filhos e as filhas de José, ter-se-á que dizer: VriÍJ31 ^DV '5? — os filhos de José e suas filhas. 5) — No caso contrário de construto regendo dois absolutos, o construto deve ser repetido, assim: l^lí^H ''n'?^] □'Dt^H 'rib'N — o Deus do céu e da terra. 102. Podem-se empregar vários construtos em sucessão imediata: "^"IT Q^nn — o caminho da árvore da vida. 48 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Nota: Um construto com outro construto definido também é definido, como no ultimo exemplo, o que significa que a definição do absoluto final define toda a série de construtos. Nota: Encontram-se raramente alguns casos excepcionais a essas regras ou deduções do § 101, 3)- e 5)-, ex. deste ultimo, — Gen. 2:4 — gerações dos ceus e da terra; de excessão a 3) — , Is. 9:1 e 2. 103. A relação entre o construto e o absoluto se expressa geralmente pela nossa preposição de, mas pôde ser expressa por outras quando o sentido exigir, especialmente quando o construto for um adjetivo ou particípio, ex. '7^n — grande em força; ^'Dlí' n3lD — boa em entendimento (mui inteligente). Vocabulário : «13 T T — criou, (criar). V ' T I T — chamou, deu nome; (chamar). -n« ,-3 ,«-ip. — leu. (ler). — luz. — perfeito, HD^pri — perfeita. T : - — rainha. p'l¥ T — justo. — mar. D'!?' — mares. nipp — ajuntamento. T T — dominar. n3tí) - T — descansar. — sétimo, (adj. m.) n T — peixe, njl — f. de peixe (e coletivo, às vezes) Exercício 27 •:: t' T T ' V T T V : • - t - v • v: t t T'T T": - '-T t't-''TT b^r2 - r\ir^r\ ^010 ni<r2 d^dId - minn nson mí^n - T I .. .. - .. . . j - T T T COMPARATIVO E SUPERLATIVO 49 T ~ T ~ t:-- - T 'VTT t: ttt ti; -narina nniíDn •n':'?3n-nDio - n':'i-ia n^bròb im .... ^ . .j. - _ ^ . .j. . _ _ .. _. I .... - .. .j. - - ; • TTT T T I • • nn^2 n^b^in x^n - c^ra^ i<ip n^r^r\-nipr2h - □•'nico T •• V V • • - t' T • : Exercício 28 O pai e o filho vão à escola. Nós (m.) vamos à escola. A mãe e a filha vão à escola. Descansou Deus no dia sétimo {'^^''2^7]). Leu na lei do Senhor (Jeová) todas (a totalidade de) estas boas palavras (m.). Escreveu Moisés no livro da lei todas estas palavras. Na casa de Jacó, há uma grande árvore. Na escola há muitos alu- nos e muitas (ni3"l) alunas. A rainha desta terra é muito boa. O pai chamou o menino com voz forte (grande). Capítulo XIV COMPARATIVO E SUPERLATIVO 104. Não há forma peculiar do adjetivo para expressar o comparativo nem o superlativo. Expressam-se o comparativo e o superlativo por meio de uma perífrase em que a qualidade do adjetivo no grau positivo se realça ou coloca em eminência por meio de uma prepo- sição no termo de comparação. Essa preposição é ]D para o com- parativo de superioridade ou de inferioridade e 3 para o de igual- dade, ex. ^DVD "^ilJ n^D — Moisés é maior do que José; José é menor do que Moisés — ntí^QO laj!) ^PV- Ou de igualdade — ^Di' riE^D^ ''i"'? — José é tão grande como Moisés. 105. A qualidade pode ser expressa também por um verbo e destacada do termo de comparação pela preposição, ex. ^DÇ — sou maior (ou, mais velho) do que tu, Gen. 41 :40; T\iÒl2 ^r\~\'T\VÇUl 3nt<»] 50 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR — amava também a Raquel mais do que a Léia, Gen. 29:30. Em termos ao alcance do principiante, a mesma sentença: '?^■^■n^ií 3nb< nN!'?p — êle ama (ou, amou) (amando) a Raquel mais do que a Léia. 106. Os comparativos correlatos se expressam apenas pelo artigo ante- posto ao adjetivo, ex. lÇf?n .... "^Iljn ~lÍt<Dn — o luminar maior e o menor, isto é, entre os dois grandes, Gen. 1 :16. 107. O Superlativo. Pode ser, como em nossa lingua, relativo e absoluto. 108. O relativo se expressa comumente: a) — pelo artigo anteposto ao adjetivo; ex. ]9pn {meu filho, o pequeno) — o meu filho mais moço; b) — pelo adjetivo em construto com o substantivo, ex. ''^H? Tyn — os grandes da cidade, isto é, os maiores da cidade; c) — O adjetivo com sufixo pronominal também é outra maneira de se expressar, ex. DB^p'!!?] d'^Í13P — desde os seus maiores até os seus menores, Jonas 3:5, isto é, literalmente — dos grandes deles até os pequenos deles, d) — Além desses anteriores, o adjetivo ou o verbo seguido de ]P tem, às vezes, força de superlativo e não de mero comparativo, ex. 1 Samuel, 15:33, — "A tua mãe será a mais des- filhada das mulheres." 109. Superlativo absoluto. Êste se faz das seguintes maneiras: a) — pela forma analítica como em nossa lingua, a saber, com o advérbio I^D simples ou repetido, ou ainda por esse advérbio antecedido da prepo- sição 3, Tt<p3, (em abundância); também antecedido da preposição lNP"Ty ; Ifc^p li^p .... n3it3 — muitíssimo boa {boa, muito, muito), Num. 14:7; lb<P"lI7 nB\ — muito bela, bela em extremo, 1 Reis 1 :4. b) — pela repetição do adjetivo uma ou duas vezes, forma igualmente analítica, como falam as crianças quando querem dar ênfase, ex. íí^llp ^^"^p., ^^"^V-, — Santo, santo, santo, Is. 6:3. c) — por um substantivo equivalente ao adjetivo, em construto com o mesmo no plural, forma idiomática, ex. O rei dos reis, o cân- tico dos cânticos, o santo dos santos — com artigo ou sem êle, rei dos reis, santo dos santos, ex. Ct^lj^^ ^~\p, ou □"'E)"T[?n tí)"l'p. Essa forma entrou para nossa lingua como um hebraísmo. 110. Ha ainda a forma bem idiomática — DTlbfcí'? ri'7i~r3 — grande para Deus, {muito grande) de Jonas 3:3. COMPARATIVO E SUPERLATIVO 51 Vocabulário: nS' — belo. □'D' — belos. nS' —bela. niD'— belas. T T T ni33 — alto, (adjetivo). ]3 — jardim. □'33 — jardins. t<32^ — exército. nÍN3X — exércitos, m. TV, f. — cidade, níp m. — dêste, do que este. DNÍO f. — desta, do que esta. ^'?^ííD c. — destes, destas, do que estes, etc. ní3 m. — como este. nNÍ3 f. — como esta. hVnd c. — como, estes, estas. 'ON — minha mãe. '33 — os jardins de ... . ^^ik — mas. T -; '3)3p — de mim, do que eu. ^Op — de ti, do que tu. 13Dp — dêle, ou de nós, do que êle ou do que nós. ÍD3 — como êle. ■^ÍDD — como tu. "1 — rapaz. ITiy 3 — rapariga, moça. rrrÍK — irmão dela. 'nt< — o meu irmão. T ■ T • T '3Ní'n'Il — casa de meu pai. '3X']3 — ^o jardim de meu pai. Exercício 29 : • T ~ • T •• ' 't vv- t : — •• t v v - • T : • - • T : T I- I •• - • T T - •• .... .. I .. ^ . _ . ^ .._ ^ . . ^ ._ .. ^iia nxtn ns^^n n^an - n^sn;: nina n-tn n^an : T - • T V T - • • .. - T ... - 117 n?2Dn nx-tn m^r^bnn - lara;^ 'rjiis n-^a rxi : - T T -: - T • : • t v • t • - ' •■ : T T • - ...... .. . I .. ^ j . . - biia ^nixniis m.T c?np t^lnp - n?3Dm T t: 't 't 't ^ ^ -.- • VT T T : T - 52 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Exercício 30 Esta cidade é menor do que a cidade em que tu moras (do que a cidade que tu morando lá). O meu filho mais velho é mais alto do que eu. Não há na escola rapaz tão alto como êle. A casa de meu pai é muito bela, não há tão bela na cidade toda (não há como ela (êle) na cidade toda). Aquela moça é a mais linda (bela) nesta cidade, mas não é tão inteligente ('?3tí' JlDlD) quanto o irmão dela mais moço (o pequeno). Este jardim é menor do que o jardim de meu pai, mas é (Kin) o mais belo que há nesta cidade. Eu sou mais velho do que meu irmão, mas êle é mais alto do que eu. Meu pai é muitíssimo bom, não há ninguém melhor do que êle para mim (não há homem). TERCEIRA PARTE — FONÉTICA Capítulo XV PRINCÍPIOS DE VOCALIZAÇÃO; CLASSIFIÇACÃO DAS VOGAIS E REGRAS 111. Sons originais. Os cinco sons vocálicos da língua hebraica originam- se nos três sons primários A, I, e U, como noutras línguas. Os sons e e o resultam da combinação dos sons vocálicos puros i e u, res- pectivamente, com um som de a breve antecedente. Representam o ê a contração do ditongo ai e o ô a contração do ditongo au, de acordo com o conhecido triângulo das vogais, comum às outras línguas. Todas as vogais, longas ou breves, repre- au, ô sentam fusão de sons primitivos ou nu- anças, graus intermediários, desses três I U sons fundamentais. Essa derivação dos sons vocálicos é mais perceptível no hebraico do que noutras línguas e tem grande importância no estudo das alterações fonéticas a que está sujeita a palavra. 112. Quantidade das vogais. Nesse sentido podem-se classificar em: 1) — Breves puras — — — — — , que se representam por a, e, i, o, u. 2) — Longas por natureza, puras — ~ "i 1, que representare- mos por â, ê, i, ô, ú, e os ditongos (ay) e 1— (av), que se repre- sentam do mesmo modo — (ê) ou (ê) e 1 (ô). 3) — As tônicas-longas ou alongadas, vogais que se tornaram longas por sua relação com a sílaba tónica, são apenas três — — ■ , representadas pelos mesmos sinais massoréticos que as longas puras. Representam-se, porém, por ã, ê, õ, em nossos caracteres. 53 54 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Qualquer das vogais que se alongue pela sua posição, sob sílaba tónica ou na pretônica, será uma dessas três ã, ê, õ, correspondendo aos três sons primários acima referidos. O õ — no entanto, as mais das vezes é longo por natureza. Na prática quasi que só o ã e o ê é que exercem essa função. 4) — As esvaidas. A distância da sílaba tónica reduz as vogais alongadas a shevas simples, — , um som indistinto que se representa por um e quasi mudo, pequeno, por ser impossível representá-lo melhor. Êsses shevas, sob as guturais, preservam um resquício do som original, quasi imperceptível, e são apenas três, — — — , os hatephs, ou shevas compostos. Na impossibilidade de representá-los exata- mente, o faremos assim y y Quanto às longas por natureza, convém notar que o i pode re- presentar-se por — simplesmente e o o (i), por simplesmente. Chama-se neste caso scriptio ãefectiva. Também o ú pode ser re- presentado simplesmente por — . Dos sons longos por natureza o menos comum é o — (â). Como se representa da mesma maneira que o ã (— ) alongado não há meio de distinguí-lo, senão quando se conhece a derivação etimológica da palavra. De igual modo, em certos casos, o é e o o só se distinguem de ê e õ, respectivamente, quando se conhece a forma original dos vo- cábulos em que ocorrem. Mas geralmente é fácil distinguí-los, porque o ê e o õ se escrevem defectivamente, assim -77- — , ao passo que o e e o o se escrevem de modo pleno, a saber, e i. 113. Qualidade ou natureza das vogais. Podem ser primárias de acordo com os três sons fundamentais (§111), ou secundárias quando exprimem desvios, declínio ou nuances do som original, no caso das breves; ou combinação de sons vocálicos entre si, de sons vo- cálicos com as chamadas consoantes vocálicas (matres lectionis) ' e 1, produzindo ditongos que se contraem em sons vocálicos longos. A combinação de vogais com as consoantes vocálicas pode ser homo- génea — ey, uv ou heterogénea — ay, av, etc. Rigorosamente, pois, só há três classes de vogais, dentro das quais caem todos os graus de sons vocálicos, conforme segue: PRINCÍPIOS DE VOCALIZAÇÃO 55 Classe A Classe I Classe U 1) — Vogais breves: a) — puras — — — b) — nuances ou desvios — ou — — — Ou sejam ... a e i o u 2) — Vogais original- mente longas: a) — puras — — ou — ou 1 b) — ditongos .... — ou ou i Ou sejam, todas na- turalmente longas. â ê i ô ú 3) — Alongadas ou tônicas-longas .... — — ■ — Ou sejam ã ê õ 4) — Esvaecimento das tônicas-longas — (y) — (V) — (V) Idem, dito, sob guturais — (V) — — (y) — (°/) 114. Procedência dos sons secundários. Analisando-se a tabela anterior um pouco mais, vê-se que o som de a breve puro pode passar para o de e, como por exemplo em "^^à de <'Ó. Pode ainda ser atenuado em í, em sílabas fechadas átonas, como em yiqtõl em vez de yaqtõl, "^bp: de '^bpjí. O som primário de i pode expandir-se em e, geralmente em sílabas fechadas átonas, como "^"l^' de "1^' em lugar de yãçir — "l^V O som de o, breve, procede sempre das alterações do som pri- mário de u breve puro, em sílabas fechadas átonas ou em sílabas semi-abertas, ex. m.DIl por nipH e "TD^H por IÇVÍ^- Supõe-se que as vogais longas procedam dos sons breves primá- rios, por simples extensão ou por duplicação, assim a-|-a = â. Esse som é, como já se disse (§ 112.-4), o menos comum, chegando a ser substituído por ô inúmeras vezes. Os ditongos ê e ô procedem, como já vimos também, (§§ 111, 112.-2) da combinação de um a breve com os sons de i e de u, 56 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR vocálicos OU com as consoantes yodh e vav, assim, ai e ay deram ê e au e av deram ô. O som de ê (çêre) também se pode abreviar em um som agudo de é (seghôl), ex. ]3 e "]3. O som de é representado por seghôl e yôdh não está na tabela mas deve ser considerado aqui, como um ditongo, embora de som breve, (e). E um som de difícil classificação. Os gramáticos o consideram como longo puro, ex.: as formas ri''D1D — il]''??^. Também consideram excepcionalmente o sêghol como vogal tô- nica-longa nas primeiras sílabas de palavras como 1^1- 115. Gradação dos sons vocálicos. Os sons mais breves são os das vogais breves primárias a, i, u. Menos breves do que estas são as secun- dárias breves e e o. As menos longas, de entre as longas, são as alongadas ã ê õ, ou tônicas-longas. Logo após vêm as longas primárias â í ú. Mais longa do que estas é a vogal mista ô que substitui um â primário. As mais longas de todas são í e ú, quando resultam da fusão de i e yodh e de m com vav respectivamente; e os ditongos ê e ô, que resultam da combinação de ay e av. 116. Estabilidade e mobilidade das vogais. Quanto à sua permanência ou à sua mobilidade, as vogais podem classificar-se em : 1) — Imutáveis por natureza — -as vogais naturalmente longas (§ 112.-2), â ê i ô ú, ex. TE?, b^p, D^D, incluindo os ditongos. 2) — Imutáveis por posição — as vogais breves puras (§ 112.-1) a e i o u, quando ocorrem em sílaba fechada átona, ex.: ~131P (~!P)- Também em certos casos, as tônicas-longas se tornam imutáveis por posição. Isso acontece quando elas se alongaram em compen- sação da impossibilidade de duplicação das guturais e do "1, ex. : tí^nS, em vez de ^"^B, plural CtynS. Como a causa do alongamento, a saber, — a presença de uma gutural ou do "1 na letra média do radical, — é constante, o seu alongamento se torna permanente e, portanto, essas vogais podem considerar-se imutáveis por posição. 3) — Mutáveis. As vogais alongadas ou tônicas-longas, ã ê õ estão pela sua própria natureza sujeitas a alterações, uma vez que se tornaram longas (§ 112.-3) apenas pela sua proximidade da sí- laba tónica. Sempre que houver deslocamento do acento tónico, PRINCÍPIOS DE VOCALIZAÇÃO 57 é claro que elas podem sofrer modificações. Devido à sua posição se tornam naturalmente mutáveis, ex.: — justo, pl. □'Tíí''- São, portanto, mutáveis por natureza. 117. Influência da sílaba sobre as vogais. Convém relembrar aqui o que já se disse anteriormente (§ 16.-), sobre as vogais da sílaba: A sí- laba aberta deve ter vogal longa; pode ter vogal breve se for tónica. A sílaba fechada deve ter vogal breve; pode ter vogal longa se for tónica. Daí se infere que uma sílaba aberta átona só terá vogal longa e uma sílaba fechada átona só terá vogal breve. Há, no entanto, uma sílaba mista ou neutra, que também se pode chamar semi-aberta, que tem vogal breve e pode ser confundida com a sílaba aberta, parecendo contrariar o princípio acima es- tabelecido. Isso não acontece, porém. Ela não é aberta porque tem vogal breve e é átona; e não é fechada, porque o sheva que parece fechá-la representa uma vogal esvaída e é portanto sonoro, vocálico, e não mudo ou secante, ex. : '''íP] — que se deve transliterar por yish^rê — os justos de. Essa palavra é o pl. m. construto de lí^' — yãshãr — justo. Resultou de uma desinência que estudare- mos adiante (§ 130.-2-). Sem entrar nas razões do fato, pode-se pelos princípios já estabelecidos até aqui dizer que a primeira sílaba não pode ser aberta, yi — porque violaria o princípio há pouco estabelecido, de que a sílaba aberta e átona tem vogal longa e este i é breve. Essa mesma sílaba não é fechada, porque o sheva que a segue é a redução da vogal — (ã) de y^sha-rim, o pl. m. de "Itt'' — yãshãr, portanto um shevá vocálico e não secante. Se não fosse assim a primeira sílaba seria yish, — e então seria fechada. A primeira sílaba referida não é, pois, nem fechada nem aberta e sim neutra, mista ou semi-aberta. A segunda sílaba será então sh^rê, uma vez que saibamos que a tónica é a última sílaba, como quasi sempre acontece em hebraico. Este caso, portanto não contraria os princípios atrás referidos. 118. Influência da sílaba tónica sobre as vogais. É de máxima importância conhecer a sílaba tónica. Isso é geralmente fácil porque a tónica é em geral a última, havendo exceções que não será dificil recon- hecer (§ 17.-). Damos adiante uma classificação quasi completa dessas exceções que poderá ser consultada (cap. XVI), 58 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Mas a regra de que a tónica é a última tanto se impõe que na maioria dos casos um sufixo qualquer, acrescentado à palavra, leva a tónica. Assim acontece com as desinências de género e número. Essa regra altera assim a constituição da sílaba anterior à do sufixo, ex. : □"'~!Í33 — gibbôrtm. A palavra ~1Í33 — gibbôr, recebendo o sufixo do pl. m. torna-se □''^133 — gibbôrtm, vindo a tónica para última. A última, porém, é D'"] — rim, visto que a sílaba em hebraico não começa por vogal, (§ 14.-), exceto num caso, (§ 14). Desde que o T (r) passou para a última sílaba, a penúltima agora é aberta 13 — bô com vogal imutável por natureza e a antepenúltima é 33 — gib, fechada, com vogal imutável por posição, — vogal breve em silaba fechada átona. Se a segunda sílaba tivesse vogal mutável (§ 116.-3) e a primeira fosse aberta, o deslocamento da tónica para o fim determinaria alterações vocálicas na palavra. Daí decorre que a acentuação influência a vogal tanto da sílaba tónica como das sílabas próximas à tónica uma vez que a palavra tenha vogais mutáveis (§ 112.-3) e (§ 116.-3). Essa influência obedece a leis fonéticas precisas que passamos a estudar. 119. Regras ou leis da fonética das vogais. 1°. — a sílaba tónica fechada e final toma vogal tônica-longa ou alongada, ex. : "13—1 — dã.-bhãr. 2°. — A sílaba aberta pre-tônica toma igualmente vogal alongada (tônica-longa) ex. : "13"'7 — dã-hhãr. 3°. — A sílaba aberta ante- pre-tônica, toma sheva, isto é, a sua vogal tónica-longa reduz-se a sheva, ex. : Dn^l — d^bhãrim. — 4°. Dois shevas vocálicos ou sonoros não podem ocorrer em su- cessão imediata. Quando as alterações nas vogais da palavra de- terminarem o aparecimento de um sheva vocálico em sucessão imediata a outro já introduzido na palavra, o primeiro deles tem que voltar a ser uma vogal breve eufônica e a sílaba por ele formada será então neutra, mista ou semi-aberta (§ 117.-). Essa vogal eufónica geral- mente é um -T- (hireq) breve, i, mas às vezes será uma vogal breve da classe da vogal original da palavra. Exemplifiquemos: a pa- lavra O'")'?'' ~~" y"sharim, m. pl. já tem um sheva vocálico no começo PRINCÍPIOS DE VOCALIZAÇÃO 59 y^. Se a quizermos pôr em construto com outra palavra, a sua vogal — (ã), da sílaba shã terá que se reduzir a um sheva vocálico — sh' (§ 117.-), que sucederá imediatamente o primeiro, em violação dos princípios da constituição da sílaba (§ 14.-) e desta lei ou regra que estamos ilustrando. Dest'arte, o primeiro desses shevas torna-se — i, '"Ity^ — yi-sh'rê. A sílaba yi, que se formou não é aberta porque êsse * é breve na sílaba não fechada, átona, o que não se pode dar (§ 117.-) e o sheva seguinte é vocálico pelas razões que vimos de expôr. Em vista de ser vocálico esse sheva e não mudo ou secante, a sílaba não pode ser classificada como fechada, dando-se então a sílaba semi-aberfa, ou neutra, ou mista. De fato se fosse fechada, essa sílaba seria W] — yish, mas não é tal, e sim yi. O caso em que a vogal breve eufônica resultante pertence à classe da vogal original da palavra se dá principalmente com as palavras da segunda declinação (Cap. XVII) como veremos. Mas também pode ocorrer, às vezes, com as da primeira, como em — kã- nãph ; esta, no construto plural, é ''S23 — ka-n'phê — as azas de, em vez de ki-n"phê. Essas regras se aplicam ao substantivo e ao adjetivo. Elas sofrem certas modificações, quando aplicadas ao verbo e no caso do con- struto, que importa considerar aqui: 120. 1°. No construto, a sílaba final, fechada e tónica leva a (breve) e não ã (tônico-longo), ex. : 121 — constr. sing. masc, visto que no construto a palavra se abrevia o mais possível na pronúncia e na escrita (§ 97.-). Isso poderia ser considerado também como uma exceção à la. regra. Além disso, a pretônica aberta toma sheva, ex.: Seria uma exceção à 2a. Regra. 121. 2°. No verbo também há duas modificações importantes da fonética geral das vogais a saber: a) — A sílaba fechada, final e tónica leva a também e não ã, ex. : '7^1?, porque o verbo representa a idéia em movimento (§ 211.-) e deve aparecer mais leve, salvo em formas pausais, ex. : '^^PJ- Isto poderia considerar-se uma exceção à la. Regra. b) — Quando o verbo toma um sufixo vocálico (§ 218.-), a re- dução a sheva se dá na penúltima sílaba, isto é, na pretônica aberta 60 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR e não na ante-pretônica, ex. : iTIty^ — ela é justa, distinguindo-se assim do adjetWo justa, que é nnt^V Este caso poderia considerar- se também como uma exceção à 2° Regra e à 3°. 122. 3°. Em casos raríssimos de certas palavras que têm vogal longa por natureza na sílaba final, tónica e fechada, a pretônica aberta toma sheva e não vogal tônica-longa, ex. : Dlp', 3113. Isto con- stitui, de fato, uma exceção à 2° Regra da fonética das vogais. O 1° e o 2° caso, porém, devem, de preferência, ser considerados como Regras próprias do verbo e do construto das palavras. Não deve 0 estudante preocupar-se já com estes casos que serão devidamente reafirmados e estudados no lugar próprio, (§ 211 verbo, § 130.-2., construto.) 1 — Classificar as vogais do exercício abaixo: Quanto: 1 — à quantidade, — longas, breves, ou tônicas-longas? 2 — à qualidade, classe A, I, ou U? 3 — à mobilidade, imutáveis, por natureza ou posição; mutáveis? 4 — Os shevas, secantes ou vocálicos? Nota: — A terminação do f. H— translitere-se por á. E o — da pri- meira sílaba do particípio por ô como em "^^.Tl, — hôlêkh. II — Transliterar as sentenças de 5 a 9. Exercício 31 xn3-3 - ní<?D bn3 n"'in-2 - onn D^oion n^nlíD-i TT : T - • "T ■- ■ - T T T ' V T T V : • - T - V • v: - ^na n^àn b^^-^ - mn^-nix? n^^iri □■'31 T T : - • - T : - - v v - : tt - - nn? - - - '''pn - -ib^ - novi pií<i ,n^n ACENTUAÇÃO TÓNICA NA PENÚLTIMA SÍLABA 61 Exercício 32 Transliterar as seguintes palavras: Vay-yiq-rã' '^lôhim lay-yab-bã-shâ 'éreç ú-l^miq-vê ham-má-yim qãrã' yani-mim. Vay-yibh-rã' 'eth-hat-tan-ní-nim hag-gMô-lim v^'eth-kol nephesh ha-hay-yâ. 'abh-rã-hãm, Ya-'''qõbh, Yis-rã-'êl, Yiç-hão v^Yô-sêph. Capítulo XVI ACENTUAÇÃO TÓNICA NA PENÚLTIMA SÍLABA 123. Acento tónico na peniíltima sílaba. Os casos em que isso acontece constituem exceção, pois, como já vimos, em regra a sílaba tónica é a última. Também nunca recai o acento tónico antes da penúl- tima, (III — 17). Embora não seja possível fazer uma classificação completa dos casos excepcionais de tónica na penúltima, por serem numerosos e por haver dentro desses casos inúmeras exceções, convém muito dar uma classificação geral, em benefício da boa leitura, dos prin- cipais casos em que a tónica recai na penúltima sílaba. No texto bíblico a sílaba tónica é geralmente indicada pela acentuação mas- sorética, salvo num ou noutro caso excepcional em que êsses acentos não a indicam. Sempre auxiliará a boa leitura notar a 124. Classificação seguinte: 1°) — As palavras da segunda declinação, geral mas impropria- mente denominadas pelos gramáticos de segholadas, tomam o acento tónico na penúltima sílaba. Essas fornecem o maior contingente dêsses casos. Há um meio prático de reconhecer essas palavras — é a sua terminação: Geralmente terminam assim: (-r: — ::-) (— — ) (- ■-) -) (-=- ^) (- -)• Exemplos: ^"70 - nsp — — -Ii75 — y"lí — niN — — ]".. A terminação {— —) não carateriza a segunda declinação. Note-se que esse meio prático está sujeito a exceções, porque encontram-se palavras terminadas de alguns dêsses modos que 62 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR não pertencem à 2° declinação e não têm a tónica na penúltima, mas são poucas. Alguns exemplos: "inx — nriiSí — IHi^ — "^IlZl — ■ "^D-iox — nv'i — — nnia — nity. 2°) — A desinência do dual põe o acento tónico na penúltima sílaba da palavra, Q''??1 — pés. WÒ^ — ceus e □'Ó — água, são plurais que tomam o acento na penúltima, por analogia com o dual. O singular dessas palavras seria 'Oty e 'O, mas não se usam essas formas. 3°) — As palavras que recebem o H paragógico como sufixo to- mam a tónica na penúltima sílaba. O H paragógico não muda o sentido da palavra e nem o acento tónico da sílaba em que caia o acento na forma original, sem o sufixo H— . Exemplos: — noite ; HDn = DH — èles ; ilJIl = ]n — elas. 4°) — As que terminam em 11 local ou de direção. Esse sufixo dá sentido de direção ou de localidade e dispensa em geral a prepo- sição h , nos casos em que dá sentido de direção, ex. : nn^a =r'3';7 — para casa; HD^nííp = D'1]^oV — para o Egito; de localidade, n^lN — em terra. Às vezes, aparece com a preposição, por ênfase, ex. : n'^ÍNtí''7 — para o sheol. Julgam os gramáticos que este sufixo representa um vestígio do caso acusativo no hebraico (§ 188). 5°) — A eufonia e o ritmo às vezes deslocam a tónica para a penúltima sílaba: a) — para evitar que duas sílabas tónicas se sucedam imediata- mente, em duas palavras diferentes (quando a última sílaba da primeira palavra é tónica e a primeira sílaba da segunda também) o acento tónico recua para a penúltima sílaba, (se esta for aberta), da primeira palavra, ex.: tÒ''^ «"ip^ — □n'7 b^^n — 'HB nti^y. b) — As exigências da cantilação, da pausa lógica e do ritmo obrigam o recuo da tónica para a penúltima sílaba, resultando disso o alongamento de vogais breves dessas sílabas e até a restauração das vogais longas que se haviam reduzido a shevas, ex. : iiriX (nriX) ; ≈, de iVtJj:)^; 'V| de '"73 (§ 169.-2 e 3). 6°) — O verbo no completo de todos os graus com os sufixos sub- jetivos consonantais (§ 221 e 218) e no incompleto e no imperativo ACENTUAÇÃO TÓNICA NA PENÚLTIMA SÍLABA 63 com o sufixo 773 da 2^ e da 3* pessoa no fem. plural, conforme estu- dados adiante (§ 232). Também no hiphil, mesmo com os sufixos vocálicos (§ 304), no completo, no incompleto, e no imperativo (§ 305 e 309). Excetuam-se os sufixos pesados que sempre levam o acento tónico, em qualquer grau. Ainda algumas formas de verbos fracos, no completo e no in- completo, mesmo com os sufixos vocálicos, tomam o acento na penúltima, no qal, no niphal e no hiphil, isso em verbos Ayin Vav, Ayin Yodh e nos Duplo Ayin, ex. : IDj^ — HOj^ — IDIp^ — (de Dlp) — naè — 13D (de 22D). Do mesmo modo o 1 consecutivo com o incompleto, quando a penúltima sílaba é aberta, retrai a tónica para a penúltima, ex. : DR!1 — (§ 256). Casos de retração da tónica devido à pausa já foram referidos sob o No. 5°, letra b, § 124. 7°) — Certos sufixos pronominais ao substantivo e ao adjetivo levam a tónica para a penúltima. Isso acontece com os sufixos dissilábicos conforme exposto in loco, (§199), ex. : '^'DID — 8°) — Os sufixos objetivos às formas verbais dão casos de tónica na penúltima sílaba um tanto diferentes dos casos de sufixos aos nomes, que serão devidamente estudados também in loco, (§ 333, 334, 335, e 332.-l°)-a), b) e c). As palavras do tipo nití' e T]V'l de que demos exemplo sob o 1° caso deste § sempre têm a tónica no fim e não na penúltima sílaba, porque o PI final sendo mudo (III-15), a última sílaba é aberta. De fato, tais palavras não pertencem à segunda declinação. 125. Cadencia ou ritmo. A língua hebraica obedece a um ritmo quasi uniforme de uma sílaba tónica e outra átona, alternadamente. É isso que determina os recuos de tónica de que tratamos sob o No. 5°, letra a). As palavras terminadas em pathah furtivo, parecem ter a tónica na penúltima e, de fato, não é assim, porque o pathah furtivo não forma sílaba (III-18-7); é um som apenas eufónico e deve ser pronunciado antes da consoante sob a qual êle aparece. Tanto assim é que a palavra terminada nessa vogal furtiva perde-a. 64 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR se levar qualquer sufixo, ex. : PIÍ"! — nimi. A tónica é, portanto a última sílaba mesmo nesses casos. Os casos acima classificados, de acento tónico na penúltima sí- laba, só poderão ser entendidos com clareza na ocasião do estudo de cada um dos tópicos referidos nos capítulos competentes. Não deve o estudante embaraçar-se com isso, especialmente no que diz respeito aos verbos e aos sufixos pronominais aos nomes e ao verbo (itens de n° 6°, 7° e 8° deste). Mas poderá acertar na acen- tuação em termos gerais quem observar o que se diz sob os n°^ de 1° a 5° desta classificação. 125. A) — Importante principio geral sobre tónica na penúltima silaba. Para que a tónica recaia na penúltima sílaba é necessário que uma das duas sílabas finais seja aberta, — ou a penúltima tónica, ou a última átona, ex. "ISD, nt^^l, ^Ò\5p^, nÇH. Por essa razão, o jussivo do verbo regular em qal e noutros graus, exceto no hiphil, não pode ser mais breve do que o incompleto. Vocabulário : — manhã. — pé- 3117 — tarde. ^^"^ — grama, renóvo, broto. t^Díí) f. — sol. atyi; — herva verde. r\'\\ — lua. — -semente. Tpn — bondade. Dt^ — nome, iDtí' — seu nome. nos f. — verdade. '^ll^ — manto, casaco, paletó. nS7r f. — suor, constr. de ni7T. — narina, U\B^ — narinas (rosto), ira. ■^I^Sy: — tuas narinas, (teu rosto). N^lni — e produziu. l^^nrD — semeando, produzindo (que semeia, que produz). "^^V — fazendo, produzindo. — E criou. ■flty — ser ou seres (animais). Bis: — alma. ACENTUAÇÃO TÓNICA NA PENÚLTIMA SÍLABA 65 vivente (que vive), vida, animal, fera. que se arrasta ou move. E cresceu. '13 — fruto. ■ I E desceu. NlpílT — e chamou. Egito. '7Z)NFI — comerás. Exercício 33 {Para leitura e prática da sílaba tónica) - "T - : V V - V V T ' V ' : • — t : : .mi. nçn í<;^in] - wt^] wbps^ - r\m), "iÇD - : T : ~ T t' : • - v v - -: ■- ' v t t ~ v v t t ~ - T : - : • T : - v — - : ~ v v - t - nrf^ b^m ni?T5 Exercício 34 Tradução do Exercício acima de acordo com o vocabulário anterior. n'n — T - nti^a"! — "iTl — Capítulo XVII DECLINAÇÕES: I Declinação Declinações no sentido comum do latim e do grego não há. 126. Chamam-se declináveis as palavras escritas com vogais mutáveis (§ 116.-3), suscetíveis de alteração vocálica determinada pelas leis fonéticas, quando se lhes ajunta um sufixo qualquer, ex. : '7tí)0 — wbl^D — provérbio, provérbios; "^^D — □''^'^p — rei, reis. 127. Há um certo número de palavras indeclináveis, escritas com vogais imutáveis, por natureza (§ 116.-1 ou por posição § 116.-2), que nenhuma alteração vocálica sofrem ao receberem sufixos, ex. : 66 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR bfí — tal — vogal breve em sílaba fechada átona; TO — mtdh — vogal longa por natureza, TD /'JI ; — ebh-yôn semelhantemente, vogal breve em sílaba fechada átona na 1° e vogal longa por natu- reza na 2^; "tÍ33 — gib-hôr, de igual modo. Em palavras dêsse tipo, as desinências não afetam as vogais, ex. : Absoluto Construto Singular Plural Singular Plural M. TOz-n F. n-ra"?!! T • : - ■ I - nTP'?i!i • t - 128. As declináveis podem ser agrupadas em três categorias ou decli- nações, de acordo com a classificação de A. B. Davidson, a que damos preferência por simplificar o assunto. Davidson segue G. H. A. Ewald nisso, mas apresenta com clareza e simplicidade inexcedíveis o estudo das palavras declináveis. PRIMEIRA DECLINAÇÃO 129. Caraterísticos. 1 — Têm as palavras desta declinação certa afini- dade com o completo dos verbos. As mais típicas tomam na última sílaba, as vogais ã, ou ê ou ô, ex. : "^t^D — "Í23 — '7113. 2 — São geralmente dissílabos. 3 — Têm (— ) ã tônico-longo, na última sílaba ou na penúltima, ou em ambas essas sílabas. Este o traço mais caraterístico. Pertencem a essa classe principalmente particípios, adjetivos e também muitos substantivos. Outras palavras que se conformam com as regras destas se incluem nesta declinação. 130. Regras de inflexão. 1 — Quando recebem sufixo do plural ou do feminino singular e plural, seguem a lei geral da fonética (§ 119.-), a saber a tónica passa para o fim da palavra (o sufixo), o pretônica aberta conserva a vogal, porque esta é tônica-longa, e a vogal da ante- pretônica aberta, si for tônica-longa, reduz-se a shevá. (§ 119.-, 1°, 2° e 3°). Ex. : n''"]tí'^ — yeshãrim, HJ^] — yeshãrâh, ni~lty^ — yeshãrôth. declinações: 1 declinação 67 2 — No construto, que procura abreviar o máximo possível na pronúncia e na escrita a palavra, as vogais tônicas-longas restantes se contraem. Contração nêste caso significa, na sílaba fechada, ahre- viamento e na sílaba aberta, redução a shevá. Exemplifiquemos: nty' — yãshãr — justo, tem dois — (ã) tônicos- longos. O construto dessa palavra será ~lt^' yeshar, a saber, a vogal ã da última sílaba, que é fechada, abreviou-se para a. Natural- mente o abreviamento tem que ser para vogal da mesma classe da vogal original. A vogal da penúltima sílaba yã- que é aberta, reduziu-se a shevá, -ye. Assim houve contração das duas vogais. Vejamos agora o plural da mesma palavra que é □'"Ity' — yeshãrim. Resta aí apenas uma vogal tônica-longa na sílaba shã, que é aberta. Esta reduz-se a shevá. Como já havia um shevá na ante-pre tónica ye, ficariam dois shevás vocálicos em sucessão imediata, o que vio- laria a fonética (§ 119.-4°.). O primeiro então se torna vogal eufônica, geralmente i, e temos yisherê. A última sílaba rê cara- teriza o m. pl. no construto, porque nesse caso o m do pl. cai e em compensação dessa queda, o * se alonga para o ditongo ê — Cl). 3 — No construto das formas femininas, no singular, a termi- nação arcaica e breve do f. reaparece. D— {ath), (§65.- e 98.-2) em vez de 71— (âh.). Além disso, aplicam-se os princípios da fonética às vogais do tema da palavra conforme regra anterior 2 e (§ 130.-). Ex. : nj:)"T2^ — çedhãqâh — retidão, justiça, no construto torna-se n j!)"I2^ = (çedheqath) = nj7"[2^ — çidheqath. HDty — sãphâ — lábio, no construto — nsty — sephath. 4 — No construto plural, a terminação ni — ôth, não pode ser abreviada, conservando-se intacta, por ser um sufixo muito pesado. As vogais do tema obedecerão à Regra de N° 2 também, assim n1p"T^ — çedãqôth, plural feminino absoluto de Hj!)"!]^ — çedhãqâh. O construto plural será — riip~r^ — çidheqôth, porque primeiro teria sido — riip"]]^ — çedheqôth (§ 119.-4°). Lábio é f. mas como apa- rece aos pares em a natureza faz o pl. na forma do dual (§ 67.-) e antes de tomar o sufixo do dual tem que reassumir a forma do f. arcaico (§ 98.-2)-202.-). O seu pl. é, pois, D^flSty — sephatháyim e o construto pl. 'ilElty — siphthê, (§ 98.-1). 68 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 5 — Há alguns monossílabos de vogais mutáveis que pertencem a esta declinação. Para êstes a regra é que eles se comportam como si fossem a última sílaba das palavras desta declinação, ex. : yi — dãgh, — peixe, pl. — dãghim, f. sing. TlJl — dãghâ, f. pl. Din — dãghôth. Os construtos respectivos são H — dagh, — deghê, n?"! — deghath, m'n — deghôth, da mesma maneira que a última sílaba de "It^' — yãshãr, tomaria as seguintes formas: □nty — shãrim, n"ltí' — shãrâh, Dilty — shãrôth, no absoluto; e no construto, m. s. "Ity — shar, pl. ''"IK) — sherê, f. sing. m.íy — sherath, f. pl. Dllt?) — sherôth. Da mesma sorte, D'3B — pãním, que só se usa no pl., no con- struto é '33 — penê. Mas — 'éç — árvore, faz o construto sing. em ê mesmo, a saber a forma do construto sing. é igual à do abso- luto; o pl. absoluto é 'éçim e o construto, '^1? — 'açê. Exemplo de Declinação de algumas palavras desta categoria : Masculino Feminino Singular Plural Singular Plural Absol. Constr. Absol. Constr. Absol. Constr. Absol. Constr. T T • T : T T : ni-iíí^' T ; ni-ití); m33 ni33 nn33 nn33 T •■ nl33'7 T ni33V T n'7n3 T ; ni'7n3 nl'7n3 T □^3313 T T T nscj; ■ - T : T : • T 31 □ '3T T n3-T T T nn ni3i T ni3i T 1 T : nap: nlap3 nl0R3 in3 □'31-13 '3113 n3n3 T n3i-i3 ni3n3 ni3n3 declinações: 1 declinação 69 Vocabulário : T T — justo. 131; nsty — hebreu, língua heb- — pesado. raica. 33Í3 T — estrela. N'33 • T — profeta. — juízo, julgamento. UNO — luminar, pl. DlbíD. — bendito, abençoado. — dando. ]ri3 — dar. — firmamento (expansão). — iluminando, luzindo. T T — fazer. — iluminar, brilhar, ser Pl — só. luz. — pouco, um pouco. — f. de ini:. T T — lábio, (língua, praia). — mandamento, ordem. — vingança. Exercício 35 D^n;?!^ Da njn "ison-n^a 'TP^^ri "lí^íi^ 'í^? min :n'?Nn mn"'-'"inT'r3-nx í^^nnn ans nnr nzí^ rpl? nii^p n^2i_ mm nin*' ^^^m :nç^??:;i nin*' • - T - •• : • T - : - "T - T : — v v - - • - t - m^m ,^ina nanij c;?2t27n nxra D^a-i ' - . .. - ...f - . ' .... V V - : • t: • - : - • : • T • v: T T v -: : - t - : Vocabulário : nDl^ f. — terra, solo. Wlp DDli^ — terra santa. K^"T'p — santidade. Exercício 36 No firmamento do céu colocou (deu) Deus os grandes luminares, o sol e a lua, e também as estrelas. Abraão não pôde contar (^3' TSdV) as estrelas do céu. Na Casa de Oração nós aprendemos a lei do Senhor. São muito bons os provérbios de Salomão. Terra 70 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR santa (terra de santidade) é o lugar em que estás de pé ( ... o lugar que tu estando de pé nele). Criou Deus as feras (n^Pl) da terra, os peixes (f. sing. construto) e as aves (^Ij?) do ceu. A vaca daquele homem (está) na praia do mar (lábio do mar). Nas margens (lá- bios) do rio ("inj) há muitas árvores (□'2^1^, m.). O mandamento do rei é severo (pesado). Capítulo XVIII SEGUNDA DECLINAÇÃO 131. Caraterísticos. 1 — As palavras desta declinação têm uma certa afinidade na forma com o incompleto do verbo, e com o infinito. 2 — São monossílabos originalmente. 3 — Recebem uma vogal furtiva, o seghôl (— ) entre a 2=^ e a 3^ letra do radical, tomando por isso o nome de segholadas, denominação essa imprópria, porque não é traço de todas elas e nem é permanente naquelas em que aparece, como adiante se verá. Com essa vogal furtiva tornam-se dissilábicas. 4 — A tónica permanece na sílaba original, portanto, na penúltima. Êsse o traço mais eminente dessas palavras, ex. : "111 — 1SD — 11^ — ~\^A- 132. Classificação. De acordo com as vogais do monossílabo original há três classes de palavras dessa categoria, A, I, U. Classe A Classe I Classe U "]SP ipJZl (11^3) forma primária. "ISp ipa ("lp,3) com seghôl furtivo. ■^'7 D TSD ~lp.3 forma regular em que geralmente aparecem. O seghôl furtivo entra devido à aversão do hebraico por uma sílaba terminada por duas consoantes sem vogal, como acontece noutras línguas também. Mas a introdução dessa vogal furtiva ou auxiliar toma as duas últimas consoantes para a enunciação da última sílaba, ficando abertas as sílabas D D 3, o que torna as vogais da sílaba original alongadas ou tônicas-longas bem visíveis nadasse I e na U, D e 3. Na de classe A deveríamos esperar SEGUNDA DECLINAÇÃO 71 então que fosse D (ã), mas torna-se apenas um seghôl, talvez porque 0 — (pathah) e o — têm mesmo certa afinidade entre si (§ 114.-). Os gramáticos consideram esse primeiro seghôl como tônico-longo. A tónica se conserva sobre a vogal original, visto que o 2° seghôl é apenas um auxílio à boa enunciação da palavra e a vogal domi- nante é, de fato, a primeira. 133. Regras. 1 — Nessa declinação, o construto singular é igual ao ab- soluto. Não se pode abreviar mais. Há uma ou outra exceção. 2 — Com todos os sufixos (exceto os do pl. m. e f.), a palavra reassume a forma original, ou primária, ex. : — ''"IÇP — Portanto, a primeira sílaba é fechada e a S'' letra do radical leva dãghêsh Iene, se for do grupo beghadhkephath. 3 — No plural, masculino ou feminino, a palavra segue as regras da primeira declinação, ex. : □'J^^D — □'"IDD — D''")j;)3. O construto plural é "'D<'0. Nesse caso não leva dãghêsh Iene a 3^ consoante do radical. Explica-se assim: o sheva sob a 2^ letra provém da contração da vogal tônica-longa — da sílaba É vo- cálico, portanto. (§ 119.-4°). Ficariam dois shevás vocálicos em sucessão imediata, resultando daí (§ 119.-4°) que o primeiro se torna vogal eufônica. Mas a vogal eufônica nessa declinação tem que ser a vogal primária, ex. : '3<'D — 'Ip?- 134. Impropriedade do nome segholadas para essa categoria de palavras. 1 — Se a 2^ ou a 3^ letra do radical for uma gutural ou resh "1, não aparece seghôl, mas pathah — , (§ 152.-2°), ex. : yi.r — "117] — 2nh. 2 — Se a 2* consoante do radical for ' a vogal furtiva ou auxiliar será — hireq, ex. : n^T — oliva, (§636.-). Ou então o som de a se contrai com o yodh no ditongo ''— (ay = ê, § 636.-), ex. : p''n. 3 — Em alguns casos raros a forma monossilábica permaneceu, ex. : N;2 — — «[pn — mp. 4 — Destes últimos casos alguns vocábulos receberam a vogal deslocada da primeira consoante para aparecer sob a segunda, como 2^51 — mel, — poço, tí^K3, tendo sido necessário por isso mesmo colocar sheva sob a primeira consoante que não poderia ficar sem vogal ou sheva. Êste naturalmente é vocálico, (§ 14). As regras desta declinação se aplicam a esses casos do mesmo modo já explicado, ex. : ityil'1. 72 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 135. Exceção a 1^ regra de declinação. Raramente, o construto assume forma diferente do absoluto, devido à presença de uma gutural ou do "1, ex.: y"1T e yiT, são construtos do absoluto yi.r. 136. Distinção entre dual e o pl. m. no construto. Essas duas formas po- dem ser perfeitamente iguais, ex. : ""IpS. No entanto o dual se faz de acordo com a segunda regra, (§ 1 33.-2-), e o plural, de acordo com a regra 3, (§ 133.-3). Se, porém, a 3=^ consoante do radical for do grupo BeGHADHKe- PHATH, haverá diferença de acordo com essas regras, assim: os reis de — 's'?^; pondo-se no dual essa palavra, só por amor da explicação, seria ela 'sVp. os dois reis de . . . Nota: Essa palavra não ocorre no dual, pois este não tem em hebraico a força que tem no grego, mas é apenas o plural das palavras que ocorrem aos pares em a natureza. E importante, no entanto, notar êsse ponto porque há palavras que exigem o dãghêsh Iene, ex. : 'ST? — os joelhos de . . . porque fazem o plural no dual, visto que aparecem aos pares em a natureza. 137. Casos de distinção difícil. Algumas palavras da classe A, ao re- ceberem sufixo tomam i na primeira sílaba em vez de voltar à forma primitiva com a, ex. : 't^Otí' e Por outro lado outras da classe I, aparecem no absoluto na forma das palavras da classe A, ex. : D'3"j3 de "^"13 e não de TIS, como devera ser. Nesses casos, em que uma palavra escrita com — — no absoluto, toma i ao receber sufixo, só pode distinguir a classe a que ela pertence quem tiver conhecimento das línguas cognatas do hebraico. Exemplos de algumas palavras da Segunda Declinação: Masculino Feminino Singular Absol. Constr. ^k: — "isp n.3 — Plural Singular Absol. Constr. Absol. Constr. onVl '"^V! niV- 'isp D^nj 'na Plural Absol. Constr. SEGUNDA DECLINAÇÃO 7^ Feminino Singular Dual Absol. Constr. Absol. Constr. "^31 VM • - : T 113 m. — Plural T - tí?S3 nlKíSJ T : Vocabul ário: Vil' — conhecendo, ^l] — conhecer, saber. 111 — caminho. — contar, anunciar, proclamar (verbo 133). — bondade, misericórdia. ~\: — lâmpada. '7n, f. — pé, — pés (dual). T, f. T — mão, Q]!] — mãos (dual). — imagem. — sua (dele) mulher. ■ T — filhos, construto — ''33. liy — ave (ou, aves). — dominai. — colocou (] 3 B)). DlVtí? — paz. nity — campo. 11V — Edem. yt^H — ímpio. □'3-13 — querubim (querubins). — corre (verbo j^l"!). — gerações {HlhiD f.) Hn'?» — -está cheia. — está cheio. Exercício 37 i^ari'p nia nxf? ^nç ri^^^ mn^ vir f^.çn ns^ip :mn'' "in^ nç;ri ^bni "i3 :rnn^ "ipn "ipãa 74 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR XMH '^bfs :mn^ nnlíD x^nn ni72 • - ' V T T ■• : - ..... j . - .. ^ T T ' V T T •• : - - : •■ T : • •• : • v: ' - t : • t -: T T T : • v: - T • v: v v : t t t v • v: Exercício 38 Colocou Deus no jardim do Edem os (TIN) querubins para guar- dar o caminho da árvore da vida. Êste é o livro das gerações de Adão. O mandamento do rei (é) muito justo. A rainha da terra (é) muito boa. Fez o Senhor Deus todas as feras da terra, todos os animais (n'n) do campo, todas as aves do ceu e todos os seres iy]^) das águas. Os olhos do Senhor (estão) sobre os justos. A terra está cheia da bondade do Senhor. O caminho da paz não conhece o ímpio. Os pés do ímpio correm (l!^!"!^) para o mal (yi*^). Capítulo XIX , TERCEIRA DECLINAÇÃO 138. Caraterísticos. 1 — As palavras desta categoria tem como base o particípio ativo de qal do verbo, quer seja escrito plena, "^Dip, ou defcctivamcnte, "^tOp (§ 61). 2 — Tem çere (~) na última sílaba e vogal imutável na i)eniil- tima. 3 — A vogal da penúltima pode ser imutável por natureza, 1p — qô, ou por posição, ex.: DD — mis, de "ÍSDD — e pD — maq, de "^pD — maqqêl. Qualquer palavra dêsse tipo, mesmo que não seja particípio, deve ser classificada nessa categoria. 139. Regras. 1 — O construto singular é geralmente igual ao absoluto, porque o {~) (ê) permanece na maioria dos casos. Há a'gunias pa- lavras no entanto, em que o construto toma — (a), ex.: ISDp, -rspp. TERCEIRA DECLINAÇÃO 75 2 — Quando levam sufixos vocálicos, H— 1 — 13— H'— , etc. estas palavras seguem a fonética do verbo, isto é, a vogal da última sílaba, que passa a ser penúltima aberta, se reduz a sheva, (§§ 218, 121.-2°.b), ex.: 'Vr^? (''?R0) (§166), — meu bordão, — guardas, □"ipÍ2' — o guarda deles. 3 — Quando levam sufixos consonantais, a vogal ~ ficando numa sílaba átona, se abrevia, geralmente para — seghôl, mas também para — (hireq), ex. : "^"^RD — teu bordão — D?'?R.Ç — Nola: O sheva que une o tema ao sufixo é sonoro ou vocálico por ser de ligação, portanto o "| do sufixo das segundas pessoas, não leva dãghêsh Iene (§ 194.-fim,-). Pela mesma razão a sílaba em que aparece a vogal abreviada — ou — é neutra ou semi-aberta, (§§ 16.-, 117.-). Não se pode considerar fechada porque o sheva de ligação é sonoro e não secante ou mudo. A sílaba deveria ser fechada, não fosse a exigência de uma ligação entre o sufixo e o radical (§ 194.-fim-). Também não pode ser considerada aberta, porque tornou-se átona e com vogal breve (§§ 16.-, 117.-). 140. Alguns monossílabos em — também se consideram desta declinação, como ]3, Dty, embora estes dois façam o pl. irregularmente, Cill e moty. A vogal ~ da última sílaba nas palavras desta categoria representa o alongamento de um breve da forma original '^PR, devido a ser fechada final e tónica. Seria natural, pois, que voltasse a ser — quando levam sufixos consonantais, o que ocorre, porém, menos vezes e principalmente com as labiais, ex.: 'jOK^. Exercício 39 Classificar, segundo as declinações, as seguintes palavras: ,]r]b ,nn?^ ,nT ,i^r} ,^21,12 ,í<03 ,nD? ,22b ^bb^iv ^'r^li? ,n^T ,122 n^^v .rx ,D^r2n ,^20 ,i<'2: ,bpr2 ^b^in^ 76 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Exercício 40 O rei, a rainha, os reis, as rainhas; o rei de . . . , a rainha de . . . os reis de ... as rainhas de . . . ; O livro, os Hvros; o livro de . . . os livros de A manhã, as manhãs . . . . ; a manhã de ... . as manhãs de A palavra, as palavras; a palavra de .... as palavras de ... O guarda, os guardas; o guarda de .... os guardas de .... a vingança, as vinganças; A vingança de , as vin- ganças de ... O lábio, os lábios; O lábio de os lábios dc . . . . O coração, os corações; O coração de . . . Vocabulário: — dormirá, de nD3 — confiando, de nD3 . Com artigo e no pl. — Os que confiam. □ '^ly — tempo, indefinido, sempre, perpétuo, eterno, ní^' — sentarão, habitarão, permanecerão, de 2^\. ■^pty — o teu nome. ■"It^iS! — felizes, bemaventurados, subst. pl. no construto, felici- dade de. . . bemaventurança de . . . (Só se usa no pl.). '□riN — os que amam (os amantes de) de DHN — amar. "íjnnin — a tua lei; forma pausai "?jri"lin. ■^IIQK) — guardando-te, te guarda; forma pausai — '^~\J2\à, (o teu guarda). nri^D — desde agora, ]D, mais nriI7 — agora. b''r\ — força; forma pausai — '7^n. "^pO — bordão. '''?pO — meu bordão. "^Vp,? — teu bordão; Pl. — nl'?po. bh^^ — criança. Também há '^'^iy — criança, da la. declinação. '13 — gente, gentio, nação. Pl. — D^12. r\h^ — mandou, estendeu. TERCEIRA DECLINAÇÃO 77 ri-jS^f — rã. PI. — □'Vll?^- Dihw — paz. ~iy — até, para (prep.). Substant. m. — perpetuidade, eterni- dade. Exercício 41 Traduzir as sentenças e analizar as palavras soltas finais: :mn^ niin? D^D^pnri ní?^? '^í? ^^in^ tTj^pp ,(§ 166) •''^pç r"i.?9?? ,d"'"!?)P?? ^ispp ,(§ 166) 'í<93 ,xo3 r^^pir ^□''^Tly Exercício 42 Os guardas da cidade. O trono de David. O bordão de Jacó. O nome do Senhor (é) grande entre todas as gentes. Êle estendeu a sua mão (i~r') e fez subir ("^I^n) as rãs. Bemaventurados os que amam (os amantes do) ao Senhor e os que guardam a sua lei (inniD). Os habitantes da terra (eram) homens valentes (heróis de força). O Senhor é (iíin) quem te guarda (o teu guarda). 78 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Capítulo XX ALTERAÇÕES FONÉTICAS CONSONANTAIS 141. Alterações fonéticas das consoantes. As consoantes estão sujeitas a alterações diversas e que obedecem a leis gerais. Algumas dessas alterações se verificam na própria raiz da palavra afetando a forma original desta e o estudo dêsses casos pertence mais propriamente ao léxico do que à gramática. Mas há alterações consonantais de ordem gramatical, motivadas pela formação da palavra, pelo seu flexionaniento e pela eiifonia. As leis ou princípios determinantes dessas alterações dependem principalmente das peculiaridades de certas letras e também de outras razões. 142. Podem-se classificar as alterações referidas em Permuta, Assimi- lação, Queda ou Supressão, Adição ou acréscimo e Transposição. Teremos que considerar em cada caso específico a alteração das consoantes, quando tiverem importância prática esses casos para o conhecimento das formas verbais e nominais em que aparecerem. Não obstante vale a pena considerar aqui resumidamente os prin- cípios de alteração, como aparecem expostos e se repetem nos com- pêndios em geral. 143. PERMUTA. Dá-se mais propriamente entre letras homorgânicas, ou de pronúncia semelhante, como "I3D e "IDD — fechar; c i^íbs — escapar, (§ 6.-). Essas permutas afetam a forma original da palavra e são mui frequentes na esfera do léxico. Há, na gramática, no entanto, a permuta do n pelo D, no Hithpa'el (§ 301-2) e o do vav 1 pelo ' yôdh no começo de alguns verbos Pe Yôdh, ex. l'?! que se tornou (§ 515.). Há na língua hebraica uma aversão pelo vav no início da palavra. Os casos excepcionais em que ele ocorre são: O vav conjuntivo e o consecutivo, o próprio nome da letra vav ^], e as palavras "IH, Prov. 21:8; ih], Gen. 11:30; e ib], 2 Sam. 6:23, segundo o Qri. O ' yôdh, antes da terminação do plural , em alguns casos passa a ser para adoçar a i)ronuncia ou para evitar a reunião de sons semelhantes, como em Oséias 11:7, — □^Nl'7ri por O^hn. Ainda D'«11-T oriundo de njl. ALTERAÇÕES FONÉTICAS CONSONANTAIS 79 144. ASSIMILAÇÃO. Dá-se quando a última letra de uma sílaba fechada (§ 15.-) se transforma naquela com que a sílaba seguinte começa, resultando em geminação, que se expressa pelo Dãghêsh forte (§ 24.-466-). A assimilação representa, pois, a atração de uma letra mais forte sobre outra mais fraca, fenómeno comum a outras línguas, como <xvv\aii^ò.voi c avX\aiJ.l3ávo); no latim, in-lustris deu illustris e em nossa língua, in-regular, irregular, in-legitimo, illegitimo, hoje, íVegí- timo. Em hebraico ocorre principalmente com o ] antes de outras letras, ex. nip,», de 0"Tp.^O; nni de ri^n:; ]T\] de ]rir (§ 36.-, 466). Antes de guturais, porém, o 3 permanece, ex. ^113' (§ 472. b-) e mais raramente antes de outras letras, como nJDtí) — tic habitaste. ' T : - T O o "I e o D também são às vezes assimilados como em FIp] em lugar de npVl; do relativo "It^N e ]y\37\ em vez de l^isrin (§301.5) — IIithpa'el. A letra final não pode ser geminada, por isso o Dãghêsh forte não aparece nos casos de assimilação pela úl- tima letra, ex. de f|3{< ou ^^N; nri contraído de njri. Há exceções raríssimas em que a letra final leva dãghêsh, ex. flNí de riJNI (§ 38.) ; nn: de n:n:. : - T : : - T Há casos em que a letra mais forte está em primeiro lugar e as- simila a segunda, ex. 130p de in^OD. Seria o que em português se diria assimilação progressiva. No caso contrário se diria regressiva. 145. QUEDA ou Supressão. Ocorre principalmente com as letras fracas n, T, V Aférese, no princípio da palavra, quando a letra inicial não tem vogal plena, ex. •tí' por "It^X; ]ri por ]ri3 (§§53.-417-). Síncope, no meio da palavra, quando a letra fraca é precedida por Sheva vocálico, ex. "^^^h por "^^Dr^b ; por '^''tppn; (§33.5°, 305). Apócope, no fim, ex. l':'tpp' por ]l':'ípi:>'; 'DIO por WDID, antes do genitivo (§ 98.1, 217., 228.). A supressão no meio também se pôde chamar de Contração. 146. ADIÇÃO. Dá-se no começo da palavra para evitar sons ásperos de pronúncia, como o K em yilítj^ — braço, um caso de pró- tese. 80 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR NOTA — Nos casos de síncope ou contração (§ 145), a vogal da letra suprimida é sempre cedida à anterior e quando a letra a ser suprimida é muitas vezes ela silencia, mas permanece, na escrita, ex. de □TN"! (§ 432.-), n«^n por riNDri. 147. TRANSPOSIÇÃO. É mui frequente em matéria do Léxico, mas na gramática pouco aparece, ex. no Hithpa'el, quando n, do pre- fixo nn, vem antes de uma sibilante (§ 301.1°.). 148. LETRAS DUPLAS. Expressa-se a gewíncfõo de letras geralmente pelo uso do Dã ghêsh forte na letra geminada. Esse uso é essencial: a) — quando entre as duas letras iguais não houver vogal, ex. IJ^nj dá 13ri3; 'rity em lugar de 'íinK^; b) — quando a geminação carateriza uma forma gramatical, como no Intensivo dos verbos, '^DDp (§ 277.-); c) — nos casos de assimilação (§ 144.-). 149. As duas letras devem, no entanto ser escritas separadamente nos seguintes casos: a) — quando entre elas intervier qualquer som vocálico, — uma vogal ou mesmo um sheva vocálico, ex. IODE' ; □ ''VVii^- b) — quando o dãghésh tiver já sido omitido (§166.-), ex. ^hbr\ por t'?Vl'- c) — nos casos de composição em que cada uma das letras duplas provém de palavras diferentes, ex. "í}P"13'; o pri- meiro 3 é do verbo e o segundo é do sufixo pronominal, d) — Quando a forma procede de outra em que a consoante repetida tinha vogal plena, ex. Fih^p, construto de Tibbp. Nesse caso o sheva é sonoro e não mudo como no 1° exemplo acima (§ 148. a), e se colocaria o caso sob letra-a) — do § 149. — . Palavras há que aparecem nas duas formas, ex. Sal. 9:14, 'JJJn e 4:2, "'3311. Para os casos de in- serção ou omissão de Dãghêsh forte só por eufonia ver Suplementos de fonética (§ 166, 167, 168.-). PECULIARIDADES DAS GUTURAIS 81 Capítulo XXI PECULIARIDADES DAS GUTURAIS 150. As guturais são quatro i<, H, PI, y. 0 1 participa ao mesmo tempo da natureza de uma líquida (/, m, n e r) e de uma gutural, de sorte que se comporta como gutural em muitos respeitos. Como se en- contra geralmente exposto em todos os compêndios, as guturais teem as seguintes peculiaridades mais ou menos comuns: 151. 1°. Não podem ser geminadas na dição e, portanto não aceitam dã- ghêsh. Dessa incapacidade resulta : a) — que a sílaba anterior à gutural fica sendo aberta e a sua vogal se alonga (§ 16.-) em compensação, especialmente antes de N e y, que são mais fracas, ex. em vez de yVT^ (artigo, § 25.-2" a) e ID^l em lugar de b) — Antes de H e PI, que também não aceitam dãghêsh, mas per- mitem, por serem mais fortes, a enunciação mais forte ou aguda da sílaba, a vogal que as precede se conserva breve como se essa sílaba fosse virtualmente fechada e os gramáticos consideram em tais casos implícito o dãghêsh, ex. CriN e não D'n{< — irmãos, Ninn — aquele, "^tynn — as trevas (§ 25.-l''b). c) — O ~) não é gutural (§ 429., 449) mas se comporta em muitos respeitos como tal, ex. "^Ili e não "íjina. Há excessões raras, ri"10 — morra, Prov. 14:10, TH.K' — shorrêkh, Ezeq. 16:4. Também há casos em que não se dá a geminação do "1 nem o alongamento da vogal que o precede, ex. ^IID em lugar de ^TIP, 2 Sam. 18:16. Quando se dá o alongamento, a vogal é apenas tônica-longa (§ 16.- 25.2°), não obstante se torna imutável porque a causa do alonga- mento é constante (§ 116.-2), ex. DriDia, embora o ê venha na sílaba aberta e ante-penúltima (§ 429.-). O alongamento da vogal é pràticamente universal antes de X e "), e geral, antes de y (§ 25. 2°a). 152. 2^. As guturais teem preferência pelas vogais da classe a, perto delas e principalmente antes delas, devido à intima afinidade que existe 82 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR entre elas e esses sons vocálicos. Nesse respeito também o ~1 se comporta como gutural. Daí resulta: a) — que qualquer vogal breve na sílaba final fechada por uma gutural se torna a, ex. ")Í73 — rapaz e não n5| e não n3|; n'7tÇ)' e não Ji^^]; mesmo nou- tras sílabas, especialmente quando a vogal origina! foi a, ex. lOFI' e não lan'; nW e não n"?!?), Piei (§ 460.-3a). b) — As sílabas finais terminadas em gutural precedida de qual- quer vogal longa, que não seja — (ã), como as imutáveis i, 1 c , e às vezes até mesmo — (è) tônico-longo, exigem na pronúncia se insinue um som de a breve (— ) entre elas e a gutural final. Êste som se representa por pathaJj. e vem debaixo da gutural, mas deve ser enunciado apressadamente antes da gutural, assim: riTl — ruah, espirito; — shalúah; U^b^T} — hishltah] lí'"\,—rêa'c VI — rêa\ Êsse pathah furtivo não forma sílaba (§ 18.7.). É mèramente eufônico, tanto assim que, quando a palavra recebe sufixo, ele de- saparece, ex. ni"), 'nin — meu espírito, pl. Dlm") — espíritos, □'Vlf, — part. presente pl. de yij — semear. Nota — O N final é sempre mudo (§§ 4., 18.7) pelo que não pôde receber pathah furtivo, ex. — profeta. c) — O 1 frequentemente dá preferência ao som de a antes dêle, de sorte que "içfl — incompleto de qal com vav consecutivo do verbo "IID, vayyásor, — êle volveu ou voltou-se para traz; e a mesma forma verbal no hiphíl, "ID^I vayyáser, uma com o e outra com e no fim, se confundem numa só, "ID^l — vayyâsar, qal ou hiphíl (§ 558.-). Mas essa influência do "1 não é geral, ex. "103 — uvas verdes. d) — Um i breve na sílaba inicial fechada, antes da gutural que fecha a sílaba ou mesmo sob a gutural que a inicia, se torna seghôl, ex. tí^nn' e '"'^nn, formas que teriam i se tivessem nessa sílaba con- soantes comuns em lugar de guturais. Mas quando essa sílaba inicial for fechada e aguda (§ 163.-429.-111-3°) o i se conserva mesmo sob guturais, ex. ^hj}, nc^n, nsn. Se o Dãghêsh cair, porém, o seghôl reaparece, ex. construto de jV^ri ; ]V\7\, conslruto de ]1''|n. A redução da vogal ã a sheva se deu devido ao construto (§ 130.-2) e a queda no dãghêsh por motivo eufônico. PECULIARIDADES DAS GUTURAIS 83 e) — Outros casos de seghôl antes de guturais. Deve-se notar ainda que um pathah antes de uma gutural seguida de ã {—) se atenua em seghôl, sempre antes de n, ex. 3nn, a festa; Dlinn — o sábio (§ 25.-3"), mesmo quando o PI vem pontuado com }}ateph qâmeç {—), cx. □''íyinri — os meses; e muitas vezes, antes de H e J?, espe- cialmente átonos, ex. □'"ínn — as montanhas; c raramente também antes de N e 1, ex. Hin, Gen. 14:10; Nch. 9:18 e 26, — ni:í«:. T V ' ' T V 153. 3°. Debaixo de uma gutural, todo sheva vocálico tem que ser composto, ex. 101?; 1pi?I- Sob a gutural inicial, o sheva é geralmente — , mas o N inicial, quando está na sílaba pretônica, pede hateph seghôl, ex. "ibN. Distanciando-se, porém, da tónica, toma — , ex. □^)10^^í. 154. 4". Mesmo quando a gutural venha no fim de uma sílaba fechada, os shevas em baixo dela mui frequentemente se tornam compostos, pas- sando, portanto de mudos, que deveriam ser, a vocálicos, pois todo sheva composto é vocálico (§ ll.-fim), ex. plT\\ ^ — '°madh, formas do incompleto, do qal, as duas primeiras e, a última, do hoph'al. A classe do Sheva (§ 113.4") é determinada nesses casos pela classe da vogal que o precede. Mas há casos cm que o sheva é que determina a classe da vogal precedente, ex. '1^? — como um Hão; Ibl?'? ( = lbl7'7) — para permanecer, ou, ficar de pé (§ 33.3°). O Sheva vocálico simples do se tornou vogal eufônica para evitar a sucessão imediata de dois shevas vocálicos, mas tem que ser da classe do sheva. De qualquer modo, porém a combinação é sempre a mesma (-^ — ) (— — ), (— — ). Naturalmente com o artigo pódc haver combinações diferentes, .ex. '''?nn — a doença (§ 25.-3"), '"1^? — como o leão (§ 33.-5"), porque a vogal do artigo é determinada por outros motivos, nenhuma relação tendo com o sheva da palavra seguinte. 155. a) — O n é gutural forte e tem a tendência de admitir sheva simples, mudo, sob ela, ex. IIFIS — seu temor. Isso é especialmente comum quando a tónica recai sobre a sílaba que se fecha com a gutural, ex. T\lJh^ , rin'?K'. 1)) — Quando a gutural em apreço fica antes da sílaba tónica, é comum tomar sheva composto, da classe da vogal que o precede, ex. 3t2^n^ que também aparece, no entanto, como 3tyn'. Em pin^, o — é determinado pelo — da primeira sílaba (§154.-4") e êste — representa a expanção do i do prefixo do in- 84 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR completo do verbo estativo (§ 152.-2°d; 424.-). No verbo anterior e em "íbl?', ele estará de pé, o — do yodh \ è a. vogal original no pre- formativo do incompleto (§ 229). c) — Se a essas duas formas acrescentarmos um sufixo vocálico, digamos, o 1 do pl. 3a. pes. m. (§ 198.-), o efeito será reduzir a slieva vocálico a vogal da última sílaba que se tornou penúltima e aberta (§ 218.-). Apareceriam então dois shevas sonoros em sucessão imediata, o que se evita transformando-se o primeiro em vogal eufônica da classe do sheva composto, ex. IlDi?^ eles ficarão de pé, e 1p|n' — eles serão fortes (§ 119.-4°). As duas primeiras sílabas de cada uma dessas formas verbais se tornam neutras, ou semi-abertas (§ 119.-4°). Capítulo XXII LETRAS FRACAS 156. Classificação. De acordo com a sua maior ou menor resistência e capacidade de entrarem em combinações, podem classificar-se as consoantes em fortes, médias e fracas. As fortes são: 3 e S ; D e p; 1, D e D ; as médias podem classificar-se: em líquidas "1; e sibilantes: f, D, 2^ e tí^ ; e as fracas, em letras vocálicas: il, 1 e (mais propriamente as três últimas); e guturais: N, H, FI e y, (§ 6., 150.). 157. Podem classificar-se ainda, quanto à sua função morfológica, cm radicais, — as que só se usam na raiz das palavras; e servis, — as que se podem empregar também na constituição de raizes ou ra- dicais, mas principalmente servem para a formação de palavras derivadas e para os prefixos e sufixos. 158. As radicais compreendem a metade das letras do alfabeto. As servis incluem as letras compreendidas nas palavras: Ht^D l^^N a"?!?! — Ethan, Moisés e Caleb. Kimchi coligiu vários outros sím- bolos mnemónicos, usados por diferentes gramáticos e citados por Green. Eis um dêles por exemplo: 3nD ^\12^hw — Eu, Salomão, escrevo. LETRAS FRACAS 85 159. Letras fracas. São as seguintes ^<, n, 1, e \ assim chamadas por que perdem fàcilmentc o seu valor consonantal e, ou silenciam completamente, ou passam a representar sons vocálicos. Dessas consideraremos pela sua ordem alfabética, I — primeiramente, o 1) — Esta expressa apenas iima aspiração, quase inaudível (§4.) e geralmente perde a sua qualidade de consoante, silenciando sempre que ficar sem vogal própria e no fim de uma sílaba, ex. N^O, NM, Nesses casos, se a vogal que a precede for breve se alonga, ex. N^Q em lugar de N^D c N^D' cm lugar de (§§ 576., 577.)'' 2) — No começo da palavra ou da sílaba, ela conserva seu valor consonantal, ex. '^Dn'?. 3) — Mesmo nesses casos, ela frequentemente silencia no meio da palavra : a) — Quando precedida por vogal breve ou sheva vocálico, ex. em lugar de "ibs'? ; em lugar de "^IJNl; •^DX' (a transformado em ô), (§ 431, 432.) em lugar de ^DX'. (a vogal do t< se amalgama com a da letra anterior em sons longos). b) — As vezes, o S cede a sua vogal à letra que o precede e si- lencia, ex. DiriNO — duzentos, em lugar de □'JIÍ^P ; — cabeças, em lugar de D^B^N-j ; □'«Cph, em lugar de □'Ntph; "^NlíOty: em lugar de '7N17ÇK'\ 4) — Com t, ê, ò — em vez de silenciar, muitas vezes ela faz permuta com o 1 c com o de acordo com o som da sua vo- gal, ex. ~1Í3 em lugar de "1X3 — cisterna; ]it£)''~l — primeiro, em lugar de IÍK^N"). No fim da palavra também o X às vezes permuta com o n, ex. n'?Q' cm lugar de i<V?' — enche (§ 583.-3.-), Jó 8:21. 5) — Em alguns casos dá-se a queda do uma vez que não figura mais na pronúncia, ex. ''ri'?0 em lugar de — fiquei cheio; — eu disse, em lugar de ~ID^<^Í (§ 583.-1.). 6) — Émuito raro tornar-se o K uma letra vocálica, em sentido rigoroso, ex. DKj^J em lugar de Dj:?, Oséias 10:14; Úi<'] em lugar de tyi, Prov. 10:4. II — O n é mais forte do que o N. No começo da palavra é sempre consonantal; no meio da palavra raramente perde êsse valor; e no fim é geralmente silencioso, ex. nri'!!, (no comêço consoante e no 86 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR fim leira vocálica) (§ 4.)- Entretanto cia pode ser consonantal no fim da palavra e então leva mappiq, cx. 7133, n"r3I7 (§ 18.2, 58vS). Há casos excepcionais em que o som consonantal do H c substituído por um n sem mappiq, (e até com rãphc 11), cx. 71^ =r[h — para ela, (que representa apenas um som vocálico). Não obstante, o n não é bastante forte para permanecer entre duas letras e cai: quando, com o artigo, c iireccdida de uma prepo- sição inseparável, ou quando ocorre entre o ])refixo preformativo e a raiz dos verbos em certas formas, ex. ~\'ÍiÒ cm lugar de "llSnV ; "íJlPn"? em lugar de "^t^nri/' (§ 33.-5"); ]n:V em lugar de ]n:in; — Jonatas; cm lugar de b-T3 n;; HN-jn em lugar de n^inn, (§ 305, 272). Nesses casos que sc chamam de contração, a vogal plena do H sul)stitui o sheva vocálico que o precede, ou melhor, o n cede a sua vogal à consoante que o precede ( §33.5°). Noutros casos, a vogal do il é substituída pela da letra que o precede, ex. DZl de Dna (§ 385.-). Noutras ocasiões, ainda, as duas vogais se amalgamam num ditongo, -ex. ÍD1D (também HOID) em lugar de IHOID (§ 194.-) ; 'i^lÇp^ em lugar de IH^fçp (§ 325.-). III — Restam-nos agora o 1 e o \ 1) — No comêço de sílaba ou palavra sempre são consonantais (§ 8.-). É certo que o 1 inicial pouco aparece porque sempre sc permuta com o ' (§ 143, 515.), cx. em vez de iV]- No 1 conjuntivo c no consecutivo, bem como noutros casos raros, êle conserva o seu valor consonantal, ex. bbp;,] (§ 143.). Nota: — O único caso em que o 1 inicial tem som vocálico é quando êle vem antes de labiais ou de shevá simples vocálico, com sentido de conjunção, ex. ]31 — e um filho; — e a palavra de ... . 2) — Quando óleo' vêm precedidos de vogal heterogénea, conservam o valor de consoantes, ex. Tf (ziv) — maio (mês); 'ia (gôy) — nação; (shãlev) — quieto; 'l'7a (gãlú}-) — particlpio passado de tÒi (§ 19, fim). 160. Quando essa vogal é a, frequentemente ela se funde com o T, dando o ditongo av, au, ô; ou com o dando o ditongo ay, ai, ê, ex. D^K^in se torna 3'tyTn; se torna 3'tp'n (§ 593, 518.-); n'3 construto de D'? ; nlO construto de DID ; 3) — Entretanto, são tão fracas essas letras que a sua tendência geral é a de se tornarem as vogais corres- LETRAS FRACAS 87 pendentes ú c i, o que acontece no meio e no fim da palavra, no fim da sílaba, e nos seguintes casos: a) — quando vêm no fim da sílaba e precedidas de vogal homogénea, ex. 3tPin ou 31^in deu Dt^iri; Yp.]] deu yf?". b) — quando vêm precedidas de sheva vocá- lico, ex. Xl3 em lugar de Nl3 ; D^p cm lugar de Dip. c) — quando a letra fraca tem vogal plena antes e depois dela, ex. Dlp em lugar de QilR; Dlp em lugar de Onp- 4) — No fim da palavra, o 1 e o ' não tendo vogal própria e sendo precedidas de consoante tam- bém sem vogal transformam-se nas suas vogais homogéneas, o 1 em lí dlono, ex. in3 por IHi, inrity' por "inrity'; e o ^ em í tónico, ex. '"IS por ^S, ""ri' por (§ 640.-). 5) — Quando precedidas de uma vogal heterogénea que seja caraterística essencial da forma da pa- lavra, pode dar-sc uma de duas coisas: a) — a vogal referida do- mina a letra fraca, substituindo-a por outra que lhe seja homogénea, cx. tí^lV se torna {^"1" em que o i breve substituiu a consoante 1 pela ^ que lhe é homogénea e se tornou um í longo; '•'73 se tornou e se tornou n'^tí', exemplos em que o ' e o 1 finais foram substituídos pelo il, alongando-se o a final, b) — ou, noutros casos, óleo' desaparecem de todo, ex. Dlp se torna Dp e niD se torna np. 6) — O som final de quando resultar no ditongo de som misto é, se torna H— porque o som não pode ser escrito no fim das palavras de modo que, 'hy dá 7\hr e '«"jO dá HNia (§ 597.-). Mas '"Ttí' — campo, aparece como forma poética, comum com ITTtí'. 161. Modo prático de reconhecer letras mudas. 1) — No meio da palavra, quando não tiverem vogal ou sheva. 2) — No fim da palavra, o í< e o n são sempre mudos. Êste último, quando consonantal, terá mappíq, salvo raríssimas exeções (§ 159.-II). 3) — Óleo' finais, sempre que vierem precedidos de vogais homogéneas, a saber, ô e ú para o 1, á e í para o ' (§ 19,- fim.). 162. Nota — Outros casos curiosos de letras fracas que se adoçam em vogais. No fim da sílaba as consoantes, especialmente as mais fracas, podem adoçar-se em vogais como vimos há pouco (§ 161.-) como no grego 'éus deu eis. Caso interessante é o da palavra 3I)Í3 — estrela que originalmente foi 3333, depois 3313 e a combinação av deu au e depois ô na forma atual 33Í3. Do mesmo modo tí'''^^ — - homem, veio de t^JX ou K^JIS^ (Cap. LII, in loco). 88 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Capítulo XXI 11 SUPLEMENTOS DE ORTOGRAFIA E FONÉTICA 163. Sílaba fechada aguda. Quando uma sílaba se fecha com letra ge- minada (dãghêsh forte) chama-se aguda. Nessas sílabas agudas átonas, a vogal breve da 3a. classe não pode ser o, de sorte que quando por motivo das flexões ocorrer o numa sílaba dessas terá que ser u breve, ex. o hoph'al de "T^í é "I3n e não 13ri. Rararamente aparece o o, especialmente sob guturais, ex. ''Ty — minha força; mas também ocorre a forma 'fl?. Nota: Aliás o u é sinal da voz passiva em hebraico e no árabe. Daí o pual, (§ 291.-). Quando a letra média da raiz é uma gutural ou "1, não aceita dãghêsh forte. Em compensação o m se alonga para õ, ex. "^13. Em alguns casos conserva-se o m e considera-se que o dãghêsh está implícito, ex. 0113. Na sílaba simplesmente fechada comum, esse u passou a ser o, ex. hoph'al do verbo regular, — ''^pi^ (§ 291.-315.-) e em formas passivas especiais do hithpa'el (§ 303.-). Mas nos casos de assimilação do D, que dão sílabas agudas volta a ser u (No. § 303). 165. Numa sílaba fechada seguida de sufixo consonantal, não i)odeni ocor- rer as vogais longas i e ú, mesmo que essa sílaba seja tónica. Êsse princípio tem importância no estudo dos verbos fracos, Ayin yodh, Ayin vav; c Duplo ayin, nos quais se insere uma vogal eufônica entre as duas consoantes para tornar aberta e átona a sílaba em que aparece o í ou o «, ex. riiÓ^pn em lugar de riO^pH. A vogal se inseriu entre o O e o n do sufixo. 166. Sobre o dãghêsh forte. Nas letras \ 1 O, 3 e p, pontuadas com sheva (— ), omite-se o dãghêsh forte, onde êle deveria aparecer, ex. □■•t^pao — part. presente de piei de K^pZl ; cm lugar de l^íf: 3a. m. pl. do incompleto de Kt^J; 1i<pD — seu trono, em lugar de ÍÍ<D3. É caso também de omissão do dãghêsh, quando uma sibilante com sheva é seguida de uma gutural. 167. Dãghêsh forte dirimente. Ao contrário do caso anterior, insere-se o dãghêsh forte em certas letras com o propósito de assegurar ao SUPLEMENTOS DE ORTOGRAFIA E FONÉTICA 89 sheva que vem sob elas enunciação mais audível, cx. 'D^V — ^ 05 uvas de ... . 168. Dãghcsh forte conjuntivo. Quando uma palavra termina em som vo- cálico enfático de H— e H— . a sua ligação com a palavra seguinte se faz mais fortemente pela duplicação da primeira consoante dessa palavra, e isso acontece sempre que as palavras se ligam por meio do maqqêph, cx. iDt^TIJ, — êste é o seu nome; Tj^TIO — que tens (que comtigo)? 'V nil^p — da minha aflição; "^'?"nt£'173*nD — que faremos contigo. 169. Efeitos da pausa. 1 — Quando coincidir a pausa do verso com a sílaba tónica da palavra, a vogal dessa sílaba se for breve se alonga, tanto nos verbos como nos nomes, ex. □'Q, cm vez de CÓ, ~lÔty, em vez de 'fllóí^ em vez de 'nnoty, f em vez de flK. Note- se que nesta palavra se alongou para ã, porque a vogal primitiva era a (§ 132) e não e. O alongamento é sempre para a vogal da classe primitiva. 2 — Outro efeito da pausa é deslocar a tónica da última para a penúltima sílaba e alongar ao mesmo tempo a vogal breve dessa penúltima sílaba, ex. nriN! se torna nriA, forma na qual a conservação do dãghêsh no n é anómala (§ 40.-). 3 — Um terceiro efeito é restaurar ou alongar as vogais que se haviam reduzido a — (sheva), deslocando também a tónica para as sílabas em que a vogal foi restaurada. Isso se dá geralmente em formas verbais, ex. H*??', passa para n'?D'; l^^tpp' para l'7i5p'; 1*7 Dp para '''^i^j^ e também os shevas compostos sob guturais, ex. 'bri — se torna ''^íl ; 'JN se torna ""^A. Antes do sufixo — , o sheva de ligação, na pausa, se torna seghôl {—), "íjOlD fica "^^DID. Nota: Na pausa, o pathah — subsitui o çere — na sílaba final fechada tónica, ex. 703', em vez de, "703'; '7N3^ — em vez de "^XaL), Is. 7:6. O pathah também substitui o seghôl — cm sílabas finais fechadas átonas que recebem então a tónica, ex. "^^.ll, passa a 170. O maqqcph. O efeito do maqqêph sobre as vogais é justamente o contrário do que acontece na pausa, a saber, êle abrevia as vogais, ex. ÍINÍ com maqqêph ligando-o à palavra seguinte, Tlifí; com maqqêph, '^3; "^£2^% com maqqêph '"^Dp'. A razão dêsse abrevi- 90 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR amento é simples: os elementos ligados pelo maqqêph tomam certa unidade, de sorte que a tónica principal recai só sobre o último deles e os demais recebem apenas um acento secundário (No. § 3.-), como em nossas palavras compostas, bem-te-ví, mal-tne-quer, etc. Isso equivale a dizer que a sílaba ligada por maqqêph é pràtica- mente átona e portanto, uma vez que é também fechada, deve ter vogal breve (No. § 16.-), ex. 'iJ^"]!! em vez de ]3 ; QYn"'73 em vez de «riat^n em vez de IDt^n; □K)-3n3' em vez de 2riD\ T V T • •• T • T T : ■ ! ■ 171. Queda do dãghêsh Iene. Já vimos que o mínimo som vocálico na sílaba anterior a uma letra do grupo BeghadhKephath é suficiente para tirar-lhe o dãghêsh Iene, § 18.-). Essa tendência é tão forte que mesmo em palavras diferentes pôde exercer sua influência. Assim, quando uma palavra que comece com uma das referidas letras, vier precedida de um som vocálico enfático na sílaba final da palavra anterior, a letra inicial do referido grupo perderá o dã- ghêsh Iene, ex. nin''~l5"T lypty — ouvi a palavra do Senhor . . . ; ')fr<3n""'3 — quando vindes Is. 1:10 e 12, respectivamente; 'ript^^l^ njV — Jo7ias filho de Amittai. Jonas, 1 :1. 172. Princípio de dis similar ização. Em virtude de uma tendência da língua, procura-se evitar que dois sons vocálicos longos se repre- sentem pela mesma letra vocálica em duas sílabas sucessivas, às vezes até pelo mesmo sinal massorético, ex. "IQX' em lugar de "ibS' como devera ser (§ 433.-). Assim a terminação Til— em lugar de ini— , ex. in'7£pp^ em lugar de im'7Cpi:3'; e o plural m. de «'33 — profeta, CK?] e não □'«'33; DO^pn (em lugar de D'P'pn), pl. de D^pri — perfeito. 173. Qerl e Kethíbh. '"Ip e 3''n3. Essas duas palavras, de forma ara- maica, significam respetivamente — o que se deve ler; e o que está escrito. Serviram aos massoretas (§ 2.-) para se fazerem correções de erros dos copistas no texto. O texto se designa pelo kethíbh e consta apenas das consoantes, as quais nunca eram alteradas de- vido ao respeito exagerado que se desenvolveu com os séculos pelo texto. As correções se faziam à margem dos MSS. por meio dessas duas palavras. Quando o escriba encontrava uma palavra errada marcava-a com um asterisco, colocava sob ela as vogais da palavra certa e à margem escrevia "qeri" — (deve-se ler) e então, as con- SUPLEMENTOS DE ORTOGRAFIA E FONÉTICA 91 soantes da palavra certa. As vogais adicionadas à palavra errada não representavam nenhuma irreverência porque para eles, o texto constava só de consoantes e estas ficavam intactas só se substi- tuindo à margem. Por exemplo, en Josué 6:7 se encontra cujas vogais não pertencem a essas consoantes, não dando sentido mesmo, mas pertencem às consoantes da palavra marginal do ''Ip,, — (deve-se ler) — 10K'1, isto é, com as vogais que lhe pertencem, — V - 174. Quando se repete no texto, por descuido, a mesma palavra, o co- pista não a omitia, mas com o asterisco fazia chamada para a mar- gem onde escrevia: ""Ip i^h 3"'ri3 — escrito mas não se deve ler. Quando se omitia no texto uma palavra, o escriba escrevia no es- paço interlinear as vogais da palavra omitida, com a chamada para a margem onde se lêem ainda hoje as consoantes da palavra omitida precedidas da fórmula 2^r\3 , ex. II Sam. 8:3. 175. O qeri mais comum é o do tetragama do nome do Deus do pacto com Israel miT' que era considerado inefável pelo escrúpulo supers- ticioso dos hebreus de pronunciá-lo. Para evitar que alguém o profanasse pronunciando-o, colocavam sob êle as vogais de ''ili^ — Senhor (ou, meu Senhor (?) (§ 92.-). Êsse se tornou tão comum que não era preciso mais colocar à margem as consoantes da leitura desejada. O tetragama com essas vogais ficava ilegível e obrigava o leitor logo a dizer: Adonay. Jehovah não é o nome do Deus de Israel, mas resultou de um êrro de leitura do tetragama inefável com as vogais de Adonay, quando se recomeçou o estudo do he- braico na Renascença e na Reforma. Não se sabe mais quais eram os verdadeiros sons que davam a êsse nome, supondo-se pela eti- mologia que a forma original deveria ser niil^ — ( Yahvéh ou Jahvéh). 3a. pessoa do incompleto do verbo n^H, na sua forma arcaica niH. Disso resultou a versão de KvpLOS (Senhor) na LXX, na Vulgata, Dominus e dessas para muitas versões européias, — Senhor. 176. Quando no texto êsse nome vinha precedido já da palavra 'Jllji — Senhor, para não se repetir dava-se ao tetragama a pontuação de □'n"'?^, de modo que o "qeri" seria Senhor Deus. 177. Outros importantes qeris são a forma do f. do pronome pessoal 92 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Nirr, no Pentateuco, que se manda ler í<'n; "IDt^t^', deve-se ler "IDt^' e D"7*tí)n' que se deve ler D^'7K)h\ 178. Dentre as alterações vocálicas, relativas à quantidade das vogais, de- vidas à mudança na constituição e no acento da sílaba, convém destacar pela importância prática que têm na explicação de certas formas comuns, os seguintes casos: 1) — O a na sílaba fechada se torna seghôl, (e), quando se dá um abreviamento maior ou um enfraquecimento, devido à preci- pitação da tónica para a sílaba seguinte, ex. DDl' (em lugar de — vossas mãos, — "in'3S {nome próprio) em lugar de "iri^3N!, especialmente quando a sílaba deixa de ser aguda por omissão do dãghêsh forte (§ 166.-), ex. "^^5^ (em lugar de "^V^^li) — destruo. 2) — Mais comumente ainda, o a se torna e quando precede uma gutural pontuada com qameç, que perde na pronúncia a dupli- cação implícita que deveria ter (Cap. LII, in loco), ex. VFIN — irmãos dêle (em lugar de Vntfl) de nTINí, em que se considera o dãghêsh implícito (Cap. LII, in loco); t^riS — falso (em lugar de t^n3) ; os casos do artigo pontuado com e, ex. ]ÍTnn — a visão; ]1^n — a iniquidade; WÍJir) — as montanhas; 30 H — a festa; 03 nn — o sábio. 3) — O a se torna e em sílabas terminadas por duas consoantes e que recebem um seghôl eufônico, ex. 2^3, — cão (§ 132.); no jussivo do hiphil de verbos Lãmedh Hê (§ 618.), ex. finalmente — de nVj. Também, o imperativo byn (de '^^ÍI') do mesmo verbo, no hiphil. 4) — Nos casos de enfraquecimento do ã longo no fim de pala- vras, como no, np — que? E até de lí, como QPii< — vós, do original mriN; DriV — para eles, do original □in'?. 5) — Em sílabas fechadas agudas que perdem o acento tónico, o a se atenua em i às vezes, ex. DDO"! — vosso sangue, em lugar de DDDl; ItD — a medida dêle, em lugar de 11D. Compare-se — gerei, "^"^Pilh] — eu te gerei. acentuação: na prosa e na poesia 93 Capítulo XXIV ACENTUAÇÃO: na Prosa e na Poesia 179. Função: Servem os acentos para indicar a sílaba tónica, a pausa lógica e a cantilação. Esta é tão importante que determina às vezes, alterações nas duas primeiras. 180. Classificação: Há duas grandes categorias de acentos: 1°) — Os distintivos, disjuntivos ou domini e 2°) — os conectivos, conjuntivos ou servi. São eles os seguintes: PROSA: I. Domini. II. Servi: — munah 1 — mehuppakh — merekha — duplo merekha -r darga — azia — galgai — telisha qaton — munah •-— mehuppakh — merekha — tarcha illuy — azia galgai — tsinnorith — shalsheleth Paseq: O paseq é um sinal de função obscura. Parece servir para chamar a atenção, para indicar a pausa lógica ou a musical. 181. Modo de dividir o texto. 1. Antes de se colocarem acentos num trecho qualquer de composição, era necessário dividí-lo em pequenas sec- Principais Médios — sillúq zaqeph — athnah —zaqeph Menores — seghôlta gadhôl V" tiphha ~ rebhia zarqa pashta yethibh tebhir Mínimos . geresh " gereshaim " pazer ■ pazer gadhôl - telisha - paseq POESIA : — silluq ^ veyôred mugrash — rebhia — tsinnor — pazer .r ribhia _ jehi ,— paseq athnah 94 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR ções OU versos chamados "pesúqím", que vem de pIDS = corte (versículos, hoje). Não se devem confundir essas divisões com os períodos lógicos, embora às vezes coincidam. O arranjo era mais de ordem musical do que lógica. Cada "pãsúq" era acentuado independentemente, não havendo relação musical entre um e outro, ainda que possa haver relação lógica. Em Gên. 3:17-19 há um só período lógico, mas três "pesúqím" e em Gên. 4:7 há dois pe- ríodos lógicos mas um só verso ou "pãsúq". O fim de cada "pãsúq" é indicado duplamente l~, pelo silliíq que vem na sílaba tónica e pelo sôph pãsúq, que vem no fim — dois pontos. Cada versículo é subdividido por acentos distintivos ou Domini e conjuntivos ou Servi. Existe uma relação rigorosa entre os acentos Domini e os seus Servi. Às vezes os Domini são servidos por outros Domini de menor importância, que substituem os Servi em alguns casos. 182. O sistema é complexo e não querendo estender-nos demais no es- tudo das funções dêsses acentos, vamos considerar apenas a teoria a respeito dos três maiores. Em alguns casos chamaremos o seu regime em vez do seu servo. 1. Sillâq — pÒp — Vem no fim do pãsúq sob a sílaba tónica, sempre seguido de sôph pãsúq. Significa cessação ou fecho. O servo de sillúq, na prosa, é sempre merekha XDl^p — derivado de — que quer dizer — fazer longo, alongar. Indica o prolongamento da modulação. Gên. 1 :2. Na poesia é substituído por munaJ} — UV\12 especialmente quando o tom musical recai na primeira sílaba da palavra, ex. : Salmo 1:1, ou quando o sillúq é precedido por dois ou três servos. Salmo 1 :6. Se a cláusula de sillúq for tão curta que não admita um servo na palavra precedente ou então se as leis da acentuação exigirem um distintivo como pretônico musical de sillúq, será tiphha na prosa, ex. : Gên. 1:6, e na poesia o seu correspondente rebhia mu- grash, ex. : Salmo 40:15. Só há uma exceção a essa regra. E quando uma grande pausa lógica ocorre na primeira palavra antes de sillúq. Em tal caso, a pausa lógica é marcada por um distintivo maior do que tiph}}a — Gên. 1 :3 e entre êste e sillúq, nenhum outro acento pode ser acrescentado. Há só cinco casos em que a pontuação pa- acentuação: na prosa e na poesia 95 lestina traz um tiphha na mesma palavra que sillãq, mas são casos muito excepcionais e parece que o tiphha tem aí, apenas o valor de um methegh, Ex. : Oséias, 11:6. 2. Athnah. FlJriX — Derivado de uma forma secundária de FII] e significa: o que faz descançar ou pausar. FII] é o verbo repousar, descançar. O seu uso é pouco uniforme. Ora divide o verso em duas partes iguais, ex. : Gên. 1:8, outras vezes divide mui desigual- mente. Até na primeira palavra do verso pode ocorrer, ex. Gên. 34:31, ou na primeira palavra antes de sillúq, Gên. 1:3. As razões determinantes dessa diversidade, são: o paralelismo, a pausa lógica, o equilíbrio musical, ou simplesmente a ênfase a uma idéia, Gên. 1 :1. O servo de athnah é munah, também chamado shôphãr de des- canço, devido à sua forma. Como merekha, antes de sillúq, o munah também pode ser substituído por tiphha na primeira palavra antes de athnah, quando a declamação exigir um distintivo em vez de um conectivo. 3. Seghôlta. An /'iilD. Assim chamado pela sua semelhança com o seghôl. Tem relação, não obstante, com os dois pontos de zãqêph e com o único ponto de rebhia -L. Representa, musicalmente, pausa relativamente maior do que zãqêph, assim como este último representa pausa maior do que rebhia. Mas só aparecem nessa relação gradativa quando a extensão do verso ou a exigência da melodia o permite. Ex. : Gên. 1 :7. Geralmente os acentos indicam a sílaba tónica da palavra, este porém é o primeiro exemplo de um sinal pospositivo. Vem, como também o pashta, na última consoante da palavra. Quando a tó- nica recai na penúltima consoante da palavra, os sinais pospositivos se repetem. Ex. : Gên. 1 :7 — D^OH — Gên. 1 :7 — i)'p"in. Valor do seghôlta: E um acento subordinado na cláusula de athnah. Sua relação lógica e musical é mais ou menos como a da nossa vír- gula para os dois pontos. E, como zãqêph e rebhia, subordinado a athnah. Quando a cláusula de seghôlta exige a sua subdivisão em outras, são elas marcadas por meio de rebhia e zarqa — - O que se disse sôbre êsses três acentos principais da prosa, pode-se ilustrar por meio do seguinte diagrama: 96 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Cláusulas de: Sillúq seu servo — merekha, ou substituído por — tiphha'; Athnalj, — , seu servo — munah, ou substituído por — tiphha ; Seghôlta — , seu regime — rebhia', ou — zarqa. 183. Posição dos acentos: Alguns acentos só aparecem na inicial da pa- lavra. Nesse caso não podem indicar a sílaba tónica. Chamam-se prepositivos. Os que indicam a sílaba tónica aparecem à esquerda da vogal, exceto no caso de hôlem e de shúreq 1 1 ; nesses casos êles vêm debaixo da consoante da sílaba tónica. Os que se colocam em cima da palavra, aparecem sóbre a consoante em que recai a tónica. Essas noções bastam para dar uma idéia da utilidade da acentuação massorética. O sistema é complicado e em alguns casos um tanto obscuro. Quem desejar aprofundar-se mais, deve compulsar a obra de John Adams — Sermons in Accents, de Edinburgo, 1906 e a Gramática Hebraica de Gesenius, tradução inglesa. QUARTA PARTE — MORFOLOGIA Capítulo XXV GENERALIDADES 184. Raízes. Há duas classes de raízes, — as pronominais, que deram as palavras expressivas da relação das cousas com a pessoa que fala ou com outras cousas, a saber, pronomes, advérbios, certas preposições e outras partículas; e as verbais, que deram as palavras expressivas da idéia em repouso ou em movimento, a saber, os nomes (incluindo os adjetivos), o verbo c as partículas. As raízes verbais são as mais numerosas e delas procedem a maior parte das palavras. A raiz nas línguas semitas consta geralmente de tres consoantes só, sendo isso um caraterístico comum a essas línguas (§ 211). Rigorosamente a raiz deve ser só constituída de consoantes. Não se deve supôr que do verbo procedam sempre todas as formas de nomes, mas, ao contrário, tanto o nome como o verbo devem ser considerados como formas cognatas de uma raiz primitiva, às vezes desconhecida. Assim a raiz — reinar, teria dado o radical ver- bal, — êle reinou e o radical nominal, '^'Q — rei. Se à idéia abstrata da raiz primitiva, despida de modificadores, representada só por consoantes, acrescentarmos quaisquer vogais, já lhe empres- tamos um sentido específico, descritivo de qualquer modalidade ou circunstância não contida na idéia original da raiz. Não obstante isso, para fins práticos e de acordo com os gramáticos hebreus, pode-se e convém considerar a 3a. pessoa m. sing. do completo do qal do verbo, a mais simples forma verbal, como á raiz de que se derivam tanto outras formas do verbo, como dos nomes (substan- tivos e adjetivos) e de muitas partículas, ex. p"T^ — ser reto (justo) ; p"T^ — retidão; — reto (justo). Veja-se, entretanto, §§ 483. 186. 541. e 543. 97 98 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 185. Nomes e verbos denominativos. Os nomes que se derivam diretamente da raiz chamam-se primitivos; os que se formam de outros nomes por meio de modificações ou de acréscimos chamam-se denominativos quer procedam de um nome primitivo quer venham de um verbo, ex. lÍO"Tp — oriental, procede de Dlp. — oriente e este por sua vez, se deriva do verbo □"Ij^. O verbo também pôde, portanto, chamar- se denominativo , quando se deriva de um nome, cuja idéia em re- pouso se poz em movimento (§ 206), um nome, enfim, que se trans- formou em verbo, ex. de tyiB? — raiz, o verbo t^lty — desarraigar; nb< — tenda, barraca, /HX — estender ou armar uma tenda. Quase todos os verbos denominativos se derivam de nomes, por sua vez, já derivados, ex. ]2b — ser branco; daí veio, n^Zl'? — tijolo (por causa de sua cor, depois de queimado) ; e dessa idéia, de novo, o sentido de ]J,h — fazer tijolos; njl — aumentar muito, daí, T\ — peixe e daí Vn — pescar. Há muitas raizes de verbos que não apresentam forma correspondente de nomes, no estado atual da língua, e muitas raizes nominais que não teem forma verbal correspondente. Mas supõe-se que devam ter existido as formas correspondentes de cuja falta a língua agora se ressente. 186. Raízes biliterais. Existem muitas palavras monossilábicas na língua em seu estado atual. Algumas talvez representem abreviamento, pelo uso, de raízes triliterais, como — mãe que deve ser derivada de DÇt^, pois com o sufixo possessivo 'ÇJX — minha mãe, duplica o D, (§ 632.-Classe I). Por outro lado, há muitas palavras triliterais, que teem duas letras fortes comuns e uma terceira letra fraca, ou uma repetição da segunda, e essas palavras teem todas um signifi- cado semelhante, ex. "^31, "^11, NDl, riDl, — bater, ou despedaçar, parecendo que a sílaba de letras fortes, constitui em todas elas a raiz monossilábica, que alguns denominam de raiz primária ou biliteral. Há outras que talvez se tornassem monossilábicas, por terem na raiz uma letra fraca que se tornou vogal, como nos verbos Ayin- Vav e Ayin-Yodh, ex. Dip, Dp^, (Dlp). São questões discutíveis, no entanto, entre os gramáticos. Por essa razão há quem tenha su- posto que todas as raízes foram originalmente biliterais e secundà- riamente se tornaram triliterais. Mais extravagante ainda é a fan- GENERALIDADES 99 tasia de que todas as raízes teriam tido uma só letra, dependendo o seu significado, ou sua idéia primária, do nome, da forma e do som dessa letra única. O que parece certo é que a existência e a idéia original das raízes deve ser aceita como um fato último, na maioria dos casos, sem explicação alguma. As muitas palavras onomatopaicas podem pro- var sem dúvida que a imitação dos ruídos naturais determinou a formação de muitas raízes, o que acontece em todas as línguas e uma língua que não passou, ao que parece, do seu período infantil de formação não poderia escapar a essa poderosa influência. 187. Raízes quadriliterais e quinqueliterais. Essas palavras resultaram geralmente do acréscimo de alguma letra fraca ou de letra seme- lhante a outra da raiz primitiva ou ainda à fusão de duas raízes numa só. Exemplo desta última, y"!"!?]^ — rã, que provém de "IS^ — saltar e I?"!"] — (em árabe), pântano ou charco. Há algumas outras não explicáveis por essas maneiras, mas geralmente são de origem estrangeira, ou dialetal e pertencem a época mais recente da língua, ex. DT")? — jardim, paraíso (palavra persa). Ao con- trário disso, certos pronomes e interjeições de origem mui primitiva nunca atingiram à forma de raiz-modêlo , triliteral semita e seguem leis de inflexão arbitrárias ou peculiares. A maioria absoluta das partículas, porém, se deriva de nomes que se abreviaram, pelo seu uso enclítico e teem origem desconhecida. 188. Casos. Parece terem existido em hebraico três casos, como no árabe, u para o nominativo, i para o genitivo e a para o acusativo. Mas só restam no V.T. vestígios dessas desinências. O som final de a para o acusativo é, de fato, o único vestígio bem nítido restante, no que se chama de il local ou de direção (§ 124-4°), cuja forma e função já conhecemos. O e o i para o genitivo são formas raras para expressar o estado construto e que só aparecem na poesia ou em estilo elevado de prosa, ex. Gen. 1:24, Num. 24:3 e 15 e Prov. 13.4. Consideram-se hoje essas formas verdadeiros arcaísmos. Note- se, entretanto, o construto de irmão 'RN, e de pai, 'Zlíí, bem como as formas alternadas de construto, nos nomes próprios compostos, hi<]:B e '7X'3EI, ipeníi e pem — 'ê\). 100 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 189. Formação do léxico. Palavras primitivas são as que derivam dire" tamente da raiz. Muito pobre seria o vocabulário de qualquer língua se dependesse só dessa espécie de palavras. Enriquece o léxico, porém, a possibilidade de formação de novos vocábulos por alterações da raiz ou de palavras já derivadas da raiz primitiva. Há dois métodos de formação ou derivação de palavras: 1) — O de alterações internas da raiz pela inserção de vogais ou pela duplicação de consoantes; ex. ^^p< "^^pl 2) — O de acréscimos externos, de letra ou sílaba, no princípio ou no fim, isto é, por meio de afixos: prefixos ou sufixos, ex. D1D, riDID, □'DIO, fllDID, sufixos; por pre- fixos, ^bp inf. construto, com o prefixo preformativo do incompleto, '?bp' (§ 227); pelos dois métodos na mesma palavra, incompleto do Piei, ^ tDp' (§ 227. 228), (prefixo, alteração interna de vogais e geminação da letra média da raiz). Quanto à origem e significado dos próprios afixos, (Veja-se o § 214. e o § 226.). 190. Classificação das palavras. Podem ser variáveis: pronomes, verbos, nomes, incluindo adjetivos; e invariáveis: artigo, advérbio, con- junções, preposições e interjeições. Consideramos variações nêste caso as desinências que expressam as distinções de género e número nos nomes e as flexões verbais para distinção de pessoa, género e número. Quanto aos casos, só restam, como já vimos, vestígios (§ 188.), ou fragmentos arcaicos, no estágio em que se encontra a língua. SUFIXOS PRONOMINAIS 101 Capítulo XXVI SUFIXOS PRONOMINAIS 191. Não há cm hebraico adjetivos possessivos, mas a ideia de posse se expressa perfeita e rigorosamente por meio dos sufixos, ou partes significativas, do pronome pessoal acrescentados aos substantivos. Já vimos que a língua hebraica é infensa ao uso de adjetivos, expressando-se muitas vezes a qualidade de um nome por meio de outro a êle juxtaposto (§ 96), cx. ^Ip "IH — monte de santidade, em vez de monte santo, t^Lp llt^ <" — língua de santidade em vez de língua santa. Do mesmo modo se faz o possessivo. Coloca-se o substantivo em construto (§ 202.-1°) com o pronome. Este, porém, vem na forma fragmentada de sufixo e não na forma completa, ex. 'pID (cavalo de mim), meu cavalo, "^DID — (cavalo de ti), teu cavalo. Considera-se o nome, juxtaposto ao sufixo pronominal, no cons- truto com o sufixo, embora, devido às exigências fonéticas que alteram as suas vogais em alguns casos, a forma do construto apareça desfigurada, ex. '""in"! debhar-t, se torna — debhãrt (§ 200-2). Mais adiante dar-se-ão as principais regras a respeito da alteração vocálica que sofrem as palavras ao receberem sufixos (§ 200.-). 192. Os sufixos, ou as partes significativas do pronome, aduzidos ao substantivo no singular c no plural são: Ao substantivo singular: Sufixos do singular Sufixos do plural 1^ pes. c. meu, minha 1^ c. 13— nosso, nossa 2- pes. ^ í m. teu, tua 2^1 m. f. □3— ];>- vosso, vossa 'm. in— , i dele (n) í m. °- deles 3^ pes.- Lf.n,n- seu, sua dela (n-^) [ f. 1- seus, suas delas 102 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Ao substantivo plural e dual: Sufixos do singular Sufixos do plural 1* pes. c. 2^ pes. ( "1 V ím. V-— meus, minhas l'' c. I]'— m. DD'— teus, tuas 3^ pes. U. n' dele seus, suas dela 3- < nossos, nossas vossos, vossas deles seus, suas delas 193. Uma simples inspeção desta tabela mostra que nos sufixos da 2* pes. sing. e plural, o D é permutado pelo de sorte que em vez de n, n, DPi, ]r), temos QJ, ]3. 194. Também se nota que os sufixos consonantais (§ 198.-1°) se ligam ao tema por uma vogal auxiliar, ou por um sheva, ou pela desinência do masc. plural do construto, ex. T]P1D — teu cavalo, m., '^D^D — teu (f.) cavalo, — nosso cavalo, DD1D — o cavalo deles. A vogal de ligação primitivamente foi o, quando ligava sufixo que começa por gutural; ou i (breves). Mas a vogal breve na sí- laba tónica tende a alongar-se e assim o i passou a ser ê e o o se tornou ã, ex. em lugar de súsino e no sufixo da 3'' pes. singular masculino, deu-se o seguinte in'D1D — sús-a-hú, pela queda do 71, letra que muitas vezes cai, se tornou primeiro súsáú, e depois IDID — súsô, porque o ditongo au = ô, como no francês (§ 111-112.-2, 160), isso com o substantivo singular. Quando o substantivo é plural, a desinência do construto plural dá uma forma muito pe- culiar (§ 195.-), VDTD — 05 cavalos dele. Nesse terminação o ' silencia e o som V— é o mesmo que 1—. Deve-se ler ãv (Ges. § 8.5), porque o vav está precedido de uma vogal heterogénea, devendo conservar seu valor consonantal (§ 19-fim e 159-III 2). Muitos o lêem como ditongo au, porque a LXX o transliterou assim e talvez esse som represente um período primitivo da pronúncia. A vogal de ligação é a, antes de gutural, por isso a S"" do pl. m. aduzida a substantivos no singular também daria DrfDID — súsa-hem, que, com a queda do H (§ 119-1°) e da sua vogal se SUFIXOS PRONOMINAIS 103 tornou 0D1D — susãm, a mesma cousa acontecendo à 3'' pes. f. plural, ]n'D1D — sús-a-hen, deu ]D^0 — súsãn. Note-se mais que o sheva de ligação do sufixo ao tema, na 2^ pes. plural, tanto m. como f. e da 2^* pes. sing. m. é sonoro (vocálico) de sorte que o do sufixo não toma dãghêsh Iene, "íjtpiD — síls^kha, □D pi D — siis'khem. O substantivo pl. ( e o dual), ao receber sufixo, toma a desi- nência do construto pl. masculino e essa desinência aparece em todos os casos de sufixo pronominal plural, ex. IJ^^DID — súsêy-nú, □n"'D1D — súsêv-hem. 195. Irregularidades. Com sufixos do singular, a desinência primitiva do construto plural é que aparece (§ 98, Nota:3-). Por essa razão o sufixo da 1=* pessoa sing. a substantivo plural dá 'DID — que é uma contração de siXsay mais i. Na 2^ pessoa do masc. e na 3^ do feminino, singular, o c do construto primitivo se contrai em seghôl, e, assim: "^'DID — os teus cavalos, e n'D1D — os cavalos dela. Na 2^ do feminino singular o construto assume a desinência primitiva e dá "^^DID — os teus (f.) cavalos, isto é, os cavalos de ti (f.), sendo que o i sob o yodh apareceu do mesmo modo que hayth se tornou bayith, — n'3. Na 3=» do masculino singular, ainda o construto plural assume a forma primitiva, sendo que in"'D1D — síisay-hâ, pela queda do H se tornou T^DID — súsay-ú e depois VD1D súsayw, forma em que o c se alonga na tónica e o ' silencia, devendo-se pronunciar o vav como consoante final assim: súsãyv. Veja-se Ge- senius, obra citada, § 91.2, § 89. Rem., § 9.6, § 7.1 c § 28.4, § 8.5. 196. De acordo com o que ficou dito sigamos as alterações em Dl D como paradigma : No singular:— 'Ò^D — "^DID — "^DID — IDID — HOID — I^DID — □DDID — IDÇID — DDID — ]mD. Forma pausai da 2^ p. m. — "?1D1D. No plural:— —-íj^mD — "^'010 —VD1D —n^DID — ir plD — d5'pid — - ]5'piD — on^piD — in^DTD. 197. Se todas as palavras tivessem vogais imutáveis nada mais se pre- cisaria dizer. Isso não acontece, porém, e já no feminino desta mesma palavra HDID — égua, temos alterações vocálicas que exi- gem explicação. 104 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 198. Classificação dos sufixos. Para boa inteligência dessas alterações vocálicas convém classificar os sufixos: 1 — Já vimos que os sufixos podem ser consonantais — quando começam por consoantes, ex. DD — 1 e vocálicos, — quando co- meçam por vogais, ex. H— D—. 2 — Os sufixos podem ser ainda classificados como pesados, — quando têm duas consoantes e são êles apenas quatro: D3 — vós (m.), ]D — vós (f.), On — seu, sua, seus, suas, (deles) m., ]7[ — delas, f., seu, sua, seus, suas; ou leves — todos os demais, ex. , ^, 1, 13, in, 3 — Também podem ser monossilábicos e dissilábicos. São dis- silábicos, os que, combinados com a vogal de ligação, ou com a de- sinência do construto plural masculino, dão duas sílabas depois do tema masculino ou feminino, ex. com a vogal de ligação (— ) ê; IJ^DID — DZfDID com a desinência do construto depois de tema masculino; depois de temas femininos, 130 Dl D — nossa égua; irniDID. O Sheva de ligação naturalmente não forma sílaba (§ 14), ex.: '?|~l"Zl'l — esta tem só duas sílabas (§ 14); o "1 une-se ao pelo sheva de ligação numa só sílaba. 199. Sílaba tónica. Outra cousa de muita importância é determinar onde cai o acento tónico, afim de se poder entender a vocalização das palavras de vogais mutáveis quando elas recebem sufixo pro- nominal. A regra é fácil: os sufixos monossilábicos e os pesados recebem o acento, ex. 'DID "^DID leves; e pesado — DZipiD. Quando o sufixo é dissilábico — exceto os pesados aduzidos a nomes no plural, — a tónica recai na penúltima sílaba, ex. IJDID — TPID — 200. Regras de flexionamento devido aos sufixos pronominais. Estamos agora habilitados a entender a vocalização das palavras que rece- bem sufixos, observando apenas duas regras: 1) — Antes do sufixo pesado a palavra toma a forma real do construto, ex. □Zl"j3'l — 2) — Antes dos sufixos leves, siga-se a lei geral da fonética, ex. : '"131, a saber, a tónica, no sufixo monossilábico, cai sobre êle (§ 199.-); a pretônica aberta toma vogal tónica longa 3 e a ante- pretónica se reduz a sheva, outros exemplos: "^H^l — i"^^! — SUFIXOS PRONOMINAIS 105 D^ni — "l"!?"^- Se o sufixo for dissilábico (§ 199.-), a tónica recai na penúltima sílaba, a pretônica aberta leva vogal tônica-longa, e < < a ante-pretônica se reduz a sheva, ex. "^ll^l — Nos casos de sheva de ligação antes dos sufixos da 2^ pessoa, ainda se obedece à mesma regra 2, ex: "^"l^l (§ 198.-3), pois a última sílaba nesse caso é "^l — — e a penúltima é 3 ou — 31 aberta. Mas na forma pausai o sufixo da 2=^ pessoa masc. sing. se liga ao tema por um seghôl e não por sheva e a tónica recai na penúltima, o que está de acordo com a regra do sufixo dissilábico (§ 199.-). 201. De acordo com esses princípios temos o paradigma: 2,^ m. 3^ f. nni ni3i suf. sing. □ 1-131 suf. plur. V-13-I nn.31suf. sing. tivo plur. [ i3n3T □3'-i3i 13n3i □nn3i inn3T suf. plur. Como a desinência do dual no construto é , a mesma do plural, os substantivos desse número fazem a ligação com o sufixo pro- nominal do mesmo modo que os do plural, ex. — f. — asa; '933 — minhas asas; "í]' 333 — as tuas asas; orfSiS — as asas deles. Neste último exemplo, o construto plural tomou a eufônico em vez de i, na primeira sílaba, por motivo etimológico, mas a ligação é como em geral . Outras palavras como '^ÍT — pé, sofrem al- terações vocálicas diferentes (§ 133.-2-) porque são de outra de- clinação (esta, da 2^), mas a ligação do dual continua a ser a mesma do plural (§ 98.1.-). 202. Com os substantivos femininos. Até aqui vimos as alterações so- fridas pelos substantivos masculinos. O sufixo aos nomes femininos obedece aos mesmos princípios, cumprindo apenas fazer as seguintes observações : Feminino singular. 1° — Os substantivos femininos pela sua desinência (§65.-), a saber, os terminados em H— , ao receberem sufixos, tomam pri- Suf. 1^ c. Substan- í n31 tivo sing. [ ^3131 Substan- í n.3-T 2^ m. 2^ f. "fl-j31 ■^1131 D3131 13-131 106 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR meiro a terminação arcaica D—. Isso é natural desde que o sub- stantivo que leva sufixo está idealmente no construto. Dest'arte o substantivo feminino singular — ilDID tomando sufixo fica 'riDID. A vogal breve — alongou-se de acordo com a regra 2 (§ 200.-); assim a última sílaba ficou sendo 'n e é tónica, a penúltima D, aberta e átona, ou melhor pretônica; a antepenúltima, nesse caso tem vogal imutável. Com o sufixo pesado, segue-se a regra 1 (§ 200.-), a saber, a palavra toma a forma real do construto, portanto com a terminação arcaica — H— , ex. DJflDTD. 203. Feminino plural. No plural a palavra depois de receber a desinência do f. pl. ni — toma ainda uma segunda terminação pl., porém do masculino construto, antes de se lhe aduzir o sufixo pronominal, assim, IJ^riiDID, □ri'rilD1D. Essa terminação do m. pl. é supérflua e anómala, uma dupla indicação, inteiramente desnecessária, do plural. Notada essa anomalia seguem-se as regras 1 e 2 (§ 200.-) na agregação de sufixo. Talvez se possa dizer numa só palavra que no pl. f. a palavra toma sempre a forma real do construto, mais o infixo do construto pl. m., ao receber sufixos pronominais, ex. nÍp"T2^ tomando sufixo pronominal é sempre n1p~[2^, a forma real do con- struto pl. de nplí?. A terminação do construto pl. m. aduzida antes do sufixo, aparece desfigurada em alguns sufixos pronominais, ex. 'Jllplí^, 1^ pes. c, devido às irregularidades já notadas (§ 195.-). Essas irregularidades notam-se ainda na 2^ pessoa sing. m. e f. e na 3* m. e f., ex. ^'nlp-]:^, ■^'riip-r:^, vnipi^, n'riip-r:^. 204. Veja-se o paradigma do substantivo de forma feminina: l'' c. 2* m. 2» f. 3=» m. 3=» f. Substan- Tipi:!^ -Tinp"!^ inpi:^ inp-r:^ nnpi:^ sufixos do tivofem. , singular ijnpi^ D^npi:^ iDnpi^ Dnpi:^ inpi^ ^"j*^;;^"' Substan- 'nipi:^ ^^nipi:? i'nip-r^ i^nipi^ ^'nlpi:? L"ngu°lL^° tivofem. ^ sufixos do plural irrnpi:? DD^rnpi:^ ]D^rnp-|:? on^rnp-j:^ in^rnp-]^ plural A palavra feminina pela terminação H— , quando faz o plural no dual (porque aparece aos pares em a natureza) tem que tomar SUFIXOS PRONOMINAIS 107 a terminação f. primitiva (§ 65.-) para receber sufixos pronomi- nais. Feita essa substituição, segue em tudo o paradigma de (§ 201.-), ex. nsty — lábio, 'HS'^ —meu lábio, insty — o lábio dele, OirnSÍÍ' — os lábios deles, ^yf\S\l^ — os nossos lábios. As palavras da 2* e da 3^ declinação, obedecem às mesmas regras de ligação do sufixo ao tema, cumprindo apenas notar que as suas vogais mutáveis seguem a fonética das respectivas declinações. 205. Formas anómalas. Até aqui vimos o que é normal nos casos de sufixos pronominais ao substantivo. Há, porém, muitas excessões, anomalias e irregularidades, das quais indicaremos algumas: 1" — Algumas palavras do feminino plural preferem às vezes sufixos próprios das palavras do singular, especialmente na 3^ pessoa, ex. Dniin em vez de Dn^rmll, DnlE^SJ cm vez de Dn'nÍK)D3, e assim OniDty, OnÚN, etc. 2° — As palavras terminadas em vogal, dispensam a vogal ou 0 sheva de ligação, assim in'5s ou DD^ní^, o que aliás é natural, porque — no construto é 3° — As que terminam em 77— conservam o sufixo da 3'^ m. sing. na forma Til, mas a vogal de ligação ê substitui a sua vogal final — . Aliás o construto dessas palavras se faz em — . Mas com a 3'^ do feminino elas conservam o — , exemplos: lITltí' — o campo dele, n-fty — o campo dela (§ 639.-). 4° — O sufixo da 3^ m. sing. aparece às vezes como H , ex. : n^VnX, Gen. 9:21, e HXp, cm II Reis 19:23; mas este último em Isaias 37:24, é Também aparece a 3* m. sing. e a 3"^ m. pl. Í0'— , formas poéticas, em lugar de □— e DH'— . 5° — Outras formas bem raras são: 2=^ pes. sing. com HD-rr-, Gen. 3:9; 2^ feminino sing. em 'D—, Salmo 103:4, e f. pl. em ''3'—, Salmo 103:3. Também a 3^ fem. pl. em HJ-^, Gên. 41 :21 e em njn^-, 1 Reis 7:37, em nj-^, Rute 1:19, e muitas outras. 6° — As preposições bijt; e '717 terminavam na forma primitiva em ' e quando levam sufixos reaparece esse \ dando a impressão de estarem na forma do plural, assim: '"^y, '^''^^ , T^fV' n5'hv e '"ZX, etc. 108 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR A preposição ''1.^^jí — depois, ou após, está, de fato, na forma do plural, significando as partes de trás ou posteriores, daí, após, assim: '"inNí após mim, ■'T''n.nyí após ti (m.), "^línx após ti (f.), Vinx após ele, ^''"^.^^ií após ela, etc. 7° — Aparecem formas de substantivo plural sem o ' que as deve caraterizar entre o tema e o sufixo pronominal, ex. ini)~l Jó 42:10. Isso é mais comum com a 3* pessoa 1— em vez de V— . Mas geral- mente há correção marginal, por meio do q^ri, Samo 58:8. Vocabulário: — fui expulso, ou, fui lançado. — presença. ]P — de. T - — e veio (ou chegou). — a ti. — palácio, ou, templo. — dês, lances, do verbo ]ri3. — não. — sobre nós. '7^ — sobre. — inocente. ('p3) — geração. PI. (ílll) — ni"ll, (época, idade). — te (Díjt, sinal de acusativo e "í] — suf. m. sing.), • T — vi, de nN~l — ver. ' T T • T — rosto. Só se usa no pl. '^dV — perante mim. diante de mim. — agora (D^S — vez, mais artigo). D]^:; f. V V — osso. T T — carne. — Noé. — joelho. Dual, — D'3"j3 — joelhos (em lugar de D^3~j3), porque pertence à classe I, embora escrita com dois seghois, parecendo da classe A (No. 137). SUFIXOS PRONOMINAIS 109 Exercício 43 (Análise das palavras isoladas e tradução das sentenças). ,?]rioio ,"^910 ^Tipio ,T]pio ,rnlDio ,inDio ,ioio ,noiD ,"r]^oio ,?i^9io ,TOioio ,Tí?^oio ,^noio ,?içoio ,□5^910 ,05910 ,or7^oio ,]oio ,0010 ,rf^r]1oio ,toio rUTj^n^^ '"^ris^ /naí;; /nsi;; ,D'n2í;; •'n^ij? :irn1oio ,irpio ,1:010 ,1n"i1n ^íioiln ^^iriTin í^l?"! :n-;n inn ^33^ p^-i^ ^n^í<-i m^p mn^ "ií:;oi ^;2:5i?;2 o^jr orEsn m\ :ni<2:i-b2i n^r^^n n^n'?i< T T - T -: •• V V T T : T : • - t - • v: tt: t:- t:t -:• -t:- :D00^;3 ^io'??: ^^i^o^rjfs V : : - : - • V T : Exercício 44 O meu guarda. O teu guarda. Os meus guardas. Os teus guardas. Os meus pés. Os pés dele. Os pés dela. Os nossos pés. Os (m.) vossos pés. Os pés deles. Os pés delas. O meu pé. O pé dele. O pé dela. O teu (m.) pé. O teu (f.) pé. O pé deles. O vosso (m.) pé. O meu livro. Os meus livros. O teu (m.) livro. Os teus (m.) livros. Os vossos (m.) livros. O nosso livro. Os nossos livros. O livro deles. Os livros deles. O meu ouvido. Os meus ouvidos. O nosso ouvido. Os nossos ouvidos. A tua (m.) manhã. As tuas (m.) manhãs. As vossas (m.) manhãs. 110 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Capítulo XXVI I VERBOS: Generalidades e o Completo do Verbo Regular 206. Classificação. Quanto à sua etimologia, podem ser primitivos, quando a raiz de que procedem é verbal; e denominativos, quando se derivam de um nome que se transforma em verbo, ex. dos primeiros — 2\Vl — sentar; dos segundos, fl^D — salgar, de nhó — sal, (§ 185.-). 207. Quanto à natureza da ação que expressam, podem ser ativos, — os que fazem o completo em a, geralmente transitivos, mas nem sempre no sentido de que a ação expressa passe do sujeito para um objeto; e estativos, — os que expressam um estado físico ou mental do sujeito. Estes, geralmente terminam em — (ê) e em i— (õ) no completo, ex. "733 e ]bp), e fazem o incompleto em — (a). Êsses caraterísticos não servem de base rigorosa para distinguí-los, porque há verbos estativos que terminam em a no completo, ex. '^"13 e outros que podem terminar de um ou de outro modo, ex. e nij!) — aproxi- mar-se. Também alguns há que fazem o incompleto em õ, ex. ]2W], de ]3t^ — habitar. O nome de intransitivos para êsses verbos não lhes vai bem, porque há muitos intransitivos que não são estativos, como — reinar e por outro lado, há muitos estativos de predi- cação incompleta, como 3!!^ — amar e ^<5t^' — odiar, que pedem objeto direto. A melhor maneira prática de distinguí-los é verificar se expressam um estado físico ou mental do sujeito. No caso posi- tivo, são estativos e por exclusão os demais são ativos (§ 211.-). A conjugação se faz regularmente (§ 219.-). 208. Quanto à forma ou estrutura de sua raiz, podem ser regulares ou fortes, quando as tres letras de sua raiz são fortes, e fracos, quando teem uma ou mais letras fracas entre as três de sua raiz, ou quando repetem a 2a. letra. Consideram-se fracas as guturais (incluindo o 1), as mudas e o ex. nbú, 13^, On:, lh\ Q^p, 33D (§ 408.-). Não é próprio dar aos verbos fracos o nome de irregulares, porque as alterações sofridas pelos respectivos paradigmas devido à pre- sença de alguma letra fraca em sua raiz, são muito uniformes e regulares (§ 410, 417 e 264.). VERBOS 111 209. Passaremos à consideração do verbo forte em primeiro lugar (in- cluindo os estativos), por serem os verbos dessa categoria os que seguem um paradigma verdadeiramente regular c básico dos demais verbos. • O VERBO REGULAR OU FORTE 210. Raiz. Nomcia-sc o verbo cm hebraico pela 3a. pessoa do masculino singular do completo (perfeito), assim como no latim e no grego se nomeia pela la. pes. do singular do presente, — amo, sum, 4>l\€0), etjuí, — amo, sou, etc. Alguns verbos fracos, excepcionalmente se nomeiam pelo infinito como em nossa lingua (§ 541.-). Quando se diz, portanto, o verbo 2D3 ou ■^'?n, de fato, se diz o verbo escreveu ou andou, embora sempre se traduza por escrever e andar no vocabulário, simplesmente porque é pelo infinito que se nomeia o verbo em português. Essa é a forma fundamental do verbo, a raiz, tema ou radical, à qual se aduzem afixos que servem para distinguir pessoa, género e número e outras modalidades. Êsses afixos entram como sufixos no completo e como prefixos, na maioria dos casos, no incompleto, nomes que daremos aos dois tempos fundamentais, perfeito e im- perfeito dos gramáticos, por motivos adiante expostos. 211. Radicais. O radical hebraico consta geralmente de três letras (con- soantes). O nome (adjetivo e substantivo) tem vogais longas ge- ralmente nas duas sílabas e o verbo tem vogal breve na última sílaba, ex. Tt^' — justo; It?' — ser justo. Os gramáticos explicam que os nomes representam a ideia parada e o verbo representa a idéia em movimento, pelo que o verbo tem vogal mais leve. Muitos verbos, porém, levam — na segunda sílaba e alguns — (hôlem). Êstes são os estativos, que exprimem um estado físico ou mental do sujeito. Essas vogais — e — foram primitivamente — breve e — breve, respectivamente e que se alongaram por se acharem sob a sílaba tónica. A vogal primitiva do verbo ativo, — 3ri3, na pri- meira sílaba também foi breve — , que se alongou para — por vir na pretônica aberta (§ 119. 2°). O verbo estativo, que expressa um estado do sujeito ou ação intransitiva em que a influência 112 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR reflexa da ação sobre o sujeito é mui proeminente, não precisa de vogais leves como os que expressam a ação em movimento. Há alguns radicais biliterais e poucos quadriliterais (§ 186, 187.). 212. Tempos. Há dois tempos fundamentais, o completo, que expressa a ação acabada, completada, mesmo que se refira ao futuro, como no futuro composto nosso, ex. quando chover, eu já terei chegado; e o incompleto, que expressa a ação não acabada, quer seja no pre- .sente, passado ou futuro. Não há a noção cronológica nesses dois tempos, mas o uso é rigoroso do completo para as ações terminadas, em qualquer tempo e o incompleto para as que ainda não se com- pletaram; ou para os estados mentais ou físicos completa ou in- completamente realizados, no caso dos verbos estativos. Por essa razão denominaremos de completo e incompleto os dois tempos e não de perfeito e imperfeito, como geralmente o fazem os gramáticos. Aliás todos eles insistem em que essa nomenclatura não é acertada, continuando a usá-la, porém. Há também os que chamam o im- perfeito de futuro, em compêndios e léxicons, o que se torna ainda mais impróprio. W. H. Lowe, em sua gramática, denomina já esses tempos de completo e incompleto. 213. Desinências pessoais. Procedem quase todas das partes significa- tivas do pronome pessoal (§ 37, 41) e se aduzem ao radical no completo como sufixos e no incompleto, principalmente como prefixos, havendo necessidade de se suplementar algumas das pessoas com sufixos, visto que os prefixos se desfiguram devido à distância da sílaba tónica e perdem as vogais distintivas, de cada pessoa (§ 226). 214. Outras flexões. O radical sofre alterações internas em suas conso- antes e vogais bem como externas por prefixos e sufixos, para ex- pressar modalidades diferentes, grau (forma peculiar do verbo hebraico e de outras línguas semitas), voz e desinências caraterísticas do objeto direto (§§ 260-324). 215. Flexões pessoais do completo. Tomando como ponto de partida a forma verbal mais simples, que é a terceira pessoa do masculino singular do completo, — '^^R. é natural que sigamos ordem di- ferente da que costumamos seguir nas linguas ocidentais na con- jugação das pessoas. Seguiremos da 3a. para a la. pessoa. Deve-se notar ainda que o hebraico faz distinção de género em algumas VERBOS 113 pessoas que seriam comuns de género em português, como na 3a. do singular e na 2a. pes. tanto do singular como do plural. 216. O completo, portanto se faz assim: 3a. pes. m. sing. — "^Df? 3a. pes. pl. comum — ''''^R 3a. pes. f. sing. — i^*?^!^ 2a. pes. m. sing. — ^<'í?R 2a. pes. m. pl. — □ri'?^]:) 2a. pes. f. sing. — ^^.W, 2a. pes. f. pl. — ]'^\^'p, la. pes. sing. comum — ''ph\Qp^ la. pes. c. pl. — ''^'?^R 217. As desinências pessoais acima aduzidas à forma simples do radical têm a seguinte procedência: A 3a. f. sing. H— procede da forma arcaica comum do f. ri-—. Essa forma ainda aparece em alguns verbos lamed he e lamed aleph (§ 332-1°, 583-5°, 610, 611) e noutros casos mais raros e geralmente quando a 3a. pes. f. toma sufixo objetivo, ex. Qri3]3 — ela os furtou. Os nomes no construto e com sufixos também retornam no f. à forma primitiva, (§ 65.-). Na forma atual do f. o H representa apenas o som longo do â (mater lectionis) que se alongou no fim da sílaba aberta por ter havido queda do D (§ 65.-). As 2as. pessoas m. e f. tanto no singular como no plural, pro- cedem dos respectivos pronomes, D de nriS; fl de FIN; UT\ de ur\i^\ ]ri de ]rit<. A la. do singular vem de 'DiN, notando-se que houve mudança do D pelo D, provavelmente por analogia com a 2a. pessoa, m. e f. e para distinguir de e de ""3, ao mesmo tempo. A la. do plural vem de l^flíN e a 3a. do plural vem da forma arcaica do pro- nome da 3a. m. pl. que foi Din e não UT] (§ 38.-). Ainda aparece um vestígio dessa forma com o □ atenuado para ], em alguns verbos, como liyi' — conheceram, Deut. 8:3 e 16. No incompleto ainda é mais comum essa desinência. 218. Fonética das vogais do verbo. Os sufixos vocálicos (§ 198-1°) a, í e ú, teem no verbo um efeito sobre as vogais do tema diferente do que acontece com os nomes (§ 121.b). A vogal caraterística da 2a. sílaba se reduz a sheva, e a primeira sílaba é que conserva a sua vogal (§ 121. b.-). Isso permite distinguir um adjetivo ou um sub- stantivo do verbo, na forma f., ex. nntí)^ — ela é justa; n"]tí'^ — justa. A mesma regra se aplica à 3a. pessoa do pl. c, a saber, a 114 GRAMÁTICA HEliRAICA ELEMENTAR sílaba que fora tónica e se tornou pretônica aberta, porque o sufixo vocálico recebe sobre si o acento tónico, tem a sua vogal — reduzida a um sheva vocálico, ex. ISrtS — escreveram. Os sufixos consonantais são átonos, exceto os do plural m. e f., 2a. pessoa. Os do singular, m. e f. 2a. pessoa nenhuma alteração fazem no radical a que são aduzidos. Naturalmente a última consoante do radical tem que levar um sheva mudo ou secante, visto que a sílaba é fechada e nenhuma consoante sonora no meio da palavra pode vir sem vogal ou sinal de redução ou ausência de vogal (§ 14. fim), ex. ri^?! — lembraste, m. e f. A tónica fica onde estava e, portanto, a pretônica aberta conserva a vogal alongada que lhe é própria. A mesma cousa acontece com o sufixo da la. pessoa, tanto no singular, ''rilDr — lembrei, como no plural, IJlSj — lem- bramos, ambos consonantais. Os da 2a. pes. plural, m. e f., como recebem a tónica, não alteram a vogal da pretônica porque é fe- chada átona, "ID, mas a vogal da ante-pretónica aberta reduz-se a sheva vocálico, \, isto é Drf"lD| — lembrastes; o f. é a mesma cousa salvo o sufixo. Portanto, êsses casos seguem a lei geral fonética das vogais (§ 119.-) só havendo diferença da fonética dos nomes, quando o verbo recebe sufixo vocálico para expressar a desinência pessoal subjetiva (§ 121-a.-). 219. Os verbos estativos em — conservam o ê apenas na terceira pes. ni. sing. e às vezes em outras pessoas na pausa, 133 — êle é pesado; ri~I33 — tu es ou foste pesado. Mas os estativos em • — (õ), con- servam essa vogal em todo o completo, apenas abreviado para — (o) na segunda p. plural, m. e f., ex. 'n^bf? — sou pequeno, DriJÇj!) — sois pequeno, h'Dl — êle é capaz; ri'?3^ — tu es capaz; n'73' — ela é capaz. Aqui naturalmente o ' (õ) se reduziu a sheva porque o sufixo f. é vocálico (§ 121-b, 218.-). 220. Efeito da pausa sobre as vogais. Quando a sílaba tónica com vogal breve coincidir com a pausa no fim de uma sentença ou mesmo no meio dela, a sua vogal se alonga, assim: "13T, se torna "13J, e 'fl")??, 'rriZll. Às vezes a exigência da cantilação ou do ritmo restauram a vogal que se reduzira a sheva sonoro, deslocando-se ao mesmo tempo a tónica da última para a penúltima sílaba, assim: n^lÇp, VERBOS 115 77*70^5 ou n'7J^, n'75'. Deve-se notar que o alongamento é sempre para a vogai da classe da vogal primitiva da palavra. 221. Sílaba tónica. Tratando da fonética das vogais ao se aduzirem sufixos ao tema, dissemos algo sobre a tónica que convém aqui re- sumir. Os sufixos vocálicos, que no completo são só dois â e ú e os sufixos pesados que são os do plural na segunda pessoa do m. e do /., tem e ten, sempre atraem sobre si mesmos o acento tónico. Por- tanto só as pessoas seguintes, 3a, f. sing. 3a. pl. c. e 2a. plural, ni. e f. levam a tónica no fim. As demais pessoas teem o acento tónico na penúltima sílaba. A 2a. pes. fem. sing. também tem acento na última sílaba, visto que o Fl final que a carateriza não tem vogal. 222. Usos do completo. Como vimos já, os tempos para o hebreu e para os semitas em geral não expressavam a época de duração da ação do verbo ou do estado do agente, mas serviam para indicar se a ação teve ou não acabamento completo ou se o estado mental ou físico teve plena realização. Daí resulta que ao traduzirmos o com- pleto (perfeito dos gramáticos) devemos ter em vista o emprego de tempos que expressem o acabamento da ação, ou a plena realização do estado que a raiz do verbo indicar. Normalmente, portanto, deve-se traduzir pelo nosso perfeito simples, pelo mais que perfeito, quando significar uma ação acabada do ponto de vista de outra ação passada, e ainda pelo futuro com- posto, quando expressar uma ação acabada com relação, porém, a um ato futuro, ex. No princípio criou Deus . . . (completo); "de- scansou de toda a obra que fizera" (completo), Gen. 2:2; Is. 4:3-4- ". . . quando o Senhor lavar (tiver lavado)" . . . etc. fut. perf. com- posto do subjuntivo nosso (em hebraico, o completo ou perfeito). A ação é futura mas acabada em relação a outras ações futuras do V. 3. O modo mais comum de se traduzir o completo é o nosso tempo pretérito perfeito (simples), portanto. 223. Maneiras menos comuns de traduzir o completo: Há lugares, no entanto, em que o completo se traduz por tempos que parecerão, à primeira vista, contrariar esse princípio da ação acabada de todo, mas se procurarmos entender o génio da língua, veremos que não há discrepância. 116 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Assim, O completo pode ser também traduzido: 1) — Pelo nosso presente — quando expressa verdades gerais ou ações de ocorrência frequente, ex. "A grama seca" (secou), Sal. 84:4 — "Até o pardal acha (achou) casa" . . . Especialmente aparece esse uso na forma negativa: "Não faz (fez) mal ao seu próximo . . . Sal. 15:3. Também se pode traduzir pelo presente o verbo estativo, no qual o estado se considera como tendo alcançado realização plena, ou existência completa, pelo que, se expressa o estado ou condição pelo completo. Mas como esse estado é permanente, como que continua, fica melhor expresso em nossa língua pelo presente, ex. Is. 1 :3 — Conhece (conheceu) o boi o seu possuidor. . . . Assim como o verbo odiar, lembrar, regosijar-se, etc. O verbo n^il — ser, quando expresso, é particularmente, suscetível de ser assim tra- duzido, ex. "... os teus servos não são (VH) espias" . . . Gen. 42:11 e V. 31 — ... "não somos (13"n) espias." Mas êsse verbo é em geral subentendido. 2) — Pelo imperfeito nosso. Em estilo de narrativa, especialmente com o verbo n^H — ser, o que parece estranho porque o imperfeito nosso sempre indica uma ação não acabada no passado. No entanto, nesses casos, a condição expressa pelo verbo está acabada do ponto de vista do narrador, ex. "a terra era (nri'ri) informe e vazia . . . Gen. 1 :2 e "Havia (H^n tí^^N) um homem da terra de Uz . . . . Job. 1 :1. Verdade é que também se poderia dizer: "A terra foi informe" . . . e "Houve um homem," etc. Felizmente são mais raros esses casos. 3) — Peio nosso futuro simples. Quando a ação ou condição futuras são tão certas à imaginação do escritor que êle já a con- sidera realizada, completada. Aparecem nessa forma ameaças e promessas. 224. Relaciona-se com este último uso, o chamado perfeito profético, em que a fé e a imaginação vívida dos profetas considerando como já realizadas as cênas por êles preditas ou as visões recebidas de Deus, registravam a sua mensagem acerca de cousas futuras, ex. Is. 1 :5 — "Um menino nos nasceu, um filho se nos deu" .... e no v. I, — "O povo que andava nas trevas viu uma grande luz" . . , VERBOS 117 225. Nota — Também pode ser traduzido pelo modo condicional, quando vem numa sentença dependente de uma condição estabelecida noutra; ou ainda pelo subjuntivo, de acordo com as partículas que iniciarem a cláusula em que aparece. Mas todos êsses casos enu- merados de 1 a 4 pertencem mais ao domínio da sintaxe. Vocabulário: 13y — servir, trabalhar, lavrar. -inN — outro. PI. DnnN. 3i;-| — fome. T T ■jf^r — adj., — velho; verbo, — ser velho, estar velho, 'ri'? 13 — criei, fiz crescer; Piei de VlJ, — ser grande. yi^S — rebelar, '^i' — ser capaz, poder. h3\^ — comer. - T nyp — possuidor, comprador, injip — seu possuidor, dono. ]bj;) — ser pequeno. — esconder. 3ri7 — abandonar. - T n:ty, f. — ano, pl. — n^W, construto pl. — ''W. 'D' — constr. pl. de UV — ■ dia. □'^n — vida, do part. 'fl — vivente, vivo. □'ynty — setenta. A sentença é idiomática — "Tenho setenta anos" (Eu sou sou filho de setenta anos). A anterior também: "Quantos anos tens"? (Quantos são os dias dos anos de tua vida). □iVn — sonho, rhu — sonhar, n — partícula interrogativa. — inimigo. "inx — maldito. Hinx, f. — maldita. — por tua causa. Por causa de ti. Por amor de ti. na'?- Porque? (10+'?) 12^'' — formar. - T □jn« — vos. 118 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR ' Exercício 45 n^rib^ nr)']np^ rnl^p cnnioç; vi^ :mn^ n.^T nm ^n^i2 D^^n :^ní<?3 ^njpT :r"ix2 nnn i33 tnnnK ... • : -• -7 ■ t •• • -t ' v t t t t t •• t . .. :• vct: tt: t ':t:-t:-t -iItiti-t ■ 1 T • T -T Exercício 46 Abandonastes a Jeová vosso Deus. Não lembrastes (de) todas as misericórdias dele. O Senhor vos entregou (deu) nas mãos dos (na mão de) vossos inimigos. A tua voz ouvi no jardim. A mulher que tu me deste (deste comigo '"[Dy), ela me deu (deu para mim) da árvore e comi ('7:dN1). Da árvore comeste? E ao homem disse, porquanto ouviste à voz de tua mulher ("íjriB^N), maldita (será) a terra (solo) por tua causa. Porque se desfigurou (cair, no pl.) o teu semblante (rosto, só no pl.). E colocou (nty^l) ali o homem que havia formado (formou). o INCOMPLETO DE QAL 119 Capítulo XXVIII O INCOMPLETO DE QAL 226. Flexões pessoais. As partes significativas dos pronomes (§ 41.-) entram como prefixos para a formação do incompleto. Os gramá- ticos dão como explicação dessa diferença do completo a seguinte razão: no completo que representa a ação acabada o sujeito ou agente da ação é menos importante do que a própria ação e por- tanto aparece depois do tema, como sufixo. No incompleto, porém, que expressa ação não acabada, o sujeito é mais importante do que a ação e porisso vem, como prefixo, antes do tema. O fato, porém, é que os prefixos só não bastam para distinguir bem uma pessoa de outra em certos casos, porque as vogais distanciadas da sílaba tónica se reduzem ou abreviam, desaparecendo as distinções pessoais, o que torna necessário aduzir sufixos distintivos. O in- completo assume, pois, a seguinte forma: Singular: Ativo: 3a. pessoa — m. 3a. pessoa — f. 2a. pessoa — m. 2a. pessoa — f. la. pessoa — c. Estativo : Plural : Ativo: 7];bbpn ^hiipn rífpbpn hbp) Estativo : T : " : • 227. Raiz do incompleto. O incompleto parece ter sido formado da raiz do verbo na sua forma abstrata, a saber, o infinito construto, — '^bp, daí, a sua pontuação no verbo ativo (e raramente em alguns estativos também), em na sílaba final da 3a. pes. m. Mas o verbo estativo em — e em : — faz o incompleto em — , salvo raras exceções. 228. Origem das flexões. O ' da 3a. p. m. vem de «IH, o 1 substituído por ', pela aversão que tem o hebraico de começar a palavra por 1, (§ 143.-), havendo apenas como exceção o vav conjuntivo ou o con- 120 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR secutivo e mais umas tres palavras, Prov. 21:8, Gen. 11:30, 2 Sam. 6:23 (no q'n) e o próprio nome da letra vav. O sufixo 1 que distingue a 3a. do pl. m. tem a mesma origem que a 3a. pl. do completo (§ 217.-). As formas em ]1, ainda aparecem, ex. Sal. 104:28 — liyatí?^; Josué 4:6 — Rute, 2 :9 — ]ni:i:): ; 1. Sam, 2:22 — 1332):; Sal. 11 :2 — ]13-j-r\ 229. Vogal do prefixo do incompleto. A vogal original do ' preformativo do incompleto no verbo ativo parece ter sido — , que se atenuou em — (§ 114.). No verbo estativo, porém, a vogal original foi — mesmo. A 3a. p. sing. f. toma como prefixo, n, que provém, dizem os gra- máticos em geral, da terminação comum do f. que foi primitiva- mente D—. A 3a. do plural do f., se distingue da 3a. do singular, pelo acréscimo do sufixo HJ, oriundo do pronome Hín (§ 37.). A 2a. do m. sing. toma o prefixo D, oriundo do pronome ^^l^ií, não se distinguindo, no entanto, da 3a. do f. sing. A 2a. do f. singular toma o prefixo n, de e o sufixo ''— do mesmo pronome que foi 'rití, por sua vez oriundo de 'riJX (§ 38.), distinguindo-se assim da 2a. m. A 2a. do m. pl. se distingue pelo acréscimo do sufixo 1 à 2a. m. sing. . . Êsse sufixo vem da forma arcaica do pronome da 2a. m. pl. DIFliSÍ (§ 38.-). Ainda aparecem as formas de verbos nessa pes- soa com a terminação ]1, ex. Gen. 3:3 e 4 — ]inDri ; Deut. 1:17 — ]iynB)ri (§ 228), tónica, naturalmente. A 2a. do f . pl. é idêntica à 3a. f. pl. O seu sufixo {na) 113 procede dos pronomes da 2a. e da 3a. f. pl. nWS e njn (§ 37.). A la. pes. sing. toma o prefixo K e a la. do pl. 3, dos pronomes '3ÍX e líFIÍt?. respectivamente. Ambas essas pessoas são comuns de género. Nota — A 2a. f. sing. também ocorre com a desinência y — ex. Rute 2:8 — TpSin e sem razão etimológica. Talvez a analogia com a 2a. m. pl. determinasse essa forma. A desinência 7]\ da 3a. f. e 2a. f. pl. aparece como às vezes, ex. Gen. 30:38 — ,1^^^?- A vogal do prefixo é a mesma em todas as pessoas exceto na la. sing. que é — porque a gutural N prefere essa vogal muitas vezes. 230. A primeira sílaba do incompleto é fechada. A consoante do prefixo se aglutina tanto com a primeira letra do radical que forma com o INCOMPLETO DE QAL 121 ela uma sílaba fechada, em todas as pessoas, ex. "p^', 'p.ri, "pN, etc. 231. Dãghêsh Iene na letra média. O efeito do fato anterior é que a 2a. letra do radical se for do grupo BeghadhKephath tem que levar dãghêsh Iene, ex. 3rip', em todas as pessoas. 232. Fonética, vocalização e sílaba tónica. No incompleto o acento tónico recai sempre na última sílaba, exceto na 2a. e na 3a. do f. pl., que teem o mesmo sufixo, 7[\. Nestas pessoas a tónica é a penúltima. Quanto às vogais, ou à pontuação, nada mais se precisa dizer senão o que já se estabeleceu no completo, a saber, que as desinências feitas por sufixos vocálicos (§ 218.) tornam a última sílaba, que era fechada, aberta e penúltima, de modo que segundo a fonética do verbo a sua vogal se reduz a sheva vocálico (§ 121.b). Os sufixos vocálicos no incompleto são 2a. f. sing. e 1 3a. pl. m. e 2a. pl. m. O único sufixo consonantal ao incompleto é à 3a. e à 2a. pl. f. Naturalmente êsses exigem que se pontue a última consoante do verbo (radical) com Sheva mudo ou secante (§ 14, fim). Os pre- fixos exigem sheva mudo na primeira letra do radical (§ 230). Isso se aplica tanto ao verbo ativo como ao estativo. 233. Formas pausais. O efeito da pausa sobre as vogais, semelhante ao que se dá no completo, é o seguinte : No fim do verso e em acentos importantes mesmo no meio do verso, a pausa tem como efeito restaurar a vogal que se reduzira a sheva e ao mesmo tempo deslocar a tónica para essa sílaba, que é a penúltima. A vogal restaurada é sempre longa e da classe de origem, ex. l'7Cpp' se torna lb'ÍJi:)^; 'nstyn, fica sendo '335^11. Além de restaurar a vogal, a pausa tam- bém alonga a vogal breve do verbo, quando coincide com a tónica do verbo, ex. 231^' se torna aSíy' e 13311, 1330. 234. Modalidades expressas pelo incompleto. Servindo para expressar a ação não acabada ou os estados que não tiveram plena realização, é claro que o incompleto pode ser expresso de varias maneiras em nossa língua. Dependerá a escolha da modalidade em que se de- verá traduzir o incompleto da boa inteligência pelo leitor das cir- cunstâncias em que a ação do verbo (ou o estado) foi expressa. As vezes o verbo mesmo expressa essas circunstâncias, noutras só o contexto. 122 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 235. Tanto pode ser traduzido pelo presente como pelo passado e pelo futuro. O importante é notar que o incompleto expressa uma ação nascente e em progresso de realização, como que procedendo ou evoluindo do sujeito, mas não acabada. Geralmente expressa: 1 — O presente do indicativo, nos seguintes casos: um ato simples do momento, o que se poderia chamar de presente atual, ex. ^p_2Pi'r\!2 — que buscas? (Gen. 37:15). Certas expressões de verdades gerais, também, ex. Ifltyn — o presente, dádiva, cega, Ex. 23:8. Em estilo poético ou elevado se pode expressar o nosso presente histórico pelo incompleto, visando dar relevo e vivacidade à cêna que se quer descrever. Os atos habituais, como ^'^Zin ph) "lí^^í? — como lambe o cão . . . Juizes 7:5, também se expressam pelo incom- pleto. 2 — O nosso imperfeito, quando se trata de uma ação passada mas repetida, ex. Gen. 2:6 — ^'^V.l "^^1 — um vapor subia . . . Ex. 19:19 — mvi Wrib^n) nan; nti>0 — "Moisés falava (repetidamente) e Deus lhe respondia" (repetidas vezes). Expressa ação continuada, (não sem intermitência que seria função do particípio expressar), mas frequente, repetidamente. 3 — O futuro simples nosso, quando representa uma ação não acabada, no futuro, próximo ou remoto. Essa a tradução mais frequente do incompleto. Abundam exemplos, Ex. 6:1, Gen. 12:12b, 16:12, 15:8. 4) — O nosso subjuntivo, com suas muitas nuances, como o opta- tivo, nas cláusulas finais, condicionais e outras, depois de partí- culas télicas, de advérbios, de conjunções e do relativo pre- cedido de preposição. Também abundam os exemplos. Até aqui os usos mais comuns do incompleto. 5) — O nosso perfeito simples. É êsse um caso menos comum e que pareceria contrariar o princípio fundamental, distintivo dos dois tempos, completo e incompleto. Quando isso acontece por vir o incompleto precedido de TN, ainda se pode perceber que o significado da partícula determina a tradução referida, ex. Ex. 15:1 — Tty^ ri< — Então cantou (Moisés) ... Josué 10:12 — 131' Tí^í — Então falou Josué .... Josué 8:30 — o INCOMPLETO DE QAL 123 nn] m — "Então Josué edificou um altar". . . Deut. 4:41 — m hnni — "Então separou Moisés". . . . 236. Outros casos semelhantes são excepcionais, como os seguintes: Juízes 2:1 — 0:1:^00 '^í'^^ — "^(^ vos fiz subir . . . ." Casos como êstes levam alguns autores a suspeitar de que o texto seja defectivo, nesse ponto. Em I Reis 21:6 — ni3] "13"!^ '3 — "Porque falei a Naboth, etc. Aqui talvez conserve a força de ação repetida, equivalente ao nosso perfeito composto: tenho falado, especialmente por ser o Piei (§ 286.1). II Samuel 15:37 — ... "e Absalão entrou em Jerusalém" — .... NlD' Di'7ty3NT . . . 237. Uniformidade geral do emprego dos dois tempos. Davidson diz em sua gramática § 46, II, 5c, que um não se emprega pelo outro, mas adverte que duas concepções diferentes poderão ser expressas, ou por um ou por outro dos tempos fundamentais, a saber, pelo com- pleto ou pelo incompleto: Qualquer verdade geral, concebida como acabada e muitas vezes realizada pode ser expressa pelo completo. Mas concebida como uma ação não terminada e sempre a se repetir, pelo incompleto. De sorte que a sentença: "a grama seca'' pode ser expressa pelo completo ÍÍ^D^ — seca (secou), chamando atenção para o fato; ou pelo incompleto tí>3'' — seca, chamando atenção para a frequência da ação. 238. Ha muitas passagens na poesia e em estillo elevado em que o com- pleto e o incompleto parecem permutar-se na expressão de idênticas modalidades, o que constitui uma dificuldade que os gramáticos procuram explicar. Ha autoridades, porém, que eliminam essas dificuldades afirmando que, nesses casos, geralmente o incompleto simples substitui o incompleto com vav consecutivo (§ 253.-). Veja-se A. B. Davidson's Hebrew Syntax, § 51, Rem. 5. Vocabulário: ^"Ity — queimar. tí)X f . — fogo. — aproximar-se, chegar perto (estativo). n3~! — clamor, queixa, iç"^ — aprender. No Piei — ensinar. 124 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR nonVp — guerra, batalha. "^in — meio. No construto, — "^ÍD. ]S — para que não. (Conjunção télica negativa). ]inDri — morrais. 2a. pl. arcaica de DIO — morrer (incompleto). 2^3*7 — vestir (estativo). "133 — homem, (forte). n'7pty — roupa, manto. riDíí) — esquecer, n'"]?. f- — pacto, aliança. rTT^ n"13 — fazer aliança ou pacto. n"13 — cortar. - T ''3'bv — de acordo com. (Frase idiomática, literalmente — sobre a bôca de). — com. "íjriX — contigo. ]iy — iniquidade. n«:3n f. — pecado. Pl. rnkm ou n1«Dn. TpS — visitar. '7K)D — dominar, seguido de 3. V^D], ou "'^t^ç: (§ 170). nib' — tábua. Pl. — nhí' (abs. e constr.). r]pWFi — desejo, nsty — sábado, descanso. □'D' — seis dias. "iriD — amanhã. T T T]2i< — pais. Exercício 47 :n^x n^ppí;; ^^i"! iib :3j;iri tjs - • V •• T • T : - V ' : : • v t : v t o IMPERATIVO, INFINITIVOS E PARTICÍPIOS 125 -liar nnr ÒNiti^-^-nxi nna rim ^n"i3 n^r^n Dnmn :• T - •• T : • V : • : ' : • • -t v •• t • t : - Exercício 48 Não te esqueças (f.), minha alma, do Senhor teu (f.) Deus e de todas as suas misericórdias. Escreveremos todas estas palavras nas tábuas de nosso coração. O teu desejo será para o teu marido e êle dominar-te-á. Visitarei a iniquidade dos pais nos filhos, 'bv □'JIl. Lembrar-te-ás (lembrarás) do (o) dia de descanso (sábado). Trabalharás seis dias. O sétimo dia (é) o sábado (descanso) do (para) Senhor teu Deus. Escreverei hoje ao meu irmão, amanhã ao meu filho. Elas guardarão os mandamentos do Senhor seu (f. pl.) Deus. Capítulo XXIX O IMPERATIVO, INFINITIVOS E PARTICÍPIOS 239. Imperativo. Como em português, só existe nas segundas pessoas, do sing. e do plural, mas também no feminino. Tem íntima relação com o incompleto, cujas desinências conserva. Uma vez conhecido o incompleto nas segundas pessoas, faz-se o imperativo cortando-se o prefixo subjetivo do incompleto, assim: 2a. m. sing. bbp_F\, '^bp?. 2a. f. sing. 'Vppn, '''?í?p — mata (tu — f.). Cortando-se o prefixo, o sheva sob uma consoante inicial tem que ser vocálico ou sonoro e, portanto, se a 2a. letra do radical for do grupo Beghadhkephath, não levará dãghêsh Iene (§ 18.-). Por motivo idêntico, na 2a. f. sing. e na 2a. m. plural, ocorreriam dois shevas sonoros em sucessão imediata e o primeiro se torna vogal eufônica — (§ 119.4") e a sí- laba inicial será neutra ou semi-aberta (§ 119-4°); Segue-se daí que a 2a. letra do radical não tomará dãghêsh Iene (§ 18.-), nem a 3a., ex. '^riS — escreve (tu, f.) e escrevei — 13113 (vós, m.). Entre- tanto no incompleto, a 2a. letra tem dãghêsh (§231.-), — 1311321. 126 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Essa grande semelhança com o incompleto, poderia bem indicar que o imperativo se deriva do incompleto, mas os gramáticos en- tendem que o imperativo, o incompleto e o infinito absoluto (que às vezes substitui o imperativo) não se derivam um do outro, mas são formas independentes que surgiram todas da forma abstrata do verbo, — a forma monosilábica do infinito, 3ri3. Formas do imperativo Singular Plural Ativo Estativo Ativo Estativo 2a. m. '?bp 133 Ò\^p_ . 1133 2a. f. 'Vípp '"[33 ^jV^R -^315? O sufixo T\\ do f. pi. às vezes perde a desinência H— e o verbo toma uma vogal eufônica na última sílaba, ex. ]i?Qty — ouvi (vós, f.), Gen. 4:23; lN~jp — chamai (vós, f.), Ex. 2:20. Outras vezes o 11 cai, mas fica a vogal, ex. ,]^<"^.p — Rute 1:20 — chamai (vós, f .)., Rute 1:9 — JNi?p. Esse abreviamento deve ser devido à gutural. 240. Formas negativas. Como em português, não se usa em hebraico o imperativo com as partículas negativas. Recorre-se ao incompleto numa forma abreviada que se chama jussivo. Acontece, porém, que por motivos de ordem fonética, o incompleto não se pode abre- viar mais (§ 125-A) no verbo regular exceto no hiph'il, de sorte que o incompleto é igual ao jussivo em todos os graus, exceto no hiph'U. Dest'arte para se dar uma ordem negativa se diz 3Í3ri i(b — não furtes, que passou para a língua portuguêsa na forma do futuro como um hebraísmo, — Não furtarás. A negativa é categórica. Há outra biSí, mais branda que é dissuasiva. 241. Jussivo. O jussivo também se usa para as formas afirmativas, nas 2as. e nas 3as. pessoas, equivalendo ao nosso subjuntivo nesses casos, e substituindo o imperativo para a 3a. pessoa. Esse modo expressa um desejo peremptório, apressando a pronúncia da pa- lavra. Como a fonética não permite o abreviamento da palavra o jussivo coincide com o incompleto exceto no caso acima indicado o IMPERATIVO, INFINITIVOS E PARTICÍPIOS 127 (§ 240.-) e também nos casos em que o verbo recebe sufixos pro- nominais. 242. Cohortativo. Ao contrário do jussivo que procura apressar a enuncia- ção da palavra existe um modo em que o orador expressa a direção da mente ou da vontade para ação, estendendo ou alongando a enunciação e a escrita da palavra. Isso se dá nas las. pessoas do singular c do plural, acresentando-se o sufixo H— ao incompleto. Expressam-se assim as ordens ou os convites em que a pessoa que fala se inclui, como o nosso subjuntivo: Vamos, marchemos, cor- ramos, falemos, ou que eu corra, marche, etc, ex. nnOt^X — que eu vigie; nnptyj — Vigiemos. O sufixo ri— , sendo vocálico produz naturalmente o efeito já conhecido (§ 121. b.) sôbre a vogal da última sílaba que ficou agora na penúltima aberta, reduzindo-se a sheva vocálico. Muito rara- mente essa forma exhortativa ocorre também na 3a. pessoa sing. 243. Imperativo enfático. O mesmo sufixo H— acrescentado à 2a. pes. sing. m. do imperativo comunica ênfase ao imperativo, o que em nossa lingua se expressa apenas pela inflexão da voz. É certo que em alguns casos essa ênfase é só de forma e não do sentido, espe- cialmente nos verbos fracos, em que perde o significado enfático. 244. No verbo regular essa forma toma a vogal eufônica — (o) na pri- meira sílaba, porque o imperativo e o infinito construto se- guem a 2a. declinação (§ 134-4", 339, 340.). Há alguns verbos, porém, que tomam o — eufônico, na la. sílaba, mas isso em verbos que fazem o incompleto e portanto o imperativo também em a, ex. ni70ty — ouve. T I • 245. Infinitivo. O infinito tem duas formas: o construto, '^bp, que admite afixos, a saber, preposições como prefixos e sufixos pronominais que podem ser subjetivos ou objetivos (§321.). O infinito cons- truto no verbo regular é igual ao imperativo, (2a. p. m. sing.) em todos os graus exceto no hiph'il. A outra forma do infinito é o ab- soluto, '^itJj^, que não admite sufixos, nem prefixos, exceto o do vav copulativo. 246. As preposições inseparáveis prefixadas ao infinito construto formam com a primeira letra do infinito uma sílaba fechada, de sorte que 128 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR O sheva inicial que era sonoro, agora no fim da sílaba se torna mudo ou secante, bb'pb. Portanto se a 2a. letra do radical for do grupo BeghadhKephath, tomará dãghêsh Iene, ex. 3ri'DV — lik-tõbh. 247. O infinito absoluto expressa a idéia nua do verbo, despida de qual- quer modificador. Quando acompanha as formas finitas, serve para dar ênfase à idéia; geralmente precede a forma finita, ex. mOFl niD — morrer morrerás, que se pode expressar por algum advérbio, cer- tamente, ou sem dúvida, morrerás. Mas com o imperativo, costuma vir depois, ex. — vede, ver, isto é, vede bem, atentai bem . . . Is. 6:9. 248. Particípios: o presente ou ativo; e o passado ou passivo (§ 60 a 62, 138.). Part. presente Singular Plural M. "^Dp ou '^l^lp □'('ípp F. n'7£pp ou rh^p nl^^çp 249. Particípio passado, (§ 62.-) Singular Plural M. 'PIDp D''?1Dp F. n'^ií3p ni'7TL3p 250. Infinito e part. presente no verbo estativo. O infinito do verbo esta- tivo não é igual ao imperativo como acontece no ativo (§245.-), porque o imperativo segue o incompleto, portanto em a 133, mas o infinito conserva o som de õ, ex. 3'np — aproximar. 251. O infinito às vezes toma uma terminação feminina nos estativos, como em HNI' — temer. 252. O particípio presente costuma ser igual no verbo estativo à 3a. pes. sing. m. do completo, ex. 123, com duas vogais mutáveis, sujeitas às alterações fonéticas de acôrdo com a la. declinação. Há casos, porém, em que tomam a forma comum do part. presente, como i7"TV, apenas com um pathah furtivo (§ 18-7) de yi'^ — saber, conhecer. o IMPERATIVO, INFINITIVOS E PARTICÍPIOS 129 Vocabulário: "IDD — vender. ■^'?nn Nlll — êle (é) o que vai, ou irá. ^PV^ — Jacó. l?tí)in; — Josué. — Rubem. — hoje, neste momento ou instante, agora mesmo, nnba — primogenitura. '^'^pri "^bo — deveras reinarás (lit. — reinar, reinarás)? (§ 247). n — partícula interrogativa (§ 366). — ou, si. "^PV — contigo. ~13ty — quebrar. "1^?.^''? — diante de ti. f. — braço (força, figuradamente), yt^l — Ímpio. inj — sacerdote, PI.— □'Jrfil. SEI"! — curar. □'Stí^ín — os que levavam, ou levam. "inty — quebrado, quebrantado. — coração. li"!^' — arca. — enterrar. — sepultura. nnjp — oferta (de manjares). DLp'!! — fazer bem (infinito absoluto do hiphil de 21Q\). ty~n — buscar. - T IDS\V — julgar. □In'' — órfão. T ID'"] — defendei (do verbo fraco 2''~]). n3a'7S — viuva, desamparada. — deserto. T : • Y^^] pin — esforça-te e anima-te. ■r|£){jj — derramar. ]3ty — habitar, colocar. prn — esforçar-se. — animar-sc. 130 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Exercício 49 rm \b nrpxn ^Trp:^-r\\^ rrat^ npi?: "içxn uzb n1:3-n?2 :i33 bmn b^m-m^ ^r^r -:ò^r^ V T - T : • T • ■• T ' : ■ ' T -: I . . ^ . „ ^ . . . • : • V T : - ... I .. . .. . ^ . . . V •• T • T : - mn^ í^çn :r\^2^ n^2i -riiai; ^n?ç; rlni "intp :^]ir33 Exercício 50 Aprendei a fazer bem, buscai o juizo (retidão), julgai o órfão, defendei a viuva. Lembra, não (te) esqueças de que (transitivo — It^NlTlN) abandonaste o Senhor teu Deus no deserto. Disse Rubem, não derrameis sangue. Habita na terra que eu te disser (TDb<). Esforçai-vos e animai-vos (esforçai e animai) porque o Senhor teu Deus é o que irá (êle (é) o (que) indo (o que vai)) comtigo e não te ("^ini^) abandonará (3?i72). Escreveu Moisés esta lei. Disse Moisés a Josué: esforça-te e anima-te (esforça e anima). O Senhor é o que irá (êle o que indo) diante de ti. Deu Moisés esta lei aos sacer- dotes que levavam (os carregandos) a arca do concerto (aliança) do Senhor e a todos os anciãos de Israel. o VAV CONSECUTIVO 131 Capítulo XXX O VAV CONSECUTIVO '253. O Vav consecutivo. Chaina-se de vav consecutivo, o vav que só se usa ligado imediatamente ao completo ou ao incompleto do verbo e com função muito diferente da do vav conjuntivo, uma função que estabelece uma certa subordinação de um dêsses dois tempos ao outro, a saber, o completo ao incompleto ou vice versa. Isso se dá quando há uma relação entre o verbo incial de uma sentença e os que se lhe seguem, ou o que se lhe segue, na mesma sentença. A relação pode ser de sequência rigorosa (causa e efeito), ou mera sucessão no tempo, ou então, sucessão apenas na mente do escritor ou orador. Essa função parece converter um dêsses tempos no outro, como veremos adiante, pelo que se chamava antigamente de vav conversivo. Em rigor, porém, não ha conversão alguma de tempos. É questão de modalidade hebréia de expressão do pensa- mento, digamos, de génio da língua. Quando uma ação futura (ex- pressa pelo incompleto, pois) tem na mente do escritor uma conse- quência certa, êle expressa a certeza dêsse resultado com o completo precedido de vav. Exemplifiquemos : êle correrá e caiu, diria o hebreu, como nós diríamos corretamente: êle vai correr e cair. Naturalmente quando o primeiro verbo expressa uma ação acabada (pelo com- pleto), os outros verbos que tiverem o mesmo sentido (ação aca- bada) virão no incompleto (ação não acabada) precedido de vav, e deverá ser traduzido este incompleto pela mesma modalidade por que se traduziu o verbo inicial da sentença. Dêsses casos não po- demos apresentar um paralelo em nossa língua tão adequado, o que não se deveria esperar, visto que se trata de uma construção idiomática hebréia. "E o homem conheceu (y"I' — completo) a Eva, sua mulher e ela concebeu ("lliril — incomp. com vav consec.) e deu à luz (l"^]?! — incomp. com vav consec.) a Caim". . . etc. é um exemplo. 254. Caraterísticos. No incompleto fàcilmente se reconhece o vav con- secutivo, porque se pontua do mesmo modo que o artigo, ex. "^bpH. '7bj!3Kl (§ 25, 1° e 2°). No completo, a pontuação é idêntica à do 132 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR vav conjuntivo (§ 22), de sorte que só o contexto e o uso nos permi- tem distinguir, e em alguns casos, a sílaba tónica (§ 256), também o permite. . Usos do vav consecutivo. O uso normal em linguagem de narrativas do passado é assim : 1 — Depois de um completo ou frase equivalente (que expresse ação acabada), o verbo seguinte (ou os verbos) na mesma sentença deve estar no incompleto com vav consecutivo, ex. acima dado: "conheceu o homem . . . ." etc. (§ 253). 2 — Depois do incompleto, ou frase equivalente, os verbos se- guintes, da mesma sentença, virão no completo com vav consecu- tivo para expressarem a mesma modalidade do verbo inicial. 3 — Depois de um imperativo (que expressa ação não realizada ainda) também se pôde usar o completo com o vav consecutivo, (em vez de se coordenarem os imperativos com o vav copulativo), ex. rinOi^T ■^'7 — Vai e dize, ou vai dizer, literalmente: vai e dirás (completo com vav consec). 4 — Interrupção da forma consecutiva. Se qualquer partícula como ou qualquer palavra ocorrer entre o vav e o verbo, desaparece a consecução e o vav será copulativo, voltando os tempos do verbo ao uso comum do completo e do incompleto, ex. Jon. 3:9 — "Quem sabe se voltará (incompleto) e se arrependerá (completo com vav consecutivo) o verdadeiro Deus e se arrependerá (completo com vav consecutivo) do ardor de sua ira . . . (até aí bons exemplos do uso normal, mas no final entra o adv. de negação e volta ao uso comum) iÒ] — e não pereceremos (incompleto sem vav consecutivo). 5 — Generalização do uso. O uso do vav consecutivo se tornou tão generalizado que se pode começar sentença com o vav consecutivo sem qualquer relação com outro verbo que o anteceda. Até livros há que começam com essa forma, como Rute, Ester e Jonas. 6 — Uso impessoal. O verbo ser aparece com vav consecutivo, no princípio de sentenças, mas seguido de cláusulas ou frases, ad- verbiais de tempo principalmente, com o sentido de acontecer, tanto no completo H^ni — e acontecerá; como com o incompleto — - e aconteceu (sem dãghêsh forte no yôdh, § 166.-). Veja-se Is. 2:2 o VAV CONSECUTIVO 133 para o completo e Jonas 4:8 para o incompleto. Facilmente se re- conhece esse uso, porque o verbo ser em tais casos fica isolado da sentença que o segue. Esta tem sujeito e predicado próprios, e o verbo ser não faz parte dela. 256. Deslocamento da sílaba tónica. O vav consecutivo afeta a sílaba tó- nica do verbo, levando o acento tónico a avançar no completo para o fim, na la. pes. sing. e na 2a. sing. m., ex. 'ri'7^pj. Na la. do pl. não se dá isso e as outras pessoas já têm o acento na última sílaba. No incompleto, a tendência do vav consecutivo é fazer recuar para a penúltima sílaba, o que acontece sempre que a penúltima é uma sílaba aberta, ex. (§ 125-A.). 257. Vav conjuntivo. O seu sentido mais frequente é o de copulativa. Mas o contexto mostra que tem sentido adversativo de mas em alguns casos. Noutros se traduz por alguma partícula conjuntiva, podendo exprimir circunstância de modo, de tempo, etc. ex. con- tudo, assim, então, ou simples expletivas, pois, ora, etc. Na tradução do vav consecutivo, também se lhe pode dar sentido semelhante. Mas há casos em que o vav consecutivo não deve ser traduzido, ex. "No ano da morte o rei Uzias, n^n^l vi ao Senhor etc. Is. 6:1, isso depois de frases que expressem circunstância de tempo. 258. Cláusulas finais introduzidas por vav simples (ou conjuntivo). Um jussivo ou cohortativo (incompleto) com vav conjuntivo tem força de cláusula final, quando veem precedidos de um imperativo, ou de sentença negativa ou interrogativa, ex. D^n pr\^]] 'l>^ '']l'7''[pn} — . . . e atirai-me ao mar para que o mar se acalme .... Jonas 1 :12; □ "n pilt!)^! "^V ntyrrno — Que faremos contigo, para que o mar se acalme . . . . ? Jonas 1:11. Quando essas formas (incompleto com vav simples) vierem precedidas de qualquer expressão com sentido imperativo, como o jussivo e o cohortativo, ou de sentenças que expressem um desejo, também teem força de cláusula final. 259. Nota: No uso impessoal do verbo n'n (§ 255-6) muitas vezes aparece a expressão n^HT sem força consecutiva no começo da sentença, devendo ser traduzida pelo passado mesmo, ex. Amós 7:2; 1 Sam. 1:12; 10 ;9; 17:48; 25:20, etc. — e aconteceu ou sucedeu .... 134 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Vocabulário : f. — obra, trabalho, ocupação, 'n^l — foi, do verbo ser. Pode-se traduzir por veio no caso da 3a. sentença Exercício 51. n^nri — n. próprio, — Tirza (f.). ya-lNl nnWV — vinte e quatro (§ 351.-). — clamar, gritar. lan^l — c se multiplicarão, (para que se multipliquem). Vav consecutivo com o Incompleto do verbo nni — aumentar, multiplicar. — vossos dias. ntyp^ f. — arco. Exercício 51 .... . j- _ . . ._ j ^ _. . _ . j . í^inn r\bt^n r\bt2 :d^3^ Dbmi^2 mm^-^i; minn-nx nnsn tn:^ □nt:;r n^snna T - V V : •- T T - : - : • : v t : • : •• t : • nn? 'I^-l^5-n^ n^i<mri n^:u^r['bi< (nnx ]rin) n^nn ní<tri :n?2"í5<n n^^n-^ Tin''33 n^xn Dnmn-nx 3h3 T T-: T - : • : v •• t • t : - v : Exercício 52 Conheceu (yi') o homem .o bem e o mal e agora para que não estenda (n'?^)^) (Í"T^) sua mão e tome também da árvore da vida (das vidas □'^iin) e coma e viva ('ni) para sempre, expulsou-o (innVt^n) ° Senhor Deus do jardim do Eden. Façamos uma ali- ança (concerto, pacto) eu e tu, para que seja (e seja) por teste- munho entre mim e tu. E acontecerá naquele dia (que) partirei (quebrarei) o arco de Israel. GRAUS DO VERBO 135 Capítulo XXXI GRAUS DO VERBO 260. Graus do verbo. O verbo hebraico apresenta certas modalidades que não se encontram nas línguas ocidentais e que enriquecem muito a sua significação. A essas modalidades ou condições dá-se o nome de graus. A idéia simples expressa pela raiz chama-se de qal, que significa leve. Essa idéia pode ser intensificada pela du- plicação da letra média da raiz, no verbo forte e chama-se intensivo. Por meio de prefixos e de alongamento para da vogal da 2a. sílaba, quando esta é aberta, póde-se estender a ação ou o estado, ou atribuí-los a uma 3a. pessoa ou cousa, seja para execução ou experiência (§ 318.-) e a isso se dá o nome de causativo. Para ilus- trar suponhamos o verbo correr: teria no grau simples, em qal, o sentido simples de correr; no Intensivo, significaria correr muito ou muitas vezes e no Causativo, fazer correr, ou mandar correr, ou afu- gentar. Como se vê, por meio dêsses graus, o mesmo verbo é sus- cetível de sentidos bem diversos, sem dúvida uma riqueza de sig- nificado, principalmente quando se leva em conta que êsses graus podem assumir vozes diferentes. Cada um dêsse graus aparecia nas tres vozes: ativa, passiva e reflexa, mas no estado atual da língua o qal tem só ativa e reflexa, que substitui às vezes, a passiva; o In- tensivo, tem as tres vozes e o Causativo tem só a ativa e a passiva, dando o seguinte quadro: Grau Simples Grau Intensivo Grau Causativo Voz Ativa (Qal) Ativa (Pi'el) Ativa (Hiph'il) Voz ■ Passiva (Pu'al) Passiva (Hoph'al) Voz Reflexa (Niph'al) Reflexa (Hithpa'el) Os nomes hebraicos acima dados representam a forma que o verbo Pa'al — assumia na 3a. pessoa do completo de m. sing. em cada uma dessas modalidades, exceção feita do grau simples, cujo nome é qal, a saber, leve, ou simples. Por faltarem nomes próprios a essas modalidades e porque o verbo paradigma dos antigos gra- 136 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR máticos hebreus era a forma assumida por êsse verbo nas referidas modalidades veio a servir de nome para designá-las. Assim, o cansativo ativo do verbo referido é h'l)B71 {Hiph'il) (§ 263.-). 261. Graus ou conjugações (?). Reuchlin propoz que se denominasse o conjunto dessas modalidades de conjugações e alguns gramáticos assim as denominam, mas outros ponderam com muita razão que tal denominação daria uma idéia errada do fenómeno em apreço quanto ao génio da língua hebraica, porque em grego e latim, por "conjugações" se quer dizer: as várias modalidades uniformes, as- sumidas por diferentes raizes, ao passo que no hebraico as formas referidas expressam as diferentes modalidades assumidas pela MES- MA RAIZ. Parece, pois, que se deve preferir, na falta de melhor vocábulo, o termo geral de graus, para essas formas que expressam a maior ou menor intensidade ou extensão da idéia original da raiz. 262. Convém notar que nem todos os verbos se usam em todos esses graus. Dizem que só seis verbos passam por todas as formas de grau e voz acima indicadas. Há verbos que só se usam num dos graus e outros em que uma dessas modalidades é de uso tão fre- quente como o qal. A conjugação dêsses' graus, quanto às desi- nências pessoaes, de género e número e quanto a tempos e modos, se basêia nas formas assumidas pelo verbo em Qal. É da máxima importância, pois, conhecer com segurança a conjugação desse grau (Qal). 263. O verbo bvB — fazer foi abandonado pelos gramáticos modernos como paradigma, porque sendo um verbo fraco (§ 408.-) — tem uma gutural na letra média da raiz, — não exhibe com clareza todos os acidentes dos vários graus. Mas por ter sido usado por muitos anos (§ 260.-) ficou servindo para designar o grau e a voz, ao mesmo tempo, de seis das sete modalidades (§ 260.-). De sorte que, quando se diz que um certo verbo está no Niph'al, significa que está na voz reflexa de Qal; no Pi'el, quer dizer no Intensivo ativo; no Pu'al, Intensivo passivo; no Hithpa'el, no Intensivo reflexo; no Hiph'il, no Cauíativo ativo; e no Hoph'al, que está no Causativo passivo (§ 260. fim). O verbo ^l^p, — matar, hoje usado como para- digma por quase todos os gramáticos é defectivo e não se usa para expressar o significado de matar, senão na poesia, mas foi adotado GRAUS DO VERBO 137 porque tem trcs letras fortes que mostram nitidamente todos os acidentes de grau e voz. 264. Conhecidas as tres letras da raiz de qualquer verbo e as vogais que essas modalides assumem na 3a. pes. do completo e do incom- pleto do m. sing., facílimo será passar para os diferentes graus o verbo dado na pessoa referida. Na conjugação de tempos, modos e pessoas, segue-se o Qal (§ 213 e 216.) (§ 226.-). Tomemos por exemplo o Completo na 3a. pes. m. dos vários graus de h!^p^: Qal Intensivo Causativo Voz ativa h^p^ ht^p '^'PRn Voz passiva. . . . "^Dp) Voz reflexa híQp: "^l^p.nn 265. Para outras modalidades e tempos, veja-se (§ 239 a 252.-). Mesmo os verbos fortes, se tiverem letra ou letras do grupo Be- gadKephath, estão sujeitos a pequenas diferenças, causadas pela presença do Dãghêsh Iene, ex. 31133, Niph'al do verbo 3113 — es- crever (§ 230, 231). Para os verbos estativos (§ 207.-) veja-se o paradigma e o estudo in loco (§ 219, 226, 239, 250, 252.). Exercício 53 Colocar na 3a. pes. do completo m. sing. nos vários graus os se- guintes verbos: — h\^D — 332 — IpB — ID^ — 121 — . Exercício 54 Analizar os seguintes: TpDH, lf?Sn, IpB. ipBni ips ipsi i2i: 121 121 ~i3inn 3r]3n 3n3nn 3'n3n Nota: Não se preocupe o aluno nestes exercícios com o que se disse no § 262. 138 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Capítulo XXXII O NIPH'AL 266. Caraleristicos. O completo se caraterisa pelo prefixo 3 aduzido à raiz do verbo, ex. '?t?p^ Êste prefixo se funde de tal modo com a raiz que forma com a primeira letra desta uma sílaba fechada, sendo o sheva, portanto, sob a la. letra, secante. O particípio é igual à 3a. pes. do completo, diferindo apenas em que a vogal final a se alonga para ã, ex. 'y^p.^ — matando-se. 267. O incompleto, o imperativo e o infinito construto se distinguem pelo dãghcsh forte na la. letra da raiz, ex. ; imp. e inf. construto — 268. O infinito absoluto tem duas formas, uma relacionada com o com- pleto que toma o prefixo 1, ex. '?bp3 e outra relacionada com o incompleto que é hbpT], também marcada pelo dãghêsh forte na la. letra da raiz. As vogais do incompleto, imperativo e inf. constr. são, como acima se vê, geralmente, — — e — , na la., na 2a. e na 3a. sílaba respectivamente. Na la. pessoa sing. do incompleto o prefixo, toma geralmente — (N) por causa do N (§ 152. d.), mas a forma com — nessa sílaba é muito frequente. No cohortativo, essa vogal é sempre i (— ). ex. n'7[P|?l<. 269. No verbo fraco o incompleto tem iguais caraterísticos exceto quando a la. letra da raiz é gutural porque esta não recebe dãghêsh (§ 151.-) e em consequência a vogal da sílaba que precede a gutural se alonga, ex. bDi<: (§ 151, l°-a). 270. Na pausa, a última vogal do incompleto c (— ) frequentemente se torna a, ex. ''tDpJV Com o vav consecutivo, a penúltima sílaba aberta recebe o acento tónico e a vogal da última sílaba — se abrevia para — , ex. hlDpJ'}. A mesma cousa se dá quando o incompleto e partes com êle relacionadas (§ 239.) vêm seguidos de monosílabos porque a sílaba tónica se retrai, por causa do ritmo da língua (§ 124-5°a), para a penúltima, ex. — e ouviu-o, Gen. 25:21, — i"? "in^n- 271. O infinito construto, quando precedido de preposição, hl^pjlh, perde em alguns casos o prefixo H, que cede sua vogal à preposição, ex. — "7Dp'7. Ver Prov. 24:17 'ihúDn. o niph'al 139 272. Morfologia. MacFadyen revisor da gramática de A. B. Davidson explica as formas do niph'al de modo complicado. Preferimos a explicação do próprio A. B. Davidson, de Gescnius e de Ewald que as atribuem ao prefixo ]rT aduzido à raiz, para o completo, com a queda do H inicial do prefixo; e no incompleto introduzido entre o sufixo preformativo do incompleto e a raiz, da seguinte maneira: no completo húplT^ se torna, pela queda do H, Talvez origi- nalmente, — No incompleto, o 3 do prefixo c assimilado na la. letra do radical, como indica o dãghcsh e o H cai (§ 159-11), de sorte que "^^j!)]?!] — yehinqãtêl se contrai em '^^f?! — yiqqãtêl. 273. O prefixo ]ri tem força de pronome reflexivo como DH no hithpa'el. 274. No infinito construto, o prefi.xo entra completo havendo apenas a assimilação do ], de sorte que blQpyr\ deu h^pT]. No infinito abso- luto relacionado com o incompleto se deu a mesma cousa, h\5'Ç)7\, contraído de hinqãtôl. Quando o infinito absoluto se relaciona com o completo toma apenas o prefixo 3, "^bpJ — niqtôl. O infinito construto é igual ao imperativo (§ 245.). Há infinito absoluto tam- bém igual ao inf. construto '^DJ^jn. 275. Desinências pessoais. Fazem-se da mesma maneira que em qal (§ 218.-), ex. 3a. m. "71?}?], 3a. f. — n^^tpj?:, 2a. m. sing. — n"?!?]:): — ctc, no completo. No incompleto também segue o paradigma de qal. Na 2a. e na 3a. pes. do plural do incompleto, a penúltima sí- laba toma a nJ^^tJjpri como no verbo estativo, aliás de acordo com o nome dado a esse grau, Niph'al. Mas também aparecem com ê (-^),m'7Dpn. 276. Significado. Expressa a voz refle.xa de qal; substitui a voz passiva geralmente, que não há mais em qal; expressa ação recíproca e tem, às vezes, a força do gerundivo do latim, ex. "TOnJ — aquilo que se deve desejar, que é para se desejar, desejável, pois. \'ocabulário : n^n, adverbio, — Eis que; Eis. (Partícula demonstrativa). "lí!<t^ — restar, permanecer, ficar de resto ou de sobra, deixar, nziri f. — arca (de Noé), caixa, vaso. "^N, adv. — Certamente, poréni, sem dúvida, apenas, só. 140 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR — cinza, da gordura (da vítima); fertilidade, abundância. 03 rp — altar. ny -13 — Faraó. ]1y — iniquidade, culpa. "7130 — dilúvio. ns — laço. 11B — dividir, separar. V^Sí — rasgar, fender, rrn — tornar-se. O verbo riTI, seguido de h , — tornar-se. □ — cabeças, ramos, braços, pl. de ÍPK'!. ■^'?P''3N — Abiméleque (n. p.). — combater {únb , no niphal), lutar, guerrear, 'is'? — diante de ... . dVo — escapar, fugir. Dlltí' — arruinar, (Niphal — cor- romper-se). "^DIN — la. pes. sing. incompleto de b'D\ — ser capaz, poder, □nj — (Niphal) — arrepender-se, ficar triste, consolar-se. D — encher, ficar ou ser cheio. "1355^ — quebrar, partir. DOn — violência. T T tDSI2> — julgar, no Niphal, — entrar em juízo, arrazoar. ]3 — assim, (advérbio). DN] — palavra, oráculo, profecia. (Substantivo comum, m.). verbo denominativo, — dizer uma profecia. ''3'll< — Senhor, (patrão). niri' — Yahvé, com as vogais de Elohim, por vir já precedido de cujas vogais se usam para pontuar o mesmo tetragrama para evitar a profanação do Nome inefável. Exercício 55 . ._ -:• ••• TT T "T" •n^rs^nííi :n^mi n^m iib-^ inín nm^i :mbt:: ^32^ D^fs^n "1DD3 nnan :xinn orn "i^ra nnb} .... . j- •■ : • .. T •- - - • T - : • :n"inn iD^^^an^ ídm^ x^n^^rbv íitJran im^i :'^hnin TiT T •• T • : - ' V : - - •• T • V - ' V V - INTENSIVO ( — PIEL, PUAL) 141 rixn nn2;m :r"iK3 □"iKn-nx n^v ^3 nin*' cnn ■• : • ' V T T ' V T T TT T V T T • T : VT'- ^mn:: torns?:: DDTiiirs :ot2n rixn n^ribi<n :ni.T ^nx DNJ DDnx £dd2;n p nn^sr^ Exercício 56 Os justos serão preservados ("lOB^, part. pres. pl. niphal) para sempre mas (1) a semente dos ímpios será desarraigada (n"13 — - cortada, no part. pres. m. sing. do niphal). Foi deixado (vav consec. com o incompleto do niphal) só Noé (ni"^yí) e os que com êle (""IIÍÍN inx) na arca (estavam). Eis que o altar se fenderá (part. pres. niphal) e se derramará (vav consec. com o completo do niphal) a cinza que (está) sobre êle. A notícia (a voz) se ouviu na casa de Faraó. Acautelai-vos ("lOty, no niphal, imperativo m. pl.) para que não vos esqueçais do (DX) pacto de Jeová vosso Deus, que fez (r)"13) convosco (QDDV). Capítulo XXXIII INTENSIVO i—Piel, pual) PFEL, intensivo ativo. 277. Caraterísticos. 1. O grande sinal ou marco do intensivo é a dupli- cação da letra média da raiz, indicado pelo Dãghêsh forte nessa letra. Êsse sinal é comum a todas as suas modalidades. Marca o completo, o incompleto e partes cognatas (imperativo e inf. con- struto), o particípio, bem como as tres vozes, — ativa, passiva e reflexa, ex. "^típ, ^^p^, "^E^piín. 2. Todos os particípios deste grau em diante tomam o prefixo preformativo D, provàvelmente um fragmento do pronome interrog. 'D. 278. Nota — Essa duplicação só não ocorre, nos seguintes casos: 1". Quando a letra média é gutural (§ 151); 2°. Nos verbos Ayin vav, Ayin yôdh e Duplo Ayin (§ 564, 565 e 508) ; 3". Com algumas letras médias, quando essas tomam Sheva (§ 166.). Em alguns 142 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR dêsses casos a letra referida toma um hãtêph sob a letra que devia ter dãghêsh, ex. nnpj? — foi tirada, Gen. 2:23. 279. 3. Caraterísticos da pontuação. No completo, 3a. pes. m. sing. toma i breve na la. sílaba e — (ê) na 2a., ex. '7^p, modificações das vogais originais do Piei (§ 284 e 285). 280. Em alguns casos conserva o — (a) na 2a. sílaba, de acordo com a vogal original (§ 284.), ex. Em tres casos a 2a. sílaba tem — (^), 131, D33 e ~1S3. Em um caso único a la. sílaba conserva o — da forma original, nti'], Gen. 41:51. No incompleto na la. sílaba e no particípio presente, os prefixos preformativos teem sheva, a la. letra da raiz conserva o — e a última sílaba toma — , (o — ori- ginal atenuado e alongado em (ê), ex. b^\>\, hupj), parte. — h\^pJ2. 281. O imperativo e o infinito construto tomam (a) e (ê), V^p. 282. O infinito absoluto geralmente é igual ao construto; raramente é 283. No mais, segue o qal; os sufixos vocálicos nas desinências pessoais reduzem a vogal da penúltima sílaba aberta a sheva vocálico, ex. I^Dp, l'7t3p^; com os sufixos consonantais, conserva-se o (— ) da penúltima, ex. ri'7Dp, no completo. Mas no incompleto, com o único sufixo consonantal, que é Til, a penúltima toma (— ), 7['h\^pT\. 284. Forma original. Duplicando-se a letra média da raiz, o verbo terá que ser pontuado com duas vogais breves, '?^p, visto que a pri- meira sílaba '[pp se tornou fechada e é átona (§ 16.). 285. Essa vogal a da la. sílaba se atenuou em i na la. sílaba do completo e a da 2a. em ê, — no completo e nas demais modalidades, ex. hl^p — completo; imperativo e infinito construto, — '^t^p; particípio — Nota — Na la. pes. sing. incompleto, o sheva é composto, — (^), (§ 153.). 286. Significado do FIEL. 1 — A idéia simples de qal se intensifica, expressando ação enérgica, repetida, demorada, ou ainda que a ação se exerce sôbre vários objetos. Assim quebrar, significa despe- daçar, no Piei ; pedir, no piei — mendigar, pedir muito; enterrar, no Piei, enterrar muitos. 2 — ^ As vezes tem força de causativo (hiphil) INTENSIVO ( — PIEL, PUAL) 143 (§ 318 — 1 e 2), porque quem pratica uma ação com energia, estimula outros a o imitarem. Assim aprender, passa a significar ensinar; viver, 7\\T\ deixar viver ou poupar a vida, e ser justo — pl^, no Piei, pl!^ — declarar justo. 3 — Os verbos denominativos (§ 185.), se usam muito nêste grau, para expressar a ideia de fazer a cousa indicada pelo substantivo de que se formaram, ex. de ninho, ]p ]3p — fazer ninho; de — raiz, tyiB' — desarraigar, extirpar. 4 — Há substantivos de forma intensiva e indicam que a pessoa pratica habitualmente ou repetidamente a ação significada, ex. 333 — ladrão, H^D — cozinheiro, i^lDH — pecador. 287. Formas raras do intensivo. 1 — O intensivo se faz às vezes, sem dobrar a letra média da raiz, pela inserção de uma vogal longa na la. sílaba e se chama então de Poel. Isso se dá principalmente em verbos Duplo Ayin. 2 — Também se faz pela duplicação da últi- ma consoante, e não da 2a., e se chama, de acordo com as vogais que recebe, de Pilei, polel, palal, etc. . . 3 — Outras, se faz pela duplicação la. e da 3a. letra da raiz, deixando fora a letra média fraca, dando o pilpU, ou polpãl, ex. '^s'^? de '^ID. 4 — Há ainda os que dobram as duas últimas letras da raiz, ex. ~in"]np — palpitar, dando o pealal, (§§ 508, 509, 564, 565.). 288. Significado dessas formas. Geralmente essas formas teem sentido frequentativo, no que se parecem com as formas frequentativas em nossa língua, ex. pipilar, saltitar, tintilar, pulular, etc. 289. PU'AL. O pual quanto ao significado é apenas a voz passiva do Fiel, nos vários sentidos dêste. 290. Quanto à forma. Carateriza-se pelo u breve na la. letra da raiz e pelo a na 2a., tanto no completo como no incompleto. Tem natu- ralmente o marco essencial do intensivo, o dãghêsh na letra média e o sheva, nos prefi.xos preformativos do incompleto e do particípio presente, '?I3pNl (§ 280) e h^pD. Não tem imperativo, por ser voz passiva. O infinito construto deveria ser "^^j?, mas não há exemplo dessa forma e o absoluto se encontra, hbp. Ocasionalmente o u aparece como ú, com vav, ex. nSlf, Ez. 16:34; I^^V, Juízes, 18:29 e Jó 5:7. Há algumas passagens em que o u passou a o (— ) segundo Green. Gesenius entende que se trata do piei em que o a se alongou para ã, devido à omissão do dãghêsh forte (§ 166, 151). Mas a 144 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR ausência do methegh, nessa la. sílaba e o sentido passivo de algumas dessas passagens, parecem dar razão a Green. Os particípios pre- sentes podem tomar artigo definido, mas no Piei e no Pual, o O não leva dãghêsh forte, porque vem pontuado com sheva (§ 166). 291. Origem dessas vogais. A vogal u sob a la. letra da raiz em lugar da vogal primária a, parece ser o carateristico essencial da voz passiva no hebraico e assim é no árabe, afirmam os que o conhecem. Êsse o princípio geral. É um traço bem constante na sílaba aguda (§ 163) e pode passar a o {—) quando a sílaba é apenas fechada comum, daí o hophal, '^^pH (§ 164, 315.). Na sílaba aberta pretônica, que occorre no Pual quando a letra média não aceita dãghêsh (§ 164), essa vogal u se alonga para õ, ex. "^13. A última sílaba do pual conserva o a original (§ 284.-), que na pausa se alonga para ã {—)■ 292. Em qal, o único vestígio que resta da voz passiva é o particípio passado, '^It^p. Entendem alguns que deve ter havido e seria oriundo de "^^p. Vocabulário : rÒ\V — mandar, estender; no Piei, mandar embora, ex- pulsar, deixar ir. ]"Ii7 — n. p. — Edem, n. c. — delícia, deleite, □ty — ali. T 'in — Interjeição, — Ah! Ai de. — pl. (irregular), de B;'«, (homens). ]1tyi<"] — primeiro. ripí2'1 — 2a. pessoa do completo de qal de ou □'tP, — colocar, mais o vav consecutivo. nriDin, nriDin f. — repreensão, correção. "IDD — cobrir, expiar, propiciar. n3N — interjeição, (de mais N3) — partícula de forte persuasão — ^Ah!, O', rogo, ou rogamos. A se- gunda é imprecativa, com os imperativos, enclítica. 131 — falar, muito usado no Piei. TI3 — saraiva. INTENSIVO ( — PIEL, PUAL) nçV^ — Imperativo enfático do Piei de l^^D livrar, libertar, nity — campo. D'3S hi^ WjB — face a face. • T V • T Exercício 57 □^3nD?2 :ni<t-nn(:5'7 ^3 ns^x «np^ nxf? :d:í;?2 • : - : T t: ••. .... ■ --l y . ; y . im^i tonnbm D^K^íxn in'?i:; ipsa nnns ^rsi; •• -:- • T-: T : ••. ' v - ■■ • t t v -: :i22^ vni< :]i"iX3 Dnní:;! mac; "i::;í< □^Jí:;x"in |T •.. : T -: •■ ' T T T : - : T : - • v -: ■ ■ t Exercício 58 O que acata (guarda — "ipt£^) a repreensão é honrado. O teu pecado será expiado (coberto). A saraiva quebrou todas as árvores (singular, coletivo) do campo. Por bondade e verdade a iniquidade é expiada. Ah! Senhor, livra a minha alma. E falava (completo do piei com vav consecutivo) Jeová a Moisés face a face, como fala (incompleto do piei) um homem com outro (ini7~[ hiti t^^N). 145 — escapar, 146 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Capítulo XXXIV HITHPA'EL — (Intensivo reflexo) 293. Carateristicos. 1°. Um grande marco é o dãghêsh forte na letra média da raiz (§ 277), sinal aliás comum a todo o intensivo no verbo regu- lar (§ 277.-). 2°. O maior traço distintivo, porém, é o prefixo DH, que, semelhantemente ao do Niphal, tem força de pronome reflexivo (§ 273.-). 3". As vogais são — (a) na penúltima sílaba e — (ê) na última, tónica e isso no completo (3a. pes. m. sing.), nos infinitos, no in- completo, no particípio e nos imperativos, ex. ^'^f^rin, 3a, completo, infin. imperat.; bl^p^D'', — 3a. incompleto, bl2p_r\^ — particípio. 4°. No incompleto, o prefixo se intercala entre o preformativo e a raiz, havendo queda do H, (§ 159-11), dando a forma '7Dpn', de bi^pniri]]. 294. Origem das vogais. A raiz do verbo ^Dp^ foi primitivamente V^j!5 tendo o —(a) se alongado para — (J) na pretônica aberta (§ 211, 119, 2°). No Piei, com a duplicação da letra média da raiz ela voltou a ser breve (§ 284, 16) bl2p, mas o c da penúltima se atenuou em í no completo e se adoçou em e na última sílaba (§ 285). No in- completo do Fiel o a da penúltima permaneceu, o mesmo aconte- cendo nas partes cognatas (§ 239.-). Semelhantemente a estas últimas formas, no hithpael permaneceu o a primitivo na penúl- tima sílaba e o a da última se adoçou em ê, tanto no completo, como no incompleto e formas cognatas (§ 285.). 295. Fonética das vogais. O ~ (a) primitivo se mantém ainda, sempre que se acrescenta à raiz um sufixo consonantal, ex. PibDpnTl não se adoçando em é (-77-)- 296. Quando se acrescenta um sufixo vocálico, a vogal da última sílaba, que fica sendo então penúltima e aberta, se reduz a sheva vocálico (§ 218.), ex. ibi^pnri. 297. Resulta daí que as desinências pessoais se fazem como no Fiel e noutros graus, exceto o hiphil (§ 304). iiithpa'el — (intensivo reflexo) 147 298. Em alguns verbos o a primitivo da última sílaba se conserva, como no Piei também, mesmo na 3a. pes. m. sing. do completo, ex. pIFinn — êle se fortaleceu ou se fortificou. O incompleto e o imperativo também aparecem com — (a) na última sílaba, ex. Wlp^FiT] — santi- fica-te. 299. Na pausa, essas formas aparecem com o — (a) alongado para — (ã), ex. "ITyiriri — cingir-se. 300. Formas raras. Ocorrem, como no Piei, as formas hithpôel, hithpôlel, hithpalel, etc. 301. Alterações morfológicas do prefixo riH. 1) — Quando a raiz do verbo começar por uma das sibilantes D, íy, ti?, dá-se a transposição do n do prefixo com a la. letra da raiz, ex. "ipriK^n — tomar nota, dar atenção; b 211071 — ser carregado. 2) — Se a sibilante for ^, além da transposição referida, o n se reforça para t3, ex. pll^I^n — justificar-se. 3) — Antes de verbos iniciados pelas linguais 1, £í e D, o D do prefixo é assimilado pela letra seguinte, que tomará então dãghêsh forte, ex. "IBin — conversar; DDfíTl — condiizir-se retamente. 4) — No incompleto o H do prefixo cai, como vimos há pouco, (§ 293-4). Naturalmente, no imperativo, em que não há mais aperto (§ 239.-) o H reaparece, justamente como acontece no Niphal (§ 274.-). 5) — Há casos de assimilação do D do prefixo, antes de letras co- muns como ] e 3, ex. i<33n em lugar de N3]nn — profetiza; ]?ÍDn — ■ em vez de — ]5Í3rin — aprontar-se. Aparece a assimilação uma vez antes de T, Is. 1:16, antes de Ecles. 7:16 e outra antes de "1, Is. 33:10. Mas sobre alguns casos desses a análise é discutível. Por ex. em Is. 1:16 — 13in analizado por Gesenius e outros como hithpael de HDJ, é por alguns considerado como Niphal de "SjDr. 302. Significado do hithpael. 1. O sentido comum é o da voz reflexa do Piei, ex. tyipnn — santificar-se; Dp^nn — vingar-se. 2. Expressa ação recíproca, ex. ní<"irin — olhar um para o outro ou uns para os outros, Gen. 42:1. 3. Às vezes tem o sentido de que alguém si- mula uma ação expressa pelo verbo em qal, ou manifesta ação tal, ou se tem em tal conta, ex. VlJrin — fazer-se grande, agir com or- gidho, DSrinn — mostrar-se sábio ou atilado, ou imaginar-se sábio, 148 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Ecles. 7:16. 4. Pode expressar também uma ação feita índircta- mente a si ou para si. Tem nesses casos sentido ativo e pede um acusativo, ex. CJt^Srin — despir (roupas), i. e. despir-se, ou depojar- se (de algo). Mas também aparece sem acusativo, ex. '^'pnrin — passear, andar daqui para lá. 5. Raramente também tem significado passivo, ex. TjPSrin — Juízes 20:15, 17, — ser contado. 303. Nota — Há algumas formas passivas muito raras, ex. TipJSnn — foram contados, Num. 1:47, 2:33, em que a vogal do prefixo é o e — ser contaminada, Deut. 24:4; D33n — ser lavado. Lev. 13:55-6, em que a vogal do prefixo é m e o D é assimilado. 6 — Há denominativos com sentido reflexo, ex. IH^nr' — abraçar o judaísmo (fazer-se judeu, de lin^, niin'). Vocabulário: 1317 — servo. V V nnSCí) — serva, concubina. PI. Absoluto — DinStí^. T : • ' Tl nwvb — para fazer. — a mim, para mim, comigo. V^i< — a êle, para êle, com êle. yDty^l — êle ouviu. yO^NI — Eu ouvi (Incompletos, gal, com vav consecutivo de yOB'). nnSS, f. — propiciatório. ■^Bty — derramar, pl^ — ser justo, justificar. tí"Ij? — (ou t^lj^), ser santo, santificar. Y^p^ — ajuntar, reunir, "llj? — enegrecer, ficar preto. □'')'7n — os levitas, 'l'? — Levi, ou levita. bnbnnT}] — se doeu, ou afligiu. Incompleto com vav consecutivo do hithpalpal do verbo fraco □tyjl — Chuva (torrencial), Dty3 — grande chuva. 3NnX — n. próprio, — Acabe. rípin] — Josué ( n. próprio). Dêste vem 'Irjaovs e Jesus. o CAUSATivo, OU hiph'il e hoph'al 149 Exercício 59 •• - : ■ T : - T : • : • t -: - ' v : : t n2'i'!2 bpri ism^!} irprim) :mn^ T^? nm^ min'' im^i i"^^: iBnm ^bv nnri :mès3n bvr2 vbi< Exercício 60 Santificai-vos, vós e vossos irmãos. E santificaram-se os sacer- dotes e os levitas, para fazer subir (ni'717n'7) (flX) a arca de Jeová, (o) Deus de Israel. E ouvi o (riX) que falava (particípio do hith- pael) comigo. E se ajuntaram para pelejar (infinito construto do niphal de □Fl'^) contra (DV — com) Josué e contra Israel. E se enegreceram os céus e houve ('n']) uma grande chuva. Capítulo XXXV O CAUSATIVO, ou HIPH'IL e HOPH'AL 304. Hiph'U. O caraterístico principal deste grau (causativo ativo) é o prefixo n, cuja vogal se atenua para í breve; e o som de t longo na 2a. sílaba, ex. ^''Dp7\. O prefixo aqui também se liga tão fortemente com a raiz, que forma com a primeira letra uma sílaba fechada, "Ç>rt. Discute-se a origem desse i longo da 2a. sílaba. Gesenius en- tende que do inf. construto — ^'ípprr procedem o incompleto e o particípio com í longo, '?'tpi?! e b''DpD. Interessa-nos, para fins prá- ticos, saber que esse í longo permanece e conserva sobre si o acento tónico quando se acrescentam sufixos vocálicos, nas desinências pessoais, ex. nh^l^pn — 3a. f . ; — ^"^'tppri — 3a. m. pl. do completo e também no incompleto: 2a. f. sing. — 'V^PpH; 3a. m. pl. l'7"'£pp'; igualmente no imperativo, 2a. f. sing. — ''b^Dp,'n e 2a. m. pl. — l'7"'ippn, como era de esperar (§ 239.). Nas outras desinências pes- soais, (§ 290) se faz como em qal, a saber, antes dos sufixos conso- 150 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR nantais, a penúltima sílaba toma a breve, no completo, ex. riVápn — 2a. m. sing.; IjVópil — la. c. pl. No incompleto, antes do único suf. consonantal H], a penúltima toma como no Pi'el. Tudo parece indicar que o í longo não é tão essencial caraterístico. 305. Incompleto. Nesse tempo, o prefixo PI vem entre o ' prcformativo do incompleto e a raiz que toma i longo, como já se disse, na úl- tima sílaba — "p^tppri], mas o H cai e cede a sua vogal ao prcforma- tivo — '^'tpj:): (§159,-11). 306. O i^articípio tem, desde o Pi'el em diante, o marco geral de um D. Entre êsse O e a raiz entra o H do hiph'íl. O H cai de novo e cede sua vogal ao D, de sorte que o particípio presente leva o O e se pontua como o incompleto. Se o incompleto e o particípio procedem do inf. construto, como entende Gesenius, a explicação seria a mesma quanto à queda do H. Apenas dir-se-ia que acrescentou-se o e o D ao inf. construto para a formação do incompleto e do particípio, respectivamente. O partic. '^''Dpnç igual a 307. Jussivo. As formas do jussivo, no hiph'il, são diferentes do incom- pleto, porque a fonética admite que se abrevie o incompleto — '^''Pp' para — ''ííPp?! jussivo, de onde a regra (§ 240.-). 308. O incompleto com vav consectiiivo. O vav consecutivo pede a forma abreviada do incompleto ou seja a forma do jussivo. Mas já temos visto, o incompleto é igual ao jussivo em todos os graus exceto no liiphil, de sorte que não se nota nos outros graus êsse fato. Mas agora deve-se notar: '^Çíp!! — é o incompleto com o vav consecutivo. 309. O imperativo. Na 2a. pes. m. sing. o imperativo também se faz em ê (— ) na última sílaba, como o jussivo. Mas quando leva desi- nências de sufixos vocálicos, conserva o ''— e a tónica (§ 304.-). 310. O cohorlativo. Esta forma conserva o l longo e a tónica sobre o í, ex. n"7'ppNI. 311. O infinitivo. O construto leva í na última sílaba, de sorte que não é igual à 2av pes. m. sing. do imperativo, como acontece noutros graus no verbo regular. O absoluto no hiph'il é que é igual ao im- perativo (§ 245.-). Há alguns casos em que se usa a forma cm ê em lugaf do infinito construto excepcionalmente. o CAUSATIVO, OU HIPH'iL E H0PH'AL 151 312. Nas formas do jussivo e do imperativo em c quando ligadas a outra palavra por maqqêph, abrevia-se o ê para e, ex. l<r]3Dn — Job 22 :21. 313. Quando o infinito construto vem precedido de preposição não há a elisão do H, como noutros casos (§ 271.-) ex. h''\^pj}h . 314. Formas defectivas. Naturalmente aparece muitas vezes o i longo escrito defectivamente como i. Há duas ou mais formas raríssimas em que o t longo se reduziu a — (sheva vocálico); Jer. 9:2, é um exemplo. Em 1 Sam. 14:22 e 31:2, outros. 315. Hoph'al. Êste grau (cansativo passivo) se carateriza: pelo prefixo n (ho) que forma também com a primeira letra do radical uma sí- laba fechada; e pela vogal a na última sílaba, ex. '^íípn — Essa vogal do prefixo é de origem um tanto obscura de sorte que algumas vezes é — principalmente no particípio, provavelmente sob a in- fluência do D. 316. No incompleto do hophal se dá o mesmo que no incompleto do hipWíl. O prefixo n se intercala entre o preformativo e a raiz, — h^'pJ^\, mas o n cai, cedendo a sua vogal ao ' preformativo, '^t^p^; a vogal da última sílaba é — (a). 317. Particípio presente. Carateriza-se, como todos os partic. depois do Piei, pelo O c as vogais são na la. sílaba — (o) e na segunda, — (c), como no Niphal. O processo é: '^DpnO, pela queda do n, — h^pD, semelhantemente ao que se dá no incompleto. 318. Significado do cansativo. Em termos gerais, pode-se dizer que o sentido é, como o nome cansativo está a indicar, aquele em cm que a ação ou estado do verbo em qal se atribui a uma terceira pessoa ou cousa, seja para a sua execução ou para o experimentar. Essa idéia tem que ser expressa em português geralmente pelo verbo auxilar mandar ou Jazer, ex. — "lEOO — choveu, hiphil, — "T'ípQrT — fez chover. Dentro dêsse princípio geral temos: 1. Geralmente o hiphil é o causativo de qal: K^lp). — ser santo, \D''~[,p7\ — santificar; '^'Q — reinar, ']'ht^7} — fazer rei ou fazer reinar. Já vimos que o Piei tem às vezes sentido causativo. O hiphil, porém é muito mais usado com esse sentido do que o Piei. 2 — Acontece que alguns verbos se usam tanto no Piei como no Hiphil, como causativo, tendo nesse' caso o mesmo sentido, ex. T^N — perecer; e — destruir: Mas geralmente quando 152 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR se usa nas duas formas o mesmo verbo, cada forma tem o seu sig- nificado próprio, ex. 733 — ser pesado; "T33 — honrar; l''^DTl — fazer pesado, ou trazer a honra. 3 — Pode ter sentido apenas declarativo: p''"12^n — declarar justo, justificar. 4 — Verbos intransitivos em qal que se tornam transitivos, ex. "lí^y — ser rico, TK^yn — fazer ou adquirir riquezas. 5 — Quando o verbo é transitivo em qal, o hiphil pede dois acu- sativos diretos, ex. t^sV'] — êle o fez vestir (roupas), literalmente, vestiu-o roupas (□''■1^3 ÍD^). 319. Hoph'al. O sentido do hophal é simplesmente a voz passiva do hiphil nos diversos significados deste. Há casos em que o hophal, como o niphal, perde o sentido passivo, como nos verbos depoentes do latim. Vocabulário hM<\l> — T Saul (n. próprio). TirjK — Arão (n. p.). ntío — vara, bordão (com suf. m. sing. in£30). l'3ri — serpente, dragão, monstro marinho. 3n' — T : cuidado, sorte, anciedade. segunda (adj. ordinal f.), QV3 — vez, subentendida nhn: f.— cadáver, carcaça. 3i^r — calor, sequidão, secura. niR - geada, gelo. unir, ligar (ou p31). mp^D — maxilar. n31 — n. p. — Rabá, (significa, — populosa, grande) (Rabba). nnil — em lugar de, em vez de, debaixo de. nynri f. — ruído de . . . (construto de nynri). f. — língua. "^"I"! c. — caminho, estrada, distância, maneira, lina — n. p. — Guiom (Gihon). o CAUSATIVO, OU HIPH'IL E HOPH'aL 153 Exercício 61 T • : — • T V • • : - : t v •• •• t : • t : '<T1 "'"'l^i? nrn? in^si^Ti^ ]nqi< "n^^p t^ixç • T ' V : • • •• • : — T - T • : t :n"i.^n ''3?-':'^ ^□'pçn; /p^^ni :i1ra| r\br;T] ntíb^ T • : - Exercício 62 E agora, Jeová, meu Deus, tu constituíste (fizeste) rei a (ílK) teu servo, em lugar de Davi meu pai. E farão ouvir (vav consecu- tivo com o completo do hiphil) a (3) voz deles sobre ti (f. E farei ouvir em Rabá um ruído de guerra. E escondeu (Vav con- secutivo com o incompleto (jussivo) do hiphil de IDD). Moisés o seu rosto. E estava (Tini) lançado (Particípio pres. hophal do f. sing. de o cadáver dêle no caminho. 154 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Capítulo XXXVI SUFIXOS OBJETIVOS AO VERBO 320. Preliminares. Ordinariamente um pronome acusativo (direto ou indireto) se expressa por meio de sufixos (partes significativas do pronome, § 41.-) acrescentados inseparàvelmente à pessoa do verbo que deva recebê-los, à semelhança dos possessivos aos nomes (§ 191, 192.). Também se pode expressar como uma palavra separada, ligando-se o sufixo à partícula n^<, sinal de acusativo direto definido, que passa a ser pontuada com — (§ 395.-). Mas essa forma per- tence a épocas mais recentes da língua, embora apareça também em estilo antigo, principalmente por ênfase. 321. Sufixos nominativos. Convém desde já notar que no infinito cons- truto, os sufixos inseparáveis também podem ser subjetivos, de- pendendo muitas vezes do contexto a sua função (§ 63.-). Nas demais modalidades, porém, é sempre objetivo, direto ou indireto, o sufixo. 322. Voz reflexa. As formas de verbo pronominal não se expressam por meio de sufixos, mas pela sua modalidade própria (niphal e hithpael). Daí resulta que não se pode aduzir o sufixo da la. pessoa a uma forma dessa mesma pessoa, nem o da 2a. pes. à forma subjctiva da 2a., pois resultaria isso em formas pronominais ou voz reflexa. Na 3a. pessoa, porém, pode-se usar o sufixo da 3a., porque nesse caso o sufixo é objetivo e a ação do sujeito não recai sobre si mesmo, ex. l'7''£pj!)n — êle o mandou matar ou 'í^^p. — êle o matou, formas da 3a. pessoa subjetiva com sufixo objetivo da 3a. m. sing. 323. Pela mesma razão as formas reflexas e passivas, a saber, o niphal, o hithpael, o pual e o hophal não recebem sufixos, havendo uma ou outra exceção do hithpael e do niphal em casos, porém, em que o significado dos verbos nesses graus admite o uso do sufixo, ex. Isa- ias 14:2 — □l'7n5rini — os possuirá, (apropriar-se-lhes-á, literal- mente); Ps. 103:3 — 'íion'?'] — pelejaram contra mim (me fizeram guerra) ; '^K^jn — tu não me serás esquecido, (não me esquecerei SUFIXOS OBJETIVOS AO VERBO 155 de ti, Is. 44:21). Portanto, em regra, só recebem sufixos o qal, o piei e o hiphil. Naturalmente no infinito construto, outros graus podem receber sufixo, ex. l>*:fQri3 — no ser êle achado, niphal, cm que o sufixo é subjctivo, (§ 63.-). 324. Formas dos sufixos. Existe maior variedade de formas de sufixos para o verbo do que para o substantivo, isso devido à maior variedade de formas do verbo, quanto às desinências pessoais e às modalidades diferentes. Podem êles assumir as seguintes formas: la. pes. c. singular — '3, '3 — , '3 — , — me. Plural c. — 13, i: 13 — , nos. 2a. pes. m. singular — "íj— , pausai, "íj-^r, — íe. Plural m. — DD, 03—, — vos. 2a. pes. f. singular — 1, 1^, l-rr, 1-^, — te. Plural f. —]^,]D~,—vos{{) 3a. pes. m. singular — IH, IH^, 1, 1, — (ri) — IH—, o, lhe. Plural m. — On, □, D^, D-^, — D—, 0-^05, lhes. Formas poéticas: 1D, 1D— , 1D— , — os, lhes. > 3a. pes. f. singular — 71, H— , H— , — a, lhe. Plural f. — ], ]— , — as, — lhes. 325. Observações sobre essas formas. Os sufixos da 2a. pessoa, m. e f., sing. e pl. — "Tj, DD, ]D tomam D em lugar de D. Essa permuta do n pelo 3 é comum noutras palavras e aqui provavelmente é oriunda das formas arcaicas riDÍN, ^^^t = ^^l^^! e □3N = DriN de que não restam mais vestígios. O certo é que assim se distinguiu, o sufixo objetivo dessas pessoas, da desinência pessoal subjetiva do verbo que é nessas pessoas O e DFI, etc. Aliás já se notou nos nomes esso permuta (§ 193). (3 sufixo 1 é uma forma secundária resultante da contração das vogais da forma IH—, pela queda do H, como no nome (§ 194): Esta fornia é escrita às vezes H, em que o H é mera 156 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR mater lectionis. Também H— é forma secundária que resulta da contração de H— . O mappikh no H distingue o sufixo pronominal da terminação feminina usual dos nomes (§ 64.)- A 3a. pes. do pl. m. □— e f. ]— resulta da contração de DH— e ]n— . Também a 3a. pl. m. D— e f. ]— resulta da contração de Dil— e jH— . Todas essas contra ções se dão entre a vogal de ligação (§ 194.-) e a do sufixo pela queda do il (§ 194.-). A forma DH ocorre poucas vezes e ]ri nunca aparece, bem como ]3. 326. Formas raras. São raras as seguintes formas: 2a. m. sing. HD, na pausa "íj— e HS— ; 2a. f. '3, '3—, H— 3a. f. com o H sem mappik, Num. 15:28; 3a. m. H, Ex. 32:25 e as formas poéticas ÍD, e iO— , provavelmente de influência aramaica. Também uma vez ocorre 10 em Ex. 15:5. 327. Distinções dos sufixos nominais. Como se vê, a despeito da varie- dade de combinações dos sufixos ao verbo (§ 324.-), não há grande diferença entre os nominais e êles. As principais são: 1°. — O sufixo da la. pessoa é '3 — me, e o do nome é — meu. 2°. — O sufixo da 3a. pessoa sing. ao incompleto c no m. IH— e no f. H— . Isso, porém, também se dá com os nomes terminados em H— (§ 639, 205, 3''). 3°. — No infinito construto, há uma distinção que não deve ser esquecida: o sufixo '3 — é objetivo e o nominal é sub- jetivo. Nas demais pessoas do sufixo ao infinito, as formas são idênticas para o sujeito e o objeto, dependendo do contexto o seu sentido, ex. — que pode ser traduzido por tu vigiares ou por vigiar-te (alguém). 4°. — No particípio não há distinção. Os sufixos são iguais aos do nome, apenas devendo-se notar o efeito, sobre as vogais do particípio, do sufixo vocálico ou do consonantal de acordo com a fonética do verbo, ou seja da 3a. Declinação (§ 139. 2 e 3). As dis- tinções notadas neste parágrafo são da máxima importância prá- tica para o entendimento do presente assunto e para o reconheci- mento das formas objetivas de sufixos ao verbo. 5°. — Note-se mais que com o sufixo da la. pes. c. singular a vogal de ligação ao completo é sempre hreve, '3— e com a la. do plural é longa, 13—. Mas no incompleto é — (ê). 6°. — O sufixo D— quando aduzido SUFIXOS OBJETIVOS AO VERBO 157 à 3a. pes. f. sing., torna-se breve D—, porque a desinência da 3a. f. sing. além de ser arcaica sempre recebe o acento tónico (§ 332-b.), de modo que o sufixo referido se torna átono, portanto abrevia-se a sua vogal (§ 332-b), ex. Dilfl]? — ela os furtou. O sufixo na pausa tem vogal auxiliar longa, '3—. Fora disso é breve até mesmo quando unido à 2a. pes. m. sing. completo, ex. T\h\^pJ} com esse sufixo é '3ri'7Dpn. Não há explicação desse fato. 328. Ligação do sufixo ao tema do verbo. De uma simples inspeção da tabela dos sufixos (§ 324.), sc verifica que alguns tomam a forma simples de fragmentos pronominais (partes significativas) ; outros recebem uma vogal de ligação ao tema, que é ã para o completo e ê para o incompleto e partes cognatas; e ainda alguns recebem apenas um sheva de ligação que naturalmente sempre é sonoro, como acontece com os nomes (§ 194-fim). As vogais de ligação referidas não são arbitrárias. O ã parece ter sido a vogal final do verbo na sua raiz primitiva como ainda se vê no árabe que é qatala. O ê tem origem muito obscura: Pensam alguns que tenha aparecido por analogia com o verbo Lamed He (§ 584.-) que foi primitivamente Lãmed yôdh, em que se dá a fusão do a yodh, ay = è. 329. Vogais de ligação. Como se disse no § anterior (§ 328), quando há necessidade de vogal de ligação o completo toma sempre ã, que é breve só com o sufixo da la. sing. '3— e longo nos demais, havendo só uma exceção, a saber, o sufixo da 2a. sing. f. toma ê (— ), às vezes e breve (— ), talvez representando nessa pessoa a atenuação do ã. O incompleto, quando exige vogal de ligação, sempre toma ê, exemplos; no completo, 3a. pes. m. sing. do hiphil, com a la. pes. sing. ''^^''t^pTl — êle me mandou matar; com a la. pl. 1]'7"'tppn — êle nos mandou matar; '^^''l^pjl — êle te (f.) mandou matar; no in- completo do hiphil, 3a. pes. sing. m., com a la. pes. sing. ''lh''tppl — êle me mandará matar ; 'Epp^ — êle nos mandará matar; '^'^''Pp! — êle te (f.) mandará matar. Com as segundas pessoas do masculino sing. pl. e do f. pl. basta o sheva de ligação, tanto no completo como no incompleto, como veremos adiante (§ 330-4°). 330. Principias gerais de ligação. Nesta altura o estudante deve estar a indagar como se saberá se a forma verbal deve tomar vogal ou 158 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR sheva de ligação, ou omiti-los inteiramente, ao se lhe aduzirem su- fixos objetivos. Observem-se os seguintes princípios: 1°. — Quando a forma verbal terminar em vogal, agrega-se simples- mente o sufixo pronominal em sua forma fragmentária, por não ser necessária nem possível outra vogal entre êle e o tema do verbo, em vista dos princípios de formação da sílaba hebraica (§ 14.-), ex. {todos do hiphil) 3a. pes. m. pl. do completo, com sufixo da 2a. m. sing. "íjlV^^Dpn — êles te mandaram matar; com suf. 3a. sing. m. 'íppn — êles o mandaram matar; com a 3a. sing. f. rn'7'Ppn — • êles a mandaram matar. A la. pes. verbal sing. c. com sufixo da 2a. m. sing. "^"'nhl^pTl — eu te mandei matar; com 2a. f. sing. '^''nbl^pn — eu te (/.) mandei matar; com a 3a. m. sing. VFlVçPpil — . ou ^^\''^^l^p,'^[ — eu o mandei matar; 7ii''f]bl^pn — eu a mandei ma- tar; com a 3a. m. pl., WFi^l^pTl — eu os mandei matar, etc. 2°. — Quando a forma verbal termiyiar em consoante e o sufixo começar por consoante ou mesmo constar apenas de uma consoante é necessário uma vogal de ligação, exemplos sempre do hiphil: no incompleto do hiphil: 2a. pes. m. sing. '^''Cppri, com sufixo da la. c. sing. 'j'7''íppri — tu me mandarás matar; com a 3a. pes. m. pl., □ '^''tppn — tu os mandarás matar; com a 3a., pes. f. pl., — 'tppri — tu as mandarás matar. Vejam-se ainda exemplos já dados sob § 329.-, vogais de ligação. Excetuam-se, porém, os sufixos da 2a. pes. masc. singular e os do plural, m. e f., que começam por consoante mas só exigem sheva vocálico (§ 330-4°), como se verá logo adiante; também se excetua a forma arcaica da 3a. pes. f. do verbo (§ 332-1°). 3°. — Quando a forma verbal terminar em consoante, mas o suf. tiver sido reduzido a uma vogal (§ 325.-), agrega-se simplesmente o sufixo, não sendo naturalmente possível uma vogal intermediária (§ 14.-), ex. 3a. do completo m. do hiphil : com a 3a. m. sing., i'7''Ppn — êle o mandou matar; com a 3a. f. sing., rh''l^p'r\ — êle a mandou matar. Deve-se notar que esses sufixos objetivos que se reduziram a meras desinências vocálicas são formas secundárias que resultaram de formas primárias, ex. ^"H—, pela queda do H se tornou o ditongo au e este ficou finalmente o (i) (§ 325). Também o sufixo f. H— (a) resultou de H— , (§ 325.-). Há formas verbais que recebem o sufi.xo SUFIXOS OBJETIVOS AO VERBO 159 tanto na forma secundária (§ 325.-), como na primária (§ 325.), ex. 1n'?Dpn — e inri'7^pn — 2a. do m. do completo do hiphil com o suf. da 3a. m. sing., ambas significando, — tu o mandaste matar. 4°. — Quando a forma verbal terminar em consoante e os sufixos forem o da 2a. m. sing. e os do plural, m. e f., a saber, "íj, DD, a ligação se faz sempre por meio de um sheva sonoro, tanto no in- completo como no completo, ex.: completo, 3a. pes. m. sing. ^'?''ppn • — êle te mandou matar: com a 2a. m. Ppn — êle vos (m.) mandou matar; incompleto, 3a. pes. m. sing. com a 2a. f. — êle vos (/.) mandará matar ]Db''l^p\ 331. Na pausa, porém, o sufixo "?J— se torna "^-rr , às vezes ^— , ex. 'í|'7tpp. Tudo que se dá com o incompleto também se dá com o impera- tivo e o infinito construto (formas cognatas, todas), quanto a essas ligações. 332. Reaparecimento de formas arcaicas do verho. Há tres casos: 1°. — Na 3a. pes. sing. f. completo, a desinência do f. H— é substituída pela forma arcaica do f. D— e esta sempre atrai a tónica, ao receber suf. objetivos, exceto com os suf. pesados. A ligação nesse caso obedece aos seguintes princípios: a) — com os sufixos consonantais que formam por si mesmos uma sílaba, a ligação é um sheva vocá- lico (§ 330-4") e a sílaba da terminação arcaica se torna aberta mas conserva a vogal breve, pois é tónica (§ 16.-), ex. inri'7't3pn — ela o mandou matar; TJn'7'Ppn — ela nos mandou matar; 'í|n'?'£ppn — ela te (m.) mandou matar. b) — quando o sufixo for só uma consoante, é necessário a vogal de ligação (§ 330-2°), mas ficando esta em sílaba átona (§ 327-6"), se abrevia (§ 16.) e a vogal da desinência arcaica sob a tónica se alonga, ex. □ri'7''[ppn — ela os mandou matar; ]U^''^p7\ — ela as mandou matar. ^ri'7''£ppn — ela te (f.) mandou matar, c) — Com os sufixos vocálicos, 1 e H— (formas secundárias de IH— e 11— respectivamente) deveria ser suficiente ligar à forma verbal a vogal, mas devido às formas primitivas desses sufixos, a letra 11 é assimi- lada, nos dois casos, m. e f., dando com o sufixo masc. in'7''ppn e com o f. nFl'?'íppn, tendo esta última forma recebido de novo um n final, que nesse caso não é parte do sufixo (§ 325.), mas simples letra vocálica ou mater lectionis, (§ 8.-). 160 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 2° caso: A desinência verbal da 2a. pes. f. sing. atual fl se torna, ao receber sufixos, 'Fl ou fl, devido à forma primitiva do pronome (§38.), ex. wri^l^pTl — tu (f.) os mandaste matar; vnht^pTl ou irrri V^pn — lu (f.) o mandaste matar. Resulta daí, que a la. pessoa c. do verbo com sufixo se confunde com a 2a. f., só o contexto per- mitindo distinguí-las. Os dois exemplos acima dados podem ser formas da la. pessoa verbal. 3°. caso: A desinência ori da 2a. pl. m. do completo, algumas vezes se torna Ifl ou — , antes de sufixos objetivos, devido à forma primitiva DinX que agora é Or\i<. No aramaico ainda é ]inX e no árabe, antum, ex. 1]in'7£?pn — vós nos mandastes matar. Nesses casos a forma verbal do f. é igual á do m., pois, pela mesma razão o sufixo atual do f. pl. ]ri se torna ID (§ 38.-). Não há, porém, exemplo de sufixos com essa pes. do f. . . No entanto, deveria ser assim, se houvesse. 333. Sílaba tónica. Quando o verbo toma sufixo objetivo, a tónica recai sobre o sufixo, quando êste é uma vogal apenas, 3a. m. e f., i e H— , (formas secundárias de IH— e n~' respectivamente) ; e nos sufixos consonantais ligados por sheva sonoro, , 03— e ]3— . Portanto, a tónica recai em todos êsses casos na última sílaba, ex. 3a. completo m. com a 3a. m. sing. — i'7''£ppn, com a 3a. f. — n'f''Ppn, com a 2a. m. sing. '^^''l^pTl. Devem excetuar-se, porém, os casos de sufixo apósto à forma verbal da 3a. f. singular do completo, porque a de- sinência arcaica do f. atrai a tónica em todos os casos, menos em um, (quando o sufixo é pesado), exemplos, com a la. pl. 1]ri'7''Ppn, com a 2a. pl. m. 334. Nos demais casos, a tónica recai sobre a vogal de ligação, ex. 3a. m. sing. completo, com suf. la. c. sing. ''^'^''ppn, com suf. 2a. f. sing. com suf. 3a. m. pl. □'^''tDpn; Incompleto hiphil 3a. pes. m. sing. com suf. la. c. sing. ''^'^'Pp^, com suf. 3a. m. sing. in'7''£pp^ com suf. 3a. m. pl. □'^''CppV 335. O mesmo acontece naturalmente com as formas verbais que pela sua desinência de pessoa, género e número, já terminam em vogal (§ 330-1), a saber, a tónica recai sobre essa vogal, ex. ^^''Òpl, 3a. m. pl. incompleto do hiphil, com suf. da 2a. m. sing. "?|l'?'£pp', com suf. da 2a. f. sing. '^^^''l^pl, com suf. da 3a. m. pl. — m'7''£pp'. Como SUFIXOS OBJETIVOS AO VERBO 161 se vê nesses casos a tónica pode recair na última ou na penúltima sílaba, dependendo isso de ser o sufixo uma sílaba completa ou apenas uma consoante final, ex. com o sufixo (2a. f.) acima referido, a tónica é na última; com os sufixos 111 e H (3a. m. e f. sing.), in'7''£pp', ni'7''Cpp^ a tónica é na penúltima. 336. Em todos os exemplos até agora dados, temos utilizado quase que exclusivamente as formas do hiphil, pelo fato de serem as sua vogais sempre imutáveis, ou por natureza ou por posição (§ 304.-), o que simplifica muitíssimo o entendimento da questão de ligação do sufixo ao tema do verbo, visto que essas ligações obedecem sempre ao mesmo critério tanto nessas formas verbais como nas de vogais mutáveis. Deste modo, nada mais seria preciso dizer-se para o esclarecimento do assunto, se todas as formas verbais tivessem vogais imutáveis. Como tal não é caso resta-nos ainda uma im- portante estirada, com o fim de estudarmos as alterações fonéticas que sofrem as vogais dos verbos ao se lhe aduzirem sufixos objetivos. É o que passaremos a fazer. 337. Efeitos dos sufixos às formas verbais de vogais mutáveis. Vamos con- siderar aqui as alterações internas vocálicas produzidas nas formas verbais ao receberem sufixos, pressupondo que a questão das formas que os sufixos assumem com suas ligações de vogais ou semi-vogais já foi suficientemente explanada. Em termos gerais pode-se dizer que a tendência natural é seguir as regras da fonética geral (§ 119.-), ex. I^^^PJ em que o sufixo 1 atraiu a tónica, a pretônica aberta alon- gou, para ã, a vogal original da raiz a e a ante-pretônica aberta teve sua vogal ã reduzida a sheva. Como, porém, já vimos nem todas as palavras obedecem a êsses princípios, tanto assim que foi necessário classificá-las em tres grandes categorias ou Declina- ções, de acórdo com as alterações vocálicas que sofrem, ao recebe- rem sufixos. O mesmo se dá com as formas verbais. Cumpre estudá- las, portanto, de acordo com essas diferenças, seguindo ainda aqui também a orientação de A. B. Davidson, (§ 128.-). 338. Influência da primeira Declinação: Seguem a analogia dessa decli- nação o completo de qal em qualquer forma e o incompleto e o impera- tivo de qal, terminados em a, ex. ''Ji7Dp — êle me matou; H^Dp — — êle a matou; "^^^p. — êle te (m.) matou; □5'7Dp — êle vos matou; 162 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR tpp — êle te (f.) matou, no verbo ativo; no estativo, ''3133 — êle me é (ou foi) pesado; nAíty — êle a odeou; náriN — êle a amou; ^náriNí — ela te (f.) amou (Rute 4.15); no verbo lamed gutural, (§ 460-2°) ''irÒ^] — êle me enviará; imperativo, — ''?n'7B) — envia-me; verbo estativo, incompleto, qal, "'3"T3P' — êle me será pesado; "^133^ — êle te (m.) será pesado; d5~[33^ — êle vos (m.) será pesado; '^33 — sê-me pesado, imperativo sing. 339. Segunda Declinação. Os imperativos de qal em J e o infinito cons- truto seguem a analogia da segunda declinação. Nessa declinação os sufixos levam o radical para a forma primitiva (§ 133-2°, 340), ex. 'Jnpç — vende-me; □130 — vende-os, visto que se comporta como uma palavra da 3a. classe dessa declinação, em que apenas a vogal aparece na 2a. e não na la. sílaba, "130 — vende ou vender. 340. Cumpre notar cuidadosamente, quanto ao infinito, o seguinte: 1°. — que o sheva nos verbos, ao contrário do que sucede com os no- mes (133-2°), é vocálico e tira o dãghêsh Iene, portanto, da 3a. letra do radical, quando ela é do grupo BegadhKephath, ex. ''303 — eu escrever; ''33113 — (alguém) escrever-me (e não ""íSnS). Com os sufixos e D3, porém, o sheva se torna necessariamente secante ou mudo, pois, do contrário, ocorreriam dois shevas vocálicos em sucessão imediata, violando um princípio de fonética (§ 119-4.) já bem conhe- cido, visto que o sheva de ligação com esses sufixos é sempre vocá- lico (§ 330-4°.), de sorte que — □33ri3'7 — para escreverdes, ou, para (alguém) vos escrever. 2°. — que, com esses dois sufixos, "fj e D3, o õ de infinito — "^bp se conserva, às vezes, na 2a. sílaba da raiz, abreviado em o, desap^arecendo assim a sucessão de shevas vocá- licos, ex. "^13113 — kelhobhekhâ, que também pode aparecer como ■^3113 — kothbkhâ e podem significar tanto — tu escreveres, como (alguém) escrever-te. Neste último exemplo o 1°. sheva é mudo. 341. Terceira Declinação. O incompleto de qal em õ e as formas em ê (piei) seguem a analogia da terceira declinação (§ 138.), ex. êle me vigiará — ''nOK)'; "^llOtí'' — êle te (m.) vigiará; "^IJ^^^ — êle te (f.) vigiará: IHiatí)' — ê/e o vigiará, etc. No Piei, ■'^'PDp — "^"^Dp — ■^"^Bp — D^Ví^p — O í'tDp — no completo; no incompleto, in'7t3p^ — ■?l'7i^p; — □'?í3pV SUFIXOS OBJETIVOS AO VERBO 163 342. Naturalmente as formas em ê do verbo estativo não se incluem nesáa regra, pois seguem como já vimos a la. declinação (§ 338.-). 343. Peculiaridades do verbo estativo. No infinito construto há diferenças do verbo ativo ao receberem os estativos, sufixos, ex. ''123 ou 'n?3. la. pes.; 2a. m. — "^l^S; 2a. f. — "^133. Nas formas do plural em que a desinência é uma vogal e em que deveria ser sufi- ciente acrescentar o sufixo, quando este é consonantal, a vogal da pretônica aberta, já reduzida a um sheva (§ 218, 226) reaparece alongada, ex. imperativo pl. ""DIÍZIZ), em lugar de 'illIlZ), que seria de se esperar (§ 239, 119-4°). Faz-se mistér examinar bem os para- digmas. 344. C) tiiin demonstrativo, enérgico, ou epentético. É um nún que se in- troduz entre o radical do incompleto e do imperativo do verbo, em certas pessoas, e o sufixo do singular, com o objetivo de reforçar ou dar ênfase ao sufixo. Quando o sufixo começa por n ou 1, geral- mente o 3 o assimila, ex. IH— 3— "^cpp' se torna ^'Òl^p'' ■, ri-]— /"Cpp' se torna njVpp' (o n final, desta última forma, entra como mera letra vocálica (§ 332 b, 8.); ^Z-l-hl^p^ se torna 13'7tpp% em que o 3 do su- fixo foi assimilado pelo 3 enérgico ou demonstrativo. Mas quando o sufi.xo começa pela letra D, o 3 é que se deixa assimilar, a despeito de se chamar enérgico, ex. ^'7£pp\ As pessoas verbais com que aparece êsse nún são geralmente a la., a 2a., a 3a. do singular e às vezes a la. do plural. Algumas partículas adverbiais também to- mam sufixos verbais às vezes com o niln enérgico (§ 382.-). Do que ficou exposto se vê que o sufixo da 3a. pessoa do m. sing. se confunde com o da la. c. plural, quando apostos ao incompleto e com o nún enérgico. (Veja-se a propósito o § 389). Vocabulário: yaty — jurar. TON*? — dizendo (por dizer), no 'piX — eu morrendo (precedido de Hín tem sentido de futuro, — eis que morrerei, ou, quando eu morrer). — ordenar, piei de Hl^. IpS — visitar. 164 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 'rp — nome próprio, Sinai. □p3 — vingar; no Niphal. — perseguir, yij — semear. Vn) — e viverão; Vav consecutivo e completo de il^n. 13tyi — voltarão, Vav consecutivo e completo de 2W. D~\JiDWr\ — os guardarão, os preservarão. Forma anómala como aparece em Prov. 14:3, equivalente a orii^ n3~]Dtyri ou a anaK^n. — aproximar-se; no Hiphil, apresentar, oferecer. — prata, dinheiro. Exercício 63 (Tradução das sentenças e análise das palavras soltas). ^3"iDT n2?n^ mn^ nnx :^rD "i3"i?23 mps^i n5:;3-ni< 'm rm ^jnsT'' D^rsra dií-ití^i td-ii;: cpam ^npsi T : • : :• • - t •• t: v : t : •• • 'vt • : • : t ^nr^^n ^iiiipm rw2ir\ ,Tir}j;m *'^^^] ,i3npç;n ,nnp:?;^ .^IPs?;] .T)çí?3 ,in"i.p:pn :D5192;3 ,rinnç;ri ,innp:;;n ,]npí;;n ,Dnp:??n /3npí;;n Exercício 64 Bem-aventurado ('"Ití^X) o que atende ao pobre ('^'l"'?^ b''D\^D). No dia do mal o livrará (t3'7D, incompleto do Piei) com suf. 3a. m.) e o preservará ("lOíy, incompl. qal com suf. 3a. m.). os NUMERAIS 165 O sangue não comereis 0'7DÍ<Í1). Sobre a terra o derramarás (■?|E)K), 2a. pes. sing. m. incompleto com nun enérgico e suf. 3a. m.). Deixa-la-ás ir (Jlbw, Piei, 2a. m. completo com vav consec. com suf. 3a. f.) à vontade (pela sua alma) e não a venderás (2a. m. in- compl. com nun enérgico e suf. 3a. f.) por (pelo) dinheiro (nÇ^)- Capítulo XXXVII OS NUMERAIS 345. Cardinais. Merecem atenção especial devido às peculiaridades de sua sintaxe. De um a dez, todos têm forma m. e f. e cada uma delas pode aparecer no absoluto c no construto. 346. 1. O numeral um é adjetivo, m. "iriN e f. nnití. Segue pois a sintaxe do adjetivo, a saber, vem depois do nome que modifica e com êle concorda em género, ex. "in^ 1? — um filho; nnX n^Vi — uma mulher. 347. 2. Dois já é substantivo, mas ainda concorda em género com o nome que enumera; usa-se em construto ou em aposição com o substan- tivo que enumera, m. W^W; f. □'riK'; — no construto, m. — ''W e f. — 'Fltí), ex. □'^^íí ''W — dois irmãos. 348. 3. De 3 a 10, são substantivos e discordam aparentemente do nome que enumeram, usando-se os numerais femininos com os nomes masculinos e vice versa, ex. C^Ví TWÍ^^ — tres rapazes; E^B^ DId'?!? — seis moças. Estes, como o numeral dois, usam-se geralmente em construto com a palavra que enumeram, mas também cm aposição. Quando apostos veem antes do nome enumerado ou em estilo mais recente depois dêle. 349. 4. De 11 a 9, só se usam em aposição geralmente antes do nome enumerado, mas também às vezes depois dêle. São compostos da unidade com a dezena, devendo-se notar que a unidade f. combina com a dezena m. e vice-versa, {exceto em onze e doze), e também que nessa combinação as unidades f. estão no absoluto, ex. T^W^^ 166 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR ~\\V1Í — treze, e as unidades ni. no construto, ex. n~ltyy tpVtí' — treze. Quanto a onze e doze, cumpre observar ainda que as unidades concordam em género com as dezenas, o que está de acordo com as observações acima sob No. 1. e 2., deste parágrafo, e mais que a forma onze se faz também com 'flB^y — um, de género invariável e que só se usa nesse numeral composto. Note-se ainda que as formas "It^y c são modificações do numeral "liZ^y — dez. 350. 5. As dezenas, 30, 40 até 90, se fazem pelo acréscimo, à forma do singular das unidades, da terminação do pl. m. W-^ exceto 20, que se faz com o pl. de dez. As dezenas só se usam também como apositivos, principalmente antes, mas também depois do nome que enumaram e são invariáveis quanto a género, ex. CIV? W^b^à — trinta rapazes c ni"iy3 □'•t^tí' — sessenta donzelas (moças). 351. 6. Em números compostos de dezenas e unidades de 21 para cima a unidade se liga à dezena pelo 1 conjuntivo. A unidade pode pre- ceder a dezena, ex. □"'V^TNI ^vh^ — 43 (tres e quarenta), ou vir depois dela, ex. ty'7B)l □''i7Zl~)^jí (quarenta e tres), 43. Esta última forma representa, entendem alguns, época mais recente da língua. Também se pode repetir o nome enumerado □''V3"!!!i>l CIV^ Ht^tí) — seis moços e quarenta moço, isto é, quarenta e seis moços. 352. 7. Concordância quanto ao numero. As unidades exigem que o nome enumerado venha no plural, ex. tí^^D — cinco mulheres. As dezenas levam o nome enumerado para o singular quando o pre- cedem. Mas sempre pedem o nome no plural quando veem depois dele, ex. 0''"!'?'^ — vinte camelos (isto é, vinte camelo); ou — □'-jtyy □"'V?? — camelos vinte. No entanto, os números de 11 a 19, geralmente pedem o nome enumerado no plural, T^~IWV K^On n1~lS ■ — quinze vacas. Excetuam-se algumas palavras dc uso muito vulgar que aparecem nestes casos no singular, como: dia, ano, ho- mem, alma, etc. e os coletivos. 353. 8. Cem — HNO f.; Mil — — m. e Dez mil — n33-| f., ni331 T •• ' I V v T T ; ' T : — pl., — Í31 — nwiin — nin"! — na forma do dual, signi- ficam respectivamente duzentos, dois mil e vinte mil. No plural são centos, milhares, etc. Cem se pode usar também no construto, nSD. ^"7^ — Mil também se usa no construto mais raramente e até no constr. pl; Mas Cem no dual e no plural, só aparece no ab- os NUMERAIS 167 soluto. Vinte mil, além de se fazer pelo dual de dez mil — D^riÍ3~!, também se pode fazer composto com dois dezmil, ni3"! 'rity. Outros múltiplos de cem e de mil se fazem com a devida unidade, ex. y3~jN niXO — quatrocentos; D''£)'^K r\^h\D — três mil. Um milhão — □'•s'7« (mil millhares). 354. 9. Peculiaridades sintéticas e de forma. A discordância aparente de género que se verifica de 3 a 10, se explica quando se leva em conta que esses numerais são substantivos abstratos e como tais não era necessário haver concordância. Aliás em português mesmo são invariáveis os numerais de 3 a 10, a despeito de serem adjetivos; quatro, cinco ou dez homens ou mulheres. Em hebraico equivalem aos abstratos uma Iriade uma década de homens. Na sua fornia primária feminina se usav^im com os nomes masculinos, mais abundantes. Quando se veio a usar com os nomes femininos, por amor da distinção, criou-se a forma do masculino, para enumerar nomes f. 355. Forma. A fonética dos numerais é muito regular de acordo com a declinação a que pertence cada um dêles. Há uma ou outra ano- malia, porém. — um. tem seghôl sob a primeira letra porque originalmente foi "int<; mas um pathah antes de gutural com um som vocálico de a sempre se torna — , se a gutural for PI ; e mesmo com outras guturais e com o mesmo PI, se estiverem pontuadas com e geralmente antes de H e y, se estas últimas tiverem o acento secundário. Isso explica também o 3° caso de pontuação do artigo (§ 178-2°, 25-3°). A mesma mudança ocorre, às vezes, sob a gutural que estiver precedida de outro som de a. O numeral 'rit^i? que substitui às vezes iní< no numero onze e que só se usa nessa forma composta é de origem obscura. O Rabi Jonas pensa que pode ser uma abreviação de "Iti^Y ''^^ "^V — antes de doze. Kimchí aventa outra explicação menos provável ainda. O número f. DlFIty — duas, também é anómalo por ter dãghcsh no D, precedido de sheva. Kimchi entende que é dãghêsh Iene oriundo do abreviamento da forma □'Flt?'»;?, à semelhança de yan.X — quatro, cuja raiz é ^31. Schultens julga que é dãghêsh forte pela assimi- 168 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR lação do ] de D^n^tP, W.r\0 e finalmente a forma defectiva atual Difltí^. Há ainda quem entenda que é dãghêsh Iene anómalo para evitar a coincidência de um D (th) com uma sibilante, semelhante- mente ao que determina no hithpa'el a mudança de posição das consoantes (§ 301-1°). 356. 10. Algumas unidades postas na forma do dual teem sentido de multiplicativos, ex. DiriS^a")^! — quádruplo; □'n^ZlB' — sétuplo. Algumas unidades aparecem com sufixos pronominais, ex. DH^h^ — os três, ou êles três. 357. Ordinais. De um a dez são adjetivos c seguem a sintaxe deste, a saber, concordam em género com o nome que modificam. Quanto à forma se caraterizam pela terminação em , no masculino, acre- scentada aos cardinais, exceto primeiro, que tem forma própria, — • ]ityí<1. Também os carateriza o som de antes da última conso- ante, 'V'?"] — quarto. Em "sexto", porém, e às vezes em "quinto", o som de i é breve, 'tí^B' — sexto; 'íí^On, — quinto. ]WH~\ se deriva de — cabeça. Primeiro Segundo Terceiro Quarto Quinto Sexto — 'ts;t? Sétimo — 'Vatí) Oitavo — "'rpK) Nono — 'Vm t Décimo — n^tyi; Primeira Segunda - Terceira T n^ú^h^ ou 358. O feminino se faz pelo acréscimo de D ou H^— à forma do mascu- lino, (§ 357.-), ex. n'V'3-1 — quarta; nn/tí^y — décima. 359. Cardinais por ordinais. Acima de décimo, usam-se os cardinais em lugar dos ordinais. Também o cardinal um se usa como ordinal, ex. Gen. 1:5, dia primeiro. 360. Números fracionários. Êstes se expressam pelos femininos dos ordi- nais, ex. rrV^"] — um quarto; r\''^''h\l) — um terço e ainda pelas seguintes formas especiais, metade — '2^11; um quarto — V^~l ou ; um quinto — B^Oh ; um décimo — Illt^Vi dízimo — I^V,^- os NUMERAIS 169 Tabela dos Numerais cardinais 361. Levem-se em conta os princípios de concordância expostos sob os §§ de N°. 346 a 349 e 352. Com o masculino: Com o feminino: Construto Absoluto V_UIl3LI U tu Um — in« — T V ■ 1 Uma — nm — nm Dois — 1 Duas — D^ht?) 1 Três — nbbú — T ; • Li • — K>7ty T — Quatro — 1 ni;3-iK — T T ! — — y3"!« ■ — y3i« Cinco — nts^on — T ■ -í — 2)Dn " T — B^ôn Seis — T • ntí)t? — Sete — nyntí — T nbatç; — y5t? Oito — T — nibty Nove — nbm — ytyri — y'!?'i;i Dez — T T -: — "ifc^v — "ityi; Onze — < í inN — T T - - — nít^i; nn« — n^ys^v 'hivv — • — Doze — <í f i6v — T T " : ^ T T - : — nityy D^rity — nity^ 'htíj — Treze — T T T : — nitç':; k)'?^) Quatorze — Ityi; ni;3-|« — T T T T : - — nilí>v Quinze — T T T ■ -: — nítyy K^Dn Dezesseis — T T T • — nityi; Dezessete — T T TI- — n'-[m yâtí) Dezoito — T T TI — nityy nioty Dezenove — T T T t ■ — nnty^ ytyn Vinte — comum de género. — Trinta — Quarenta — " " " □'Í;3-|K — Cincoenta— " " " W^DH — ■ — . 170 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Sessenta — comum de género, — □'tí'B' — ■ ■ Setenta — comum de género, — □"'V5ÍÇ' — Oitenta — comum de género, — □"'íDt?) — Noventa — comum de género, — □"'Vt?''? — Cem — feminino, — HNO, no absoluto; DlSíD, no construto. Vocabulário: — mulheres (Cap. LII.). "n — construto de □"O, m. pl. — vida (vidas). l^VD — substantivo, — um pouco, — pouca cousa, — escassez, yanf « — f. — dedo. y"l — mal (ou adjetivo, — mau). t£)"lh — més, lua nova, novidade, y pJZl — romper. yvr2 — fonte. □inri — f. — abismo, profundeza, mar, (às vezes, m.). "123 — ser forte, poderoso, sobrepujar, prevalecer, "'l^n 'Jty 'O' nÇS — quantos anos tens? (Quantos são os dias dos anos de tua vida? (frase idiomática). WW ytyjl ]3 'JX — tenho nove anos. (sou filho de nove anos, frase idiomática). Exercício 65 ia rri ^Tj-^^n ■'rs*' nrsa :n^tí: ^bm wiv: n^b^ p ^nan òiian tt^hx ■'"n ^^^^ nrss :n^2^ vm •- : •- : • 7 : t • : t : •• t t ■ • : v : T • -:- "T •• -: tt:- n^nvB TO :n^i^v mn □^;2S?2 rmx :nvm ,ni?2"ixi • T : •• : • : V •• t • t : - : - t : • t t : - : :m n^:^ nraa nn :í;31x ^dto n^t^VB to :rTr3ií< ,0^32; PARTÍCULAS 171 n^:2 nymx n^:2 n?33 :n:^ mí:r n3b^ ns • T T T : - • ' : ■• • T T - T T " : V V : - • -: ' V : " V - T : V •• T T : t t : íDi;;^ n:^ nx;:T d^í:;^!:; npr nm^i t^i^^n •'jk; •'q^ n;23 V - - ■•- : TT •• •• -: • — •• : •• : t • t: T- : ::- t va- tt t:':*"- EXERCÍCIO 66 E veio (e foi, do verbo ser) chuva (torrencial) sobre a terra qua- renta dias e quarenta noites. Prevaleceram as águas sobre a terra cento e cinquenta dias (dia). E foram todos os dias de Adão nove centos e trinta anos. Um rapaz e uma rapariga. Dois rapazes e duas raparigas. Sete rapazes e sete raparigas. Quinze rapazes e quinze raparigas. Vinte rapazes e vinte raparigas. Nesta cidade há quinze escolas, para rapazes e para raparigas. Capítulo XXXVIII PARTÍCULAS 362. Chamam-se partículas certos fragmentos de palavras, ou palavras, pequenas de origeni mesmo, que servem para fazer ligações entre as diferentes partes da sentença. Algumas ficaram tão reduzidas que só aparecem ligadas inseparavelmente a outra palavra (§ 32.-) como um prefixo. Outras aparecem como sufixos e outras ainda em separado das palavras que ligam. 363. Origem. Algumas são primitivas e são em mui pequeno número. Outras são derivadas, principalmente do substantivo, mas também do adjetivo, do pronome e do verbo. A derivação se dá principal- mente pela fragmentação ou redução da palavra original, devido ao uso, (§ 372.-) e também pelo acréscimo de certos sufixos, (§ 372.-). 364. A composição de dois ou mais elementos por contração (§ 370, 372.-) ou integralmente, é também um processo menos comum de se formarem partículas, (§ 373.-). 172 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 365. As partículas são principalmente, preposições, advérbios, conjun- ções, interjeições, etc. Eis algumas espécies de partículas: 366. Interrogativa — H. Esta partícula também, se usa como um prefixo inseparável à palavra sobre que recai a ênfase de uma pergunta e recebe pontuação mui semelhante à do artigo, porém, diferente. É a seguinte : 1°. n — É a pontuação comum, ex. "frn"]pn — Da arvore? i^T] — Não é? 2°. n — Antes de shevá simples, ex. DIJDT! — É pouco? E antes de guturais (não pontuadas com — (ã) ou — (ó), ex. ■^'?Nn — ■ Irei eu? 3°. n — Antes de gutural com — (ã) ou — (ó), ex. '^i^H — Eu? Nota — As vezes a consoante com sheva que segue o H interro- gativo toma o dãghêsh forte dirimente para tornar mais audível a enunciação do sheva. Não se conhece bem a origem dessa partí- cula interrogativa. 367. — É uma partícula persuasiva (ou precatória) interjetiva e enclíti- ca, que acompanha o imperativo e lhe dá ênfase, ex. "•tí^ÇÍTlS í<3TIj!? — tira, rogo-te, a minha vida. . . . Também se usa depois de advérbios interrogativos, de negação e outros ou contraída com interjeições assim: n3l< — Ah! agora, de t<3-f HNí. 368. Preposições. Derivam-se na sua maioria de substantivos. Eis al- gumas das mais comuns: — para, a, (de movimento); — sobre, ao pé, (local); nnri — debaixo, sob, em lugar de; — com; — ■ com; 1'3 — entre; "in^í — após, depois, atraz; "^^X — perto de, ao lado de. 369. As preposições, derivando-se de substantivos, tomam sufixos pro- nominais, algumas seguindo a analogia dos substantivos singulares, (§ 382.), outras porque se derivam da forma do plural seguem a analogia de substantivos no plural e outras por motivos etimoló- gicos (§ 205-6°) parecem estar no plural, (§ 382.-). D^í — acusativo, sinal de objeto direto definido, só se distingue de — com, quando leva sufixo pronominal, (§ 395.-). PARTÍCULAS 173 370. Há preposições compostas com outras ou com substantivos, como hvD — de sobre; 'ísV — diante de; nnriQ — de debaixo, etc. A preposição — entre, se repete, ex. "^tí^nn ~l1t<n ]'3 — entre a luz e as trevas. 371. Advérbios. Os primitivos são poucos, — não; Dty — ali, lá; — — então, partículas essas de negação, de lugar, de tempo. Mesmo essas, entende Gesenius, poderiam ser relacionadas com outras raízes. 372. Dos derivados: pov fragmentação ou redução de palavras mais longas (§ 363.-) temos "^tí — somente, na verdade, certamente, de ]'^^ \ por sufixo, e 0^^ — — vaziamente, em vão; WQV — de dia ou por dia; U^h\D — ante-ontem; UlU — gratuitamente; — real- mente, verdadeiramente. Por contração de elementos diferentes compostos, temos 17110 — por que, de T\D e — como sabido ou conhecido, literalmente; TiSDS — muito, em abundância, o mesmo quase, que o simples — n^a — muito, (§ 109-a). 373. Os elementos se podem combinar integralmente, ex. Dtí '3 — exceto, a menos que; ]D 'IDNI — depois disso. 374. Outras categorias gramaticais aparecem com função adverbial, ex. 2ÍD — bem, rí2Wi<~\ — primeiramente, adjetivo feminino; nj — aqui, ou há cerca de, e o infinito absoluto do verbo, no hiphil, n3~jri — muito e 3E?'n — bem, justo, justa ou retamente. 375. Certos advérbios que tem em si uma idéia verbal, levam sufixos pronominais e geralmente na forma verbal do sufixo, especialmente com o nun enérgico. 376. Alguns desses são: — há; — não (com a idéia do verbo ser ou existir, inclusa) 'Sr^í — não sou; IBJ^K — êle não é; liy — ainda, ou mais; njil — eis que, ex. ''2171 — eis-me, ou, aqui estou; 't? — onde, Vi< — onde está êle? n3'lSí — Onde estás, sufixo HD em vez de ^ — 2a. pessoa m. sing. 377. Conjunções. Foram originalmente pronomes, substantivos ou prepo- sições: '3 — que, porque (causal), quando (de tempo); ]S — para que não (negativa final) ; — se, condicional; compostas, DH^S — antes que. Toda preposição seguida de "It^N (relativo, que) se torna conjuntiva: ~lt^'^^ "in^í — • depois que. 174 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 378. Interjeições. Hik — ah! rlTl^ — ah! 'in — ai, de mim! 'ít^ — ai de ti! Ha! ]ri1 'D — Quem dera, oxalá; rh''^^ — Longe de mim (esteja), (com n local). 379. Conjunções correlatas. 1t< .... it< — Ou .... ou; .... — quer .... quer, U\ — também, advérbio, 03 .... D3 — tanto . . . . como; 03 ... . iíh D3 — nem .... nem. 380. O mas, conjunção adversativa, geralmente se expressa pelo 1. Depois de uma negativa, pela exclusiva '3 senão, mas, exceto, a menos que. 381. Existe uma adversativa mais forte: D^1« — mas. Ainda outras como '^nNí. Capítulo XXXIX PARTÍCULAS COM SUFIXOS 382. As partículas, — preposições, advérbios e outras, — são geralmente fragmentos de nomes e, como êstes, tomam sufixos pronominais, na forma nominal. Alguns advérbios teem sentido e força de verbo, tomando sufixo na forma verbal e até com nun enérgico (§ 344.-). Há partículas que tomam o sufixo na forma de um substantivo plural, como 'iDnCI — meu lugar; VlHi^ — após êle, porque são de fato plurais. Outras porque terminavam originalmente em \ como e derivados de verbo lamed he, (§ 584.-), reassumem o primitivo ao receberem sufixos, dando a impressão de um sub- stantivo plural, ex. ''hv — sobre mim; ''b^ — para mim, (§ 205-6°). 383. As preposições inseparáveis: b — para, também usada como o dativo latino, para expressar idéia de posse. Singular Plural Pessoa la. c. ' V — para mim. 13*7 — para nós. m. "^b , pausai "^b — para ti. D^"? ■ — para vós. 2a. f. "^b — para ti (f.) ]^b — para vós. m. 'ib — para êle. Dn7, poética 10*^ — para êles. 3a. f. ilb — para ela. ]'nb — para elas. partículas com sufixos 175 384. A forma ÍD*? também aparece com referência à 3a. pessoa do masc. sing., mas os gramáticos relutam em aceitá-la como tal, dizendo que sempre se refere a um singular, porém coletivo. Há duas passagens, pelo menos, em que a referência deve ser ao singular, Is. 53:8, cujo capítulo todo se refere ao servo na 3a. do singular e 44:15, em que o sentido o exige, refere-se a ídolo. Ainda aí desejam êles afirmar que ídolo é coletivo, mas o v. 17 repete a referência com a forma i"?. 385. 3 — em, com, por, às vezes, contra. Segue o paradigma da anterior, exceto que na 3a. plural, as formas são para o masculino, DH?' e para o f. ]n3. 386. 3 — como. Esta recebe o acréscimo da sílaba ÍD antes de levar sufixo, recaindo a tónica sobre essa sílaba, (exceto com os sufixos pesados) e tomando qameç na pretônica aberta. 3 — como, conforme, de acordo com. Plural 13103 — como nós. T □33, 33103 — como vós. n3, nniDS — como êles. V T ' V t 387. A sílaba 1D na poesia aparece com as simples preposições 3, 3, b, assim: — 1D3, 1D3, ÍD*?, mesmo sem sufixos pronominais, de sorte que aparecem como palavras independentes e separadas daquelas que regem. 388. ]P — de, (indicando procedência, como from em inglês). A sintaxe indicará outros usos dessa preposição, como por, instrumental, causal, sem, privativo, de tempo, desde, etc. Plural de mim. 13DP — de nós. de ti. 330 — de vós. de ti. ]3D — de vós. □np, poética, 01130 — dêles. ]np — delas. Pessoa Smgular la. c. '3103 — Como eu. T m. "^103 — como tu. 2a 3a. f. m. inlD3 — como êle, □113 I T •• T f. ni?53 — como ela. Pessoa Smgular la. c. 'SÔD, poet. "•30, '30 — m. "^pp, pausai — ^op — f- "^PP ' m. 13pp — dele. \ f. n300 — dela. \ TV- 176 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 389. Como se vê quando ]D toma sufixos leves há uma duplicação da sua forma, assim: IDD. Na 3a. pessoa do masculino singular e na la. plural o último 3 assimila a consoante de sufixos diferentes, re- sultando em uma só forma para essas duas pessoas de sorte que só o contexto permite distinguí-las. pôde ser a contração ao mesmo tempo de llTJDp e de iríDD. 390. A 3a. pes. masc. singular também tem na poesia as seguintes formas: in3D e iriíD, — dêle. A 2a. pessoa masc. sing. na pausa toma a forma: IQD. Tl Y • — com. Singular PI ural la. pessoa — 'ss; ou nBU • T • — comigo ; T • — conôsco. 2a. pessoa, m. — contigo ; V T • — convosco. 2a. pessoa, f. — contigo ; 3a. pessoa, m. — ídv — com êle T • — com eles, ou 3a. pessoa. f. — nay T ■ — com ela T T ■ 392. O □ final desta preposição se duplica porque ela se deriva da raiz de verbo duplo Ayin, (§ 632.-Classe I). A 2a. pes. m. sing. na pausa é igual à 2a. f. sing. 393. n« — com. Singular— la. 'flK 2a. m. "^T}^ 2a. f. "^n^ 3a. m. iflN 3a. f. nrih^. Plural, — la. i:n« 2a. m. DDriK 3a. m. Dn^ ' T • Tl- T • 394. O n se duplica pela mesma razão da anterior. 395. nx. Esta preposição se usa mais vezes como sinal de acusativo direto e só se distingue da anterior quando leva sufixo porque a pontuação é diferente, ou então pelo contexto, quando não tem sufixo. Pessoa Singular Plural la. c. — me; i3riK — nos. 2a. m. — "^rii^, pausai — r^n^—te; — vos. 2a. f. — te; 1 r 1 V — vos. 3a. m. — ini< — o; T — 05. 3a. f. — nni< T — o; m — as. 396. Nêste caso a vogal — longa na sílaba átona impede a duplicação do D, pois essa sílaba não poderia ficar fechada (§ 16.-). Na 2a. partículas com sufixos 177 pes. plural com a vogal breve — poderia ser duplicado o n, mas provavelmente por analogia com as demais pessoas não é duplicado. Isso não contraria a fonética, pois o — que liga o sufixo das 2as. pessoas ao tema, é sempre vocálico (§ 194-fim) e a sílaba se con- sidera neutra, ou semi-aberta. 397. '?Ní — para, a (de movimento). Singular : la. c. — 'bx, 2a.m. — '^'Í^, 2a. f. — 3a. m. — V^N, 3a. f. — T V - Plural : la. c. — irfx, 2a. m. — □5''?N, 3a. m. — QH^Vn A vogal breve dessa prep. se conserva, apenas alongada para — , por vir na sílaba aberta pretônica, exceto quando leva sufixo pe- sado, porque este recebe o acento tónico e a vogal fica na sílaba aberta ante-pretônica (§ 119-3). Quanto à presença do que lhe dá a aparência de um nome plural, veja-se o § 382.-. 398. — sobre, contra, por causa. Com esta sucede o mesmo que com a anterior. A vogal breve se alonga para —, ou se reduz a sheva com os sufixos pesados pela mesma razão e o ' aparece pelo mesmo motivo (§ 119-3 e 382), ex. o3''?«. 399. A preposição IV — até, segue o mesmo paradigma da anterior, quando leva sufixo, ex. '1^, "^''■Tr, VIV. Mas com o sufixo do plural m. retém o — em vez de reduzir a sheva a sua vogal, contrària- mente ao que devera ser, DD^iy. Os substantivos IV e IV diferem mui levemente desta preposi- ção, quando levam sufixos, sendo fácil confundirem-se as três formas. 400. Advérbios que sugerem idéia verbal (de ação ou existência), (§ 375.). 401. ]ri ou n3n, — Eis que. No singular: la. pes. c. 'í^n e '33^1 (ou pausai '53n) — Eis que eu ou Eis-me, ou, aqui estou; 2a. pessoa m. "^IH — 2a. f. "^iri; 3a. do masc. líil; 3a. f. njri; No plural — la. p. c. 1227] e 133n (ou pausai, 12171); 2a. m. D^^n; 3a. m. 027). A 3a. m. singular também pode ser iníH. 178 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 402. liy — Ainda. Com sufixos significa — Eu ainda sou ou estou, tu ainda estás, nós ainda somos ou estamos, etc. No singular: la. pessoa c. 'HiV e 'liy; 2a. pess. m. "^~[iy; f. TTiy; 3a. m. IJllj; ; 3a. f. sing. nn.1y. iVo plural: la. c. l^nJy ; 3a. m. Dlly. A forma da la. pl. acima indicada só aparece uma vez em Lam. 4:17, e no qri, afirma Green. 403. 'i^ — Onde. 2a. p. sing. — n3^«, 3a. m. sing. Í'K e 3a. pl. D\i< — Onde estão. 404. ty' — há ou é. Tem o sentido do verbo haver. 2a. p. sing. "^^l — tu não és. 2a. pl. QJ^l ou 00^1 3a. sing. — Í:K):.. 405. Seguido da preposição h com sufixo, significa ter. PIN "^h — tens um irmão? Dá, neste uso semelhante ao dativo latino, a idéia de posse: — tenho bastante. 406. ]iyí. Não há, não é, não existe. Êste adv. de negação tem sentido contrário ao anterior, mas encerra de modo muito enfático a idéia verbal, sendo forçoso na maioria das vezes ajuntar-se-lhe um verbo que complete o seu significado exato, ex. Enok andou com Deus lí^y» — e não foi mais, não apareceu mais. Por isso além de tomar o sufixo pronominal na forma verbal, também leva nos casos de- vidos o nun enérgico (§ 375.-). No singular: la. p. c. — 'ír^; 2a. m. "^^N; 2a. f."^3'«; 3a. m.13rN; 3a. f. ni^N. No plural: la. c. — 13:;«; 2a. m. D3rN; 3a. pl. Di/N. 407. Quando ]'Ní vem acompanhado de um verbo, êste deve estar no particípio presente, ex., "IÇtí' "^J^tjí — Não és guarda ou, não estás guardando . . . Vocabulário: 'íjt ■ — Onde, contraído de 'N, — como, onde. "n^JA — Onde, com H local. Não se usa com verbo. — Onde, só se usa nas formas compostas, como ]'Í!|íO — de onde. ■{■Jlíií — adv. negação, — não, nada, não está, não há. Ê mais propriamente um substantivo; no construto partículas com sufixos 179 njN ou nJK — para onde. ]l< — contraído de ]^Ní, mais o PI local ou de direção. — para que não; — de modo que não; .... — sem, seguido de infinito geralmente. Composta de n'?3 — cessação, não, exceto; mais h inicial e , vogal de ligação, sinal de construto. "^an — Abel. V.p. — Caim. nníy — Sara. "Ijn — Hagar, ou Agar. ''D^y.n — vais (2a. pes. fem. sing. incompleto qal de "^^71 — andar, ir), na forma pausai. 3í?'l — E assentou-se, morou, ficou, do verbo 2W\ n^i^X — subirei. Incompleto, la. sing. qal, de n'?^. nKHN — verei. Idem de ní^"!. «■"□D — farei vir. Parte, hiphil de «Í3. ty^N — cada, (distributivo). Subst. homem com função de indefinido, 'inyi — depois de, — segundo. '7nN — tenda, barraca. N^P^ — achará, atingirá, acontecerá, encontrará, □'0^ íí)"I.'n — um mês inteiro (frase idiomática), literalmente: mês de dias. njp — de onde, ou de que . . . (frase idiomática, '^ií, ]D e HT). Exercício 67 t' :•- ...... T -r ; . 1- .... .. - -j-iT : • TT ••- T !•■ - V - TT T V * v: p i3rx "iram ^nx-^r^x nbvií, "n^x-^s òmn nan 180 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR :i3nx i3rx ]bpn irnx :^ní<-nN x:í?2^ nn nx"ií< |T • .... I j y - . j . j T : • V -: T T V : v • T : • : - ' - ' T T V - |T •■ - : • : • : t t nson r\^22 nnii? "^nlnx :d^;2^ it^v 2m nm V •• - •• : TV • -: • T V • V — t Exercício 68 De onde és? Onde está êle {Onde, mais suf. 3a. m. sing.)? Onde estão êles? Ei-los ali. De que cidade és? De onde vens e para onde vais? O rapaz não está em nossa cidade. Êle tem dezoito anos (filho de dezoito anos), mas eu ainda sou menino. Este mau menino não é mais meu aluno. Não sois melhores do que vossos pais. QUINTA PARTE — VERBOS FRACOS Capítulo XL CLASSIFICAÇÃO 408. Verbos fracos. Chamam-se fracos os verbos em cuja raiz entra uma ou mais letras fracas, a saber, as guturais i^, H, FI, t<, ou "1, as vocálicas, ou suscetíveis de emudecer e representar meros sons de vogais (§ 159.). também chamadas matres lectionis e o 3, (§ 465. )• Numa língua como a hebraica em que as alterações na forma da palavra determinam tão grandes modificações nas vogais origi- nais, nem sempre é fácil separar rigorosamente a matéria morfo- lógica da fonética, mórmente em compêndio como o presente em que se visa antes de mais nada facilitar ao estudante a apreensão do assunto. A matéria contida nesta quinta parte tanto pertence à fonética como à morfologia. Por certo a estrutura do verbo, sua etimologia e a adução de sufixos e prefixos, ficariam bem classifi- cados dentro da morfologia. No entanto, êsses aspectos são comuns ao verbo forte de que tratamos sob a parte morfológica. O que cara- teriza, de fato, o verbo fraco são as alterações sofridas pelas suas vogais e os fenómenos de assimilação, permuta, emudecimento, contração e apócope de suas consoantes e que pertencem mais pró- priamente à fonética. Por essa razão, não seria possível considerar essa matéria como morfologia apenas, nem sòmente como fonética. Eis porque lhe damos um lugar destacado e à parte. 409. De acordo com o que se disse há pouco (§ 408.), o verbo fraco se pode classificar ainda nas seguintes categorias: I — Verbos guturais, — os que teem uma gutural ou "1, na sUa raiz, ex. 31^, nb\^. II — Verbos contratos ou assimilantes, — os que contraem duas das letras de sua raiz, em certos casos, numa, ex. Vsj, ^B], 330, 20]. 181 182 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR III — Verbos quiescentes, — os que teem uma letra muda ou vocálica (§ 514.) na sua raiz, ex. 3^;, HD, □'ty, NIB, HJp,. 410. Já vimos que o verbo foi o paradigma dos antigos gramáticos (§ 260.), de sorte que as letras desse verbo servem para designar a ordem das letras de qualquer verbo; a primeira letra chama-se Pe, a segunda, Ayin e a terceira, lãmedh, ou sejam D, y e 411. Por meio dessas letras do verbo bvB se designa a letra do verbo em que aparece uma letra fraca. Assim, se a gutural vier na primeira letra do radical se diz que o verbo fraco é Pe-gutural, se na segunda, será Ayin-gutural e se na terceira, Lãmedh-guiural. Indicam-se deste modo as tres classes de verbos guturais. 412. Há duas espécies de verbo contrato: o Pe-Nun, quando a primeira letra é nun; e o Duplo Ayin, quando a segunda letra da raiz se re- pete e isso não só com as letras fracas mas com qualquer letra, ex. 413. Há quatro classes de verbos quiescentes: 1) — o verbo Pe-Yôdh, quando a primeira letra da raiz é yôdh; (o verbo Pe-vav sempre começa com yôdh, (§ 515.). 2) — o verbo Ayin vav, ou Ayin Yôdh, quando a segunda letra é vav ou yôdh. 3) — o verbo Lãmedh-Aleph, quando a última letra da raiz é tí, porque esta letra é sempre muda no fim da palavra, (§4.) 4) — o verbo Lãmedh-He, quando o H substitui a última letra da raiz, que deveria ser yôdh as mais das vezes, ou vav, algumas vezes. O n nesse caso representa apenas o som vocálico final da forma verbal, como letra vocálica apenas. Há formas em que o ' ou o 1 da raiz permanece, (§592-607). Há verbos terminados em H que são lãmedh-gutural, por que o 71 com mapptq tem valor consonantal, ex. 1133, (§ 18.-2). 414. O N no começo da palavra geralmente preserva o seu valor con- sonantal, de modo que os verbos iniciados com ^< são da classe do Pe-Gutural. Mas há cinco verbos iniciados com i< em que esta letra silencia num ô no fim da primeira sílaba do incompleto, dando lugar a um paradigma um pouco diferente e se classificam como Pe-Aleph. Poderiam ser classificados como Quiescentes, mas parece melhor considera-los como uma sub-classe do Pe-Gutural, mesmo porque em certas formas oriundas da mesma raiz o K se comporta como gutural. Os cinco verbos são: "T^l^ — perecer; n3N — querer; CLASSIFICAÇÃO 183 "^DNÍ — comer; ~IOt< — dizer; nSN — fazer ou amarar pão. Há alguns que ora seguem este paradigma, ora seguem o do Pe Gutural, indife- rentemente, ex. 3ni< — amar; rPliSí — apossar-se; ^DN — reunir, ajuntar. Alguns verbos Pe-Yôdh poderiam ser considerados como contratos ou assimilantes (§ 536.) como o Pe-Nun, confundindo-se fàcilmente com êste, por ser o assimilado em lugar de se tornar vogal. 415. Verbos duplamente fracos. Um mesmo verbo pode ter as peculiari- dades de duas classes, — quiescente e gutural, ou contrato e gutural, ou contrato e quiescente e até mesmo de tres classess, • — • contrato, gutural e quiescente. Noutras palavras, um mesmo verbo pode ter letras fracas nas duas ou nas três letras de sua raiz, ex. '7113 — herdar, Pe-Nun e Ayin gutural ao mesmo tempo ; T]T}\ — conduzir, guiar, Pe-Nun, Ayin-gutural e Lãmedh-He, contrato, gutural e quiescente; — temer; riNll — ver; n"1' — lançar, atirar. Os ver- bos dessas formas são mais geralmente, Lãmedh-Aleph ou Lãmedh- He com alguma outra peculiaridade. 416. Verbos defectivos. Muitos verbos fracos não se conjugam em todas as sua modalidades e se servem de raízes diferentes, embora se- melhantes, para suprir as lacunas. Assim, nrit^ — beber, só se usa em qal e no hiphil utilisa a raiz de npjtà, que não se usa em qal, ^PJ^TI — abeberar. Isso acontece, principalmente quando êles teem uma certa semelhança na forma e na significação, e se baseia em regra na firmeza e resistência de duas letras da raiz de que depende o significado comum, às quais se acrescentou uma terceira (raízes biliterais, § 186.), ex. "^01, "^H, todos significando bater, ou esmiuçar e 113, TIJ — fugir. Também acontece quando às duas letras mais firmes da raiz se ajuntou uma das fracas ', 1, ], ex. 3ÍD — • ser bom, completo, particípio, infinito, mas no incompleto e no hiphil, de 31^',, 3^'^ e 3'£p''n; "lir — temer, no incompleto de "113; e 3:^3 — colocar, que não se usam em qal. mas no hiphil, no hophal, 3^ri no niphal, 3:^3 e no hithpael, 3:^:rirT; ns^ e rns — soprar; ■^'^ri — ir completo, part. presente e inf. absoluto, mas o incompleto e o infinito construto se faz de Aliás no latim temos fero, tuli, latum, ferre e no grego, Raivai, aoristo 2, 'é^r]v, da mesma raiz jSá-ío, — ir ou andar. Y'p.\ — acordar, no qal, só o 184 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR incompleto, Ypy.; no hiphil, compl. incompl. imperat. e infinito se fazem de Y^p, ex. completo VpH- Classificar, segundo as letras fracas que tiverem, os seguintes verbos: Exercício 69 Dizer se são guturais, contratos ou quiescentes. ~ T - - - "15? ■ - nni? - - T nip - T* T t't - 2^^ - T - -n:5 - n^n T T - n^t:i - T - nrn - T T - - T - - T - T ~ T - b2i< -m- - npb - - T 220 - - T XS"1 ■ T T - - T -nn- "n: - "liK -"IDT- -n-13 rpn- m ■ Exercício 70 (Dar o nome dos mesmos verbos de acordo com a letra fraca (ou as letras fracas) que tiverem, se na primeira, Pe, na segunda, Ayin, ou na terceira, Lãmedh). (Quanto ao verbo H^ri ver § 629-4). VERBO PE GUTURAL 185 Capítulo XLI VERBO PE GUTURAL 417. As diferenças do verbo regular nos verbos guturais se devem todas à influência das guturais sobre as vogais de acordo com os princí- pios conhecidos e estudados no cap. XXI sob o título de Peculiari- dades. 418. O verbo Pe Gutural sofre a influência de três princípios, a saber: 1) — a preferência das guturais pelos shevas compostos (§ 153.); 2) — a sua preferência pelas vogais de classe a (§ 152.); 3) — a incapacidade de geminar, das guturais, e de receberem dãghêsh forte (§ 151.), com as consequências disso. 419. I — Devido ao primeiro dêsses princípios (§ 153.) o sheva vocálico é sempre composto, ex. 2a. m. pl. completo, DrilOy ; e f. também, imperativo e infinito construto de qal ('^bp) lbi7-3'"in. O S na pre- tônica aberta prefere hateph seghôl, ex. "ibhÇ — dizer, mas se a tónica se distanciar, também toma — , ex. DriTOX — vós dissestes (§ 153.). 420. Essa preferência é tão forte que às vezes até na gutural que fecha uma sílaba, o sheva mudo se torna composto e, portanto, vocálico, ex. 10171 — incompleto, terceira m. de qal, do verbo , em lugar de TO^'. Dá-se isso com H e y, geralmente. 421. A natureza dêsse sheva é determinada pela vogal da consoante ante- rior. A vogal, nesse caso, do prefixo do incompleto de qal em õ é a, porque era essa a vogal original (§ 229.) e a gutural provoca o seu reaparecimento (§ 152.), daí, o exemplo anterior e outros 3Tn' — êle matará. Assim o hiphil completo TD^n, incompleto Tpy', hophal completo, "TOyn, {ho'omadh), incompleto "íQi^V A vogal do prefixo do hophal é o (§ 315.), que o carateriza. 422. Algumas guturais mais fortes conservam o sheva simples mudo nesses casos, ex. lOFl' — êle cubiçará. Isso se dá principalmente com n. 423. Alguns verbos têm as duas formas 3tí^n! e 3tyni — èle pensará. 424. Verbos estativos. Nos verbos que fazem o incompleto em a (§ 229.) a vogal do preformativo é i mesmo, ex. 1311'. Mas o i se expande 186 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR para e (§ 152-d) no verbo Pe gutural e esse e determina a natureza do sheva composto, cx. pin' — êle será forte. 425. Vogal eufônica. As formas anteriormente referidas quando recebem como desinência um sufixo vocálico H— , ou 1 (§ 198-1) a vogal da prctônica aberta se reduz (§ 218.) a sheva vocálico, ocasionando isso a sucessão imediata de dois shevas vocálicos, contrariando assim princípio bem conhecido de fonética (§ 119-4")- O primeiro sheva composto se torna então vogal eufônica (§ 119-4"), mas, nesse caso, da classe do hateph, ex. Tby^; — recebendo o sufixo do pl. 1 se torna nDVl; prn^. se torna 1p|n^. formas em que as duas primeiras sílabas são neutras ou semi-abertas (§ 119-4°). Naturalmente em "ibn' não acontece o mesmo, porque o sheva simples aí se conserva mudo. Portanto, na forma TlÇn^ o segundo sheva c vocálico (§ 14.), não se dando, pois, a coincidência de dois shevas vocálicos. 426. Imperativos de gal. Na segunda pessoa do singular masculino entra o sheva composto, ex. IDV, pTll, bem como na segunda do plural f. ri^~rbi7, mas na segunda pessoa feminino singular e na segunda masculino plural, com os sufixos vocálicos ''— e 1, a vogal eufônica é i e não a como pareceria dever ser, em face do § anterior (§ 425.) e da origem dessas formas, ex. MDlí e Ipín (plural masculino) e 'IDV e 'pin (feminino singular). 427. II — De acôrdo com a preferência das guturais pelas vogais da classe a (§ 152-2° d) o í numa sílaba fechada por consoante se ex- pande para e, afetando o verbo Pe gutural nos seguintes casos: 1) — incompleto de qal dos verbos estativos como há pouco se viu (§ 424.), cx. D3n'. — êle .será sábio; 3nN' — êle amará. Aliás quando a gutural inicial for K até os incompletos em õ se fazem assim, ex. ^DNi'. 2) — Também no Niphal, completo, no hiphil, completo, se dá o mesmo, ex. niphal, terceira pessoa masculino, completo, — ^íi?^. ^IPN]; hiphil, completo TOl^n, — em lugar de 3íi;3, ^pt<] e "fPVn. Em tôdas essas formas o sufi.xo vocálico transforma o sheva composto em vogal eufônica da classe da vogal da letra antecedente (§ 155-c), ex. ^DX3 — terceira masculino singular; no feminino nSDS] — ela se reuniu; 1131173 — ela é abandonada, quando recebem suf. vocálico. VERBO PE GUTURAL 187 428. As combinações — — e — — resultantes dessa expansão do i (424.) para e são suscetíveis de mudar para — — e — ~, quando a forma verbal receber um sufixo que desloque a sílaba tónica, tanto no incompleto de qal, como no Niphal e no Iliphil, ex. incompleto "^inNÍ — eii cessarei no cohortativo, n^^lflN; ~ipn'., plural — npn^; ~\D^l — plural; TlDXl; niphal, infinito Tinyj — mostrar-se propício; "íjisn? — voltar-se, infinito. No hiphil o vav consecutivo, deslocando a tónica para o fim (§ 256.), produz êsse mesmo efeito, cx. completo segunda pessoa masculino singular, FITQl^n com o vav consecutivo, rilDyriT — tu colocarás; 'ri~j3yn, com vav consecutivo "•JÍnSi^n']. Há outros efeitos bem irregulares no hiphil e no hophal, raros, porém. 429. III — A incapacidade da gutural de ser geminada (§418-3.) só afcta o verbo Pe Gutural no niphal, incompleto e suas formas cog- natas, a saber, imperativo e infinito construto, e da seguinte ma- neira. Por não poder duplicar-se a gutural, a vogal do prefixo do incompleto do niphal, se alonga de i para ê, ex. "TO^' e não IPV' (incompleto); imperativo e infinito construto lOyn, infinito absoluto "Ttoyn. T " Os verbos desta classe cuja primeira letra é "1 só nessas modali- dades são afetados, ex. NS"!' — incompleto de Nota — 1). O verbo TO^ usado geralmente como paradigma típico desses verbos não se emprega no niphal. 2). Nos verbos '^\7} e n^n, a primeira gutural não é tratada como tal e não afeta a sua conjugação salvo que, quando inicial, toma o sheva composto de seghôl, ex. fivn — ser, infinito construto, com preposição, porém, nvn'? ; imperativo, n^H — sê (tu). 3). No Piei, no Pual e no Hith- pael, estes verbos (Pe Gutural) não divergem do paradigma regular. Vocabulário : ])IB — encontrar, ferir. — anjo, mensageiro. — então. p~['^ — retidão, retitude, justiça. fSn — agradar-se, deleitar-se, desejar. n3T — sacrifício. 188 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR — instruir, treinar, educar, dedicar, consagrar. — conforme; (literalmente, — sobre boca de . . . ); segundo; de acordo com. no; — incompleto de qal de "IID — afastar, separar. 20n — pensar, computar, contar, reputar, intentar. pK)i; — oprimir, extorquir, fazer mal. non — enganar, ludibriar, iludir, atraiçoar (no Piei). Em qal, — lançar. — n. p. — Enoque. — chover. — atravessar. ~ T — ficar de pé, parar, pairar, resistir. — porta. nma c. — arraial, acampamento. - T — fazer violência. — ajuntar, reunir. Exercício 71 ^i3q T]^r;ri"i tn^r^h^ ^^^it^ "H^pn 2p^;:) :r]2bb r\2m n^nbi< ^bv nrinm nm^i tnsrs?: no*' T : T T -: • v: at T - T v : : v ~ : Tiv • T Exercício 72 Não tinha feito chover (completo do hiphil de ~I£3D) o Senhor sobre a terra e homem não (havia) (y.i^) para lavrar a terra (solo). E atravessou (vav consec. mais incompleto de qal de "13V) ^ •'•o- Lembrou-se (vav consec. mais incompl. qal de "13r) Deus de (TIX) Noé e fez passar (vav consec. mais incompleto hiphil de "13y) um VERBOS PE ALEPH 189 vento sôbre a face das aguas. Servireis a (Tl^i^) Deus (ao Deus) sobre este monte. Ficou Moisés de pé (vav consec. e incompleto qal de "ÍÇ^) ^ (^) porta do arraial e disse (vav consec. e incompleto qal quem é do (h) Senhor (venha) para mim (''^íjí). E ajun- taram-se (vav consec. e incompleto Niphal de ^Qi<) a êle (v'?yí) todos os filhos de Levi. Capítulo XLII VERBOS PE ALEPH 430. O t< no começo da palavra é sempre consonantal, de sorte que a maioria dos verbos começados por essa letra pertence à classe dos "Pê Guturais". 431. Há cinco verbos, porém, em que o prefixo preformativo do incom- pleto de qal toma a vogal ô, imutável, e o N silencia, ex. dando lugar a um paradigma peculiar, Pe Aleph, verbo que se pode con- siderar uma sub-classe do Pe Gutural, (§ 414). 432. Êsse ô substitui â: = HON; = laX', finalmente lONV O « si- lencia, e a vogal se alonga para â, ~\bi^\. Esse â, subistituido por ô, representa uma corrução da pronúncia, aliás comum noutras palavras cognatas do árabe e do aramaico, em que o â corresponde ao ô do hebraico, ex. ^l^p, em árabe e aramaico qâtel; D^^}J , no árabe e no aramaico, 'alam, nl'^Nl em árabe elâh; e □i'?ty, salâniu, conforme Gesenius § 9, 10, 2. 433. Dessa peculiaridade resulta outra: a vogal da segunda sílaba do incompleto é a ou ê (um i primitivo), ex. ~IDN\ "^Dt^S na pausa "^DN', lONíl, mas nunca õ como no verbo forte — '^bp', devido à lei de dissimilarização (§ 172.), que procura evitar a ocorrência da mesma vogal longa em sílabas sucessivas. 434. Quando essas formas tomam vav consecutivo a tónica recua para a penúltima aberta, (§ 256) e a vogal breve a da última sílaba se atenua em e (seghôl) ex. "ipí<'1, "IÇtíriT, mas na pausa pode permanecer com a tónica e a vogal próprias, ex. "lipi<'l, (§ 169 — Nota.). 190 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 435. O verbo 7DN no incompleto com vav consecutivo, conserva o a na última sílaba, ex. '!7dA'1, a despeito da retração da sílaba tónica para a penúltima aberta, (§ 256.). 436. Na primeira pessoa do incompleto o K da raiz cai, uma vez que silenciou, para evitar a repetição dessa letra, ex. TDfcí (em lugar "lOKN (§ 159-1-5) eu direi. As vezes o H da raiz cai noutras pessoas e noutros verbos, ex. Ilípri em lugar de TIDNÍI; f]D' em lugar de "^ÇN' e ^Dil em lugar de ^DNÍH. 437. Todas essas peculiaridades caraterizam o incompleto de qal apenas. Raramente porém, o N silencia no niphal irnNÍ e no hiphil, No Piei, às vezes cai por contração, ex. em lugar de ^V^iiP — ensinando Job 35:11. 438. Os verbos Pe Aleph são: — parecer, Vdx — comer. "lOtí — dizer, HDN! — querer, nSK — fazer pão. Além desses cinco, há uns dois ou três que, ora seguem o paradigma do Pe Gutural, ora se- guem o do Pe Aleph, ex. ^DNI e rriN, que fazem o incompleto como Pe Gutural ^Di<' — ele reunirá e ThX^. — èle agarrará; ou como Pe Aleph, ^Ç?N' e fFIN'. O verbo 3rií< — -amar, às vezes também segue o Pe Aleph. 439. Nas demais modalidades (que não o incompleto de qal), esses verbos se conjugam como o Pe Gutural. 440. O infinito construto se faz regularmente como no Pe Gutural, "ibX (§ 419-1.), c o X se conserva forte com as preposições, ex. '^Dn'?, havendo uma exceção na forma muito frequente IOn'?, para dizer, ou dizendo, em que o ^< sempre silencia. No infinito cons- truto o hateph seghôl do quando se distancia da tónica de- vido a um sufixo se torna hateph pathah, ex. (§ 153.). 441. Naturalmente os que são também Lãmedh Ile, fazem o incompleto em e (seghôl) ex. H^N' (§ 586.) (n3N! e ns«). Vocabulário: "Tl] — jussivo de 71171 — ser, — haja, (3a. pes. m. sing.). Dip — levanta. Imper. 2a. m. sing. de Dlp — levantar. t<"lp — clama. Imper. de — i^~ip, — chamar, (2a. pes. m. sing.). VERBOS PE ALEPH 191 "•"^IK — talvez. Adverbio, de ÍK e ''b, igual a e iÓ. ntyj^ — ser macio ou brilhante. No hithpael-dar pensamento, pensar; daí, — lembrar-se. — ordenou. Vav consec. e incompleto ai)ocopado do Piei, de, nVÇ — mandar, dar ordem. '^Dí^ri VdN — podes comer, comerás livremente. Literalmente, — comer comerás. O infinito absoluto, precedendo as formas finitas, dá ênfase que se expressa por meio de um advérbio em nossa língua. Com o imperativo, esse infinito vem depois, (Ver 247.-). mon niD — morrer morrerás, isto é, como no caso anterior, deve-se expressar por um advérbio, — certamente, ou, sem dú- vida morrerás. nyin — do conhecimento. Literalmente, do conhecer. E infi- nito construto, pois tem artigo. Se fosse um nome, — ■ conhecimento, em construto com bem não poderia ter artigo. Além disso não deveria estar em constr. com dois genitivos. Mas disso há alguns raros exemplos. Tj^PDN — em que tu comeres. Literalmente, de tu comeres. Infinito e suf. 2a. m. sing. — 'akhol-eqâ. n3X — querer. OnV'?'? — deixá-los ir; mandá-los embora; Prep. mais infinito Piei de r\hw e suf. 3a. m. pl. — ter fome, estar com fome. i^W — inimigo. Parte, ativo de HW — odiar. ]D — maná. Exercício 73 T T T - • v: T : ~ :~ " : t • v: t .. - ; . vib 3iD nrin yvr^i òpxri b^i< Wyv b^D imb 'm mn^ p-rnn :m?2n ni;: mr2 nv2 ^3 mr2 b^^ín mnb "inb^^i^n nn-DX :nnb^b nnx i^bi ni;"is nb viT •• • -: - •• T • |T : - : t t : :- 192 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Exercício 74 Comerás a herva do campo. Perecereis entre as gentes (nações) (completo, 2a. pes. m. pl. com vav consecutivo, de e vos de- vorará (particípio presente f. sing., qal, de "^DN) a terra de vossos inimigos (3^.N). Jeová, o que te deu de comer (artigo com o par- ticípio pres. hiphil mais o sufixo 2a. m. sing.) maná no deserto. Quem nos dará a comer (3a. m. incompleto do hiphil de mais o suf. la. pl.) carne? Eu disse. Eu direi. Tu (m.) disseste. Tu (f.) disseste. Êle disse. Ela disse. Nós dissemos. Vós (m.) dissestes. Vós (f.) dissestes. Êles disseram. Ele dirá. Ela dirá. Tu (m.) dirás. Tu (f.) dirás. Vós direis (m.). Nós diremos. Vós (f.) direis. Capítulo XLIII VERBO AYIN GUTURAL 442. Chama-se Ayin Gutural o verbo que tem uma gutural ou "1 na se- gunda letra da raiz, ou seja na letra média. Os mesmos princípios que afetam os verbos Pe Gutural (§ 418.) exercem influência sobre os desta classe, embora se apliquem de modo bem diverso. 443. A preferência das guturais pelas vogais da classe a se exerce muito mais sobre as vogais que precedem do que sobre as que sucedem a gutural. 444. I — Destarte, essa preferência afeta êstes verbos apenas no incom- pleto e no imperativo de qal, que se fazem em a e não em o, ex. h\$V. c '?l<3, e no feminino plural do incompleto e do imperativo do Niphal, ex. n^Víiijri i^í'?^!?^, bem como no feminino plural do Piei e do Ilithpael. 445. Também no Piei, a vogal original a, geralmente atenuada cm ê, se conserva mais vezes do que no verbo regular, ex. Dni;. 446. No entanto, o infinito absoluto c o construto de qal se fazem em o como nos estativos (§ 250.), ex. LDlFIE' — DhtÇ'. VERBO AYIN GUTURAL 193 447. Na maioria dos casos o incompleto do Niphal e o do Piei conservam o c sob a gutural, cx. □n'?', niphal; e 0051, piei. Até mesmo o seghôl, vogal mais fraca, se conserva sob a gutural, nos casos de re- tração da tónica (§ 256.) por causa do vav consecutivo, ex. On'?11 — êle lutou; tudo devido à influência maior da gutural sobre a vogal que a precede do que sobre a que a sucede. 448. II — O princípio da preferência pelos shevas compostos só se exerce sobre as formas que recebem como desinência um dos sufixos vo- cálicos n— , ou 1, ex. — 3a. m. pl. completo; ^hviV — 3a. m. pl. incompleto; ""Vní? — 2a. f. sing. imperativo (§ 153.). A vogal eufônica do imperativo é a no feminino singular e masculino plural (§ 119-4°-Fim), na 1° sílaba. Nota: O "1 costuma aceitar sheva simples, mas no verbo "^13, quando a tónica recai sobre o D, êle toma sheva composto, ex. 'DDia — abençoa-me; 1313 — êle o abençoou — Gen. 27:27. 449. III — Como a gutural não recebe dãghêsh, todo o intensivo é afe- tado se a letra média for gutural ou 1. 450. I) — Antes de N e "1 , o í se alonga, em compensação para ê,o a para ã e o u para õ, ex. Piei de '^^3, '^^3 em lugar de VnS; '^^P em lugar de'? Í|Í3' ; Pual do mesmo verbo, Vn!) em lugar de '7^13. Essa compen- sação é geral antes de K e quase universal antes de ~l, ex. "^13, "^13% ■^13. Mas antes de J?, H e PI geralmente permanece breve a vogal. (Às vezes se alonga antes de y e raramente antes de 11 e FI). Ex- emplos, pntÇ), Fiel completo; pnt^ — infinito; yn") — Pual. nn^H — hithpael. — completo. Piei; e "1173 — completo. Piei. Êsses últimos casos todos são considerados de duplicação virtual ou dã- ghêsh implícito, (§ 151-l°-b). 451. Intensivos peculiares. Há alguns verbos que fazem o intensivo ao mesmo tempo de duas maneiras: pelo alongamento compensativo da vogal prece- dente, (o Piei comum) ; ou pelas vogais õ e ê, o chamado Poel mais comum nos verbos Duplo Ayin, (§ 509.) ex. ~\VD faz o intensivo no piei, "I17D, ou no Poel, "II^D e tí^l^ também, no piei e no poel ^IW. 194 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 452. Há outros que seguem processo bem diverso ainda: duplicam a última letra da raiz, sendo formas mui raras., ex. — vicejar; ]3t^t^ — ficar quieto; e outros duplicam a última sílaba, ex. "IPinrip — palpitar. Chamar-se-iam essas formas de Palel (os dois primeiros exemplos) e Pe'aral (o último), em lugar de Piei (§ 287.). 453. São meios de formação do intensivo a que recorrem os verbos desta classe (Ayin Gutural) e os Ayin Yôdh (§ 564-565). Há hebraístas que consideram a forma 1311 lUilN de Ozéias 4:18 como uma só palavra e vêm nela uma duplicação das duas últimas letras com a desinência pessoal juntamente. Mas o texto massor ético as separa como duas palavras. 454. Incompletos em õ. A despeito da preferência já referida (§ 443.) pelas vogais da classe a os verbos cuja letra média é "1 geralmente fazem o incompleto e o imperativo em õ, ex. '^'ití'', DHDV Muitos, porém, desses, fazem essas modalidades em a, tais como "^líjí — ser longo; aproximar -se; "T"in — tremer; etc. Há os que fazem dos dois modos, como ^"IÇ, '^i?©, etc. 455. Mesmo os que teem gutural na letra média da raiz às vezes fazem em õ o incompleto e o imperativo, mas são raríssimos, ex. Tht^l'. — êle agarrará; imperativo, ^J?] — aferrolha (prende em cadeias). 456. Sufixos objetivos. Desde que os incompletos e imperativos de qal em a seguem a analogia da primeira declinação (§ 338.), é natural que essas modalidades com sufixos que pedem vogal de ligação assumam as formas seguintes: — resgata-me; "'lÒnW] — êle me matará; Dpnt^N! — esmiuçá-los-ei; e com os sufixos e ■?]— , as formas — êle te (f.) redimirá; "^"^N^' — êle te (m.) redimirá, casos em que o a se alongou para ã. 457. O verbo bi^lV. Por ser de frequente ocorrência, convém notar certas peculiaridades dêsse verbo. A fraqueza peculiar do N ocasiona o enfraquecimento de sua vogal a que se torna c na sílaba aberta e e ou i na sílaba fechada, quando estas sílabas perdem o acento tó- nico e o N não é precedido por vogal plena, ex. □ri/'Níí' — pedistes; Vr\bi<\i^ — pedí-o — l Sam. 1:20; — pedir am-nos, Salmo 137:3. Às vezes dá-se o mesmo com outros verbos como com o verbo Ayin resh, □riíí'1' — Deut. 4:20, possuireis. VERBO AYIN GUTURAL 195 Vocabulário: '7n"1 — Raquel ( n. próprio); n. comum, — ovelha. DStyp — juízo. "in3 — escolher. - T i]13 — ajoelhar, abençoar; no Piei, abençoar, bendizer. IJtyy — que nos fez. Partic. pres. de , mais suf. la. pl. '3Í< — quando o pronome objetivo se repete por ênfase deve aparecer no caso reto. "^Nt^ — perguntar, pedir. Oty — nome. n'^l'7'7n — Aleluia. Imperativo, 2a. m. pl. de h^^n — louvar; e adução do sufixo H' (abreviação de Jeová). riTin — será, haverá. 3a. f. de riTI — ser. □ri] — arrepender, sentir, consolar, ter compaixão. D^mbB — filisteus. □n'? — (no Niphal) — combater, guerrear. npn f . — estatuto. — aborrecer, pyj — gritar, clamar. S'']^Í'l — tirou, livrou. 3a. pes. m. sing. incompleto, hiphil, com vav consecutivo, de N^' — sair. "^nh — lamber. DntJ; — matar. - T tynJ — serpente, nos — páscoa. n'?^3 f. — resgate, redenção. ^^3 — resgatar, redimir. Exercício 75 .... .j. _. . . |T .j.-. . . T : • i" T V ' -:- A' : • - : • T T V - r T • t t i" t : 1212: nni< in^^bbn n^in^-m ^^2: ^212 inx "nnnn 196 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR T T • V T-- IV T : • TV" T V A V : • T ••. : mn^-^x DD^niií^ iprn :n^z: T]bm ^npn-m ■: •• —. >—.:•- |T : - t -:t ••. • "iT : • ■ T Exercício 76 Clamaram (completo pl.) os filhos de Israel ao Senhor no Egito e enviou — (vav consecutivo e incompleto de qal de nb\l), 3a. m. sing.) — lhes (a êles) a (TIN) Moisés e a (TIlSí) Arão. Lamberão (incompleto de qal, 3a. m. sing.) pó as nações (gentes) como a ser- pente. Em (3) Abraão serão benditas (Niphal, vav. cons. e 3a. completo pl.) todas as nações ("Í3) da terra. E mataram (vav con- sec. e incompleto de qal, 3a. m. pl.) a páscoa no dia (3) quartoze do (7) mês segundo. Capítulo XLIV VERBO L.AMEDH GUTURAL 458. São lãmedh guturais os verbos cuja última letra da raiz for H, n ou y, ex. n53 — ser alto, — mandar, yOI^ — ouvir. O N e o H (sem mappikh) no fim da palavra são sempre mudos (§4.) e dão classes diferentes de verbos, (§ 575-584.). 459. Êstes verbos são afetados apenas pela preferência das guturais por vogais da classe o. Essa preferência se deve à dificuldade de se pronunciar uma gutural que não seja precedida de vogal dessa classe, (a ou ã). É a lei do mínimo esforço. É mais fácil pronunciar ni~l — rúah do que rúh. 460. Aplicação do princípio. 1) — Sempre que a gutural final for prece- dida por vogal que lhe é heterogénea, (qualquer vogal menos as VERBO LAMEDH GUTURAL 197 da classe c), longa por natureza, imutável, como , i, 1, {í, ô e ú), insere-se um pathah furtivo (a) entre essas vogais c a gutural, ex. ni'7ty — inf. absoluto de nbty — mandar; Fll'?!^ part. passado; rc^t^n — completo do hiphil. 2) — Quando a vogal é ô tônico-longo o a o substitue, no incompleto e no imperativo de gal, ex. n'?t?)', incompleto, rib\V, imper. (§ 239.). Mas o infinito construto conserva 0 õ e toma o pathah furtivo, ex. XÒW. 3) — Quando a última sílaba tiver ê (— ) no verbo regular, pode-se dar uma das duas cousas nestes verbos: a) — ou o ê é substituído por a (nos casos em que êle provàvelmente procede de um a original) como no incompleto niphal, rhw''/, no PieU completo, n'?ty, incompleto nW]. O mesmo acontece nas formas do feminino do plural do incompleto c do im- perativo, do Piei, do Hithpael e do Hiphil; b) — ou, nas formas participiais (em que o c (— ) representa o alongamento de um 1 (— ) original), o ê permanece e a gutural toma o pathah furtivo, ex. n'7ty — particípio absoluto qal; nVt^9 — particípio absoluto piei. Mas no construto rh\D e vh^D. O infinito absoluto do piei também conserva o ê, ex. nW, Deut. 22 :7, mas no construto, FI W. As formas contratas do hiphil, (jussivo e imperativo) em que a gutural é a última letra, só admitem a, na última sílaba, ex. nD3'l — n'?2ín; mas o infinito absoluto do hiphil toma — e — furtivo, ex. H^^lI — fazer ou tornar alto. Mas ocorre o infinito construto com o a substituindo o — (ê). 461. Formas pausais. Deve-se notar que na pausa o ê, que costuma ser substituído por a, reaparece e a gutural toma pathah furtivo, ex. niphal, n*?!^:, piei, rh,^.\; niphal ynj/. Num. 27:4; na pausa. ^13', Num. 36:3. Em qal, também se alonga o a para c, na pausa, — yoty' — yishmã. 462. Os verbos terminados em "I não sofrem geralmente, por isso, nenhum desvio do verbo regular, ex. ~1SD'. Naturalmente se forem estativos fazem o incompleto do qal em a, ex. "IDFI^. de ~lÇ?n — ter falta. 463. Sheva simples ou composto. Nos lugares em que o verbo regular tomar sheva simples sob a última letra da raiz, êstes verbos também o recebem, ex. 'ÍIFl'?!^ ; 13^"!', la. plural. A primeira pessoa do plural, porém, se tomar um sufixo objetivo que faça avançar a tónica, às vezes receberá sheva composto, ex. "^iSl?"!^ — Nós te conhecemos. 198 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Antes dos sufixos DD e ]D, que exigem sheva de ligação ao tema, (§ 330-4") naturalmente o sheva terá que ser composto sob a gutural (§ 153), "^n^tÇ^Í^' "^n^t^N;- "^i^^Ptí^íí- No verbo regular êsses shevas seriam também vocálicos, embora simples por não virem sob gutural. 464. Peculiaridade da segunda pessoa, feminino. Na segunda pessoa f. de todos os graus, aparece um — (a), furtivo provàvelmente, em lugar do sheva mudo, antes da desinência Pi do f., conservando-se o dãghêsh no D, cx. HH^^ que se deve ler talvez shalaht e não sha- láhat. Discutem ainda os gramáticos se o dãghêsh nesse D final é forte ou Iene. É verdade que também ocorrem as formas Gen. 30:15; c ririj!?'?, em I Reis 14:3. Davidson sugere a possibilidade de ser a forma T\r\^\Ó um esforço de conciliação das duas formas nnVt^ e í^ubw. Green entende que o — (a) deve ser furtivo porque êsses verbos não admitem sequer um sheva vocálico antes da de- sinência das outras pessoas, ex. T\r\^^ — segunda masculina; 'rin'?ty — primeira pessoa; etc, e dificilmente admitir-se-ia no caso em apreço, uma vogal plena. E apenas uma curiosidade gramatical e não altera os fatos. A etimologia da desinência ri — (§ 38.) fa- vorece a idéia de ser forte o dãghêsh. Vocabulário: npjN] n. f. — gemido. nint^j:) — absoluto pl. de flt^p,. Daí com suf. pl. Onlnti^p., □nintyp. e onntyp.. {^p3 — buscar, procurar. 3"in — matar. - T n"13 — fugir. (e 11^]) — n. m. — tempo indefinido, no passado ou no futuro, irá, andará, de r\>. nns - T VERBO LAMEDH GUTURAL 199 Exercício 77 pn^j-^-nx Dmnx-nx inna-ní< nárn Dnpxj-nx n^nbx I T : • V T T : - V • : v ;■- at't-:- v • v: nn^iwpi 02^3 ííian nann rjn':'^; ^]]n i^^^-^t'*' T : ' - : (ST • : t t : - -i - t : • : • - t ' v ■• -m nnb ^p2^i n-in "imn-ní< ni;"is i;;:::;^ :nnn:2;n I : - •• : • V - : •- av Exercício 78 Confio na (3) bondade de Deus para sempre e eternamente. No Senhor confiaremos. Porque te esqueceste de mim (incompleto qal de PIDiy, 2a. pes. m. sing. com suf. da la. sing.)? Filho meu, da minha lei (minha lei) não (te) esqueças. E aconteceu (que) ao cabo (fim) de quarenta dias abriu Noé a janela da arca que fizera (fez). E rcbelaram-se (vav cons. e. incompl.) os Israelitas (filhos de Israel ou, simplesmente, Israel, como coletivo) contra (3) a casa de Davi até o dia de hoje (este dia). E tragou (vav consec. c incompleto) a vara de Arão a vara dêles (TIIHÍ). 200 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Capítulo XLV VERBO PE NUN 465. O verbo Pe Nun é um verbo fraco que tem um nun na primeira letra da raiz e pertence à classe dos assimilantes ou contratos. Êstcs teem o caraterístico comum de assimilarem em certas formas uma de suas letras da raiz (§ 408.). Os desvios do verbo regular no verbo Pe Nun são devidos à fraqueza da letra 2, fraqueza aliás comum nas línguas indo-européias também, ex. èvypàipco, èyypá(j)co (§ 144.). 466. O 2 inicial nesses verbos tem as seguintes peculiaridades: 1) — Quando o 3 íicar no fim de uma sílaba fechada, êle é assimi- lado pela letra seguinte que recebe por isso um dãghêsh forte. Isso acontece sempre que o verbo recebe um prefixo (§ 230), portanto no incompleto de qal; no completo c no particípio presente do Niphal; em todo o hiphil e hophal, ex. no in- completo de qal, 2^3]' se torna 1^3'; completo íí??] — em lugar de 2) 3.33, no Niphal; no hiphil, B^^Sn, em lugar de B)'33n; no hophal, 2)311 em lugar de 2)3371; incompleto do hiphil cm lugar de 2)'33:. Nota — O verbo acima faz o incompleto de qal em a {—), mas os que fazem o incompleto em õ também assimilam o nun, ex. ^3] em lugar de hs^, de "733. 467. 2) — No imperativo e no infinito construto dos verbos que fazem o incompleto em a dá-se a aférese do 3, ex. imperativos de 2)33, 2a. pes. m. singular 2)3, m. pl. 12)3, fem. sing. ''0^, f. pl. ri32)3; também na forma chamada enfática, ni^3, (§ 243). 468. No infinito construto, porém, além de cair o 3, entra no fim o acré- scimo de um n compensativo, que daria I|12)3. Como, porém, na 2a. declinação se torna "^^à, também Iil2)3 se torna nty| com a tónica também na penúltima, formas que se podem confundir perfeitamente com os nomes dessa declinação. VERBO PE NUN 201 469. Nos verbos que fazem o incompleto em õ, não se dá a aférese do ], de sorte que o imperativo e o infinito construto de como no verbo regular. 470. No hophal há nesses verbos outra peculiaridade: o o (— ) do prefixo se torna ti {—) na sílaba aguda (§ 163.), sem dúvida a vogal pri- mitiva do hophal, (§ 315 e 291.), ex. K)3n em lugar de tí)33n; no in- completo, c no particípio presente, tí^jp. Mesmo moutras sílabas fechadas átonas aparece às vezes essa vogal, ex. ^Díí^n — está deitado, ou se deitou, de 23t^ — deitar. 471. Naturalmente nas formas em que o 3 não perde ou reduz a sua vogal, êsses verbos seguem o verbo regular, a saber, no completo, infinito absoluto, particípios de qal, incompleto e imperativo no Niphal, no Piei, no Pual e no Hithpael. Êsses os caraterísticos comuns. 472. Mas a assimilação do J não se dá: a) — em alguns casos mesmo em que a consoante seguinte é sus- cetível de duplicação, ex. que também aparece assimilado em "12^^; 12^330 — Isaias, 58:3 — exigis todo o vosso trabalho (ou, tudo que vos é devido) ; b) — raramente há assimilação do nun, quando a letra média da raiz é gutural, ex. □hr — êle murmurará', br\y — êle possuirá; '^'ní' — êle fará herdar (ou, possuir), de hn2. No Niphal, porém, Dní de DIlí, deu-se a assimilação virtual ou implícita; do contrário, seria Dri]]. Em Jer. 21 :13, se encontra DIl!, que tam- bém aparece como Dlir — êle descerá, de níl]; c) — Omite-se o dãghêsh compensativo em certas letras pontuadas com sheva simples (§ 166.), ex. lyp' de yD3, arrancar, extirpar, desarraigar; de NK^J, — erguer, levantar. 473. No infinito construto se encontram às vezes as duas formas, a con- trata e a regular, ex. DVÍ e i?33 — tocar; DVÒ e Í7b3 de y^J — plantar; bm de hm. - T 474. Adução de sufixos. Segue os princípios do verbo regular (§ 338 e 341.), exceto no infinito construto de qal, em que se devem notar certas peculiaridades: nt^3 com sufixo dá 102^3 — êle se aproximar, com o a de ritíS atenuado em t, à semelhança de "í]"!^ (§137.); mas ÍnV3 de nví (inf. construto) com a devido à gutural final; também aparece ij;33 (nogheô) de ¥33; e 'bs: {niphelô) e iVsj de "733. 202 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 475. o verbo npjV. Neste, o V se comporta como o 3 do verbo Pe Nun, no qal e no hophal, ex. Plj?', incompleto; Plf?, imperativo, raramente Wph \ Infinito Construto, nnp; no hophal nj^V No niphal, porém, oh se conserva, ex. npV^, completo, 3a. pes. m. singular. 476. O verbo ]ri3. Êste tem caraterísticos singulares: 1) — O ] final tam- bém é assimilado, ex. 'ruíj — dei, em lugar de 'ri3ri3; Drifl] — destes em lugar de Dri^riJ etc. No infinito construto — Dil em lugar de n^ri, forma em que o 1 final foi assimilado no D, mas não aparece 0 dãghêsh porque êsse Déa última letra da palavra (§ 144.) e o (— ) se alongou para ê (— ) no monossílabo tónico. Com sufixo, dá 'rin — eu dar; Inri — êle dar, formas em que o dãghêsh aparece porque o D não é mais a última letra e o ê (— ) se abreviou para 1 (breve) na sílaba fechada átona (§16), na primeira sílaba. 2) — Outra peculiaridade deste verbo: é o único verbo Pe Nun que faz o incompleto em ê (— ), ex. IJI^ — êle dará. Por certo seguido de maqqêph essa vogal se abrevia para seghôl "]ri!, bem como o imperativo "]ri (§ 170.). 477. É de uso comum o imperativo enfático, nw. O incompleto do Hophal também se faz com u (— ) ex. Note-se que tanto neste verbo como no verbo Upb alguns gramáticos preferem considerar essas formas como uma passiva arcaica de qal e não como hophal, alegando para isso que a idéia cansativa não costuma aparecer nesses verbos. Também consideram o Pual, completo, — np}p como uma pass. arcaica de qal. 478. Anomalia. A 2a. pessoa do singular, masculino, do completo apa- rece com aférese do 3 inicial, nriri, em lugar de finj, 2 Sam. 22:41. Outro caso especialíssimo é o do verbo p^D — montar, em que o h é assimilado pelo D, na la. pes. sing. incompleto, pOifi, Salmo 139:8. E um caso de assimilação progressiva, (§ 144.). Vocabulário : — pastor. n3V n. p. — Jonas; comum — pomba. '753 — cair. nçinri f. — sono profundo. "^liJ — sorte, pl. em fli — . ^^"^ f. — costela, (f., geralmente). VERBO PE NUN 203 1 A W - T — cerrar. — Piei e hiphil, — olhar, contemplar. - T — possuir, herdar. n7n3 f — posse, herança, propriedade. np3"l n. o. 1 T : • ^ — Rebecca. -T — contar, declarar, anunciar, informar, proclamar. — plantar. ^:^3 - T — livrar, salvar. ptyj — beijar. T T — erguer, levantar. ■^3'.] — - chorou, de ilDS. — nu. nS3 — respirar, soprar. r\Dm f. T T I — respiração, fôlego. — força. Exercício 79 :n3nnn "ií:2 "làci vni;^:5D nní< np^T w''^'i nii^.n-bv J-: : - TT :•- t :-• ' 'at'- ttt :nbn: ^bn:^ vib b^i^^ ^^n "nins to^rirb ^'rimi □^rnr':' iT -:- -: : • •• t : • •• : ' : it : -:t: v -: :- : I _._ 1 - : -: - V • V -: t tt - vt*- :rí^2i<b iam Kin npnn-]n ^21 xin n^nx ^ní< ''3 'pm':' T ■ T : • T : • ' V • : t • t • -: • •• t : Exercício 80 Que me darás? Quem te disse (contou, hiphil de 133) que (es- tavas) (nrii^í) nu. Livra-me (imperativo, hiphil de h>'^2 mais suf. objetivo la. sing.) das mãos (mão) dos meus inimigos. O herói não se livra (incompleto niphal, — pela muita (3"l) força. Soprou (vav consec. e incompleto qal de nS3) nas suas narinas o fôlego da vida (vidas). Caiu (3a. f. completo, qal) profundo sono sôbre Abrão. 204 gramática hebraica elementar Capítulo XLVI VERBO DUPLO AYIN 479. Chama-se verbo Duplo Ayin o verbo fraco em que a letra média da raiz se repete qualquer que seja a letra média, ex. h^l, "llí?. (§ 412.). A sua fraqueza consiste precisamente na repetição dessa letra. Como êsses verbos geralmente aparecem na forma contrata e monossilábica, classificam-se como contratos ou assimi- lantes, ex. 33D, rodear, se contrai em 3p; a terceira pes. m. pl. mo em 13D (§ 481.). 480. Não se contraem as formas em que apareça uma vogal imutável, a saber, o infinito absoluto e os particípios de qal, ex. 3l3D, 33ÍD e 313 D ou aquelas em que apareça, na forma regular, um dãghêsh forte, ex. 330 — Piei, e 3=^ pes. m. sing. completo. 481. Casos em que aparece a forma contrata. No completo de qal a con- tração é facultativa de modo que há IDDt^, como no verbo regular e 13D — contrato (3^ pes. m. pl.). Raramente, o infinito absoluto se contrai também, — 3p, Num. 23:25, ~1ÍB, Is. 24:19; o infinito construto geralmente se contrai, — 3b; nos particípios nunca se dá a contração, isso em qal. A parte essas exceções, sempre há con- tração em qal, niphal, hiphil e hophal. 482. O piei, o pual e o hithpael têm que ser considerados em separado. 483. Questão discutível. Dando-se a êsses verbos o nome de contratos, está-se pressupondo que a raiz primitiva era triliteral e que se con- traiu nos casos acima indicados em monossílabos biliterais. A tendência de fazer aparecer a terceira letra parece confirmar essa opinião. Mas há gramáticos que entendem tratar-se de uma raiz primitavamente biliteral e que a tendência referida represente apenas o desejo de reforçar a segunda letra de uma raiz breve bi- literal (§ 186), 3p, ?3, bl, etc. Essa questão não altera os fatos quanto às formas atuais dos verbos dessa classe. 484. Estes verbos devem-se nomear pela forma não contrata, que con- serva o seu caraterístico, a saber, a repetição da segunda letra da raiz, ex. 33 D, rr3, ^^p/, mesmo porque as 3as. pes. do completo de qal têm preferência pelas formas não contratas (§ 497.). VERBO DUPLO AYIN 205 485. Afinidade com os verbos Ayin Vav, Ayin Yôdh. Êstes verbos e os Ayin Vav são os que mais se desviam do verbo ret^ular, porque assumem formas monossilábicas da raiz e daí resultam muitas semelhanças notáveis e ocasionalmente até permuta de formas. Geralmente os verbos duplo ayin assumem formas semelhantes, porém, mais breves do que os Ayin Vav, ex. 3b' comparado com Qlp' (§ 549.), incompleto de qal; c no completo do hiphil 2D7] com- parado com □''pn (§ 552.). Outras vezes as formas são precisa- mente idênticas como no incompleto com vav consecutivo; em qal 3D^1, comparado com Dp^^l (§ 557); no hiphil 30^1 comparado com □ (§ 557). Há permuta de formas, às vezes, ex. em lugar de ]% 486. O hophal no completo 3pin e no incompleto 3DV comparados com o Ayin Vav, Dp.in e npv (§ 552.). 487. Aliás os Pe Yôdh, Pe Vav também são iguais, nesse grau, ex. nt^lil e (§ 534.). 488. Dessa afinidade resulta que muitos caraterísticos destes verbos são comuns aos verbos Ayin Vav, Ayin Yôdh. 489. Caraterísticos. Do que acima ficou dito segue-se que se podem classificar os caraterísticos destes verbos em duas grandes catego- rias; os comuns aos verbos Ayin Vav, Ayin Yôdh; e os que lhe são peculiares. 490. Caraterísticos peculiares. 1) — A vogal, nas formas contratas, da segunda letra da raiz triliteral passa para a primeira letra, subs- tituindo a vogal desta última, ex. completo, — contrato, 20; incompleto 3b', de 33Cpi; incompleto em a "ID' de "Tl.íp'; infinito construto e imperativo 3b de 33D; no niphal, 3D] — incompleto, contrato com a porque no verbo regular a forma "^ípp' foi primiti- vamente '?ypj!; pela mesma razão, o infinito construto é 3Dri; no hiphil, completo 3077, em lugar de 3''pn, (porque a forma primitiva do hiphil era hlQpT}) na qual, o o se adoçou para ê e não para í como no verbo regular. O particípio presente também é 3 DD, o a primi- tivo se adoça em ê e não em í (§ 304-fim); também, no infinito, 3Dn em lugar de 33pri; no hophal, 3pin em lugar de 330^1. Quanto às vogais dos prefixos preformativos, veja-se in loco, (§ 505.). 206 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 491. 2) — Todas as desinências pessoais aduzidas às formas contratas fazem aparecer a consoante dupla, ex. ^2D — 3^ pl. m. completo, — êles rodearam; n3p — ela rodeou; riÍ3p — tu rodeaste (2^ m.), porque antes da desinência ri consonantal, entrou a vogal ô (§ 499.) ; o mes- mo se dá com a 2^ pes. f. e com a 1* pes. comum. No incompleto de qal, também aparece a letra dupla "'3bri — 2=* f. sing. ; 130^ — 3^ pl. m.; imperativo — ''3b — 2^ f. sing.; 13b — 2^ pl. m. No hiphil — nsórr, 3^ f. sing. completo; no hophal, nSDin — 3* p. f. sing. No Niphal, incompleto, 13D^ — pl. m. 492. Nota — Excetuam-se as formas aramaicas do incompleto (§ 494.), em que a primeira letra se duplica e parece que se evita o acúmulo de letras geminadas, de sorte que 13D1 — 3^^ m. pl. incompleto; '300 — 2^ f. sing. do incompleto (e não 13b^ e '3blil). Há entre- tanto algumas poucas exceções a essas exceções, 13én — 3^ in- completo pl. m., hiphil, forma aramaica com vav consecutivo, Juizes 18:23; ins; — Job 4:20, hophal. 493. 3) — As vogais ê e õ (tônicas-longas), que se conservam sob a sílaba tónica, quando passam para sílaba átona devido à inserção das vogais eufônicas (§ 499.) se tornam i e u breves, (§ 16.) o que se dá no qal, ex., nJ^SDJjl — 3^ f. pl. em lugar de n]3DFI; e no hiphil nrspiil em lugar de n^3Dri; no completo, 013011. 494. 4) — Alguns verbos seguem, no incompleto, a forma aramaica, a saber, duplicam a primeira letra da raiz, ex. 3p^ de 33j!5 — amal- diçoar; Tp^ de "Ilp — curvar-se; Dl' de DOT — ser silencioso, ou quieto; DÍT de DDil — acabado, ou ser completo; alguns têm as duas formas, ex. 3b^ ou 3b], de 330^ em qal; no hiphil, 30^ e 3P1; DDÍÍ', □ti'' e Dtí'' {qal); Ur\\, incompleto hiphil, da forma QOI]!; no hophal também ocorre T\3\ (da forma nr)3]), do verbo nri3, em lugar de n3V; dêsse mesmo verbo, in311 — incompleto com vav consecutivo no hiphil; essas formas aramaicas omitem também as vogais eufônicas, ex. njV^ri de Jer. 19:3, e a tónica, portanto, se afasta da sílaba em que costuma cair nesses verbos (§ 498.). 495. 5) — Há, no intensivo, uma forma peculiar a estes verbos (embora semelhante ao do verbo Ayin Vav) e que é o Poel, (§ 509.), como veremos. VERBO DUPLO AYIN 207 496. Caraterísticos comuns aos verbos Ayin Vav. 497. 1) — Assumem, na forma atual, raizes monossilábicas biliterais, DD, S'* completo; 3b, infinito construto e imperativo, compare-se com Dj5, Dip (§ 538-540.). Nas terceiras pessoas do completo de qal há preferência pelas formas não contratas, ex. 3^ m. sing. ; 13Z1D — 3* m. pl.; e H^ZID — 3^ f. singular. Por essa razão e por outras deve-se nomear o verbo pela forma não contrata (§ 484.). 498. 2) — A sílaba tónica permanece, nas formas contratas, na sílaba da raiz, quando recebem desinências pessoais vocálicas, ex. completo 13p, 3* pl. m.; n3D, 3^ f. sing.; incompleto ''300 — 2^ f. sing.; 136' — 3^ m. pl., portanto, na penúltima. Com as desinências conso- nantais também, a tónica recai na penúltima sílaba (embora não seja ela a da raiz), porque insere-se uma vogal eufônica entre a raiz e a desinência (§ 499.) e essa vogal atrai a tónica sobre si, ex. riÍ3P — 2* m. sing. qal; hiphil Hlápil; niphal, — riÍ3p]. No in- completo, nrzipri, em qal. Excetuam-se as 2as. f. do completo, porque o sufixo desinencial nesse caso não forma sílaba completa, nÍ3P e as desinências do plural m. e f. ori e ]ri (sufixos pesados) que sempre atraem a tónica (§ 221.) ex. □rii3p. Excepcionalmente a tónica recai no sufixo pessoal mesmo vocálico, ex. 13"1, Jer. 5:6; l'7p., Jer. 4:13. 499. 3) — Também há inserção de uma vogal eufónica entre o sufixo desinencial e a raiz, ô no completo e e no incompleto, ex. completo, la. pes. sing. em qal — 'rilâp ; — • no niphal, — ''ril3p3 ; no hiphil, — 'riÍ3pn; no hophal — ^m^DMl; incompleto nr3pri — 2=* e 3^ f. pl. em qal, no niphal, — nj^spn e no hiphil, — iirspFl. 500. Note-se que nos Ayin Vav não se insere a vogal ô no completo de qal nem do hophal por motivo óbvio (§ 540.) nem a vogal e no in- completo do hophal, mas insere-se e no incompleto de qal (§ 554.). 501. No incompleto da forma aramaica não se insere a vogal eufônica, ex. nJ^ên ; nem nos incompletos em a, nfpèn ; e a tónica permanece na raiz. 502. 4) — Como nos Ayin Vav os prefixos preformantes tomam vogal tônica-longa, visto que, precedento raiz monossilábica, formam sí- laba aberta pretónica, ex., incompleto de qal 3 D', a vogal original 208 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR a de ya, se alonga para yã; nos verbos estativos, ^p', o i breve ori- ginal (§ 229.) se alonga para ê. 503. Na forma aramaica (§ 494.) a sílaba é fechada e conserva o i breve, como no verbo regular {a atenuado em i), ex. 3b\ Na l'' pes., 3bS (§ 229-fim), Voi^. 504. Niphal. No incompleto, também o preformante dá sílaba fechada e conserva o i breve, ex. 3D'; 1^ pes. No completo o prefor- mante 2 original (§ 272-552.) se alonga para 2, ex. 3D3 (de 33p]) na sílaba aberta, átona (§ 16.). Infinito; construto, 3Dn, absoluto, 505. Hiphil. O preformante H se alonga para ê, 3011, pela mesma razão, no completo; e no incompleto ya para yc, ex. 3Ç?'; forma aramaica Imperativo e infinitos: 3Dn de 33011. O preformante do parti- cípio segue o completo 3 DO {i alongado para e) como os Ayin Vav também CpO (§ 556.) mas ao contrário do verbo regular em que o particípio segue o incompleto, (§ 306.) b''l^pD. 506. Hophal. Até aqui essas vogais são tônicas-longas e, portanto, sus- cetíveis de abreviamento ou redução a shevas, quando se distanciam da tónica, ex. □''300 — particípio pl. hiphil. Mas no hophal a vogal é longa por natureza 3D1Í1 completo (de 33011) 301' (de 330^) incompleto. Êste na forma aramaica, DS' (de nri3^) Is. 24:12. 507. Formação do intensivo. Pode-se fazer de três modos : 1) — Segue-se o verbo regular, 508. 2) — Duplica-se a forma contrata, (o pilpel) visando evitar a trí- plice repetição da letra média, ex. "^030, — excitar. Essas duas maneiras também se encontram no verbo Ayin Vav (§ 564-565.). 509. 3) — Mais comumente a idéia se intensifica pelo simples prolonga- mento da raiz inserindo-se uma vogal longa imutável entre a pri- meira e a segunda letra da raiz não contrata, ex. 33Í0, b"*?!!!!];!. É o chamado Poel, Hithpoel. 510. O pual quasi sempre segue o verbo regular. 511. Alguns há que aparecem em duas dessas formas no mesmo grau e, às vezes, com significados diferentes, ex. ^2^2 e ^^^2 — rolar. — louvar; — enlouquecer (transitivo). b^n — profanar; hbin — ferir VERBO DUPLO AYIN 209 330 — trocar; 33ÍD — rodear. '7VP — amaldiçoar; '^rVP — afiar, aguçar, estimular. 512. Outros há que assumem formas diferentes, nas diferentes vozes do intensivo, sem mudar de significado, ex. ppn — decretar, pual, — pp.n-, bobo, exaltar e Pi7; — fazer amargo e "IDIDníl. 513. Observações Gerais: 1) — O verbo regular assume às vezes a forma do poel, ex. K)"lty — ■ arraigar. 2) — O incompleto de qal de formação aramaica, se confunde com o incompleto de qal em o, dos verbos Pe Nun (§ 466-Nota.), ex. 3b^ comparado com '^S^ de "^S] pl. 13D' e 'ÒS'',. 3) — Alguns há que nunca se contraem, ex. Hiphil, Ti")!! — com- pleto e y^l.l — incompleto de 131 — regosijar-se. 4) — Outros geralmente contratos, excepcionalmente não se con- traem, ex. ]yni — êle é cheio de graça, Amós, 5:15, incompleto de qal; em todas as demais passagens é ]n'. 5) — Aparecem alguns raros exemplos do completo em õ, ex. ^B1 (de DD-]) êles são exaltados, Job 24:24; 131 (de 221) Gen. 49:23. (Comparem-se com b'D\ — ser capaz, poder). Vocabulário : 33 D — rodear, serpear. ^SNí — rodear, envolver. TIX — amaldiçoar. 1-113173 — por tua causa (l +-11317 +3). — abater, minguar, desprezar, tratar levianamente, amaldiçoar, ser leve. bb D — falar, referir, proclamar. 113 — despojar, saquear. ODri — consumir, acabar, gastar, ser completo, aperfeiçoar. W12 — chegar perto, aproximar-se. bh^ — rolar, remover. P.^ll — 3a. incompleto, hiphil, de Hp^ — beber, portanto, — abeberou. (Não se usa em qal). nrity — beber (não se usa no hiphil). Parte. pres. — nriK^. -13B) — bebida forte, inebriante. 210 n"?nn f. T • T T -no - T 1^3? n. p. T- □ "IK c. T -: ]3N f. T - Exercício 81 T V ■• - ... - T j - ..... . . _ . .j. _. r\^2i2r^ n^ínxi :n^23 ■i5:;x-':'3-nx in"! rnx ' V : T : T : T -:- "u - v -; t v t- ' v v Dni^p r"].^!? inç?:! onn :i?2n^ np nxx tj^p^í::??! nj^n ixii;! xinn njçn Dhni :]vy2 fixi^i nin^ ninn? ^^n; :í?2n ^ní:^ I5<i!5"n^ p?;n lí^^ri TT - • TT T VV TT iT*: T"";- Exercício 82 Conheceu (yi'!) Noé que minguaram {hbp) as águas de sobre a terra. Saqueou (vav consec. mais incompleto, qal. 3a. m. pl.) o povo o (niS!) arraial dos siros. Sejam consumidos (DOri) os pe- cadores (]P) da terra. Envolveram-me (^SN) as ondas da morte. Maldita (é) a terra por tua causa (por causa de ti). Disse Deus a Balaão: não amaldiçoes (amaldiçoarás) o povo porquanto ('3) bendito é («IH). GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR — louvor, cântico de louvor. ni133 — força, feitos ou obras poderosas. — corrente, rio. DIO — morte; constr. — DÍD. — e soube, conheceu. — ser amargo. ]XÍ£ ii.f. coletivo — rebanho, de gado meúdo, geralmente de ovelhas, cabras, etc. — Canaã. — vieram, de — vir. — no Pentateuco, igual a tí^n — • ela. — n. p. Síria, ou gent. — siro. — pedra, peso. "INZI f. — poço, fossa. — Balaão. I^tyo — onda, rebentação. — adj. ou n. m., — pecaminoso, pecador. Pl. — □''N^n. VERBOS QUIESCENTES 211 Capítulo XLVII VERBOS QUIESCENTES (PE YÔDH PE VAV) 514. Chamam-se quiescentes os verbos fracos que têm na sua raiz uma letra originalmente muda, ex. NS"!; ou vocálica, ex. QW; ou sus- cetível de emudecer, transformando-se em vogal apenas, ex. 2\à\ As letras originalmente suscetíveis de silenciarem (ou se reduzirem em certos casos a vogais), são o vav e o yôdh em qualquer das três letras da raiz e o X na última (§ 575 e 576.) ou ainda em cinco ou sete verbos na primeira letra da raiz (§ 438.). Cumpre notar que o vav e o yôdh na última letra da raiz são hoje sempre substituídos pela letra H porque essa letra veio a representar no completo de gal a vogal final da raiz, ã (— ), depois da queda do vav e do yôdh originais, de sorte que esses verbos se denominam atualmente de Lâmedh hê (§ 584.). 515. Todos os verbos, cuja primeira letra da raiz foi originalmente 1 ou \ se escrevem com yôdh, porque o hebraico tem aversão a começar palavras com 1, de sorte que na raiz não se distingue uma classe da outra, embora haja diferenças notáveis entre os dois paradigmas. 516. Podem-se classificar êsses verbos em três categorias; 1. — os que originalmente começavam por yôdh mesmo; 2. — os que original- mente começavam por vav; 3. — os assimilantes, a saber, os que começando por vav ou por yôdh, se confundem com o verbo Pe Nun, porque a primeira letra da raiz em lugar de silenciar, é assimilada pela seguinte. Vamos considerá-los separadamente. VERBOS PE YÔDH E PE VAV VERBO PE YÔDH 517. Há poucos verbos dessa categoria: 3^^, — ser bom; py, — mamar, sugar; Y'p_\ — acordar; '\%\, — formar; — no hiphil, — lamentar; — ser reto, direito. Carateristicos — No qal o incompleto se 212 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR faz em a na última sílaba e o yôdh da raiz silencia (§ 160-3a.), ex. (de 3^", semelhantemente aos estativos ~Í3D'), tornando-se i longo, yitabh. 518. No Tliphil, o completo é p^í'!!, provàvelmente de p"'3"'n porque o a original do prefixo (§ 304.) dá com o yôdh (a+y) o ditongo ai e depois ê (§ 60.). Outros entendem que esse ê aparece por analogia com o incompleto (§ 519.) do hiphil. 519. No incompleto do hiphil, o preformativo toma a, como no verbo regular (§ 229.) — p''V.''.> mas de novo, a + y dá o ditongo ai, depois ê de sorte que a forma é p'?". O mesmo acontece com o imperativo e o infinito absoluto do hiphil ntp^n dá nt?'!!. 520. No incompleto de qal com vav consecutivo há retração da tónica para a penúltima sílaba aberta (§ 256.) e o a da última se abrevia para e, ex. (3D") 3^"1, Vp.'?!- 521. Os infinitos aií3^ e 2b], os particípios py, p^y, o imperativo 3^', em qal e também os graus piei, pual e hithpael se fazem regular- mente. 522. Formas anómalas. — No hiphil há formas anómalas no incompleto, como l'?'''?!^!. respectivamente 3a. pes. sing. m., la. sing. e 2a. pl. m. (Is. 15 :2) e 3"'£P" (Jó 24:21) e mesmo no incompleto de qal yT.l (Salmo 138:6). VERBOS PE VA V 523. Não se distinguem, na raiz, dos Pe Yôdh, como já dissemos (§ 515.), mas quando o yôdh da raiz ficar no fim da sílaba, o vav original re- aparece como consoante no incompleto do niphal, ou como vogal o i, no completo do niphal e no hiphil ou como tl 1 no hophal. Essa a principal maneira de distinguir os verbos Pe Vav dos Pe Yôdh. Outro modo seria o de exclusão dos Pe Yôdh, que são poucos (§ 517.). Os demais, cuja raiz começa por yôdh, são Pe Vav. 524. Carateristicos. Distinguem-se do verbo regular os verbos Pe Vav nos seguintes casos: No incompleto de qal. 1. — Em alguns verbos, o incompleto se faz como no verbo Pe Yôdh, a saber, o Yôdh da raiz silencia e com- binado com o j do preformativo se torna i longo; a última sílaba VERBOS QUIESCENTES 213 toma a ex., tíl" — possuirá; — temerá, com o a alongado na última sílaba para c, por ser verbo também Lamedh Aleph (§ 577.-) ; tyD'^ — secará, yi}'''', — aconselhará; ^V" — cansar-se-á; ]^''] — dor- mirá; por certo na pausa (§ 169-1.) dormirei. Nesses verbos, o imperativo, os particípios e os infinitos seguem o verbo regular, ex. W2\ ^2'\ mn', tyú' e ty3\ 525. 2. — Noutros, o yôdh da raiz cai e em compensação o í do preforma- tivo passa a ser ê tônico-longo. A vogal da última sílaba também é ê, ex. 3ty^ incompleto de 2\l)\ e assim também t^^^ 11', yi', a, na última sílaba, por ser lamedh gutural (§ 460-2.); ih^. Êstes cinco verbos principalmente seguem êsse paradigma e ainda o verbo "^'^n no incompleto se conjuga como se fosse "^'7', portanto, "^'7'. Com o vav consecutivo o ê da última sílaba, que fica sendo átona (§ 16) se torna seghôl, ex. "^^h, etc. 526. Imperativo — O imperativo de qal se faz pela queda do preforma- tivo do incompleto, ficando monossilábico na 2a. pes. m. sing., ex. •^h, de'?l'7n;3ty;X^;yi. 527. O infinito construto, porém, à semelhança do verbo Pe Nun (§ 468) recebe um D compensativo, dando formas segholadas (§ 131-3.), ex. n3Ç?, m'?, n"I"l., ni7"7. Quando o verbo é lãmedh aleph ao mesmo tempo, dá ní<lí (§ 583-6.). 528. Essas formas dão confusão perfeita com o verbo Pe Nun (§ 468.). Com sufixos a vogal é geralmente i, na primeira sílaba e não a como se poderia esperar (§ 133-2.), ex. Tnati) ; 'ril"! ; mas 'ril?! (§ 152-2a.) e 'ri^*? por motivo eufônico devido ao D e 'flKl? (§ 527.). 529. Há infinitos, porém, bem variados, como os de verbos que fazem o incompleto na forma de í^"!''^ os quais podem assumir as formas seguintes: i^í?"!'; nyí"i;; — incompleto qal ^DV, infinito com sufixo, "íin/D'. 530. Reaparecimento do vav original. Quando a primeira letra da raiz devido a certos prefixos fica no fim de uma sílaba e em alguns casos no meio da palavra, mesmo no começo da sílaba, o vav reaparece. Isso se dá no Niphal, no Hiphil e no Hophal. 531. Niphal. Neste grau o vav conserva o valor consonantal no incompleto e formas cognatas ex. : incompleto 2\àV, como no verbo regular; 214 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR infinito e imperativo 3t^in. No completo e no particípio, a vogal original a do prefixo (§ 272) forma com o 1 (a+v) o ditongo au, depois ô (§ 111.), ex. 3tí)1], de 31^13, completo, e particípio presente — 2t^Í3. No verbo regular, "^Dp): e '^Dpj (§ 266.). 532. No hithpael. Em alguns verbos o vav conserva o seu valor conso- nantal, ex. yiinn — fazer-se conhecido, como no verbo regular, apenas a na última sílaba devido à gutural final. 533. Hiphil. Neste grau no completo, o a original (§ 304.) do prefixo mais o vav (a+v) dá au e ô, ex. ^''tyin (§ 160.). De igual modo no incompleto o a original do prefixo ^ (§ 229.) combinado com o vav {2'0V) dá au e finalmente ô, 3't?V. 534. Hophal. Neste grau, o u caraterístico da passiva (§ 291-160-3a) com o vav dá o íÍ longo, em que o vav se resolve: 3tyin, de nt^in. Veja-se ^Vtç;n e "^k^T} (§ 315.). 535. Observações. 1. — A la. pes. sing. do incompleto do A^í^/ja/, é sempre do tipo e não 3t^1« (§ 229-fim). 2. — Excepcionalmente, o incompleto do niphal toma yôdh em lugar de vav, ex. "^PI^'! o 1° yôdh, preformativo, geminado devido ao vav consecutivo (§ 254.) e o segundo por ser niphal e substituir ol. 3. — O vav consecutivo com o incompleto (§256.) faz recuar a tónica e abrevia o ê para seghôl na última sílaba, como aconteceu no último exemplo acima observado (§ 535-2.) e no hiphil e em qal também, ex. ^DV\ de «^D\ 4. — Há exemplos de hophal com 1 em lugar de 1, como yiin em lugar de yijn, Lev. 4:23, 28. VERBOS ASSIMILANTES, {PE YÔDH, PE VAV) 536. Nalguns verbos, tanto o vav como o yôdh iniciais são assimilados em lugar de se tornarem vogais resultantes dos ditongos ou de combinações de vogais homogéneas com essa letra, assim: av = o; ay = ê; iy = i; e uv = LÍ. A primeira letra da raiz é assimilada pela seguinte justamente como nos verbos Pe Nun, dando com êstes VERBOS QUIESCENTES 215 confusão perfeita. Quando não se achar nos Lexicons a raiz de um, deve-se procurar a raiz do outro. Alguns dêsses, aparecem invariàvelmente nessa forma, como — espalhar, estender; — no hiphil, — i^^S^H; Hophal, ys^H; n'^\ — queimar, arder, incom- pleto, — nx^ hiphil, n'2?n; no hiphil,— Vl-n, V^D. 537. Outros há que seguem alternadamente, ora o paradigma de Pe Nun, ora o de Pe Yôdh, Pe Vav, ex. p^^ — derramar, incompleto, p2^], como Pe Nun; e com vav consecutivo p^ll, como Pe Yôdh. Vocabulário: "1^^ — formar. Êste verbo na primeira sentença vem regido de dois acusativos, o mais próximo definido, o outro indefinido. E próprio da sintaxe hebraica. "IT — ■ descer. -T 3t3' — ser bom, ir bem. 3t^' — assentar, habitar. 113 — peregrinar. 1Í<1'1 — viram. Vav consec. e incompl. pl. m. de HN"! — ver. Tto — príncipe, capitão, chefe, oficial, governador. "131^ — trigo, grão, alimento, víveres. — verbo denominativo, — comprar trigo, grão. Di"? n.p. — Ló. ]in n. p. — Harã. n^.n^l — para que vivamos. Vav simples (conjuntivo) com o incompleto depois de um imperativo na mesma sen- tença tem força de cláusula final. Aqui é o incompleto de n'ri — viver. Também depois de sentenças inter- rogativas ou negativas, o incompleto com vav simples tem a mesma força de cláusula final. (Ver § 258.) 1*?' — gerar, dar à luz; no Niphal, — nascer. 3^17 — dor, sofrimento. l'7'~lt^í<"'73 — tudo que lhe pertencia, (tudo que para êle). 216 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Exercício 83 T : - ' V— T T-: T • • T T TT T V • v: V •- D^:^ mn-]2 □-iní<i ídI^ "im rib^i nin^ vb^ ^21 nm2 • T •• T ' V T : - : A • ' V — T : t ■• v • v -: - : ••- •: —. T T : - ' ' t t •■ •• : t t • : • : "T • T T t:-:* t:- v — ' - - : t : - v v t I .. _. _ . - . I . . . -. y ... I .. j j T T T T • T ,s : - V T : - :- :- "t t :•- Exercício 84 E chamou Abrão (X"1p'l) a seu filho (o nome de seu filho) que lhe nascera (artigo mais particípio presente do Niphal de T*?'), que lhe (iV) gerara (3a. f. sing. completo, qal) Sara, Isaque. Tinha Abrão cem anos (era filho de cem de ano) quando lhe nasceu (no ser nascido para êle, — preposição mais infinito construto do Niphal de l';'') Isaque. À (Vn) mulher disse: com sofrimento darás à luz filhos. Disse Faraó a Abrão: Porque não me contaste (IJJ) que ela (era) tua mulher (tua mulher ela, NIH). Saiu Caim (vav consec. e incompleto qal de i^m) e habitou na terra de Nod. Disse Jacó: Descei ao Egito e comprai para nós de lá trigo para que vivamos VERBOS AYIN VAV, AYIN YODH 217 Capítulo XLVIII VERBOS A YIN VA V, A YIN YÔDH {Quiescentes) 538. São dessa classe os verbos cuja letra média da raiz é 1 ou ' vocá- licos, ex. "IID, □''"!. Dlp. Devido à fraqueza dessas letras, elas geralmente perdem o seu valor consonantal, exceto em alguns verbos (§ 544.), e se contraem no som das vogais respectivamente homogéneas ú e i, assim: infinito construto — Qlp de Dlp» — qvõm, segundo Gesenius; de Cp]p — quvm segundo R. D. Wilson. O par- ticípio passado Dlp de Dlp — qavúm, (§ 160-3). O inf. absoluto, □ip de Dip — qavôm. 539. O vav pode-se contrair com a vogal que o precede ou com a que o segue: com u em ã; com a em ô; e com i em i (veja-se o hiphil). 540. No completo de qal o vav (ou o yôdh) cai e a raiz contrata toma a vogal que deveria ter a segunda sílaba da forma não contrata trili- teral, porém, alongada: no verbo ativo: — Dp de Dlp; 3"1 de na de mD; No estativo: t£)Í3 de tyÍ3 — bavôsh. 541. Daí resulta que a raiz desses verbos é sempre monossilábica na forma atual. 542. Como o vav (ou o yôdh) acompanhado de vogal heterogénea cai no completo de qal, o verbo se nomeia pelo infinito construto. A letra média cai também no particípio ativo de qal, Dp de Dlp, (pois "^tpp era a forma original de '^tpp) ou então de Dip, adjetivo verbal. Cai a letra média em alguns jussivos de qal Qp\ e cm todos os jussivos do hiphil, Dp'. 543. Essas formas contratas dão lugar à discussão se a raiz foi original- mente monossilábica e nunca evoluiu para a forma dissilábica tri- litcral ou se representa a contração de uma raiz triliteral regular. Veja-se a propósito Raizes Biliterais (§ 186.). 544. Há verbos em que o vav e o yôdh conservam o seu valor consonantal e não pertencem a esta classe, ex. 31í< — odiar; — estar fatigado; "lin — ser branco; yij — expirar; — mandar, ordenar; T[\n — viver; n^^PI — ser, e outros, especialmente os que são também lâmedh hê. como os três últimos. 218 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 545. Carateríslicos. Vejamos as principais diferenças do verbo regular: 1° — Como já se disse, a raiz é monossilábica e a forma básica é o infinito construto, diferentemente do verbo regular (§ 210.), visto que o completo perde o som fundamental (§ 542) de ú ou de í. 546. 2" — No completo de qal. a) Além de ser forma contrata como já vimos (§ 540.) 1 pode terminar em c, em ê e em ô na 3=» pes. m. sing. □ f? — levantou; ]3 (ayin yôdh) — entendeu, discerniu; HO — morreu; c tyla — envergonhou- se, como no verbo regular (§ 211.), ^^p,, "T33 e ]bp). b) Na l'' e na 2^ pes., o õ e o c se abreviam para a, ex. ripp), nriO mas o ô permanece, e.x. ri{yi3, exceto no plural m. e f., isto é, antes de OFI ou ]ri cm que se abrevia para o, ex. DÇtí^3 — boshtem. 547. 3° — As desinências H— , 1 e (sufixos vocálicos) não atraem para elas a tónica como no verbo regular, de sorte que o acento tónico permanece na penúltima sílaba (§ 124-6"), no completo nOj^ — ela se levantou; 10]^ — êles se levantaram e no incompleto, lOlpri — vós vos levantareis; 'Dlpri — tu (/.) te levantarás; ^D^p\ Excetuam-se as formas arcaicas (§ 228-229), ]1D1p1; ]iri10ri — (Gen. 3:4); e ]1Dir — (Salmo 104:7). 548. 4° — O particípio presente é igual à 3"" pes. m. singular, do completo, Dp — levantando-se; o feminino se distingue apenas pela tónica da 3^ f. do completo, ex. nóp — ela se levantando; HOp — ela se le- vantou. O — da raiz no particípio é imutável, ex. □'Pj^ — ni. pl.; construto pl. — 'Dp. 549. 5° — Incompleto de qal. a) — Gonscrva na 2a. sílaba o som fundamental do infinito con- struto (§ 538.), Ú)pl (de Q]p\ — yaqvmn), 3=» m. sing. de Dip, e 3" m. sing. de 3n.. 550. Destarte, nesta modalidade e só nela se distingue o verbo ayin vav do ayin yôdh. 551. b) — O prefi.xo preformativo do incompleto toma a vogal original (§ 229.) a, mas alongada para ã, por estar na pretônica aberta (§ 119-2°), ex. mp', mpri, etc. no verbo ativo. No estativo, porém, a vogal primitiva era i mesmo (§ 229.), de sorte que tyi3' — êle se envergonhará, que seria no verbo regular íí^iZl' — yibhvôsh; e D^pl — da forma básica regular Dlpl — yaqvõm. VERBOS AYIN VAV, AYIN YODH 219 552. 6" — Preformalivos. Os prefixos preformativos do completo do niphal, e de todo o hiphil c hophal, semelhantemente ao do incom- pleto de qal (§ 551), alongam a sua vogal por virem na pretônica aberta (§ 119-2) a saber, antes de uma raiz monossilábica, assim: o preformativo original do niphal \ para \ ex. — Dip] (de Dlpí) ; o vav e o c da raiz se contraem em i na 2* sílaba; o preformativo atual do hiphil H (§ 112-3. )> se torna □'pH (de □''Ipn), forma em que o vav e o i da raiz deram i imutável (§ 539.); o preformativo do hophal, primitivo, H (§ 164-291.) deu IH imutável, parece que por transposição do p com o 1 primeiramente, de sorte que DlpH deu Dpin e depois Dpin, porque u-\-vav = íí (§ 539-486) e carateriza todo o hophal. 553. Nesses preformativos, pois, a vogal tónica longa se reduz a sheva, quando pelo deslocamento da sílaba tónica essa vogal ficar na antcpretônica aberta ex. níQ^pn — completo 2^ pes. m. hiphil e ]imon — (§ 229.) incompleto qal, 2^ pes. pl. de n^D. Naturalmente no hophal não há redução a sheva da vogal do preformativo 1 (§ 552.). 554. 7" — Inserção de vogal eufônica. No completo do niphal e do hiphil evita-se a dureza da pronúncia de formas como riDlpJ {niphal) e rippn {hiphil), pela inserção da vogal i entre o tema e a desinência da 1" e da 2=^ pessoa, assim: niOlpL Neste último caso a vogal contrata 1 da raiz se torna 1 {ú) por dissimilarização (§ 172.). Também, no incompleto de qal, na 2^ e 3^ f. pl. se insere a vogal (e) entre o tema e a desinência 113, ex. nroipri em lugar de nJOIpri. Essa inserção visa evitar que os sons de zí e í ocorram em sílaba fechada e seguidos de duas consoantes (§ 165.), uma que fecha a sílaba em apreço e outra começando a sílaba seguinte. A vogal eufônica recebe o acento tónico. 555. Às vezes, entretanto, não há inserção dessa vogal eufônica, mas o í e o zí se tornam tónicos-longos, ê {a, no completo hiphil) e ô no f. incompleto qal, ex. riSÍPT — 2^* hiphil completo de "^13; e ripí^ri — incompleto qal, de 1W; e ainda ê no incompleto do hiphil, ex. 7\y2^T\. Há verbos que aparecem nas duas formas, ora com, ora sem inserção eufônica. 556. 8" — Hiphil. Além do que já se disse no § 552 sôbre o completo. 220 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR notc-sc que no incompleto, o preformativo original (§ 229.) na sílaba aberta pretônica se alonga para \ (yã), dando □''p' (de D"'")p^), verbo Dlp (§ 539), de sorte que o hiphil não se pode distinguir do qal no verbo Ayin Yôdh, pois 2''~],\ tanto pode ser gal como hiphil de a'"!, no incompleto (§ 567). O particípio presente do hiphil é CpD e não CpÇ, como se poderia esperar (§ 505.). 557. Jussivos do qal e do hiphil. O jussivo em qal se contrai em np\ e no hiphil em Dp^, distinguindo-se assim do incompleto de qal — mp^ e hiphil — Cp', nas formas comuns. Quando o jussivo toma vav consecutivo, as vogais õ e ê, do qal e do hiphil respectivamente, com o recuo da sílaba tónica (§ 256.) ficam na sílaba fechada átona e portanto se abreviam para o c e, respectivamente, e.\. Dp^l — vayyáqom, qal e Dp'! — vayyáqem, hiphil, (§ 485). 558. Nos verbos lamedh resh ou lamedh gutural, o jussivo com vav conse- cutivo (§ 557.), toma a na sílaba fechada átona, tanto em qal como no hiphil, de modo que ~1DM pode ser qal ("ID^l — vayyásor) ou hiphil, que deveria ser "ID^l — vayyáser, isso devido ao resh final (§152-2-c). 559. 9° — O Niphal. O caraterístico geral do niphal é o ô (i) na sílaba contrata da raiz em todas as modalidades: completo Dlpí (§ 552.), incompleto — Dip', de □Ip,?' (§ 539.), sendo o prefi.xo y de '^n' (§ 272.); o imperativo e o infinito, Dlpn — (absoluto e construto) c o particípio presente é igual à 3^ completo m. sing. 560. Nesse i da raiz recai a tónica sempre, exceto na 1^ e na 2=* pes. do completo, quando há inserção da vogal eufónica (§ 554.). Essa vogal eufónica então é que recebe a tónica e a da raiz se torna 1 por dissimilarização (§ 172.). 561. 10° — O intensivo assume formas mui distintivas. Pode fazer-se de três maneiras: a) Raramente, segue a forma do verbo regular reassumindo a letra média da raiz o seu valor consonantal, e.x. 11 V de — rodear, — o único exemplo em que o vav assume o valor consonantal nesses verbos fracos. O pual e o híthpael seguem tam- bém essa forma. 562. Naturalmente os que teem o vav consonantal (§ 544) não são fra- cos e seguem a forma regular. 563. Há outros verbos fracos em que o vav se torna yôdh e seguem VERBOS AYIN VAV, AYIN YODH 221 o paradigma regular, ex. □'p de Dlp; 2in de 2in. Essas formas pertencem a período mais recente da língua e representam influ- tMicia aramaica. 564. b) — Mais frequentemente os verbos desta classe fazem o intensivo pela duplicação da última letra da raiz, visto que a letra média da raiz se tornou vocálica, ex. DDlp, DOlp, DOlprin — as chamadas formas Pôlêl, Pôlal e Hithpôlèl. No Pôlel o som de ô procede da combinação do vav que se tornou u, com o a antecedente e original (§ 160-3c), assim DOIp deu DOlp, {av = au = ô). 565. c) — Outra maneira menos comum de formação do intensivo é a duplicação da primeira e da terceira letra, omitindo-se a letra vo- cálica média, assim sustentar, nutrir, o chamado pilpêl; no pual dá — kolkal, o chamado polpal, etc. As vezes 0 mesmo verbo aparece na forma regular e nesta, como Dlp que pode dar D^p e DOip. 566. Distinção do verbo Ayin Yôdh. Só se distingue em qal e isso mesmo em poucos verbos. Nos demais graus segue o paradigma de Ayin Vav. Mesmo em qal a distinção só aparece no incompleto e formas cognatas — infinito e imperativo, porque nessas formas aparece o 1 em lugar de ú, ex. o verbo incompleto imperativo y^. Quando o verbo for ayin vav essas formas conservam o som de â, da forma básica, que, nestes verbos, é o infinito construto (§ 545-1°), ex. o verbo UW incompleto UW\. No completo, porém, tanto W'^ como UW , se contraem em Oty — 3^ pes. m. sing. O infinito absoluto de ]'3 é como no Ayin Vav, (§ 538.). 567. No hiphil, o incompleto se faz em í tanto nos Ayin Vav como nos Ayin Yôdh, □'p' incompleto hiphil de Dlp e y2\, a mesma forma de Portanto nos Ayin Yôdh, o incompleto de qal e o do hiphil se confundem; ambos são 1^3'. 568. Há poucos verbos dessa espécie e alguns assumem as duas formas, em 1 e em \ ex. ])b e — pernoitar; QW e □'ty — colocar; e W'^ — regosijar-se. 569. Outros verbos dessa espécie são: V'? — regosijar-se; n'3 — arremes- sar-se; VI, — pescar; — julgar; t2)''T — debulhar, malhar o trigo; ^Tl — ser firme, forte; tí^Tl — apressar-se; 3'"! — contender, pleitear; I-jtjÇí — meditar; — cantar; D''^ — colocar; t^^D — afastar-se, 222 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR partir; Tf — ser orgulhoso; D^r — precipitar -se, c outros ainda. Nem todos esses são exclusivamente Ayin Yôdh. 570. Outros carateristicos. No jussivo, tanto de qal como do hiphil, o t se torna ê, ex. Díy', com o vav consecutivo dá Dt?^!; mas a l"* pcs. sing., incompleto é □''tí^t<, tanto em qal como no hiphil, mesmo com o vav consecutivo. 571. Quando terminar a raiz em n e a desinência pessoal começar por n, esses dois taus geminam, ex. ''FiW e riFIB), 1" e 2^ pes. m. sing. do completo de n''K) — colocar 148) . 572. Alguns gramáticos antigos não reconhecem essa classe de verbos, mas os consideram todos como Ayin vav, devido à grande pro- miscuidade de formas e de significados. 573. Em alguns desses verbos o hiphil, ou não ocorre, ou tem o mesmo significado do qal. Alguns entendem por isso que formas como ril3'''l. '"íl"'^''?. '^^^5. etc, não representam qal, mas abrevia- ções do hiphil pela queda do preformativo, ou que o hiphil repre- sente uma formação secundária, devida ao fato de ser o incompleto de qal, igual ao incompleto do hiphil (§ 567.). 574. Formas aramaicas. Alguns verbos ayin vav seguem o aramaico no niphal c no hiphil, como os Duplo Ayin (§ 503.) a saber, o pre- formativo conserva a vogal breve e dãghêsh forte na letra seguinte, ex. rron — incitar, completo; e n''Dl — incompleto, em lugar de ÍTpn e rrp' que também se usam; às vezes com diferença de signi- ficado, ex. rfjn — dar descanso, fazer descansar, e Ffin — assentar, colocar, no incompleto O''?!; yb^ — pernoitará; ]'Vl — será rebelde, todos do hiphil. No niphal, '7lD], de b^D — circuncidar. Vocabulário: mp — levantar. 2W — voltar. Wp ou mtí' — pôr, colocar, 3'"! — lutar, contender, pleitear, defender. Din — ter pena, dó, compaixão. Vdí^ — trabalhar, sofrer trabalhos. - T ' ni3 — fugir, afugentar. VERBOS AYIN VAV, AYIN YODH 223 "^ID — lançar, apressar-se, arremessar. T12 n. p. — Gerar (Guerar). ]i~in — ardor. nn^V — subiu. 3a. f. sing. do completo dc ribv — subir. nVo — marinheiro. T - n»:K f. — navio (unidade). O m. 'JN — flotilha, frota (coletivo) ; por excessão, pois geralmente o cole- tivo é f. e a unidade é m. ''^3 — utensílios, mobília, equipamento, instrumento, panos, fazenda. Obsoleto — n'73. □n'''7Í?D — de sobre eles, literalmente. hhp^ — ser leve. No hiphil, — fazer leve, aliviar. ]"''R'P — cucurbita lagenaria, planta trepadeira que cresce e mirra mui depressa; na LXX, — KoXÔKVvda; — melão, — abóbora, — cuité, — cabaça. Jerô- nimo, — palma- Christi, riciniis. 7Ò^^']'2^ — que filho de uma noite — que, contração de "IK^Í^. Expressão idiomática: numa noite nasce (ou é) e noutra fenece. mo — morrer. 3íyn — pensar, contar, reputar, imputar. ~l3tynV nnti^n — pensava em se quebrar, literalmente. Estava para se quebrar (frase idiomática, equivale a pensava-se que ia quebrar-se). Nós também dizemos cm lin- guagem comum: esta cadeira está querendo que- brar-se. Exercício 85 □pn t^íEj'? nnri r\rhi3 "-s n^bi; K^p^ mrbii, u^p ' TT- II T : T T T T : T ■ T V T t' : ": • V ' •■ ' n^r^limn b^^T\ :mn^ ^ysb^ rw^^^n nin':' r\Tr T : - ■ ■■ ..... ^ ^ ■ ■■ - V • T - - • T- •• T • : T : • t't: T : t" non nm m.T im^i lun^bvtz bpnb n^r]-bi< n^^j^a T : - T - v - ........ i"T : T- V t*t:t v -: T T T : - • • V A : - • : t : - t •.• -; i i t i . - 224 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR T : - • T ••: • - T • -:- - t t : - ' • IT - •• • V - T : - Exercício 86 Tu és pó (pó tu) e ao pó voltarás. Colocou (vav consecutivo e incompleto de qal) Deus ali o homem que havia formado (com- pleto de qal). Colocou (completo de qal) Jacó (TIN) as varas pe- rante os olhos (■'^y'^) do gado (rebanho). Voltou (3a. f. sing. in- completo com vav consecutivo) a pomba a ele, à arca. Contenderam (vav consec. e incompleto, 3a. m. pl.) os pastores de Gerar com os pastores de Isaque, dizendo (para dizer) : são nossas (para nós) as águas. Quem sabe (sabendo) se arrependerá Deus e volverá (voltará) (vav consec. e completo, qal, 3a. m. sing.) do ardor de sua ira, e não pereçamos. Capítulo XLIX VERBO lÂmEDH ALEPH {Quiescente) 575. O b< no fim da palavra é sempre mudo e mesmo no fim de uma sí- laba média emudece (§ 159-I-). Daí decorre: 576. 1) — Que o verbo cuja última letra da raiz é i< termina pràticamente em sílaba aberta e a sua vogal, se for a {—) (como no completo de qal, niphal, pual e hophal) se alonga para ã, ex. N^Ç, N^O^, Í^^P e S^pn. Pouco aparecem o pual e o hophal dêsses verbos. 577. 2) — O incompleto e o imperativo de qal, também se deviam fazer em a breve, se o N não emudescesse, por ser gutural (§ 460-2), mas o a se alonga para ã, por ser mudo o S final, ex. i<^P' e N^p. 578. 3) — O alongamento se dá igualmente antes das desinências pes- soais representadas por sufixos consonantais da primeira e da se- gunda pessoa no singular e no plural do completo de qal. Portanto o n dessas desinências pessoais perde o dãghêsh Iene, ex. Hí^^p, — ■ 2a. m. sing.; JlN^p — 2a. f. sing.; 'DN^p — la. sing. e OflN^p — 2a. m. plural. VERBO LAMEDH ALEPH 225 579. 4) — No completo do verbo estativo e cm todos os completos dos outros graus, o N antes dessas desinências é precedido de ê (— ). ex. 2a. pes. m. sing. do niphal r]i^'^Dl, do piei riX^p, do hiphil, riNlípn. No verbo estativo, 'rifc<7D, rii<'?9 etc, esse ê é natural (§ 211.) e mesmo no piei. No niphal, porém, já não parece razoável vir ê em lugar de ã. 580. No incompleto dos femininos plurais e no imperativo, feminino plu- ral, de todos os graus, o N mudo é precedido de seghôl, ex. n^N^Ori — 2a. e 3a. fem. plural do incompleto de qal; e nJí^líp — 2a. f. pl. do imperativo de qal; Iliphil n^NI^Oil — incompleto, — imperativo. Êsse ê e e talvez se expliquem pela analogia com os verbos lãmedh hê (§ 586.) com que os lãmedh aleph teem grande afinidade e forte tendência de permutarem formas. Outros gramáticos ex- plicam que êsse som de e se deve à preferência do ^< pelos ditongos dessa classe. Nesses casos em que o N silencia é que êstes verbos se distinguem principalmente do verbo forte, ou regular. 581. Mas nem sempre o N silencia. No começo de uma sílaba êle con- serva o seu valor consonantal, (§ 159-1-2). Daí decorre que quando um verbo desta classe recebe desinência pessoal representada por sufixo v^ocálico (§ 198-1), o N conserva o valor de consoante, ex. nXlíD — 3a. f. sing.; — 3a. pes. pl. m., do completo de qal; IN^IíDn — 3a. pl. comum, do hiphil; 'N^^^pn — ^ 2a. imperativo f. sing. do hiphil, etc, como no verbo regular. 582. Antes dos sufixos "í], DD e ]D que exigem um sheva de ligação (vo- cálico) (§ 194.), o t< reassume o valor consonantal, toma sheva com- posto (— ) e a vogal ê ou o sheva que o precedam se tornam a, ex. O qâmeç (— ) da última sílaba geralmente se conserva antes dos sufixos, ou do H paragógico (imperativo enfático), ex. '^XÍfP^ e nKDI, Salmo 41:5. T T : ' 583. Casos especiais. 1. — O N silenciando, às vezes omite-se na escrita, cx. Tl^íO em lugar de 'nN:S0 ; '0*70, etc. 226 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR 2. — O particípio fem. sing. DN^', (contraído já de nNÍ^') tam- bém aparece sem o ^<, n:?' (Deut. 28:57). 3. — Estes verbos na sua tendência de permutarem formas com os lãmedh hê não só adotam a vocalização destes últimos como as consoantes, ocasionando confusão entre X"lp — chamar e Hlp — ■ Tl V tI T encontrar. O imperativo b^D") — cura aparece como riBI ; HD] em lugar de NtP3 (Salmo 4:7), Tt^D] (Job. 8:21) em lugar de iH^D]. 4. — Em alguns casos bem curiosos o K cede a sua vogal à conso- ante precedente que não tem vogal e permanece no fim da sílaba, mudo, ex. i<W; em lugar de M<'m; i^Wr em lugar de M<m]; particípio f. em lugar de nx^í' (Ecles. 10:5). Noutras vezes, ao contrário, o K mudo atrai para si a vogal da consoante precedente, ex. ]N-jp (Ex. 2:20) em lugar de H^Nip. 5. — A 3a. pes. f. sing. do completo de qal ocorre raramente na forma riK"lp. (Is. 7:14) em lugar da forma regular HNIp. Tal forma seria igual à 2a. pessoa f. sing. (§ 578.) e alguns pretendem explicar que essa 3a. pes. f. seria forma aramaica ou então que se deveria considerar como 2a. pes. em Is. 7:14. Mas a verdade é que essa forma ocorre indubitàvelmente como 3a. pessoa, embora com sentido diferente, noutros passos, Jer. 44:23 e Deut. 31:29. Até com outros verbos e noutros graus ocorre a desinência, Gen. 33:11 nxan; hophal de «Í3 ; Salmo 118:23, n«'7E):; Lev. 25:21, ntyi7i. T T : 6. — O infinito construto dá a forma DK^ contrata de DN^ que seria seghôlada pelo acréscimo do D compensativo à semelhança dos verbos Pe Nun e Pe Yôdh, (§ 527). 7. — Na 2a. pes. m. do completo com vav consecutivo, nestes verbos, a tónica não avança para o fim (§ 256.-), como geralmente acontece noutros verbos, de sorte que a forma referida é — riNlpI. Vocabulário: KÍ3 — vir. NB'] — erguer, levantar, carregar. D^~\ — elevar. 0"ini — (vattãrom), — 3a. f. incomp. com vav consec. — ela se elevava. VERBO LAMEDH ALEPH 227 - T T T acalmar, aquietar, socegar. gritar por socorro. embalsamar, fazer especiarias. sair. No hiphil, fazer sair, brotar, livrar. segundo a sua espécie. ("|'P — espécie). Léia, ou Lia. — temer, V. estativo, portanto parlicipio pres. e raiz são iguais. ytí' ... — livrar, salvar, libertar. UT^bí^ :r"ií<n bm n-im n^nn lí^ts;"! D^rsn 121"! V - ' viT T - •• TT- T ■• - : •- • :•- AT v: IV T - ' : • : t - v • . -;- . j ... - •• T : • V • : T : • t • V T T .. - ; - ... I .. - . -j. 1 . j j ... Veio (vav consec. e incompleto de qal) Jacó do campo à (3) tarde e saiu (vav consec. e incompleto, qal) Léia para o encontrar. E disse Deus: produza (3a. f. jussivo hiphil) a terra alma vivente segundo a sua espécie (espécie dela). Desceu Jonas (vav consec. e incompleto qal) (a) Jopa e achou (vav consec. e incompleto qal) um navio que ia (indo, parte, f.) (para) Tarsis. Sou hebreu (heb- reu eu) e a Jeová, o Deus dos ceus eu temo (temendo), que fez o mar e a terra sêca. Ergueram (vav consec. e incompleto qal) a Jonas (TIÍHí) e o atiraram (vav consec. e incompleto, hiphil, de "^ID) ao mar. Temeram (vav consec. e incompleto, qal) os marinheiros e clamaram (vav consec. e incompleto qal) cada um (tí'''t<) ao seu deus. Exercício 87 T- -T": • T--T-: Exercício 88 228 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Capítulo L VERBO LÂmEDH HE (Quiescente) 584. A fraqueza destes verbos consiste em terem êles tido na forma pri- mitiva yôdh ou vav na última letra de sua raiz. Essas letras desa- pareceram, exceto no particípio passado de qal, que é ''^hl — gãlãy, como no verbo regular h^l^p^, embora ainda apareçam em formas flexionadas (§ 607.) como em qal, 2a. pes. m. completo, ri'''?^. Nos demais casos há queda do yôdh ou do vav e estes são substituídos por um n final que não tem força consonantal. É apenas mater lectionis (§ 8.), representando a vogal final das formas não flexiona- das, e não faz parte integral da raiz. 585. Quando a última letra da raiz for um hè, de fato consonantal, o verbo segue o paradigma dos Lãmedh Guturais e ohê final nas formas não flexionadas levará tnappiq (H), ex. rT33 — ser alto (§ 159-11.). 586. Quando o 11 final for apenas mater lectionis pode representar as seguintes vogais da última sílaba, nas formas não flexionadas: r\—, no completo de todos os graus: 71^71 — qal; ilb^J — niphal; n"?3 — piei; nb}ri — hiphil, etc. ri— no incompleto e no particípio absoluto de todos os graus: incompleto — nV?' — qal; Tlbv — niphal; n'??' — piei; n^y — hiphil, etc; particípios presentes: — -qal; n*?}] — niphal; 7lb}D — hiphil, etc. ri— em todos os imperativos: n*?? — qal; n'73n — niphal; nV? — piei; e n'73ri — hiphil. 587. Às vozes passivas {piial e hophal) não têm imperativo. 588. No infinito absoluto o il final representa õ no qal — n^3 ; ê no hiphil e no hophal, tÒitI. tÒ}7\, c õ (ou ê) no niphal (H^J?) e no piei tÒi ou TÒ\; no pual e no hithpael teoricamente õ, mas não há exemplo dessas formas no \'.T., afirma Green. 589. O particípio passado de qal constitui o único exemplo de con- servação do yôdh original, no fim, 'l'?] e em alguns derivados (§ 639.). VERBO LAMEDH UK 229 590. O infinito construto sc faz com a terminação Di — em todos os graus: qal — ni"??; niphal — nl'72n; piei — ni'73, etc. Êssc traço do infinito construto parece indicar que a última letra da raiz teria sido 1 originalmente (§ 584.). 591. Os verbos desta classe se conjugam em sua grande maioria como se fossem Láinedh Yôdh, talvez porque o fossem originalmente. Há quem entenda que a razão se prende à fraqueza do vav c à faci- lidade com (lue ele se torna yôdh (§ 1.S9-III) como nos Pe Yôdli, Pe 1 a7'. Seja qual for a explicação, poucos vestígios restam das formas com vav. O infinito construto em Di talvez seja um vestígio. Compare-se niXl, Ez. 28:17 com nlN"!. 592. Nitidamente lãmedh vav há o verbo tÒ^ — descansar, em job 3:26, — la. pes. sing. completo; e as palavras derivadas do mesmo verbo — l'?tP — à vontade; Hl^t^ — descanso. Entretanto, o mesmo verbo ocorre no plural com yôdh, vh\D\ — yish-la-yá, 3a. m. incompleto. O vav original aparece ainda na forma bem frequente do hithpael de nnty (inK>) — prostrar-se. ALTERAÇÕES DISTINTIVAS DESTES VERBOS 593. As principais alterações na conjugação destes verbos se devem: a) — à facilidade com que o yôdh perde o seu valor consonantal no fim de uma sílaba (§ 160-3a). b) — à facilidade com que essa letra desaparece no fim da pa- lavra (§ 160-5a). c) — à tendência de desaparecer também o yôdh, quando colo- cado entre duas vogais suscetíveis de se contraírem (§ 160-3c.). 594. \"eremos a aplicação dêsses princípios. 595. A terminação H— nos completos (§ 586.) : a) — em qal o ' da forma "''?3 desaparece (§ 593-b.) ; b) — e o o breve, caraterístico essencial do completo, ficando na sílaba agora aberta se alonga para ã, exigindo o aparecimento do n como mater lectionis (§ 593-b, 160-5a). 596. No niphal, no hophal e no piial o a breve carateriza a última sílaba no verbo regular; no hiphil ela foi a vogal primitiva (§ 294. 211) 230 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR e no piei e no hithpael também, e ainda ocasionalmente aparece no verbo regular, de sorte que a terminação 11— é comum a todos esses graus, nas formas não flexionadas. 597. A terminação 71— no incompleto não é de tão fácil explicação. Talvez se explique assim: o incompleto do verbo lãmedh hê, se fazia em a, como nos verbos lãmedh gutural, Pelo princípio (§ 593-a) o a com o i latente no yôdh daria , mas no fim da pa- ■ lavra (§ 160-6) essa forma se torna H— . Veja-se a forma pausai do plural V^V. Essa poderia ser uma explicação pelo menos. No completo a vogal a heterogénea, essencial à forma, determinou a queda do yôdh e sua substituição por hê (§ 595-b); aqui não sendo o som a caraterístico essencial do incompleto, esse a amalgamou-se com o yôdh, que silenciou apenas. O mesmo teria acontecido no incompleto dos outros graus, nos quais a vogal a aparece no verbo regular, até ao lado de outras formas com ê, na sílaba final, ex. niphal de ^Di, forma pausai '^03% em lugar de '^DV. 598. No hiphil a terminação H— se deve, ou à analogia com os outros graus, ou à vogal original sua (§ 304-290). 599. A terminação H— dos particípios, no absoluto, também pode ter explicação semelhante; vejam-se as palavras HN"]!? — forma, de '«"ID; nntí» — campo; forma poética, 'IjO (§ 160-6). 600. A terminação H - dos imperativos, tem a mesma origem (§ 111); distingue-os do incompleto e permite a enunciação mais enérgica do imperativo. Aliás se encontram incompletos em ê H— na forma pausai e nos jussivos HITIT) (Jer. 17:17); nVjH (Lev. 18:7). 601. Os particípios presentes no construto também se fazem pela termi- nação ê H— que pode parecer contrariar o princípio de abreviamento do construto (§ 97.), na escrita, mas talvez se explique oralmente pelo menor esforço de enunciação (§ 98. Nota 1). Por essa razão, as palavras derivadas desses verbos com absoluto cm H— , fazem assim o construto (§98.3), ex. nt<l, nt|!'"l ; mas os que terminam em , no absoluto, o fazem em ex. 'PI — vida, construto "•PI; i<]l — vale, 602. Os infinitos absolutos cm ô caraterizam o verbo regular, bem como em c, o piei o hithpael, o hiphil c o hophal. Êsses sons do infinito VERBO LAMEDH HE 231 absoluto se representam por H, ex. 11^3, qal ("^ItDj!)) c hiphil — 603. Às vezes o o se representa pelo ^, ex. ÍK"1 — ver; Vn — ser. 604. O infinito construlo terminado em D, fornia f., tem certa analogia com os verbos Pe Nun (§ 468.)- 605. Mas aparece ocasionalmente sem o D, ex. Gen. 31:28 — — fazer: ou com H final. n^~j — ver, Gen. 48:11; — Jazer, Gen. 50:20; ou assume ainda a forma do feminino, nit<"1 — ver, Ezeq. 28:17. 606. Efeitos das desinências pessoais sobre a raiz. 607. Quando a desinência pessoal é consonantal (§ 198-1), o yôdh da raiz permanece combinado com o a da sílaba anterior no ditongo ê (§ 111.) que no completo de qal se atenua sempre cm r!'''?3 (de ri''73); nas vozes passivas (pual, Hophal) sempre aparece como ê, ^''^h ^''^^^ ^ outros graus ativos e reflexos (piei, hiphil, niphal e hithpael) aparecem, alternadamente, ora ê ora í, ex. piei ri"''?? ou ri'''??; hiphil ri'''73n ou ri'''?3n. A la. pes. sing. do piei, do hiphil e do hithpael sempre se faz em ê, provàvelmente para evitar o acú- mulo de i nas três sílabas sucessivas 'r)''?? (e não 'fl'''??) I e na la. do plural do niphal sempre aparece o i li'"???- 608. No incompleto e no imperativo, antes de 113, o yôdh sempre perma- nece com e, , ex. n3'''?3ri — qal; n3'''73n — niphal; n3''73ri — hiphil; imperativo n3'''73 — qal, etc. Em todos êsses casos de desinências consonantais, o yôdh perde o seu valor consonantal. (§ 593-a). 609. Quando a desinência é vocálica (§ 198-1) H— , e 1, o yôdh final da raiz ficaria originalmente entre duas vogais e, de acordo com o princípio (§ 593-c), cai e cede a vogal da desinência, que seria sua, à letra precedente, ex. l'73 — 3a. pl. completo, (em lugar de vhí); a forma primitiva de l'?Cpj!J foi em que a 3a. letra da raiz ficaria entre duas vogais, (§ 160-3c), forma que ainda aparece na pausa (§ 169-3); incompleto ''Víri, 2a. fem. sing. (em lugar de "'7311) particípio f. riVi, pl. □'Vá. Nas formas pausais, o yôdh permanece, ex. 7\\Dn — se refugia. Salmo 57:2; VÒn, Deut. 32:37; imperativo Vra — perguntai. Is. 21:12; igualmente em certas formas arcaicas, — eles aumen- 232 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR tarão, Dcut. 8:13; ou ]Vri2^'; — êles bebem, ou bebam, Salmo 78:44; c até em casos, em que mais comumcnte se omite, o yôdh perma- nece, 'JVPin — me assimilhareis, Is. 40:25 ; lO^DD"! — é/e^ 05 cobrem, Ex. 15:5. 610. O yâdh da raiz também cai na 3a. pes. fcm. sing. do completo, sub- stituído pela terminação fem. arcaica D—, assumindo a forma ra- ramente usada de r\b'i (de niV?)- Ainda há alguns raros exemplos dessa fornia: Ht^y, ein faz, Lev. 25:21; também do hiphil c do hophal, nífin — ela folgará ou pagará, Lev. 26:34; D^^^ri — ela é levada cativa, Jer. 13:19. 611. Com sufixos objetivos sempre aparecem essas formas arcaicas do f., com vogal breve porém, como no verbo regular, (§ 332-1°). 612. No entanto, a forma usual da 3a. do f. do completo se carateriza por uma 2a. desinência do f. H— aduzida à terminação D— que por si deveria ser suficiente para designar o feminino, ex. nri'?3 — 3a. f. completo de qal; T\rhyj} — 3a. f. de hiphil, na pausa, nri'73in. 613. Alguns sugerem que essa desinência se possa explicar como para- gógica apenas, semelhantemente à que se encontra em outras pa- lavras como nnyity' — salvação e nesse caso visando dar uma terminação mais suave e conformá-la melhor, por analogia, com a desinência do f. na generalidade dos verbos. 614. O yôdh cai ainda, nos casos de sufixos objetivos aduzidos às formas verbais ex., com o completo 'Jjy — èle me respondeu; "^ÍV > > com o incompleto — IH]!?^; "^?i?l; com o hiphil completo '^SH (de riDJ) "í]'7S7n. Raramente ''— substitue H— ou H— , cx. incompleto (conforme o qeri) IQ""!??! — os cobrirá, Salmo 140:10; imperativo, 'r3ri —fere-me, I Reis, 20:35. 615. A 3a. do f. sing. completo conserva antes dos sufixos a forma arcaica rh\, wV? (em lugar de ini^lV?) Zac. 5:4; na pausa 'im^ — ]ó 33:4. (§611). 616. Formas Apocopadas. No verbo regular o jussivo (ou forma abre- viada do incompleto) é igual ao incompleto em todos os graus ex- ceto no hiphil (§ 240.). No verbo fraco, porém, o jussivo pode diferir do incompleto como já temos visto (§ 485 e 557.). 617. Nestes verbos a forma abreviada do incompleto se faz em todos os graus pela apócope do H— final, o que ocasiona outras alterações VERBO LAMEDH HE 233 na forma contrata resultante. No qal, no hiphil, e no hophal a queda do n— é compensada pela introdução de um seghôl furtivo na última sílaba, como acontece com as palavras da segunda decli- nação (§ 132.). 618. Assim 7\hv se torna by e depois bv, ou também hv, alongando-se para ê o i na tónica aberta, ex. — que êle veja, de nyí"1 — ver; no hiphil 7]bv, se torna e depois bv; "isfl — de "jS^ — (n"lB — frutificar) como "^^D se torna "^^D (§ 132.). 619. Quando a letra média da raiz é gutural, (§ 444.) naturalmente essa vogal furtiva ou eufônica será a, mesmo em qal, ex. yty' — olhe, de ni7{y. Essas as mais comuns formas. T T 620. Mas há muitas formas em que não entra a vogal eufônica, ex. — levou cativo; rity?l — êle bebeu; 715'1 — êle chorou, todas em qal. No hiphil, pB?'] — êle abeberou; FIS' — alargue; — domine êle, ou faça-o dominar. 621. Nos casos em que o verbo lãmedh He é também Pe Gutural, a forma contrata se faz com a nas duas sílabas, ex. ^vll, de ntyy — fazer; de njy — responder; bvl] — de Tlbv — subir; todas essas formas são de qal e do hiphil ao mesmo tempo, só se distinguindo pelo contexto. 622. Às vezes o preformante não sofre influência da gutural e conserva o í, ex. "inn — de niFI — arder, inflamar; ]n'l — acampou, de n3n. 623. O verbo rii<"l tem duas formas no qal e — êle viu que se confunde com o hiphil — êle mostrou. 624. Com o vav consecutivo às vezes também aparecem formas não con- tratas, ex. nN~lt«^] eu vi, Is. 6:1 (ao todo, aparece vinte vezes) e i^ty^n — êle fez (cerca de quatro vezes). 625. No niphal e no intensivo, a queda do H— não ocasiona outras mu- danças, ex. rÒl' dá bv, só se devendo notar: 1° que o õ se abrevia para a quando a letra média da raiz for gutural, ex. FIQ' (em lugar de nO') de nilD; 2° que no intensivo a letra média perde o dãghêsh forte porque ficou no fim da palavra (§ 144-fim.), ex. l!^'! — piei de e b^T)'] — {hithpael de T\b\) — êle se descobriu, Gen. 9:21. 626. O imperativo de qal 7\bl não pode abreviar-se mais, porque seria preciso dar às letras restantes alguma vogal. Mas no hiphil, no piei e no hithpael se dá a apócope do H— , ex. bl, piei, imperativo, 234 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR em lugar de nV?; hiphil byn de biU (de n'72n) ; hithpael, — buPiT] — finge-te de doente, II Sam. 13:5 (de H^nrin). 627. O incompleto do verbo 71\7] — ser, n^H', pela apócope do H— de- veria ser "jnv Como o yôdh final tende a se tornar vogal, êle atrae para si o som homogéneo do i e se une com êle em í longo dando a forma Tl' — yehí (§160-4), a vogal do preformante voltando a sheva de que ela proviera mesmo (§ 228-143-22, 1°). Com vav consecutivo se torna 'il'] e com vav conjuntivo 'H'''] (§ 166-22-5°), vayeM e vtht. 628. No incompleto apocopado o verbo il^ri — viver, tem as mesmas formas, Tl', 'n'l. "'H''!, isto é, sofre as mesmas alterações que o verbo n'n. T T 629. Observações. 1) — Êstes verbos e os lãmedh aleph permutam formas (§ 583-3) como já vimos, ex. HE)"] imperativo de — curar, com as mesmas vogais mas o t< substituído por H; K^n, particípio de com as vogais do Lãmedh-Hê; n^D], com as vogais de Lãmedh Aleph, mas terminado em il; i<'^n'.l — e êle ficou doente, claramente do verbo Tlbn, mas com í< no fim. T T ' 2) — O verbo n'n se conjuga como lãmedh hê com algumas pe- culiaridades: a) — o imperativo é n'n, a saber, o n inicial toma sheva composto de seghôl. b) — quando se aduz um prefixo, o H ficando no fim da sílaba, toma sheva simples e o prefixo toma i, ex. n^HV c) — O 1 antes do imperativo é 1 e não 1 (§ 22-3°) a despeito do sheva simples (Observação b — anterior), niH] — e sê tu. 3) — Há formas em que a letra média é 1, ex. niH, imperativo; nin — particípio e a forma peculiaríssima NIH' — Ecles. 11 :3, em lugar de 4) — O verbo n'n — viver se conjuga mais ou menos como o an- terior, irn";, apoc. 'nv Mas cumpre notar que a sua forma original é a do duplo ayin '^fl que aparece como 'n (completo contrato, 3a. pes. m. sing. — § 479.) e como H^ri (§ 584.), em que o 7[ vocálico final tomou o lugar do último yôdh. 5) — Isso explica as formas do particípio presente m. plural □'^n (de 'n, sing.) e do f. singular n^n que se distingue da 3a. pes. do VERBO LAMEDH HE 235 completo m. n^FI, principalmente pelo dãghêsh forte. Êsse dãghêsh carateriza os Duplo Ayin (§ 491-632.). 6) — Quanto às formas contratas dos dois últimos verbos referidos veja-se § 627-628. Vocabulário: — abundar, enxamear. niD — ■ frutificar, dar fruto. T T ^ (133 — edificar, construir, nçn^ f- — besta, animal (doméstico), gado. Tinç — adjetivo, — limpo, puro. tÒv — subir, oferecer sacrifício. T T ' tÒ'^ — holocausto, oferta inteiramente queimada. d'^:^ — imagem. mai n. f., — semelhança. — ser cheio, encher. □"Tp. — frente, oriente. nsp n. f., — choça, cabana, rancho. — - sombra, m.r — surgir, raiar. 7\V2 — dispor, determinar, preparar, contar, numerar, □'"[j!? — oriente (substantivo m.) rriy'"!!! — adjetivo, de significado obscuro, Pcalmoso, Psilencioso, Pcálido. nzi] — ■ ferir, bater. (Apareceu no exercício na 3a. f. sing. do hiphil). ÍÍ^Xh — cabeça. V — cobrir, desmaiar, enfadar. n'73 — ser completo, acabar. O^y — • ser vasto, poderoso ou numeroso. Nota — É muito do uso sintático hebraico o emprego de verbo e acusativo cognatos, como: sacrificar sacrifício, votar voto, temer temor, etc, como no exercício 89, — ViV'^ '^y»! — ofereceu holocausto, isto é, ofereceu oferta queimada, da mesma raiz, porque o que se queima sobe em fumo. 236 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Exercício 89 ' vjT T - t: t ' V t t : t : ' : • v — ^ . _ ^ .. . _ . ) — ^ _ _ .. . . T- - : • :•: •• : • •• : - : tt • v: : • : : ' vjt t t : t •■ : - • - j - i "ib t^r"! -i"'!;':' nipt2 2m "i^i;n-]r: n]i^ :r-ií<n T A- T • V— ■ T ' • T ' VIT T n^p2 n:ri"-n!5 n^y, im iv <7^nnn 2^^^ nso Exercício 90 (Assim) foram acabados (vav consec. e incompleto do pual, apo- copado, de n'73) os ceus, a terra e todo o seu exército (exército deles). Acabou (vav consec. e incompleto apoc. do piei) Deus tudo que fizera (fez), e descansou (vav consec. e incompleto qal) no sétimo dia. Dispoz (preparou) (vav consec. e incompleto apoc. do piei) Deus um grande peixe para tragar a ('ní<) Jonas. Arrependeu- se (vav consec. e incompleto do Niphal de Dri]) do mal que dissera que lhes faria (que falou em fazer a êles) e não fez. Multiplicou-se (vav consec. e incompleto apoc. de qal de n3"l) o povo e se forta- leceu muito (vav consec. e incompleto de qal). Eis que (já) o (1nt<) abençoei e o farei frutificar (vav consec. e completo do hiphil) e multiplicar-se (o farei multiplicar) muitíssimo (1N03). PALAVRAS DKKINAOAS DOS VERBOS FRACOS 237 Capítulo LI PALAVRAS DERIVADAS DOS VERBOS FRACOS Os verbos fracos dão formas mui peculiares de palavras. Os bons léxicons é que ajudam muito na inteligência da etimologia de tais palavras. Não nos seria possível dar aqui uma atenção maior à consideração dessas formas. Convém, entretanto, apenas apresentar ao estudante alguns casos mais interessantes e de mais frequente ocorrência dos vocábulos derivados de verbos fracos, apenas com o objetivo de facilitar o entendimento de suas pecu- liaridades e talvez despertar a curiosidade e o desejo de estudos mais profundos do assunto em fontes mais autorizadas. 630. Já vimos que alguns monossílabos da primeira declinação (§ 130-5.) como — sangue, fazem o plural e sofrem outras alterações como se fossem a segunda sílaba de um dissílabo daquela categoria, ex. pl. □'Dl, construto 'Dl, construto singular. Dl. No entanto o monossílabo Dj!?, também da primeira declinação faz o construto plural ''Dp^ (e não 'Dp) e os monossílabos do tipo de DV — povo fazem o plural dobrando a letra final, CQ!?, o construto, ''DV. A razão dessa diferença se relaciona com a sua etimologia e é que o segundo desses monossílabos se deriva dos verbos Ayin Vav (§ 540.) em que o vav desaparece, determinando em compensação, o aparecimento de uma vogal imutável até mesmo no construto, ao passo que o primeiro Dl não procede de verbo Ayin Vav. O terceiro monossílabo referido Di^ é escrito com a breve e dobra a consoante, porque se deriva do verbo Duplo Ayin (§ 490-491). Também DO, morto, no construto plural 'Jl/? por se derivar de Ayin Vav. ^3 — palma, no dual, — D^S?, construto — '33 e ^Fl — pan- deiro, no pl. □''Sri e nii,, com, preposição, levando sufixo 'FIX — comigo, todos êsses derivados de Duplo Ayin (§ 479.). Naturalmente quando a última letra não puder geminar-se como em "lil — montanha (§151), a vogal que a precede se alonga quando recebe sufixo (§ 151-a.) ex. □''"in — montanhas, derivado 238 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR de Duplo Ayin, pois não poderia ser □'IH. Dados esses exemplos preliminares que nos poderão interessar no assunto, passaremos à consideração da maneira em que as palavras dessa derivação se relacionam com as declinações, seguindo nisso forçosamente A. B. Davidson, uma vez que na classificação das palavras decli- náveis. Parte III, cap. XVI (§ 128.) seguimos êsse autor. 631. As palavras derivadas dos verbos guturais não oferecem grande dificuldade, devendo-se observar apenas o efeito das guturais (§ 153- 154.) sobre os shevas, etc. a) — Assim do verbo Pe Gutural, temos DDIl — sábio : no pl. □'ODIl (§ 119-3°) no construto, sing. DDn, pl. ''Dpn, a vogal eufônica é a e não t (§ 119-4°), isso na primeira declinação. Na segunda de- clinação pode tomar — ou — de acordo com a classe a que pertencer a palavra, ex. 13^ — servo, dá no pl. □''1317 no construto, pl. '1317, sing. igual ao absoluto (§ 133-1), da classe a, como l"^?. Da classe i o pl. é n'b;V (§ 153.), construto pl. (§ 152-d). Da classe u, E>in, pl. □'B)in —construto 't^in (§ 133-3). Não sofrem alte- ração os da 3a. declinação, como IQy porque a gutural tem vogal imutável (§ 139-2.), pl. QnD)j . b) — Nos derivados de Ayin Gutural, há palavras das três decli- nações, ex. : Da la. "IH] que se declina regularmente como "13"T, exceto no construto pl. que é '1113 (§ 153.). Da 2a. — "1175 — classe a, bvB — classe u. Devido à preferência das guturais por vogais da classe a, não há palavras da classe i, isto é, com é na primeira sílaba. pl. OnV^ (§133-3), construto 'l^??; "tew rapaz — teu rapaz — ^VB — obra, pl. D^h^B, construto ''hlíB (§ 133-3, 154) em lugar de ''^VB. Da terceira declinação — ]riÍD, pl. □'Jrji), construto '^nS. Nota — As guturais preferem sheva composto mesmo quando de- vera ser secante, por isso 'll^J — meu rapaz, em lugar de '"lYí (§ 154.). Mas a gutural PI aceita sheva simples (§ 155.) pelo que 3ni — •'3n-l;'íI3n-l. Em "71; B, temos'"?;;? (§ 154.) e "qV^S. Nesta, o sheva de ligação do sufixo da 2a. pessoa é sempre vocálico (§ 194- fim.); o — sob y é eufônico (§ 119-4.) e resultou de um sheva com- posto, (§ 154.) (e portanto vocálico) que vinha sob a gutural. Êsse PALAVRAS DERIVADAS DOS VERBOS FRACOS 239 sheva composto 6 da classe u porque foi determinado pela vogal primitiva (§ 133-2), da la. sílaba. c) — Os derivados dos verbos lãmedh gutural dão palavras das três declinações também, ex. yí^H — ímpio; nDtí>, da la.; yij, yoty, nOT da 2a. e n3|P da 3a. Nestas derivadas cumpre apenas observar: 1° — que na 2a. declinação a vogal que precede a gutural final é breve (§ 152.); 2° — que nas três declinações o sheva de ligação do sufixo da 2a. pessoa m. se torna composto, sob a gutural, ex. "í]!?"!! (§153.) 2a. declinação; '^V.^l — la. declinação; "^liarp — o teu altar, 3a. declinação. 632. As palavras derivadas de verbo Duplo Ayin monossilábicas têm — e não — como os da la. declinação. Quando recebem sufixos duplicam a consoante final. São geralmente da 2a. declinação e das três classes, assim: Classe A: Sing. Abs. ]3 — jardim — constr. ]3; PI. Abs. □"'33 — const. '33 " uv—povo " " " d'd:j " "-Qy " 'n—vida " 'n " " D"!! " '::n " fatia " ns " " D^nS " 'JIS " '^7\ — monte " IH " " onn " nn ■ T •• T Note-se que na penúltima o a breve se adoça em i (§ 114.) e na última, porque o 1 não aceita dãghêsh, o a se alonga para ã. Como a causa do alongamento é constante esse ã se torna imutável. Os adjetivos dessa classe sofrem naturalmente as mesma alterações: bp_ — leve: fem. n"?p.; pl. □'Vp., f- ril^p. ^-\—mal: " nr"! " D'!}! f. niy-l Classe I: Abs. — flexa — constr. yr}; pl. □'Xri; constr. '^n " b:^— sombra " b"^ " " " ]Ú— dente " ]ty Dual D^BK; " '32; 240 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR Classe U: Abs. ph — estatuto — Constr. pn ; pl. □''pn ; constr. 'pn. E como êstc, ^íl, b3, '7j? — jugo, Dh — calor, etc. Estatuto existe na forma f. (de pn), — Hpn. Raramente alguns assumem forma triliteral, ex. □''/PÇy — povos, de Dy ; wbb^ — sombras, de ^7^ ; 'IDl' — constr. pl. de "IH — mon- tanha. Antes de PI virtualmente dobrado (§ 151-l°b.) se conserva a vogal breve, ex. HB — laço, armadilha, pl. WHB e o a é imutável. Há outras palavras que duplicam a consoante final sem serem derivadas de verbos Duplo Ayin, como ^703 — da la. declinação, pl. □'Vp? — camelos; ]Dp — pequeno; pl. □''3Dp; f. Hi^p; pOi; — profundo; f. nppi7, pl. m. □'pDl?, f. pl. nipOl^; — fresco, re- cente, f. rr^np; pl. m. D'!^» f- rilnP- Os gentílicos também seguem essa inflexão, ex. '"I^V. pl- 0""!?^. constr. ".I.Iiy. 633. Alguns monossílabos que se derivam de raizes que têm 3 médio, duplicam a consoante final porque o 3 é assimilado, ex. ^^|í — narina, ira; dual D';SNí, porque procede de ; ^V — cabra, pl. □'fV- porque procede de T]y. Naturalmente a letra final não pode receber dãghêsh forte (§ 144-fim.) porisso a forma do sing. sem qualquer sufixo não pode mostrar a assimilação do ]; n3 — filha (em lugar de DJS) — 'ria — minha filha. 634. Os derivados do verbo Pe Nun dão formas com o prefixo D, ex. T\3D — golpe, ferimento, pancada, de ilDJ — bater, ferir; ]T\'D — dádivas, dons, de ]ri5 — dar; "750 — refugo, de 635. Os derivados de Ayin Vav, Ayin Yôdh dão palavras da la. e da 2a. declinação. Algumas da la. têm vogal imutável, como particípios do verbo ayin vav, ex. Dp e DD. O pl. dessas é □'Dp e OTIO, constr. 'Op e 'riD e os femininos nóp e iiriO. Na verdade sem o conhecimento etimológico dessas formas não se poderia distinguí-las de outros monossílabos de vogal mutável como D"! e ^"1 da primeira e da terceira declinação. A única vantagem que pode haver em conhecer-lhes a derivação é explicar a razão de serem imutáveis as suas respectivas vogais. 3it3 naturalmente tem vogal imutável PALAVRAS DERIVADAS DOS VERBOS FRACOS 241 (§ 112-2) c não importa conhecer senão como uma curiosidade linguística que procede do verbo Ayin Vav. Talvez essas três formas representem contrações das formas Dlj!), niD e 3ÍD (§ 540.) e por isso, primitivamente classificadas como da la. declinação (§ 12Q-3.). Mas o caso é discultível. Outras formadas com o prefixo O, conservam o sinal da la. de- clinação, ex. DipO — lugar, pl. nlDlpO. Mas algumas trocam o i da raiz por 1, ex. liíD, pi. Dni^Ç (de "113 — peregrinar) — lugar de peregrinação. Assim piDO — doce, f. nplDQ; nÍ3D — lugar de repouso (de ^^2 — descansar), f. nniJO. Veja-se (§ 554.) niphal desses verbos. Da 2a. declinação há derivados de Ayin Vav da classe A e da U e não há da classe /, pois i e vav são heterogéneos. Dos verbos Ayin Yôdh há pela mesma razão derivados da classe A e da I e não há da classe U, pois u e yôdh são heterogéneos. Os monossílabos da classe A, ~1ÍN, e da classe í/, D1D, com vogais imutáveis na forma atual se declinam de modo absolutamente natural, de sorte que nada altera classificá-los como Ayin Vav. Da mesma maneira com Tt^, do Ayin Yôdh. Não interessa para os fins práticos conhecer que "1ÍN foi primitivamente "liyí e que o vav se tornou 1 {ii) e com o a que o precede deu ô, Entretanto esse conhecimento explica as formas excepcionais de alguns vocá- bulos em que o vav reassume no pl. o valor consonantal, ex. ~\W — boi, pl. nniK), (regular) (§ 133-3.), da classe A e pW — rua, pl. CpIK' — (regular), da classe U; no construto, pl., porém, e 636. Há as que conservam no absoluto pelo menos os caraterísticos da 2a. declinação, ex. D)D — morte, em que o a breve da primeira sí- laba se alongou para ã talvez por influência do vav, como também nas formas pausais as seghôladas comuns, ex. "^"11 — em lugar de No construto assumem a forma monossilábica, DlO. Da mesma sorte é "^IFI — meio, no construto, "^in. Das Ayin Yôdh, n][, '^IFI e outras desse tipo. Nestas o a não se alongou talvez porque a palavra fôsse pronunciada como um monos- sílabo quase e a vogal sob o yôdh é i homogénea em lugar de e (— ). Essas no construto se tornam n\t, ^""V}, etc. Mas em algumas 242 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR dessas o yôdh silenciou mesmo no absoluto, dando p'!! (§ 134-2.)- Com sufixos o no pl. aparecem naturalmente as formas monos- silábicas, ex. pl. □'FliQ, □Tl''.?; com sufixos da la. pcs. sing. ao nome sing. 'nia, 'rrr. Mas há casos raros em (jue o plural segue a forma regular, ex. '7';n, □'''?'n (§ \33-3), força, exército. Os monossílabos desta derivação se distinguem pois dos derivados dos verbos Duplo Ayin, pela presença do yôdh, os que se fazem em — , ex. pTI {Ayin Yôdh) e yV} {Duplo Ayin); os que se fazem em som de ô pela presença do 1, ex. Y"\p — espinho, "lil — • geração, Vip — voz (Ayin Vav) e D'! — urso; ^ri — pandeiro, Tj? — força, b'3 — todo (Duplo Ayin). 637. Dos que fazem em a, o ã é longo nos Ayin Vav e breve, (a), nos Duplo Ayin. 638. Os verbos Lãmedh Aleph, dão derivados das três declinações: — exército, NS"1 — cura — da la. declinação; ^<'7^ — milagre, — prisão e N£?n — pecado, da 2a. declinação; e K^' saída, m. no f. riN^'' (em lugar de Dt^^'), em que o t< silencia e cede sua vogal à consoante anterior (§ 583-2.), alongada, 3a. Declinação. Nessas palavras, o que mais cumpre notar é a conservação da vogal longa na la. declinação mesmo no construto, ex. t<"1pP — reunião, assemblêia, no construto sing. í^"lpP e às vezes no con- struto pl. também, ex. '{(línpp. Na 2a. declinação cujo pl. segue a la. declinação, ex. i^l^U — pecado, pl. D'í<ípn, construto, 'Nl^n conservando o ã longo. Esta sendo da classe I, com sufixo deveria dar i na la. sílaba, mas por ser gutural a la. letra, a vogal se ex- pande para — (e) ex. ^^<Cp^ (§ 152-d). Algumas em — —, tomam i, como ii^'^^ — o, prisão dele (§137.). Os sufixos pesados admitem a vogal breve na forma do construto, ex. DD^<1pP — vossas assemhléias. 639. Os verbos Lãmedh Hê dão palavras de formas e declinações bem peculiares. As que terminam em H— , derivadas em geral de particípios, fazem o construto em H— (§ 601.), ex. nJp — possuidor, njpp — possessão, rebanho, construto, ilíp, H^pp, da 3a. declinação; e Hlty PALAVRAS DERIVADAS DOS VERBOS FRACOS 243 — campo, n'^y — folha, 7\B\ — belo, da la. declinação, no construto, — nití' nS' TÒv, ctc. Estas quando recebem sufixos vocálicos, perdem o H— final, ex. 'Jp — meu possuidor; pl. W^íp — possui- dores, WS\ — belos, nS'^ — bela, T\^S\ — belas. Outra particularidade dessas formas é que os sufixos da 3a. pessoa se lhe aduzem na forma original (§ 205-3°) 111— m. e H— f., ex. in^pp, in'?^, tÒ^- Ocorre às vezes a forma breve do sufixo 3a. f., ex. nity — o campo dela. Formas como T^pP e irity — dão margem à discussão se são plurais dessas palavras, ou singulares em que o ^ da forma original do verbo reapareceu, (§ 160-6). Na 2a. declinação em geral o ' e o 1 da raiz original dos verbos reaparecem, como vogais finais, porque o yôdh e o vav no fim da sílaba e da palavra tendem a vocalizar-se (§ 160-4.), o yôdh se tornando í tónico, e o vav, u átono. Assim o verbo 7]~lB , frutificar , primitivamente '"IS (§584.) dá o substantivo '~!S, que se tornou na pausa '"if > esta da classe A. Da classe I, o verbo nXPI — dividir, originalmente '^n, deu '2?n. O Yôdh final deste se tornou vogal longa í, tónica, daí resultando "■2^11 — metade, na forma atual, na pausa 'I^fl, em que o t original se tornou ê tónico longo sob a tónica. Da classe U, n'?!! — estar doente, originalmente ''^n, veio o sub- stantivo ''hn que se tornou 'Vcj — doença, na pausa ''711, como no caso antecedente da classe I. 640. Há poucos que terminem em 1 e quando isso acontece o 1 original se torna ú, mas a tónica se conserva na penúltima sílaba carateri- zando bem a 2a. declinação (§ 137-4). Daí um l^p, original, se torna llíp. O a sob a tónica se alonga para ã. No construto pl. o vav recobra o seu valor consonantal, 'l^fp- Do mesmo modo a palavra lilil — informe, veio da forma ori- ginal inri ou liiri. Semelhantemente 1113 — vazio, vácuo, veio de 1113 (ou ina, originalmente). 641. Como nas outras palavras da 2a. declinação os sufixos aduzidos a estas fazem-nas voltar à forma primitiva, ex. i' — a doença dele, como Ílp3 — a manhã dele, de Ipa que veio de ~!p3 ("!p3, primitivamente). Note-se, porém, que 'IS — fruto, de com sufixo, adoça em i o a original, ex. VIS (e não i'"!?)- aliás como 244 GRAMÁTICA HliliKAICA ELEMENTAR noutras palavras comuns, da classe A, (§ 137.), Ípl2^ — a retidão dêle. 642. As palavras — pai, RN — irmão, fllnx — irmã, OTl — sôgro quando declinadas, tomam um yôdh que poderia proceder da forma primitiva de verbos lãmedh hê, ou seguem pelo menos a analogia dessas derivadas. 3X, no construto com sufixo da la. — 'DX — meu pai; — teu pai; DJ^ZIN — vosso pai; irTníjí ou V^K — o pai dêle; — o pai dela, como se a forma procedesse de n2i^ e esta do verbo ri3fc< (originalmente 'HK), (§ 584.). Certos monossílabos da la. declinação 1\, Dl e da 3a. Q\V e ]3 parecem representar contrações de formas derivadas de verbos Lãmedh Hê. Capítulo LII ALGUMAS PALAVRAS IRREGULARES LISTA ALFABÉTICA Certas palavras de uso muito vulgar assumem formas peculia- ríssimas, não se conformando com quelquer paradigma, na derivação do plural e do construto, que, às vezes, procedem de formas dife- rentes do absoluto singular. Os compêndios geralmente incluem nessa lista as seguintes: 3N! — pai, construto, 'ní^ (§ 642.), 'ZIN — meu pai, "^'ni^ — teu pai, H^IIN — o pai dela, irT^ÍS» ou VDfcj^ — o pai dêle, — m. vosso pai, Dil^IlX — o pai dêles: pl. nl3N — pais, (§ 72.), DnillN — os pais dêles (Orfflinx, rara e recente); riN — irmão: construto, — "TIN; meu irmão — TIX; nosso irmão, — IJTlt^; assim por diante, no singular, como 3K. Mas o pi., nTlN;, com dãghêsh forte implícito, constr. pl. 'Fltí; meus irmãos — 'níJ!; nossos irmãos — irriNí; os irmãos dêle — VPIX; meus irmãos, forma pausai, — (§ 178-2.). Tôdas essas formas seguem a analogia do verbo lãmedh hê, como se riN representasse nni<, derivado de nriN OflN) ; semelhantemente 3« representaria n3« de H^X Cn«), (§ 642.). ALGUMAS PALAVRAS IRREGULARES LISTA ALFABÉTICA 245 "iriNÍ — um (em lugar de iriN) também dãghêsh forte implícito (§ 178-2.), construto iriNl ; f. nnX (em lugar de iliníí) ; forma pausai nní< num caso, Ezeq. 33:30, IPI por aférese. O plural □'iriK — alguns (uns) se usa. riini< — irmã; constr. n^^^< — com sufixo 'FlinN; pl. riVriX que só se encontra em formas flexionadas vrivnN, Dn^nvnN. Também há plurais assim: "^'IfliriN — tuas (f.) irmãs; DD^fliriN — vossas irmãs. nDl< — dama, criada. No plural nInON (la. declin.). O il assume valor consonantal; ''JinOX. ^'ifi^ homem, pl. construto 'mi^, de e O pl. D^ty^N ocorre mui raramente. n{^« — mulher, (em lugar de Ht^JN, f. de ty^A); constr. ntí^A, f., de t2)'i< com t atenuado para ê. Com sufixos "'FlÚi^ — minha esposa; T|rityt< — tua esposa. O pl. — mulheres, de □"'B^^yi, construto n'3 — casa (2a. declin.) talvez forma adoçada de n33, derivada de 1133 — construir, (como ôójuos de 5é/xo); construto n''3 (§ 636.). Plural 0'ri3, que segundo Davidson deve ser bãttím, ou bâtim, neste último caso dãghêsh Iene anómalo e no 1° dãghêsh forte anómalo. Gesenius entende que deve ser bottím, talvez forma contrata de □"'ri^3 de outro singular que seria 113 em lugar de Díâ, como n3 — filha, de n33. 13 — filho (3a. declin.); construto "]3, às vezes "]3. Com sufixo '33, "íj]3- Plural □''J3 (la. declin.) como se viesse de ]3 ; construto '33 . com sufixo '33 — meus filhos. n3 — filha (2a. declin.); contrato de 033. Com sufixo '113, de 'ri33; plural — nl33 (do sing. 1133); constr. nÍ33 (la. declin.). □n — sogro. Com sufixo TPri; fem. mon — sogra, não se en- contra no plural. Vejam-se ni} — irmão e niflX — irmã. QV — dia, dual □'01' — perfeitamente regular, mas o pl. □'D' (em lugar de D'Or) ; construto 'DV Parece a forma atual, contrata de 0]' que daria yaum e depois yôm (§ 635.), originalmente da 2a. declinação. Não se deve confundir com — mar, cujo plural é WD\ (§ 632.), embora com ã no singular. 'V^ — vaso, pl. □''?3 como se de ^3, TÒ3. No sing., com sufi.xo do sing. ■^''73- No construto pl. '"^S, com sufixo '"^S — meus vasos. 1 246 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR D'D, pl. — água; construto, ou duplicado 'O^D; com sufixos, forma duplicada 'D^D, QD^D'!?. TV — cidade, pl. CIV '< construto '117, de "IT, que ainda aparece em nomes próprios. nS) — boca, de ilNS, da raiz ni<!B — respirar; construto 'S (em lugar de "B); com sufixo ''D — minha boca; "í|''S — /«a &áca; VS — a boca dele; rfS — a sua {dela) boca, como 3Ní; plural nÍ'S. t^Nh— ccòefo (em lugar de B^Í^T); pl. D^^^l (em lugar de PARADIGMAS DOS VERBOS I — Verbo Regular. II — ■ Verbo Regular com Sufixos. III — Verbos Fracos: I) — Guturais: 1. Pe Gutural. 2. Pe Aleph (sub-classe). 3. Ayin Gutural. 4. Lámedh Gutural. //) — Contratos ou assimilantes: 1. Pe Nun. 2. Duplo Ayin. ///) — Quiescentes : 1. Pe Yôdh, Pe Vav. 2. Ayin Vav, Ayin Yôdh. 3. Lámedh Aleph. 4. Lámedh Hê. Nota: — O acento — se usa nos paradigmas dos verbos sem qualquer função musical, mas apenas para indicar a sílaba tónica quando esta recai na penúltima da palavra. Verbo Regular, § 210-319 PARADIGMA DO VERBO Qal act. staí. 1\ 1 pil ci 1 Completo Sing. 3 m. ■• T PR 70^3 á j. T : l|T T : iT 1 / T : 1 |T 2 171 . T : j-It J 1 \ mé^ T T i Uw 7 T : j 1 T i 1 /Wl/J T : j-l : * : : ~ T ?^^M■l7 i]i7y|7j 1 c. • : j-It ■ : j- T iiJUr7 ■ : j 1 T ím7W|7J J^iiir. j c. : 1 |T • i? : 1 n ^Sm^7 l7wpi z m. □ri [ Uin7u|7j 7^7M^ jin 7 U |7 J 1 c. : j-It : j- T njw7 J 1 T nj7Uj7J Incompleto Sing. 3 wj. \w... z w. 7ypri ^ }• • : ' r * 1 c. Pliir. 3 w. vjV l7Up^ •I7U|7 3 /• nJ7u7iM T : j 1 : • T :j- : • T : j-It - 2 w. V j 1/ "l /Ui/r \ 1 /W\/à\ : 1 It • 9 f 1 1 J /w 7i 1 T : j 1 ; • T :j- : • T : j-l T • 1 c. Ttnp. Sing. 2 th. Vi t 1 •iai'/ 1 T : • - ; V / U [7 y I |7 • : 1 |T ' PluT. 2 w. '1'7*1 *ri 1^^19*7 1 /U\/i \ : 1 [T • 2 f Tl j 1 : T : J-l T • Jussivo 2 sing. Incompleto vav cofis. 7y 7 j 1 I Cohortativo 1 sing. T : In • vav cons. perf. |T : -Ir: etc. Inf. const. Inf. absol. 7123 T Part. presente " T Part. passado 248 Verbo Regular, § 210-319 REGULAR Pi'êl Pu'al Hithpa'êl Hiphll Hoph'al yppn T J-l : • T : 1 : T T : j-l • i 1 f w / i 1 /w / T : : 7-K i'l / W /i ll 1 T : J-l - ; • i"i 1 T : J-l : * í'l /\Ji/i l i I / W /í 1 T : J-l : T i 1 rUL^I 1 • : J-l : T • : i 1 /U^/f\ ■1 /wk •i / ^1'.'.' Ui 1 /Ut/l\ Iví-K ]nVt?pn li /w|/( l l^iV^pn IJ r W r 1 1 : J-l : T '^Vr Kl. / VK- ~ 1 \ : VK- 1 - . / w / 1^ 1 • tKV r W ri li 1 7 í?|<€i • tK? - r /W /^i u\ 1 . T : J-l : - 1 IJ /W /i I T : J-l : T T : j"l - : T : J-l ■• ; 1 IJ /WL^i li') T : J-l - : • 1 í^i li ) 1 / W|^JJ 1 r w|/^i^l 1 IJ /w /i 1 T : J-l : T 1 IJ r W K i 1 T : j-l- : 1 \À / \ij\r à 1 T ; J-l \ ; f \À /^\/à li 1 T : J-l - : * 1 IJ /U\^i 1 T : j"l : - 1 ;t Não ^ç?po Não ''V"'5?Pl' há lytjpri há T : j"l - n:Vt3pnn T : J-l - : * T : J-l ; - etc. T j'l : - '^■'tppn (Vtípn) - : T (VDpn) T 1 \ : T 1 : T 249 COMPLETO DE QAL COM SUFIXOS, Verbo Rcí;ular, § 338 Singular Plnrnl 3a. m. 3a./. 2a. m. 2a. f. la. c. 3a. pl. 2a. /)/. la. pl, m. V f. c. Pronomes Objetivos O — m. A-/. Te — m. Te-/. Me — c. os—m. AS—/. VOS — m. vos—f. NOS — c. mi?D T ; Ij-T -Dri-ips 13 li?.? impDí imps jtIt : T : nip^B (:"'3-) ••íips ■jT • j-It : (ia-) mps Q?1p? inipD inmpD -iT - : nnipD < inmpD nrr-riipsí jtIt : nmps ^nips -3mpD (.•'3-) ■'3mpD □mps (ia-) nmpD i3mpD : j-ÍT ; vnips in^n-rps HTnpD T j- :l- : Tíjilps □"riips rJ?lps mnps jl T ; nnpD T Jt : TITipD i3mpD wmps I3nps Jr; imnip.D "imnpQ mmpD m37ps T tj;I-: TIinp.D r]i3ip.s "rn-tpD mnip.D Di3ipD inj^D jinipp piips DD131PS wriii?s INCOMPLETO DE QAL, Verbo Regular, COM SUFIXOS, § 338, 340 Singular Plural ATIVO ESTATIVO ATIVO EST.ATI\'0 Pronomes 3. m. waV 3a. c. Objetivos • j T : • Sing. la. c. ••3- -3VbP- "i- •'31£'3V"' 2a. m. nl^-Çp: ^Vvp: ^1'??p? 2a. f. 'i'??P? ^"'''tpp: 3a. m. i3bcip^ inbçp^ 13- intpaV- JV j- T : • inVDp' inc?3"7-' 3a./. n3- n- nVcp"" Tjv JT T jv : 1 : • n3- riE^ab"' TJV T -V T : • m"?Dp-' T j : 1 : * nw3'7'' T j T : • Plur. la. c. i3Í?.Pp? J-T : • i3Vpp: i3tr3b'- 2a. m. ef. ]D- ddVçP! 3- opiVçp: 3a. m. e /. ]- oVtpp: i-DiVcp: ]- DW3V-' T : ■ Desto modo todas as pessoas Deste modo todas as pessoas que terminam em consoante, que terminam em' vogal bem como a 2a. e a 3a. /. pl. que se tornam FIEL COM SUFIXOS Completo Incompl. 3 s. m. 3 s. m. '7?p.' ^?>.?P ^V^P ^'??p ■^'??p-: i'?^p mVup.^ nV?P nVtíp"' T JV : 13>,PP 13'?.í3p? Q^V^p D^V^p? d'??P i^V^p: D"?t?P: iV^P i^^p: §341 §341 250 IMPERATIVO COM SUFIXOS (Verbo regular, em qãl) (§ 339) Pronomes Singular PI ural ^ s Objetivos 2a. pes. m. 2a. pes./. 2a. pes. m. 2a. pes. /. Visita ^p^ Visita ^IpS Visitai npS \'isitai nnpD T :lj : 0— m. Sing. 3 (13-) imiPD innps A- /. Sing. 3 mí5B (na—) mtpq II \\r ^ VIU / 1) Ir' tI : T Tjv T jvl : t II 1 r w T j* 1 : * T jl ; • c/l ^ c a ME — c. Sing. 1 • j-l : T ^^^^^ A OS — m. Ao — /, Plur. 3 Plur. 3 (ÍD-) D1|?D j" "1 : T rTR? t/) ,03 2 .2 O. . bJD NOS c. P/wr. 1 " ri ■O INFINITO COM SUFIXOS, § 339 e 343 QAL Ativo Estativo Sing. Plur. Sing. Plur. la. c. j"l : T mas j" : • 2a. m. ?J1 TIR? °?"7R? 2a./. "IIR? 1?T etc. 3a. m j" 1 ; T °1R? etc. 3a. f. n- T I7 Nota: O sufixo da la. pes. sing. tem uma forma verbal objetiva e outra nominal sub- jetiva, § 327-3°. As demais pessoas só teem a forma nominal e tanto podem ser objetivas como subjetivas, dependendo o sentido, do contexto. 251 I — Verbos guturais, 1 — PE GUTURAL, § 417 a 429 QAL NI PH AL NIPHIL HOPHAL Ativo Eslativo y ^ N ^ Completo Sing. 3 m. □nn 7057 - T - T DDn pm - T 1 -T n^mn rayn onnrr nas?n 3/. moi? T ; iT mayí T : V p HToyn T j-v:iv moyn T : T iT 2 m. rno57 T : T moyi T :j-v:r mayn T :j-t:it 2f. mayn 1 c. •rnoy ■"mari • :j-v:r ■"riTayn Plur. 3 c. noy n-ayn nayn ; T iT 2 m. nniayn nmayn : - t:it 2f. iriiayn jniayn 1 c. inoy : j- T inaw : j- v:r inayn : j-t: it Incompleto Sing. 3 m. pin;; lay Tay lay ~ t:ii 3f. loyn •' T Tipi?? nayn - t:it 2 m. navn ■■ T l" layn ~ t; it 2f. nayn noyn • : T iT 1 c. pipN larx nayx ~ t: it Plur. 3 m. : -r • : V r nas?;i n^ay nay : T it 3f. nnbyn T : j i- n 3 p T n n T 1 : j- v: IV nnarn T ; J- T !■■ niiayn nnayn T :j-t:it 2 m. noyn narn n'as?n noyn ; T iT 2f. nnbi?n T : j -: 1- n 3 p t n n T ' : j- v: IV nnas?n njiayn nnayn T :j-t:it 1 c. ~:r nos?] " T r n^ayí noyi " na Jmp. Sing. 2 m. 7by pio 70S7n •■ T l-' 2f. 'Pin •"Toyn * j'~:i- Não Plur. 2 m. noy ipm iT'as?n 2/. nnby T : j n 3 1? t n T t : j- -: nnas?n T : j- T I" nnoyn T :j"-:i- há juss. 3 nay Incompl. vav cons. nbi;»i -:r- pTn'i 1 -v:r- Cohort. 1 sing. mas?» T ; V IV HToyx T j- -:í- Inf. conslr. Tby nas?n Inf. absol. T Drim nias?j layn ■■ t: tr Part. presente nas? 70S?J naya T t:it Pari. passado Tiay T 2 — Verbos PE ALEPH, X"D (Sub-classe do Pe Gutural), §430 a 441 Inf. constr. Incompleto Sing. 3 m. bOK'' P/ur. 3 nt. Imp. Sirt^. 2 711. Inf. absol. 3 /. VsNh 3/. niVsNh T : j- 2f. Part. presente 2 m. V^Nh 2 m. Plur. 2 111. Part. passado T 2 /. ■•'pDNh 2/. nibDxn T : j- 2f. ni"?3N T : j -: 1 c. V?» 1 f. Incompl. 5í«g. 1 Cohort. nVDN T : I — Verbos Guturais, 3 — AYIN GUTURAL, § 442 a 457 Oal Ninhn 1 Completo Sing. 3 m. - T 3/. T -:n 2 ni. T : j-T T : J-: • 2f. : : ~ T 1 c. Plur. 3 c. * : J-T -:rr 2 m. 2f. 1 c. : J-T Incompleto Sing. 3 m. •• T* 3/. 2 w. " T ■ 2/. 1 c. •• T V Plur. 3 w. 3/. T : J-: • T ; J-T ■ 2 m. -:tT * 2f. T : J-: • T : J-T * 1 c. /w/'. Sing. 2 m. 2f. • -:iT • Plur. 2 m. T : J-: -:iT * 2f. T : J-T • Jussivo 3 m. Incompl. vav cons. Incompl. com sufixo ■ j" T : * Inf. constr. ■• T • Inf. absol. T T • Part. presente T : • Part. passado T Fiel Pua! Hithpael •• T : • T -:r' T : j— nVxj T -: 1 r\bm T : j- T -:iT : • nVxjnn T : J-T : ■ Fibm n'7Xjnn : : - T : • "TlVxj • : j- ■■nVxjnn • : J-T : • -:iT : ■ DnVxsnn iriVxjnn " t: : j- : J-T : • VXiin'' ■■ T : • •■ T : •• T : • buiD •• T : Vxjnn •■ T : • • -:iT ; • -:tT • • -;it: -:iT : • njVxjn T : J-T : -:iT : T : j- ; iVxiri njVxjnn T ; J-T : • iVxsnn -:it : * niVxjn T : J-T : T : j- : njVxjnn T : J-T : • " t: Vxsni ■• T : • •■ T Não Vxjnn " T : • ■"bm • -:iT "''?xjnn • -:iT : ■ -:it T : J-T há iVxjnn -:iT : • niVxjnn T : J-T : ■ bm "T Vxinn ■• T : • ■• T bmTi •• T : T : Vxjna •• T ; • 253 I— Verbos Guturais, 4 — LAMEDH GUTURAL, § 468 a 464 Qal Niphal Piei Hithpael Completo Sinj^. 3 m. - T 3/. T : iT r\vhm T : : • T : ■ T : j- • nnVniyn 2 m. T : j- T T : j- : • 2 f. : - j- T pxòm : - j- : • 1 c. • : j-T * : j- • Plur. 3 í . 2 w. 2 1 c. : j-T : j- ■ Incompleto Sing. 3 ni. - T • 3f. - T • 2 m. - T • 2/- 1 c. - T V Plur. 3 w. : iT * 3 f. T : j- : • T : j- T • T : j- - : T : j- - : • 2 wi. 2/. T : j- : • T : j- T ■ T : j — : T : j — : ■ 1 c. Imp. Sing. 2 m. nV^ 2/. • : iT ■ Plur. 2 wí. : iT • 2/. T : j- : T : j- T • T : Jussivo 3 Incompl. iiflZ) cons. Incompl. com sufixo *j"T : • Inf. conslr. - T • Inf. absol. T Part. presente T : * Part. passado T Hiphil T j* : • T ; j- : • j- : • - j* : - T : j- : - T : j- : - T ; j- : - Nota: — Neste paradigma no Hiphil preservou-se o acento também na última sílaba nos casos de pathaij furtivo. 254 II. CONTRATOS OU ASSIMILANTES II — Verbos contratos ou assimilantes, 1 — PE NUN, § 465 a 478 VERBO PE NUN ( 3al Niph. Hiph. Hoph. Completo Sing. 3 m. -T - T 3 /. T : ■ T J' • T : \ 2 m. T : j- ' T : j- • na* jn T : j- \ [ncompleto Sing. 3 m. "T* -\ 3f. etc. etc. 2 m. mt^ 2/. • j* ~ 1 c. Plur. 3 ni. 3/. T : j- • T : j • T : j" - 2 m. 2f. 1 c. Imp. Sing. 2 m. 2f. (nirs) m Não Plur. 2 m. 2f. T : j- T : j : niirian T : j-T • T : j" - há Jussivo 3 sing. ncompleto vav cons. Bin Cohort. 1 sing. T : V T J* - Completo vav cons. |T : ~t: Inf. conslr. "T • iran Inf. ahsol. T T * "N Part. presente T" T \ Part. passado T 256 II — Verbos contratos ou assimilantes, 1 — PE NUN, § 475 a 477 VERBO PE NUN Qal Niph Hoph. Completo Sing. 3 tn. n IP? -np.Vi 3f. etc. 2 m. nn- nni T T J-T n n i? "7 T : Ij- T 2f. : - T etc. 1 c. * J~T Plur. 3 c. 2 m. 2/. 1 c. um J-T Incompleto Sing. 3 vi. W 3/. ni?ri etc. 2 m. njpn 2f. 1 c. Plur. 3 m. 3/. 2 m. IS. 1 c. Imp. Sing. 2 m. nari ,iri 2f. Plur. 2 m. 2f. Jussivo 3 sing. Incompleto vav cons. Inf. constr. (]ri3) ^T\Pi ,T\T\ •'rini? ,rinj7. Inf. absol. Part. presente Pari. passado 257 II — Verbos contratos ou assimilantes, 2 — DUPLO AYIN, § 479 a 513 Qal Ativo Estativo Completo Sitig. 3 ni. 3/. 2 m. 2f. 1 c. Flur. 3 c. 2 m. 2f. 1 c. 230 J- T n220 T : iT ••D220 ■ : j-T 1220 13220 : j-T 30 J- n20 T j- ni20 T J - ni2D ■•ni20 j - 130 J- DriÍ3D 13130 j - Forma aramaica T I J- Incompleto Sing. 3 m. 20'' T 3d: 3/. 2bn T 3bri 2 m. 2bn T 3 br) 2f. •'3bn • J T •'3Dn 1 c. 3bK T 3bx Plur. 3 m. lab"» J T 120^ 3/. n3"'3on T jv\ : n33bn T : j • 2 m. i3bn J T 1300 2f. n3"'3on n33bn T ; j * 1 c. 3b3 T 3b3 Inip. Sing. 2 m. 3b 2/. •-ab Plur. 2 m. 13b j 2/. n3''30 T JVS Jussivo 3 íí«g. 3b'' T Incompl. vav cons. 30''1 T JT- 2b»i Inf. constr. 330 3b Inf. absol. 3130 3b T Part. presente Part. passado 3130 T '?p''i Forma aramaica iVS'' Niphal 203 - T n203 T J-T 311203 T j - : ni303 •'riisD? 1203 J-T Dri12D3 iriÍ303 131203 j - : 2ori 2Dn • j- * 130"' J-* n33on T : j- • i3on j- • n330D T t J- * 303 3Dn •'3Dn • J- • i3Dn J- * n33on 3on 3ion 303 T T 258 II — Verbos contratos ou assiniilantes, 2 — DUPLO AYIN, § 479 a 513 Toei Poal Hithpoel Hiphil Hophal Pilpel 3310 33inon 3Din n22ÍD T ; 1 n33inDn n3on T J" •• n30in T J- noooo T : : • nnaio T : j- "S n33inon T : j- : • ni2on T j ■ -; nooDO T : j- : ■ rianio o cu ri33inDn ni3Dn ••riaaio o o r- ••n33inDn 'riaon 13210 : I C O o i33inDn i3on i30in j- IDpOD Dri22ÍD 4) m cá Dri33inDn □nison °Í?PÇPD 1Í!I331D 133310 : j- Conjug, |n33irion i333inon : j- : • iiison 33Í0: 23inD: 30"' " T 301"' 33iori 33iori ••3210^ OJ o S 33inDri 33inpri •'33iriDri 3on ■• T 3on " T "'3on • J" T 2Din 2D1D •-aDin ■ J- 12210^ mas coi com c 33ÍnDN i33iriD: 30N 130"' J"T 3D1N 1301'' J- IDDpD^ n322ion T : j" : 12210n : 1 : 10 Poel, não n333inon T : j" : • i33inori nraon T jv ■ : i3on J" T i30in j~ n330DOn T : j" : - : lODoon n322ion T : j" : Com n333inon T ; j" : • nr2on T JV • : n3oooon T : j" ; - : 33ÍPD3 203 " T 3013 3310 33inDn 2on •'3310 Não ■'2on • J" T Não 13310 : 1 há i33irion i3on J" T há lODpD n233ÍD T : j" n333inon n3''3on 20'' '• T 20''1 V T- niooDo T ; j" : - 3310 33inon 2on " T 3Din 3310 2on •• T 3310P 3310» T : 33inoa 20!3 301Z3 T 259 IIL QUIESCENTES III — Verbos Quiescentes, 1 — PE YÔDH, PE VAV, § 514 a 537 Verbos PE YÔDH, •"'D Assimilantes, PE YÔDH, PE VAV Qal Hiphil Qal Xiphal Hiphil Completo Sing. 3 m. PTH -T - " 3/. np-^rn pSJ etc. etc. 2 m. n p r n T 1 : j- etc. Incompleto Sing. 3 m. pT?. ns: ps: rfs; 3f. prri pTí? etc. etc. 2 m. pTí? 2f. "'p^rn 1 c. PTÍ? Plur. 3 ni. 3 f . n 3 i? 1 " n T 1 : j- nipiTi T 1 : j- 2 m. ^prí? ip^ri? -' T 1 : j- nipiTi T 1 : j- 1 c. pr? pT? Imp. Sing. 2 m. Pí^n 2f. Plur. 2 m. ip'rD 2f. njpiTi T 1 : j- •• Jussivo 3 m. P3T! Incompl. vav cons. Inf. constr. PTD Inf. ahsol. Part. presente Part. passado 262 III — Verbos Quiescentes, 1 — PE YÔDH, PE VAV, § 523 a 535 Verbos PE VAV, VD, § 523 a 535 Qal Niphal Hiphil Hophal -T NT' •T — T o J . T : T J* T : T : j- T : j- T : j- 2 f etc. etc. etc. XT'*' T • " T 3 f '• T • 2 m. " T * 9 f • : tt • • j" 1 c. ■• T • Pluf ^ m : r etc. 3 f T ; j- •• T : j-T • 2 7K. : IT • 2/. T : _j- '• T : j-T • 1 c. •• T' Itftp. Sitig. 2 w. T : XT' t: " T • 2 /■ • : iT • • j' PluT. 2 tn. : n • j* 2f. T : j" T : J-T * T : j" Jussivo 3 sing. Incompl. vav cons. Cohort. 1 sing. T : I" Inf. conslr. xn^ V JV •■ T • Inf. absol. nlB*"' T T Part. presente •T T T Part. passado T triT' T 263 III — Verbos Quiescentes, 2 — AYIN VAV, AYIN YÔDH, § 538 a 574 Qal Niphal Ayin Vav Ayin Yôdh Ativo Estativo Completo Sing. 3 m. ri» T Dipj 3f. T J T J" na-i T JT naipj T IjT 2 m. nar» T : 1 j- T : j nn?3 ,na T J- T j- n3i T : j- nian T J niaipi T j 1 : 2f. (na) niaipí 1 c. * : j Tia • : j- •'ni3"'") * j * "■niaipi Plur. 3 c. J wa 13-1 JT lan j* laipi IjT 2 m. V : T nria Dniaipi 2/. 1 c. m- 132*3 : j i:na 133-) : j- Miaipi Incompleto Sing. 3 m. mpi 2*13;: ma-' T •T Dip: 3f. c?i3ri 3-'in • T nipn 2 tn. 2*i3ri 3nn • T Dipri 2f. • Ij T •'tr3n •'3nn ■ J* T •'aip^n 1 c. C*Í3N 3''1N • T Dipx Plur. 3 m. Ian-' J*T laip: 3/. T jv 1 : n3tr3n T : j " T : j" T nsaipn T : 1 j • 2 m. ' J T !i3''"in J- T laipn 2/. T JV 1 : n3!y3n T : j " n33nn T : j" T niaipn T : 1 j • 1 c. tPÍ33 •T nip? Imp. Sing. 2 m. Dip 2*3 ma Dipn 2f. •'2*3 "'3n • J* Plur. 2 m. i2*a j i3n laipn 2/. n32*3 (n33-i) T : j" niaipn Jussivo 3 sing. aT» — T Incompl. vav cons. Itjt- aT-i V JT - Inf. constr. 2*Í3 Dia nipn Inf. ahsol. □1p 2713 ria 3ÍT Dipn Part. presente 2*3 ria 3T T Dipj Part. passado mp an 264 III — Verbos Quiescentes, 2 — AYIN VAV, AYIN YODH, § 538 a 574 Polel Poial Hithpolel Hiphil Hophal Completo naip Dioipnn □■'pn Dpin T : li riMip T : 1 1 T : í 1 : • T ij* •• napin T 1 : 1 T : j- 1 n73?3Íp T : j- 1 Da^ipnn níD^n T : j- 1 : • T j 1 •-: riaalp riaoiprin riiís^-pn •-riTattip •'naaiprin "'nla-^pn 1D?3Íp iD^aipnn i a p.n lapin □naioipnn oriira^^pn iri^aiaipnn |nia''pn IlD^ip ^iw^ipnn iJiç^pn Incompleto Dttip: DQipn: D"'P^ Dpr DQipri Diaipri Dipipriri D''pn Dpw Dçlpri aaipri Diolpnri D"'pri Dpin •'ajslpri ■•Qaipnri a i?.ri •';3pin QÇip^ oaipriN n-^px Dpw i«;?ip: laoipn-' 1 a p : 1 1 : • Ij* T niDTíipn njaaipn T : j" 1 : T : j- 1 : niMipnn naapn T : j" 1 : • T : l j-- t ra??1pri iDfDipnn 1 a •> p : 1 1 : • 1 • j T i?2piri n3a?3ipn n3?3?3ipri T : j" 1 : T : j- 1 : niQ^íipnn njapn T : j" 1 : • T : Ij-T Dttlp? oaipn? n-^pj tapii Imp. naip Di?ipnn apn Não ''?3??iprin ^ a p.n Não i»»ip há laalpnn ^^•'p.ri niaaip T : j" 1 niaQipnn naapn T : j" 1 : • T : Ij- t há Jussivo 3 Incompl. vav cons. a p »i Iv JT- Inf. constr. DKlip naipnn □•'pn Inf. ábsol. Pari. presente d!0Íp?2 na1p?p Dpipn?? D''pi2 Dpi;: Outras formas do Intensivo: § 561, 565. Regular Fiel Pual Hithpael o.".p °!:p^ri Pilpel Polpal Hithpalpel Dpap Dp??p Qp.^p.rin Quanto ás desinências, seguem o verbo regular. 265 III — Verbos Quiescentes, 3 — lÁmEDH ALEPH, X"*?, § 575 a 583 Qal Niphal Piei Hithpael Hiphil Ativo Estat. Completo Sing. 3 m. T T •• T T : * «•■^an 3f. T : iT T : T T : : • T : • nNsann nx^-ijan T j* : • 2 m. T JT T nxVa T J"T T j" : • nN2sa T J" • nxsann nxsan T j" : * 2f. T T nN2ja nNsann nx^ían 1 c. JT T etc. j" * TMsann • j — TiNsan Plur. 3 c. wsann wsan 2 m. T : nriNsa anxsann oriNsan 2f. ]riNJ£arin ]riNsan 1 c. JT T j.. . . j" • i:N!!sann j"- : • íiiNsan Incompleto Sing. 3 m. T : • ~ T • N''?a2 3f. T ; * •• T • xsanri «••sari 2 m. T : ' " T • Nsanri «■•^an 2f. ••xsan ■•Nsariri ■"X-san 1 c. T : V ■■ T V NsanN «•'^ax Plur. 3 m. wsari: wjía: 3/. T jv : • T JVT • T JV - : n3N!íanri T j-.' - : • niNsan T j-.- : - 2 m. : iT ' wsann wsan 2f. T j-.- : • T J-.'T • niK-san T JV - : niN-sann T JV - : * nixsan T j*.* : - 1 c. •• T • «••sa? Imp. Sing. 2 m. T : K^ann N?an 2f. ■•N^ann Plur. 2 m. : iT • wsann wsan 2f. T jr: : T J*.*T • T JV - niNsann T j-.*- : • n:xsan T JV : - Jussivo 3 sing. Incompl. vav cons. Incompl. com sufixo •j"T : • Inf. constr. ■■ T • ^"^^ xjjarin N"'san Inf. absol. T x!ía Part. presente T : • xsana «■"saa Part. passado T 266 III — Verbos Quiescentes, 4 — lÁmEDH HÊ, § 584 a 629 r\ 1 Qal Niphal Completo Sing. 3 m. T T T ; • 3/. T : n ti;* 2 m. T J*T ri"''?)] T j":* 2f. • T 1 c. T . ... Plur. 3 c. 2 w. ^0 ?? 2/- 1 c. J"T Incompleto 5íMg. 3 m. ròv V T* 3f. V T • z nt. V T • 2/. • T * 1 c. T* 3/. T jv: • T JVT • T ■ 2/. T jv: • iir7jn T JVT • 1 c. V T- Imp. Sing. 2 m. n7án 9 f ■•si • T • i^íwr. 2 w. "a 1<11n "iil T • 2/. T jv: T J'.T • Jussivo 3 T' Incompleto toí' cons. Inf. cofistT, à 1 1 /At 1 T * Inf. absol. T Part. presente Part. passado T Qal, Completo com sufixos Sing. 1 c. •JT 'J-T 2 w. 2/. 3 w. JTT 3/. TT P/wr. 1 c. JTT 3 m. T T III— Verbos Quiescentes, 4 — LAMEDH HÊ, § 584 a 629 Piei Pual Hithpael Hiphil Hophal T • T \ T - : • nVin T : * T : T T ; • T : \ T : : • nnVjn T : : T T J* • T JS T J-- T j* : * T j-: T •• : T ' j-: T • J" * • J— V • j • ; ' : T ir"?!;! j": T •.•\: V :t nVin V ; T nVjn V : T VN : • \ : •«Van : T V : T V \-: \: :t T J'.~ : \ : T JV- : * T Jv: - T JV: T 1 ; T T JV- : T jv\ : T j-.— : • T jv: - T JV: T V :t nVsnn Não Não 1^ há há T J'.— T jv: " br. (ni'7Jn) : T (nVa) (n^jnri) " : T V : T Incompleto com sufixos, Qal Imperativo com sufixos, Qal Sing. 1 c. ••iVr P/wr. 1 c. Imp. Sing. 1 c. 2 OT. 3 m. j": 2/. 3/. T JV : 3 w. j... . .... P/wr. 1 c. 3/. 3 OT. aí?? 269 VOCABULÁRIO HEBRAICO-PORTUGUÊS DAS PALAVRAS USADAS NOS EXERCÍCIOS « e de muitas outras. VOCABULÁRIO Cons., pai. PI., forma f., nl3N-/)aw. T3í<, perecer. No W\çh. -destruir. nZlt^í, querer. ]V'^t^, m., -pobre. '73N, adversativa-wíos. ^V^""^^! Abiméleque. {., -pedra. p35<, no "Niphal, -lutar, pelejar. Não se usa em qal. Dm3N, Abraão. Dn^, m. -homem, como n. p.- Adão. riDTX, {.-terra, solo, chão. m., -senhor. ''Tll^-meu senhor. PI. magestade-^JlTX- Senhor; ''y\'~[^-nieu senhor. nn^yi, í., -manto, casaco. riN, Interj.-^/z/ Unt^, amar. - T nnt;^', incompleto. '?rii^, m., tenda, barraca. PI. irregular. < m., vaidade, impiedade. (Composto ' '7 +lNHafoe3. Adv. nt<, 5er luz, brilhar, luzir; "IIN, m., luz. "IIND, m., luminar. PI. em e em ôth. 272 r^, adv., então. ]rb<, f., ouvido. nt<, m., irmão. {., ^)i^^^-^>w7ã. "in^, m., nriK, f., -^ma. "ini<, adv., Depois. Prep. a/)(55, a/ras. '"iriN-ZJepow de. "inX, adj., oíí/ro, □'ION. ]1"irit<, Aarão. ^'inN, {.,-fim, último fim, fim re- moto (tempo). 'N, onde. De '^í; com H local ni^-Onde. m., inimigo. Part. pres. de - T TN, m., calamidade. ^'N, adv., Como? Como! < adv., waáa (não há). Con- traído IN com n local H^N I - V T OU n^N-para owíie. ]'N, construto. t^N, wz., homem, varão, marido. nti^N,/., WM/Ãer. ^N, adv.. Certamente, apenas. '^DN, comer. '?''PNri, Hiph .-ííar áe comer. '^DN, m.,— alimento; i.,—7\^3i^- idem. m., alimento. ^N , adv., wSo (partícula dissua- siva). VOCABULÁRIO 273 7^^í, prep. a, para, (de movi- mento). estes, (pron. demonstr. pl. c.)-estas. (Com art., adje- tivo). DTlbi^, pl. m., Deus (pl. de eminên- cia, ou magestade). /'N, m., Ídolo. "irr^biK, Eliézer. □ adj., mudo. X, f., viuva, desamparada. DVt, adv., se. ''3-exceto, (locução exclusiva), □tj!, f., mãe. ser firme. Hiph.-crer, con- fiar. yDi^, ser forte. V\e\,-tronar forte, dizer. - T riDN, f., verdade. f., navio; m., ''2^-frota, flo- tilha. 'JN, pron., Eu. ^Dl<, reunir, ajuntar. ^DN', incompleto. ^X, nariz, ira {m.); □'E)t<-dual, —narinas, rosto. Raiz-^]X -respirar. ^SN, rodear. y3:!f«, f., dedo. '^lítj^, como prep.-^erío áf., jmmío de . . . , ao lado de. . . . y3"l^í, m., quatro. Veja-se §348 e361. ÍTÍí, m., cedro. m., uao. '=|'n^, m., comprimento, extensão. ]Í"lNí, c, caixão, caixa, arca (do templo). □ IX, Síria. Gent. siro, sírio. l^nX, f., terra; pl. em ôth. "T1X, amaldiçoar. í-joso. "ItyX, pron. relati\T),-gMe. nntí^K, f., Asherah, (deusa ou seu símbolo). '"ItyiS!, (constr. pl.), felicidades de. . . , bemaventurado, feliz. nX, prep.-cow. Ou também partícula usada como sinal de acusativo direto. nriX, pron., tu. ]inX, f., jumenta. blDriX, adv., ontem, antigamente, anteriormente. n 3, prep. em, com, por, contra. "1X3, f., poço; Pl. em ôth. m., roupa, coberta. T3, m., separação. "73 /'-io, separado, à parte. '^"13, no Hiph. separar, dividir, distinguir. Em qal não se usa. nDn3, f., animal domestico, (man- so), gado. Cons. 110113, Pl. niOnZl (Sing. cole- tivo). Xl3, Vir, ir, entrar. Hiph.-/ra- zer (fazer vir). Incompl.— KÍ3V T "113, m., buraco, cova, poço (per- dição), pl. ôth. 74 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR ter vergonha {envergonhar- se). rr3, saquear, despojar. "in3, escolher, provar, experi- mentar. riDZl, confiar. ]t?3, ventre, interior (f.). ^'B, prep., entre. Geralmente repetida com a segunda pa- lavra : entre mim e entre vós, tomando o pl. com sufixos do pl. ex.-DD'r31 Pode aparecer combinada com b*, ex. Gen. 1:6: ]'3 □'o'? D'0 . . . . • T T ' - < n'3, m., casa. Constr. ri^iS- nD3, chorar. T T ' rrjiS, f., primogenitura. y'?Zl, engulir, tragar. Balaão. ]3, m., yí/Ão. 1133, construir, edificar. r]^,{., filha. Contraído de D 33. Raiz-n:3. T T prep., atraz, ao ou à, sôbre. , casar. Parte, passado f.,- Tl^V^-casada. , m., senhor, marido; Baal. ypS, romper. "Ipln, m., manhã. typ3, No P)el,-6M5car, procurar. í^nS, cortar, dar forma, criar. T~13, m., saraiva. ni3,/MgíV. t^'"]!!, adj., gordo. D '"13, f., aliança, pado. Ver ri"13. "^1.3, ajoelhar. No Piei, abençoar, bendizer. ^1~13, abençoado, bendito; parte. pass. do anterior. T!3, f., joelho. Dual-D:3-]3. nZ)"13, f., bênção. 11^3, m., carne. , ferver, cozer, cozinhar. '^tO, redimir. - T rT33, ser alto. - T rn33, adj., alto, ou 1132. "133. íe'' forte, prevalecer. "1133, m., herói, homem poderoso. n~1133, obras, poderosas. n'1'33, fTlIlS, f., senhora, patroa. T33, m., homem forte, valente, varão. '"73, m., cabrito. 7 "7 3, ser grande. '^ÍTS, adj., grande. ]in3, n. p., Guiom {Gihon). '13, m., nação, (gentio). Pl.- □:i3. yi3, expirar, morrer. "113, peregrinar. '?"1Í3, m., 5oríe. Pl. em ó/Ã. '^'3, m., alegria. TÒI, descobrir, revelar. , rolar. □3, também (adv.); 03 ... 03 -tanto . . . como, ou, quanto. '7Q3, desmamar. ]3, c, iardim. 333, furtar. VOCABULÁRIO 275 hvi, aborrecer. T3, estranho, peregrino. T^3, n. p., Guerar (Gerar). K)"]3, expulsar. DB)3, m., chuva (torrencial). 1 3*1, c, urso. (não se usa em qal, exceto no part. pres.) alan- do. No Piei, 121-falar. "13"!, m., palavra, cousa, assunto, caso. yi, m., peixe, f., HJT. (cole- tivo), constr. HÍT. "in, m., geração. PI. em im e em oíÃ. , f., porta (folha de); dual— • - T 1 □"1, m., sangue; WDI^-sangue derramado. mDT, f., semelhança, imagem. □ D^, ser silencioso, mudo. DT', incompleto de qal. ni7T, saber, conhecer; infinito con- str. ou abs. de VI'; n. f., (ou, m.)— conhecimento. < Tl^i c., caminho. tfl^, procurar, buscar, perseguir. Kty*^, m., broto, renovo, grama tenra. Hiph., produzir, fazer bro- tar. jtyT, m., cinza (da gordura quei- mada sobre o altar). n art., o, a, os, as. Ver § 23-25. II, partícula interrogativa, § 366. '?3n, Abel. T3n, Agar (Hagar). "l"Tri, m., honra, magestade. «in, pron., êle; f., «'H-e/a. Ver § 37. m., gUría, esplendor. 'in, interj., >4í7 Ai de. rrn, incompleto iTIT', In- completo apocopado-' H ' ; inf. Cons.,-nvn, nvrh. VI ; p ^Zl'rí, m., palácio, templo. niSn, Inf. Constr. Hiph. de 7[D1 -ferir. Di'?!!, adv., para cá, para aqui. , louvar, celebrar, cantar, no Piei. No qal-5er claro, bri- lhar. ^'711, ir, andar. Incompleto - ^'?:-Hiphil completo. Hithp. n3ri, adv., Eis, Eis que. Seguido geralmente do parte. '3]n (com suí.)-Eis que farei vir, ou, trarei. "^Dn, tornar, transformar em, sub- verter. TH, m., montanha, monte. 3*1 n, matar. ITIII, conceber, ficar grávida. Incompl. Qal, 3a. f. nniin, apoc-inril. 276 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR - T ' n3|, Hf, T T' T " ]P.l 1P.I. N3n, K>3n, 1 Conj., £. (Ver §§21, 22 e §.143). r m., lobo. f., fi/a (pron. demonstra- tivo). sacrificar, degolar. m., sacrifício. m., a//ar. PI. em o//í. m., êste. PI. c- (Pron. Demons.). m., ouro. m., o/ím, oliveira. lembrar. m., memória. m., macho. {., suor. gritar, clamar. adj., 5er DeZ/zo. Inf. H^pf. m., velhice. {., braço. PI. em im e em ôth. brilhar, surgir (no hori- zonte). semear. m., semente. n No Hiphíl -Mcowder, no Niph. e no Hith.-esconder- se. alar, encilhar. íjn, dar oví fazer festa. Festejar. 3n, m., festa. '?in, cessar, deixar. tynh, m., lua nova, mês. '?Ín, m., areia. , torcer, gerar, tremer, espe- rar, ser firme. riDin, f., parede, muralha. Din, ter dó, pena, misericórdia. Y'^^\, m., fóra, rua, campo. PI. em ôth. pTn, ser forte. prn, adj., forte. «Çn, pecar. No Hiphíl,-N'tpnn —condenar como pecador. ^<Lph, pecador (Parte, presente)-. Ktpn, m., pecado, t^^n, adj., ou n. m., pecador, pe- caminoso. nNian, f., pecado. n'n, viver, "•n, n. m., cons., 'PI; Pl.-D"n -vida. 'n, adj. m., vivo; f., 7}\T^-viva\ ou, vivente. n'n, n.f., animal, ser ou criatura viva. '?'n, m., força, valor, poder, {exér- cito) . p^n, m., seio. DDn, adj., sábio. riDDR, f., sabedoria. ''^n, m., doença. , No Hiphíl, começar. □ '^n, sonhar. VOCABULÁRIO 277 m., sonho. PI. em Dl-, n, c, janela. nQFI, desejar. "lIDn, m., jumento, burro. DOn, fazer violência. DDn, m., violência. "íjUn, Enoque. C33n, embalsamar, fazer especi- arias. ^^n, instruir, treinar, educar, dedicar. ]5n, compadecer -se; ]h'-Incom- pleto Qal. TDn, m., misericórdia, bondade. f Sn, desejar. . I^n, m., flecha. T^n, c, cercado, pátio, vila. pn, m., estatuto, f. npri-idem. mn, secar, desolar. 3nn, m., sequidão, calor, deso- lação. 3"l.n, f., espada. rrin, irar, inflamar; "in'1-In- compl. apoc. com vav con- secutivo. n'B''nn, adj. f., cáUdo, silencioso (?). {sentido obscuro). ]Tin, m., ardor. ]"in, n. p., Harã. ntí^n, pensar, reputar, considerar. "ijtíTl, m., escuridão, trevas. "iriD, jer limpo. nriD, adj., limpo. IliD, ser no completo. Nou- tras partes, de In- completo -3^"; hiphil- 3ÍC3, adj., bom. m., èew, {bens). '^ID, lançar, arremessar, apres- sar-se. □ provar. □ y^, m., gásío, sentido, decreto, ordem. m., no, corrente (do Nilo); palavra egípcia. ty3', secflr, jícar sêco. ntí^S^, f., íerra seca. Em oposição ao mar. 1\ f., mão. Dual-O'!'. PI. f., cabos. yi', saber, conhecer. Incompl. yiMnf. Cons. nri. yiÍ3-Niphal. nn', m., 5or/e, porção, anciedade, cuidado. nin', n. p., Jeová, o Senhor. Nome inefável, pontuado com as vogais de ''3'^^ií. Daí com prep. nirrV (como em '2ii^b). nnn', judá. ;?t£)in:, Josué. ÚV, m., dia. QV3-Neste mo- mento. njV, f., pomba. PI. em tm. N. P., Jonas (m.). ,1^ 278 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR ^l?Í\ José. 313'', ser bom. No compl., 3ÍD. m., vinho. '?D', ser capaz. Incompleto,- ~^'?T> gerar. Hiph.-dar d hí3. "T'?'-Incompl. No Pual- wajccr. "l'^', m., menino. m'?', f., menina. n"T'7ÍD, f., parentela, prole. in., íwar. p3', sugar, mamar. No Hiph- awawewíar. ^ P', acrescentar . (como auxiliar, -tornar a). ^S7', estar cansado; adj., cansado. Y^\< aconselhar, nXS7, f., cowíe- Jacó. ns;, adj., belo; f., HS^. N^;, 5aír. Incompl. N!^:; inf. cons. nX^, contraído de ^^^^). Hiph. produzir. í<2í1Q-m., saída. T ' a2:\ No Hiph. y^T^-assentar, colocar. j;]^', No Hiph. V^^rj-espalhar. "1^', formar. "1^', m., forma, imaginação. Tp', queimar. Yp'^, só usado no Incompl., acorJar. temer. Adj., temente; parto. -temendo. Inf. Cons. IIXT. T I • Tl', descer. Incompleto-TIV Jerusalém. (Scriptio de- fectiva). n"l', m., lua. Tl', f-. cojca, lado. Const. "^"1'. nD"1', f., lado, extremidade; □TIDT, cons. TlSI'. t£>l',, Aerrfar. lí^', adv., há. Originalmente substantivo-ser, existência. Toma suf. sub. 3t^^, sentar, habitar. "Z^l-ln- completo. 3t^', m., habitante. 31^10, m., assento. dormir. ytí?', No Hiphil-sa/mr. yty', m., salvação. 7\IJVD\, {., salvação. nriE^ri, f., salvação. nt^', reto, justo, direito. (Adje- tlvo). '^«-Ití'', Israel. Din', m., ór/So. < iri', adj., restante, remanescente {relíquia). D 2, prep., cowo. Seguido do re- lativo, ^B'^J^-co«/orw^e, quando. n33, ser pesado, severo. No Piei, -endurecer, honrar. Adj., -pesado. "Tl33, m., honra, glória. ni), adv., assim, dêste modo. ]ri]D, m., sacerdote. VOCABULÁRIO 279 nS), m., força, poder. 3313, m., estrela. ]^D, No Hiphíl, yDU-estabele- cer. 'D, conj., que, porque, quando; □ K ''3-exceto, senão. , m., lodo. m., prisão. n^D, m., cão. n'?3, acabar, completar (no Piei). ' /'3, m., utensílios, pâno, equipa- mento. Na pausa-' V?; obsoleto). nQ3, quantos. ]3, adv., assim. ]3'h}J-Por- tanlo, porisso. ]i733, Canaã. ^133, f., a5a. Dual-D:S33. ND3, m., assento, cadeira, trono. nos, cobrir, no Piei. (Em Qal, no parte). nD3p, m., co- berta, tampa. ^D3, m., prata, dinheiro. ^3, f., palma (da mão, ou do pé (sola). TS3, cobrir. "133, exrpíar (Piei). TS^, m., resgate; peita, suborno. D "133, f., propiciatório. T33, m., leãozinho {cachorro, ou filho de). 3n3, m., Querube, (Querubim). □ "13, m., vinha. ynS, curvar o joelho, curvar-se. m3, cortar. D' "13 '3, fazer aliança (ou pacto). 3n3, escrever. n3Í13, ou n3Í13, f., túnica. ^n3, f., ombro. - T ' - T ' nnh, T T 1 • ' prep., para, por, a. adv., não. (Para proibições categóricas) . Lêia ou Lia. m., coração. PI. em oíÃ. m., coração. PI. em ôíÃ. adv., só; (Prep. ^ mais 13, m., separação). de modo que não, para que não. (Subst. fl'??, como negat. mais prep. mais , sinal de constr.). vestir, usar. m., chama. m., tábua, pedra, níl/'— PI. abs. e construto. Ló. Levi. lamber. comer, consumir. Niph., combater, U)3-com; 3, hv-contra; h-por, a fa- vor. c, pão. f., guerra. m., noite; também-Il'?''?, com n paragógico. PI.- tomar, capturar, aprender. 280 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR IVO*"?, np.:, ppí-. T : ' T ' -1310, - T ' na, 310, ni'fio, «:2io, T ' mio, V ' ntyo, ensinar, no Piei, força de causativo. adv., Porque, para que. mais nO). afim de, por amor de (Conj. e preposição). tomar, receber. inf. Cons., nnf). Niph. np}?:. Hoph. npn. nip'70, m., saque. m. du., tenazes. lamber. f., língua, idioma. D adv., muito. li^DIl-muito. Também-' O 1 f., cem. Dual, CrÍNO -duzentos. ' ■ - T cousa alguma. (HO mais 1 mais nO). m., luminar, luz. PI. em m., alimento. m., dilúvio. m., pastagem, deserto. medir. pron. interrogativo - Çwe, para cousas; Como interj.— Como! Como} derreter. f., parentela. m., saída. m., mestre, professor. Moisés. mo, n?ío, nno, n;no, mo, n£30, ntao, -IDO, -|[30, T T ' 'P, no. mo, morrer. Completo - DD. Hiph.-JTpri; Incompleto- mo^; PoMêi nnio-com- pleto. m., morte. Construto DIO. m., altar. PI. em ôth. destruir, apagar. c, acampamento, arraial. subst. e adv., amanhã. m., vara, bordão, cetro, i., leito, cama. No Hiphíl-cAofer, fazer chover. m., chuva. pron., quem e que. (Inter- rogativos). Com prep. e art. n03-£w que. Como, De que modo. Quem dera! Prouvera! (PI.), m., água. m., espécie, qualidade, m., marinheiro. f., ama. (do Hiph.) Raiz. pT-sugar. m., coberta, tampa, vender. ser ou ficar cheio. Como adj., cheio. m., mensageiro, anjo. f., obra. Constr. No Niphal-wcapar; no Pi- t\.-livrar, socorrer. nOn^P. i; guerra, batalha. DOn'?© (constr.). "^^0, governar, reinar, ser rei. 1'P. n'?p, npro. HDDO, -IDO, - T 1^'?P. nDN'70, T Tl' VOCABULÁRIO 281 , m., rei. nS^D, f., rainha; HD^Oa, DD, f., reino, falar, referir, proclamar. nip^D, m., despojo, presa, maxilar. n^- dual. tenazes. ]D, m., maná. ]P, prep., de (procedência), por, por causa de, sem. ilJQ, contar, numerar, dispor, de- T T ' terminar. nÍ3D, m., lugar de descanso, apoio. n^i-descansar. nnJP, f., oferta (de manjares), presente. TSPP, m., pranto. "IS DD, m., número. T : • nnyp, m., váu, (de um ribeiro ou torrente). tOyp, m., um pouco, alguns. I^-PD, m., fonte. yp, m., malfeito, {ação). ntyyp, m., obra. T T ' m!^D, f., mandamento j ordem. < □^"1!^P, Egito (provàvelmente, dual); gentílico, também. nipP, m., ajuntamento, reunião (de águas) (massa reunida), □ipp, c, lugar. PI. em ôth. '?pP, m., bordão, vara. PI. em ôth. n^pP, m., gado, rebanho. ppD, No Nipha\-derreter, desfa- zer-se. K"]pP, m., assembleia. t<"Ip - con- vocar. ^^^Í"]P, m., vista, aparência, rosto. nn^TD, f., contenda, luta. T • : ' ' Tl D, ser amargo. 1P, adj., amargo. nZltí^P, m., onda, rebentação. ]3E)p, m., habitação, tabernáculo. '^typ, governar (regência-3). '^typ, ni., provérbio. "IDK^P, m., vigia, guarda, observân- cia. DDtyp, m., juizo, julgamento. pnp, ser doce. pinp, adj., doce. K3, partícula precativa, enclí- tica, com o imperativo- rogo, peço. 0^^], m., oráculo, palavra, dito. De U^l-dizer, balbuciar, - T como profeta. í<33, No K\pha\-profetizar. No Hithpael, idem; também- fazer-se de profeta. m., profeta. nZ13, uivar. No Hiphil, D"'3n-o//zar, contemplar . , f., cadáver, carcassa. 133, No Hiphil, T3;i-coMtor, 133, prep., diante de, na presença de. GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR yjjt tocar, bater, ferir. Seguido de H-alingir, al- cançar. m., golpe, praga, ^yi, ferir, derrotar. tyj], chegar perto, aproximar-se. Não se usa no completo de Qal. nj, votar. -T Tl^, m., voto. "inj, m., rio. PI. em tm e em ôih. balançar, vaguear, errar, mo- strar tristeza. ni, Noé. 1113, descansar. niJD, m., lugar de descanso, ponto de apoio. D13, fugir. mover-se, andar errante. , herdar, possuir. TÒVí'^, f., posse, herança. '7113, ribeiro, (vadí). Dn3, No N i p h a l-arre/)ewder-5e (Dn3). No Piei, -co«/or/ar. tynj, m., serpente. nt33, curvar, inclinar, estender. yD3, plantar. y£3', incompleto de Qal. nj3, No Hiphíl-/m>. Incompleto apocopado-^'. n30, f., go/pe. m., leopardo. ^p], derramar, fundar, assentar. ^D3, m., o/er/o ífe libação. yí, m., errante, fugitivo, (Parte, de 113). < "11^3. rn., rapaz, moço. rTIl?^, rapariga, moça. nS3, respirar, soprar. '?B3, cazr. - T ÍPS3, f., (PI.emM),-wda,/óíego, a/ma. 32^3, (Não se usa em Qal). □ 'S^n, (Hiphíl)— ^ór, colocar. '?]^3, (Não se usa em Qal). Xo Hiphil,-*?'^:!, livrar. 'p3 ,t<'p3, adj., inocente. □ p3, No Niphal,— w'wgar-5c. riDj!)3, f., vingança. 13, m., luz, vela, lâmpada. N6P3, (Não se usa em Qal). No Hiphil.-t^^tyn-cwgawor, ludibriar. nÇti'3, f., fôlego, espirito, respira- ção. pÇ3, beijar. ^<tí'3, erguer, levantar. ]ri3, dar, colocar, contar. Com- pleto,-riri3, ''rin3, 2a. e la. Incompleto, -]ri'. Inf. Cons. nri, Criri- com su- fixo da la. pessoa). D 33 D, dar volta, rodear, serpear. '~\\D, fechar, cerrar. D1D, cavalo. HDID, í.,-égua. "11 D, retirar, remover, apartar. nZlp, f., rancho, choça, choupana, cabana, guarita. VOCABULÁRIO 283 □ '?P, ni., escada. ^DD, reclinar, encostar. '3' D, Sinai. sustentar, restaurar, refres- car. TSD, contar, escrever; IBD-de- clarar, recontar. TDD, m., escriba. TSD, m., livro. ISpp, m., número. iriÇ. No Yliçh. -esconder. 13^, trabalhar, lavrar, servir. niiy, m., servo. 1131?, m., precedido de H-por causa de. 1317, atravessar. 13170, m.,- vau. 1317, m., outro lado {além ou aquém). '13^, hebreu (gentil.) nn3Í7, i.,-hehréia. n'1317, f., hebreu (língua), hebraico. (Na Bíblia, iudaica-T\'''T\T\\ -f.). 7)17, m., bezerro. novilha vitela. 117, prep., até. Subst. m., -eterni- dade {de tempo poerpétuo, indefinido). 117, m., testemunho (Parte, de niy). ]1i7, n. p., Edem (m., delícia). 1iy, Hiph. T^Vn-testificar, pro- testar. nj7, adv., mais, ainda. m., culpa, pecado, iniqui- dade. PI. em tm e em ôth. {., holocausto (oferta quei- mada) . '?'?ÍJ7, m., criança. '?'?ÍJ7, m.,- criança. □ '?Íy, m., tempo indefinido, perpetuidade, eternidade. □ '^lyO. desde e eternidade. 'V^' 'V "^^t para sempre. *]1J7, voar. ^1J7, m., ave, inseto (seres alados) (Coletivo). 1117) adj., cego. fy, m., força. 3Í^, deixar, abandonar. iry, ajudar. 1117, m., auxílio. < l'i7, f., olho. Dua\-olhos. ni]'^, pl. f., fontes, poços (olhos dágua) . 1'17. f-. cidade. '1^. constr. pl., Abs. Pl. W^^^-cidades. □ IT, adj., nu. , prep., sobre, a respeito (contra). subir, raiar (do dia). In- completo-n'pi7', Incompl. apocopado (Qal e Hiphil). cobrir, desmaiar, enfadar. □17, prep., com, juntamente. □ 17, m., povo (coletivo). 1D^, estar de pé, resistir, perma- necer. No W\p\n\- colocar. 284 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR ^70^, labutar, sofrer trabalhos. ^9^, ni., trabalhos aflitivos, labu- tação, tristeza, vexação. njy, ser afligido, responder, (com 3, testemunhar contra. m., resposta, pro- pósito. Contraído, V^^^-por causa de, afim de que. '^^1 m., aflição, nuvem. I^V , No Piei, enublar, trazer nu- vens. ~1SV, m., pó. m., árvore. 3^^, m., dor, sofrimento, trabalho. ni^i;, f., conselho. Raiz-f 17^. □ tornar-se forte, numeroso. adj., forte, numeroso. □ ^17, f., osso. PI. em tm e em 3 "127, m., tarde. pl2'y, oprimir, fazer mal. nty^, 5er macio, pensar, lembrar. iíí^y, c, /zerw verde, hervas (co- letivo). ntí^y, /aser, trabalhar. D'ntyi7, c, z)í«te (e vigésimo). Ver §351. DI^, c, tempo. PI. em e em ôth. nni7, adv., agora. yyS, ferir, encontrar. nSJ, m., ôóca. ''B'^V-de acordo com, segundo. 3~l,n ''s'^- ao fio da espada. nS, m., laço, armadilha. S, m., maravilha. U^nwbQ, filisteus (gentílico). DnJS, Fincas. conj., télica, negativa, para que não. □ '^S, m., ro5^o (Só PL). 'ísV- diante de. '''1^^ -diante de mim, ou Perante mim. npS, m., páscoa, passagem. ^^S, fazer, part., bvB-o que faz, fazedor, m., obra. QVB, {., vez. Tj!5S, visitar, inspecionar, TpS, m., inspetor. npS, m., preceito. npD, abrir. TS, m., boi. T\~\B—vaca. - T T dividir, separar. T\'^B , frutificar, ser frutífero. '"IS, m., fruto. ny-jS, Faraó. ytí^S, rebelar. Com 3-coK/ra. JJtyS, m., rebelião, transgressão. nS, m., fatia, pedaço. nnS, jer, ou /azer aberto, abrir, aumentar. Incomplet. apoc. ns\ 1 : - nnS), abrir. FiriSO, m., cÃaz;e. cons. riFISp. nriB, m., abertura, fresta, porta. VOCABULÁRIO 285 c, rebanho, (gado pequeno; ovelha). m., exército, hoste. PI. ôth. pT^, ser reto, justo. Hiph. {Pi. )-justificar (de- clarar justo). Hithp.-jMs/í- ficar-se. p"]!?, m., retidão, justiça, npjl'^, {., retidão, justiça. p'T^, adj. m., justo, reto. caçar. m:^, Qal (não se usa), Pi. ill^- ordenar, mandar. (Incom- pleto, 1^', Piei, apoc.) mXD, f., mandamento, ordem. Vlí, m., sombra. □ 'l^lí, m., imagem, semelhança. y*?^, coxear, manquetolar. y*?!?, {.,lado, costela, cons. y'?!^. riD^, ôroíar. No Hiphil-/aser /ar. ilDI!?, m., br&j, ramo. py^, clamar, gritar. ]S^, esconder, guardar, entesou- rar. ]1S^, m., norte. 17"T[~!S]^, m., sapo, rã. "1^, adj., adversário. 35p, amaldiçoar. 1*11 p, ajuntar, reunir. 13 p, enterrar. "13p m., sepulcro. 1"Ip. enegrecer, ficar preto. □ '"Tp, m., oriente. Vento oriental. □"Tp, m., frente, oriente. ^~lÇi< santo, sagrado. tí^np, adj., jaw/o. ^'"Tp, m., santidade, santuário. tflpp, m., santuário. ^1p, m., TOS, 50WZ, ruído. □ 1p, levantar, ficar de pé. No Hiphíl.-esto&e/ecer, firmar. Dp, Partc.-^canáo áe ^lé, (ou, 3a. p. compl.) ]^1p, m., espinhos (coletivo). ]t3p, ser pequeno. ]bp, adj., pequeno. ]£3p, adj., pequeno. HB^p, f., -pequena. ]'p, Caim. jVp^p, m., ricinus, (?) abóbora, me- lão, cuité, (trepadeira q. cresce e seca depressa). , 5er leviana, despresada. '?p, adj., /efe, rápido. n]p, adquirir, comprar, possuir. nilp, parte, m., possuidor, dono. Yp_, m., yíw. ^l^p, jícar zangado. n^p, adj., curto. i<~]p, chamar, gritar, dar nome, convocar, ler. (Seguido de 3 ou Ui^-ler). 3"1p, aproximar-se, 3Tlp, adj., perto, visinho. < 3~lp, m., dentro, interior, coração. 286 GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR n"1|!), acontecer, encontrar (ou ^ «IR)- nnp., m., geada, gelo. < l^p., f., chifre, canto (do altar). yip, rasgar. ntyp, f., arco. nintyp, PI. absoluto do anterior. Ver Vocabulário, Exercí- cios 77-78. "I riN"), ver. Incompl. apoc. t^"]!- Idem, dito com vav ; — consecutivo. Ruhem. m., cabeça, ponta, extremi- dade. ]Ítí'í<'1, adj., primeiro (ordinal), anterior. 31, adj., grande, muito. 33"], ser muito, multiplicar. na"], n. p., Rahá (Rabbâ). nZl'n, aumentar, multiplicar. < Incompleto apoc. 3"!' ou n3"]Il, adv., muito (inf. abs.) adj., quarto (ordinal, m.). jazer, deitar-se. 1^3 "1 D, estrebaria, curral, estábulo, pouso (de animais). , caluniar, - T mi, dominar. ^"11, seguir após, prosseguir, bu- scar atingir. Tl^"], fôlego, vento, espirito. PI. ôth (Género c, mas pre- domina o f.). D1*1, ser alto, levantar, erguer. I^n, correr. Sni, ser largo, espaçoso. 3nh , m., largura. 3 hl, f., praça, rua larga. PI. em ôth. , Raquel. N. f., ovelha. □ n"1, amar. Piei, -comiserar-se, ter piedade. *']nn, estremecer (de ternura ou de medo). yT\~\, lavar. pnn, estar distante, retirar-se. pini, longe, distante. 3'n, defender, pleitear; n. m., contenda, luta. n3'"1D, f., -contenda, luta. p'"l, m., vaidade, vácuo, um vasio. Dp'"!, adv., vasio, vasiamente. 331, correr. No Wiph., -montar {num animal). □ 1, adj., alto, elevado, nobre. Raiz-nn. riDn, lança, (m.). DD"], pisar em tropel. tPOl, rastejar. lí^DI, m., rastejante, réptil. njl, f., grito, queixa, clamor. 3S?"1, ter fome. 3i^"1, ãd]., faminto, esfaimado. 317"), m.,fome. nyi, alimentar, dar pastagem, pastorear. VOCABULÁRIO 287 Parte, m., pastor. m., amigo. IH!;! ty'X -um ao outro. yi, adj., mau; n. wja/; H^T, f., má; n. f., mal. ser mau, ou, mal. No Hiph. -afligir. tPri, tremer. tí^rn, m., terremoto. KSn, curar. nS^"n, f., brasa, pedra quente. pi, adv., 5Ó; adj., magro. Dpn, apodrecer. yp"], m., firamento. yi^n, adj., perverso, ímpio. y5Í?'i í^'' satisfeito, estar farto. mty e 'Tty, m., campo. □Itf, co/ocar (ou Q^t??). ]Dti', m., adversário; Satanaz. Ty\D, m., meditação. nn'{P, f., meditação. D'l£', co/ocar (ou mlf). '7Dtí', m., entendimento. f., roupa, manto (de homem ou de mulher). Parte. pres. m. do anterior, -inimigo. nSty, f., lábio, fio, margem, praia. WhSl^, dual, lábios, etc. TB', m., principe, chefe, coman- dante. n"ltí', f., princeza; n. p., 5am. 'nÍ2', n. p., Sara. (Ou, n. c, suf., -Meus príncipes, minha no- breza. ^nty, queimar, engulir, devorar. ^"lly, m., serafim, serpente ardente, venenosa. pedir, perguntar. '7ÍNti>, c, Sheol, Hades. '?1Nty, Saúl. lyítí', ser deixado, restar, perma- necer. t33ty, m., vara, cetro, tribu. yntí', no Niphal, ^Mm?-. ya^, m., sete. ni;3ty, f., ie/e. 'l^^rity, m., sétimo. c, setenta. "I3íí), quebrar. Fie\,-despedaçar. ~l3ty3, Parte. Níph.,-gMe&rawto(io {aquele que se quebranta). "13ty, m., quebra, brecha. Tam- bém, grão, trigo. "ISí^i comprar ou vender trigo (de- nominalivo) . n3tí>, descansar, cessar, acabar. n32), c., descanso, sábado. 'Ity, m., Toáo Poderoso (Com '7^í-Z?eM5, geralmente). 312', voltar, restaurar, volver. yity, grí7ar por socorro. ^VD, esmagar. c., trombeta. PI. em ó//?. pi2), m., raa. Pl.-D'p]K). -iík;, m., boi. PL-anity. GRAMÁTICA HEBRAICA ELEMENTAR tOntí', matar, abater, massacrar. nnt^, m., aurora, alva. nnt!>, No Fie], -destruir, Hiph., -corromper. Tty, m., cântico. rrtí', colocar, estabelecer. HDtí', deitar-se, jazer, esquecer. ser destituída (de filhos), ser desfilhada. "[DE', habitar. IDty, íer, es/ar, ou, jícar embria- gago. 13tí', m., -bebida forte, inebriante. rÒ\D, mandar, estender. Piel,- mandar embora. ]n'7tí), c, mesa. no IWphW, -lançar. □ '^ty, 5er perfeito; aá]., -perfeito, são, completo. □i'7tí', m., paz, saúde, prosperidade. ^\>^, m., três. < U^, adv., lá, ali. TlDlV-para lá. a^D-delá. T ■ Dty, m., nome. PI. em "IDE', no Y\içh.i\,-destruir . < DlÇty, pl., céw, céus. □ Oty, desolado, deserto. yÇty, 0MOT>, escutar. yÇtí), m., relatório, noticia. TDt^, vigiar, guardar. No Niph. -/er cuidado dar atenção. nxpti', parte, guarda, vigia. U>D\à, c, 50/. njty, f., flKo. Pl. D']!:), poét.- □ ^5e>, du., rfow (adj. m.). '3ty, adj., ordinal, m., segundo. JTJty, adj., ordinal, f., segunda. jyty, no Niphal, reclinar, apoiar- se, descansar em, ou, so&re. li^tí', c, portão, porta, porteira. nriDty, f., 5erm, criada. 12B^, julgar. DSÍÍ', parte, JMÍ2. "^Dty, derramar, entornar. ser abatido, humilhado, de- primido. npJtí', (-Em Qal não se usa) Hiph. nj^Jtyn - abeberar. nptyÇ, m. part., -copeiro. ^pj^, pesar. y^^, abundar, enxamear. seres animados, vivos. mtí?, (No Qal não se usa) Pi. n "IW-servir, ministrar. 'tí^íí), m., sexto. Ver § 357. {., constr. de nW^-seis (§361). nriK^, beber. (Dar de beber, Hiphil de ^p^). Incom- pleto apoc. r}p\ nriíyp, m., -festa. pJIty, acalmar, socegar, aquietar. n nSri, f., arca (de Noe). Veja-se Dinri, c, abismo, profundeza, mar. Pl. ôth. nVnn, f., louvor. < . "íjiri, m., meio, cons. "^IH. VOCABULÁRIO 289 rtriDin ou nn^iri, f., correção, castigo, punição. f., gerações (Raiz-~I/'). niin, f., ensino, lei, revelação. (Raiz HT). nnri, prep., soh, debaixo, em vez de. TD'7n, m., aluno. □ri, adj., perfeilo, completo. "1 ' pri , adv. , continuamente, sem prc. □'OFl, adj., completo, perfeito. □Dri, ser completo, acabado. TOri, m., tamareira, palmeira, yir), m., serpente, dragão, mon- stro marinho. Raiz-]]!!- esticar, estender. n'?sri, f., oração. PI. em Dl. ypri, locar, soprar. nOTnri, f., sono profundo. n^inri, f., ruído forte, grilos de ale- gria. n:^~in, nrza. T : ■ nrityri, f., salvação. r}pWT\,i., desejo. ytí'ri, n. m., nove. Ver §361. Date Due 6 '49 ^ 49 DE IV 4 0
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
lingua hebraica!
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